SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros HUME, D. FRASCOLLA, R., transl. Diálogos sobre a religião natural [online]. Salvador: EDUFBA, 2016, pp. 1-11. ISBN: 978-85-232-1867-6. https://doi.org/10.7476/9788523218676.
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Front Matter / Elementos Pré-textuais / Páginas Iniciales
David Hume Bruna Frascolla (transl.)
Diálogos sobre a religião natural
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Reitor
João Carlos Salles Pires da Silva
Vice-reitor
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Assessor do Reitor
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EDITORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Diretora
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Cleise Furtado Mendes
Dante Eustachio Lucchesi Ramacciotti
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José Teixeira Cavalcante Filho
Maria Vidal de Negreiros Camargo
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Diálogos sobre a religião natural
Tradução, notas e posfácio de
Bruna Frascolla
Inclui seleção de cartas de Hume feitas à época de sua revisão da obra,
além de fragmentos inéditos em português.
Salvador EDUFBA
2016
DaviD Hume
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2016, Bruna Frascolla.Direitos dessa edição cedidos à Edufba.Feito o Depósito Legal
Grafia atualizada conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, em vigor no Brasil desde 2009.
Capa e Projeto Gráfico
Leonardo Mota Lorenzo
Imagem da Capa
Sandro Botticelli - A primavera
Revisão e Normalização
Equipe da EDUFBA
Sistema de Bibliotecas – UFBA
Editora afiliada à
Editora da UFBARua Barão de Jeremoabo, s/n – Campus de Ondina40170-115 – Salvador – BahiaTel.: +55 71 3283-6164Fax: +55 71 [email protected]
Hume, David, 1711-1776. Diálogos sobre a religião natural / David Hume ; tradução, notas e posfácio de Bruna Frascolla. - Salvador : EDUFBA, 2016. 262 p.
“Inclui seleção de cartas de Hume feitas à época de sua revisão da obra, além de fragmentos inéditos em português.” Inclui bibliografia. ISBN 978-85-232-1499-9
1. Teologia natural. 2. Religião - Filosofia. 3. Filosofia da natureza. 4. Filosofia escocesa.I. Frascolla, Bruna. II. Título.
CDD -210
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nota prévia concernente a esta edição
Os Diálogos sobre a religião natural tiveram uma longa história antes da publicação. Esta se deu somente três anos após a morte de Hume, como o desculpável cumprimento de sua última von-tade, providenciada pelo sobrinho. Na capa, como que a indicar falta de comprometimento com o livro herético, não havia se-quer o nome do editor.
Ao contrário de como soem ser obras póstumas – encontra-das em gavetas, mal-acabadas ou desprezadas pelo autor –, os Diálogos foram-no pela deliberação do próprio Hume: por trata-rem de tema que gerava grande antipatia social, ele os manteve na gaveta por anos a fio. Assim, por anos a fio tiveram revisões cuidadosas.
Acompanhando certas cartas de Hume, é possível formar uma ideia do histórico redatorial dos Diálogos. Aliando-as ao exame do manuscrito, onde se podem notar rasuras, inserções e varia-ções na caligrafia, Norman Kemp Smith fez sua consagrada edi-
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ção1 desta obra apontando alterações no texto, e por isto tal foi a edição usada como base para a presente tradução dos Diálogos. Pelo que ele pôde concluir, houve um período mais continuado de revisão, de 1751 a 1763, e uma revisão final em 1776, ano da morte de Hume. Seguindo estas informações, indiquei neste volume as alterações mais extensas ou significativas feitas por Hume, bem como o pertencimento a qual período de revisão. O leitor que quiser conferir todas as alterações terá, além da edição Kemp Smith, o próprio manuscrito dos Diálogos disponível em www.davidhume.org. Já o início da redação é difícil precisar, pois, como se verá na carta II deste volume, Hume queimara um texto com raciocínios similares escrito ainda antes de completar 20 anos, i.e., antes de 1731.
Neste volume constam cartas desses dois períodos de revisão textual (i.e., 1751-63 e 1776) onde Hume aluda aos Diálogos ou a discussões teológicas. Em especial nas últimas – inclusive a derradeira –, o leitor acompanhará os atribulados planos de Hume para garantir que seu livro fosse mesmo publicado quan-do ele morresse.
Por fim, dada a irregularidade da tradução dos nomes pró-prios desta obra na literatura, esclareço que segui as regras para a versão de nomes próprios do grego, passando para o latim e em seguida para o português. Nisto contei com a ajuda do Prof. Júlio Lopes Rego, a quem agradeço.
1 Eis a referência: HUME, David. Dialogues concerning Natural Religion. 2. ed. Nova Iorque: Macmillan, 1987.
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abreviações
Para Hume, usei as abreviações de praxe, que põem em caixa alta as primeiras letras dos títulos anglófonos. Os algarismos que se seguem à abreviação são perfeitamente identificáveis para qual-quer leitor que tenha qualquer edição em mãos – são seções, par-tes ou capítulos. O símbolo § indica o parágrafo, o que também possibilita ao leitor encontrar os trechos em qualquer edição. As obras clássicas têm sempre fragmentos numerados, e é a eles que aludo.
DNR HUME, D. Diálogos sobre a religião natural. Neste volume.
NHR HUME, D. História natural da religião. Tradução de Jaimir Con-
te. São Paulo: UNESP, 2005. 158p.
EHU HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. Lisboa:
Casa da Moeda, 2002. 178p. Tradutor: João Paulo Monteiro.
THN HUME, D.. Tratado da natureza humana. 2. ed. São Paulo:
UNESP, 2009. 759p. Tradutora: Déborah Danowski.
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A HUME, D. Resumo de um tratado da natureza humana. Tradu-
ção Rachel Gutiérrez e José Sotero Caio. Florianópolis: Paraula,
1995. 125p.
L HUME, D. The letters of David Hume. Oxford: Oxford Universi-
ty Press, 2011. 2v.
NL HUME, D. New Letters of David Hume. Oxford: Oxford Univer-
sity Press, 2011. 251p.
Ac CÍCERO, M. TúlioT.. Academica. In: CÍCERO, M. T. De natura
deorum; Academica. Tradução de H. Rachkam. Michigan: Har-
vard University Press, 2005. 664p. Bilíngue.
ND CÍCERO, M. T. De natura deorum; Academica. Tradução de
H. Rachkam. Michigan: Harvard University Press, 2005. 664p.
Bilíngue.
RN LUCRÉCIO, Tito. Da natureza [De rerum natura]. In: EPICU-
RO, LUCRÉCIO, CÍCERO et al. Os Pensadores. Tradução de
Agostinho da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1973. 329p. v. 5.
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sumário
Diálogos sobre a religião natural
13 - Pânfilo a Hermipo
17 - Parte I
[Cleantes ataca o ceticismo pirrônico – Filão professa o ceticis-mo acadêmico – Narrativa da história do ceticismo – Explicação histórica e política das posições filosóficas de Dêmeas e Cleantes.]
31 - Parte II
[A tese de Dêmeas da incognoscibilidade da natureza divina – A tese de Cleantes – Críticas de Filão à analogia de Cleantes: Os ob-jetos são desproporcionais e falta experiência – Filão introduz a discussão do sentido: “Não sei o que é Deus.”]
45 - Parte III
[Ilustrações de Cleantes – Crítica de Dêmeas ao seu antropomorf-ismo feita com base na teoria humeana das ideias.]
53 - Parte IV
[Crítica de Cleantes ao misticismo de Dêmeas feita com base numa discussão do seu sentido – Crítica de Filão a Cleantes: Não há por que determinar que a ordem natural tem que advir da racional – Discussão do sentido: Nomes podem ser usados para ocultar a ig-norância.]
63 - Parte V
[Filão aponta uma série de non sequitur no argumento de Cleantes – Reductio ad absurdum: Seguindo as regras de Cleantes, Filão in-venta teologias esdrúxulas.]
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71 - Parte VI
[A teologia estoica, baseada na mesma argumentação de Cleantes, está mais de acordo com a analogia pretendida pelo teísta – Preâm-bulo da hipótese de seleção natural.]
79 - Parte VII
[Teologias inventadas por Filão em conformidade com as premissas de Cleantes apontam a arbitrariedade das conclusões teístas – Há experiência de a razão advir da geração, mas não o contrário: o sis-tema pagão é mais provável – Ataque à evidência do desígnio: tais teologias, hoje esdrúxulas, eram praxe nos sistemas pagãos.]
87 - Parte VIII
[Filão ressuscita o epicurismo e formula uma hipótese de seleção natural.]
95 - Parte IX
[Dêmeas demonstra a existência de Deus – Crítica humeana de Cleantes a essa prova: Não se podem demonstra questões de fato
– Filão critica Cleantes com sua hipótese de seleção natural – Con-senso: como o argumento a priori não convence o vulgo, então o sentimento religioso advém doutras fontes.]
101 - Parte X
[Cleantes e Dêmeas se atacam mutuamente: Enquanto este afirma a infelicidade geral e deriva disto o sentimento religioso, o outro tem que garantir a felicidade geral para poder afirmar a bondade ou sabedoria divina – Ressuscitando o trilema de Epicuro, Filão critica o antropomorfismo de Cleantes. – Apologia do ceticismo.]
115 - Parte XI
[Dado o antropomorfismo assumido por Cleantes, Filão mostra como Deus poderia ter feito um melhor trabalho ao criar um mun-do propenso à nossa felicidade: a inferência da bondade divina não se sustenta – O que se deve inferir dos fenômenos é que, se há uma deidade que os presida, ela amoral – Ao afirmar uma característi-ca da deidade (que deveria ser incognoscível) e ao perguntar pela causa do mal, Filão ataca Dêmeas – A explicação histórica e política para as posições dos adversários se repete.]
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129 - Parte XII
[Filão debocha de Cleantes e finge concordar com ele – Discussão do sentido – Os efeitos da religião são perniciosos – Discussão ver-bal torna possível que se assinta a uma analogia sem significado.]
Cartas selecionadas
I. Carta a Gilbert Elliot de Minto - 149
Petição dos sacristãos - 155
II. Carta a Gilbert Elliot de Minto - 159
III. Carta ao autor de The Delineation of the Nature and Obliga-tion of Morality - 165
IV. Carta a Adam Smith - 169
V. Carta a Gilbert Elliot de Minto - 175
VI. Carta a Adam Smth - 179
VII. Carta a Adam Smith - 181
VIII. Carta a William Strahan - 183
IX. Carta a Adam Smith - 187
X. Carta a Adam Smith - 189
191 - Posfácio
261 - Referências
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