+ All Categories
Home > Documents > Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

Date post: 02-Jun-2018
Category:
Upload: prluzle2
View: 304 times
Download: 2 times
Share this document with a friend

of 108

Transcript
  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    1/108

    RITUAL

    DO

    ~ APRENDIZ MA9OM

    Contendo oCerimonial,

    a Exp1ica~odetodos osSimbolosdoQrau etc.

    por

    J.-M. RAGON

    Antigo Vener~ve1, Fundador dastr~s

    Oficinas dosTrin6sofosemParis,

    autotdo CursoInterpretativo dosInicia~t5es etc.

    Tradu~o

    Frederico OzanamPessoa deBarros

    EDITORA PENSAMENTOS~o Paulo

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    2/108

    INDICE

    Origem do nome Franco-ma~om 7

    Verdadeira origem dos antigos mist6rios e, posteriormente,da Franco-ma~onaria 1 1

    Sum~rio 19

    Ritual do grau do aprendiz 21

    Pref~cio 21

    Os rituais 23 Preliminares 24

    Apresenta~o para a iniciavio, a afi1ia~o ou a

    regu1ariza~o 24

    Intervalos a observar na colavio dos graus 25

    Das demissbes e 1icen~as 26

    Das honras e preced&ncias ma~6nicas 27

    Prepara~o do recipiendgrio 29

    Camara das reflex6es 29

    Disposi~io e decora~o d ~ i loja 30

    Adornos dos oficiais 32 J6ias 33

    Abertura dos trabaihos 35

    Instru~o 63

    Loja de mesa 75

    Reinfcio dos trabaihos 81

    Inicia~io de urn surdo-mudo 93

    Fiia~oNota arespeito do n~imero 3 97

    Profecia dos tr~s irm~os 11 3

    Observa~o 115

    Indice anaifticodos assuntos 117

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    3/108

    ORIGEM DO NOME FRANCO-MAOM

    Muito antes de Aschmole, isto ~, antes de 1646, os inicia-dos nos antigos mist~rios, corn a finalidade de conservar suasdoutrinas, se haviarn misturado aos pedreiros (ma~ons) e ajuda-varn-nos em suas assernbl~ias, por todos os meios que suaposi~&o civil ou de fortunaihes permitiarn; e , para suas reuni~esintimas, dispunham, sern despertar a susceptibilidade das auto-

    ridades, do local que pertencia ~ confraria do s oper6rios em

    constru~Ao. Aschrnole, o sThio autor de nossos rituais sirnb6li-

    cos, tendo sido aceito nessa confraria, agiu da mesma forrna

    corn seus intirnos, para seus concili~bulos secretos relacionados

    tanto corn a sua politica em favor dos Stuarts quanto corn o

    estabelecirnento da nova ordern baseada nos antigos mist~rios,para cuja propaga~o eles elirninararn, pouco a pouco, de seu

    sejo, os oper~rios em constru~o, at~ que chegasse o rnornento

    de propagar abertarnente, sern perigo, essa nova ordern, quelogo deveria invadir o globo. Foi o que ocorreu em Londres,

    a 24 de junho de 1717. Mas, para n~o fazersornbra aos rnagis-trados, eles continuaram a se reunir sob o nome de free masons,

    pedreiros-livres (isentos de taxas), express~o que n~o corres-

    ponde exatarnente ao sentido de franco-rna~orn.

    Em 1725, rna~ons ingleses, partid6.rios do Pretendente,

    fundaram em Paris, por sua livre iniciativa, duas lojas que tive-

    ram sucesso e irnitadores. A rna~onaria material n~o teriaconseguido mais ~xito na Franga do que o norne de ma~om-

    7

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    4/108

    -livre; ej ~ que houvera urna transforrna~io da coisa, seria urnafalta grave n~o modificar-Ihe a denornina~o eadotou-se essa

    express~o feliz: franco-ma~om.

    Esse titulo fez sentir de tal modo aalta importancia damiss~o civilizadora imposta pela nova institui~o, que as bias

    francesas rejeitaram a vaidade ridicula das prociss~es piiblicas,abandonadas pelas corpora~6es de artes~os, e deixararn de soli-

    citar sua adrniss~o ou participa~o na co1oca~o das prirneiraspedras dos monumentos pubblicos, cerirn6nias de todo estranhasa seus rituais e finalidades, a menos que se tratasse da cons-tru~o de urn edificio ~s custas da ordem, para seu uso ou para

    ser consagrado ~ sua benefic~ncia. 0 frances sabia muito bernque n~o se tratava de construir uma parede, por menor que ela

    fosse, ao adotar o titulo de Franco-ma~orn; mas cornpreendeuque, iniciado nos mistdrios ocultos sob o norne de Franco-ma-~onaria, nada mais poderiarn ser do que a continua~o oua renova~io dos antigos mist~rios, ele se tornava ma~om ~

    maneira de Apobo, de Anfi~o. Sabernos que os amigos poetasiniciados, falando da funda~o de uma cidade, referiam-se aoestabelecimento de urna doutrina. ] ~ assirn que Netuno, deus da

    razao, e Apolo, deus das coisas ocultas, apresentararn-se, naqualidade de rna~ons na casa de Laornedon, pal de Priarno,para ajud~-bo aconstruir a cidade de Tr6ia, isto ~, para estabe-lecer a religi~o trolana. ~ assirn que Anfi~o, usando de alegoriaserneihante, construiu os muros de Tebas, ao som de sua lira,

    simbobodas leis (Ortodoxia ma~,6nica).

    A1i~s, devernos nos lembrar de que, originariarnente, nosrnist&ios de Ekusis, os ne6fitos eram polvilhados corn gesso,em rnern6ria do gesso de que se haviarn coberto os tit~s parase disfar~arem quando assassinaram o jovem laco.

    0 v~u que cobre o norne de ma~ons, para significar quese trata de construtores simbdlicos ou fundadores de doutrinas,n~o ~, portanto, moderno e, se ~conservado, o ~ sobretudo por

    8

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    5/108

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    6/108

    VERDADEIRA ORIGEM DOS ANTIGOSM ISTi~RIOS

    e, posteriormente,

    DA FRANCO-MA~ONARIA

    Quando n~asesabe de andese vejo

    on deande se saiu,n~a se sabe oque se ou para onde

    se vat.

    Urn (inico hem nos vejo da India: a INICIA~AO, isto 6, aVERDADE, a protetora do s hornens. A Franco-rna~onaria 6 a re-nova~o dessa Inicia~io e dessa Verdade; achamos que elachegou~ G ~ t1 ia por interm6dio dos druidas e dos celtas, funda-

    dores de Bibracte (Autun), de Al6sia, de suas rnaravilh~s e deseus col6gios inici6ticos, de onde alguns iniciados escaparam ao

    b6rbaro massacre ordenado, 54 anos antes de nossa era, por

    Jfilio C6sar, por ocasi~o do saque de Al6sia (V. Ortodoxia ma-~6nica). Eases iniciados propagararn secretarnentesuas doutrinas

    durante dezesseis s6culos at6 Aschmole, renovador, corn eles,

    dos antigos rnist6rios.

    1 . Da India ya m todos os males, on todos os erros: a feudalisma,a desigualdade social entre o s homens divididos emcastas, a maioria dosmist6rios religiosos, as aberra~6es penitenciais, a abjura~o absoluta desi mesmo, as fustiga~6es, as jejuns, as mortifica~6es, a isolamento nosclaustras, etc. Mas, a mais louco de tados os fan~ticos, na nossa Europaque tanto se compraz em imitar, ngo passariade um inocenteao lado deurn fanAtico hindu.

    1 1

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    7/108

    ORIGENS. A India prirnitiva, sern diivida bern anterior ao

    tempo em que vivia INDRA, n~o pode ser considerada sen~o co-mo urn foco lurninoso pela concentra~o dos conhecirnentos

    adquiridos, dispersos mais tarde e refletidos, em parte, sobre asna~6es que a sucederarn. Essa 6 a origernda Teogoniade Indra,

    recoihidapor Zoroastro, o (inico a nos transrnitir os ensinarnen-

    tos, que se tornararn seus, desse prirneiro dos legisladores oufundadores de doutrinas, os prirneiros benfeitores da hurna-

    nidade.

    Indra proclarnou a unidade de Deus, de onde decorre a

    unidade do g~nero hurnano; e os hornens, tendo urn s6 pai,

    cornurn a todas as ra~as, formarn urnacasta(mica. Dessa forma,

    estabeleceu-se no mundo a igualdade civil que produz a Irater-nidade universal e a liberdade de pensar e de escrever, prirneira

    base moral dos rnist6rios e da Franco-rna~onaria que encontra

    af, corno ponto de partida, sua prirneira coluna hercules, J.~..

    Apurezadesses principios civilizadores alterou-se pela tradi~o.

    Muitos s6culos depois, surgiu MANU, corn suas leis apre-

    sentadas como reveladas e recoihidas em doze livros. Ele ante-

    cedeu de muito o aparecimento do c6lebre Valmiki, o pai da

    poesia sanscrita.

    Manu proclarnou tr~s deuses ou tr~s s6is: o sol da prima-

    vera (primum tempus): nascirnento, forma~o;2 o sol do ver~o:

    crescimento, propaga~iio; e o sol de inverno: destrui~o, trans-

    fo rm a~ & o. Ou urn s6 Deus, urn Sol (nico, representado sobtres modalidades de a~o. Essa antiga doutrina dos tr&s princi-

    pios ou das tr~s idades do homem e do ano, que ent~o tinha

    apenas tr6s esta~es, 6 a fonte de todo o sisterna trinit6rio ma-

    nifestado depois; ela tornou-se a base dos rnist6rios e, mais

    tarde, a base da Franco-rna~onaria, cujos tr&s graus estao em

    perfeita re1a~o corn os s6is de Manu. Deve ser evidente, para

    todo rna~orn de boa-f6, para o escoc~s, para o misrairnista,

    2. Era a ~pocada abertura dos grandes mist~rios no Egita.

    12

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    8/108

    assim cornopara o menfisiano e outros, quea Franco-rna~onaria

    n~o pode admitir nenhurn grau racional depois do grau de

    Mestre, isto 6, que n~o existe nenhuma reve1a~o possivel a ser

    ~eita depois ciatransforma~o que se segue a morte do individuo

    ou a sua desr~ersonifica~o.

    Oito s6culos depois, os tr~s s6is de Manu forarn personi-

    ficados, e tivemos BRAHMA, deus formador, que faz nascer, 1 ~a

    idade; VISHNU, deus conservador, que faz crescer e propagar,

    2.~ idade; e RUDRA ou VIVA, deus destruidor, que personifica e

    transforma, 3.~ e tiltirna idade todas as tr6s refletidas em

    nosso simbolismo. Os sacerdotes dessa trindade rnitol6gica, os

    brarnanes que, corno Manu, ignoravarn os principios civilizadores

    de Indra, adotararn em grande parte os livros de Manu, que,

    diziam eles, erarn revelados, o que nao pode ser porque s~o

    anti-sociais, isto 6, contr6rios a lei divina, a lei natural. Mas a

    fama de Indra era tal que os brarnanes dele fizerarn urn deus e

    urn dos guardi~es do mundo, senhor do c6u, governador do are das esta~6es; eles o representam sentado sobre urn elefante,

    corn quatro bravos, que cornandam os quatro pontos cardeais,

    e empunhando urna for de I6tus.

    O ilustre ZOROASTRO (o astro de ouro), o reformador dosmagos que se tornaram seus discipulos, surgiu 2.160 anos antes

    de nossa era. Imbuido dos principios sociais e das leis deIndra,ele desprezava o brarnanismo corno algo anti-social por sua

    legisla~o, pela sanyo que ele dava, em vez de reforrna-la, a

    divis~o dos povos em castas, ao isolarnento das farnilias, ao

    desprezopelotrabaiho e a sujei~o da muiher.

    Zoroastro ensinou a astronornia aos hindus, aosbac trianos,de quern se diz ele foi rei, e aos persas. Sua moral baseava-seno amor ao pr6xirno; seu dogma, na unidade de Deus; tinha

    em grande respeito o fogo, cornotipo verdadeiro da Divindade

    invisivel, e urnaforte antipatiapor Arirna, principlo n~o co-eter-

    no a Deus.

    1 3

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    9/108

    Zoroastro instrufa seus discipulos em reuni6es secretas que

    corne~avarn ao rneio-dia e terminavarn a meja-noite nurna refei-~o modesta de amigos. Daf, sern diivida, a origern do hor6rio

    que serve para abrir e para fechar nossos trabaihos sirnb6licos.Ajudado por seus discipulos, ele civilizou a Ariana, ou Aria,regi~o central da India, da qual difere por sua temperatura

    sempre arnena. Na India, os ver6es s~o fortissirnos e os invernosterriveis. Ld O s climas s~o r~o diversificados corno as ra~as:existern 1 6 05 homens brancos das montanhas, O s filhos de

    Schir; depois os hornens arnarelos, os negros, e muitos rnesti~osem diferentes graus. Os civilizados, os iniciados, charnados as

    flihos deDeus, acharnbelas as filhas dos arnarelos, e desposarn--nas. Os costumes hindus s~odetest6veis: o orguiho,o egoismo,o desprezo pelo trabaiho e pela muiher, o fanatismo, o 6diopela associa~ito, a astiicia, dorninam entre os hindus.

    Passernos para o lado oposto: em Ariana, china temperado,hitnina (mica e mesma ra~a, fehiz epr6spera, sob as sitbias leis

    de Zoroastro: a muiher nito 6 mais urna serva, mas a dirigentedolas; corno o hornern, ela pode aspirar ao sacerd6cio; 1 6 , nito

    existern classes privilegiadas, nito hit mais sudras ou escravos;em Ariana, o trabaiho 6 considerado urna prece e o trabalhoagricola como a prece mais agraditvel aDeus. Entre esse povo

    afortunado, entre os quais a mitxirna de Zoroastro: Amaa teu

    pr6ximo coma a ti mesmo 6 praticada em toda parte, o tetoconjugal 6 respeitado, a moralidade, honrada; as indiistrias eotrabalho sito encorajados, as re1a~6es de arnizade entre todos,

    mesmo corn osanirnais, muito recomendadas. 0 deus de Zoroas-tro e dos magos era infinitarnente misericordioso: os pr6prios

    dem6nios deveriarn arrepender-se e conseguir o perd~o, isto 6 ,

    tinharn urn purgat6rio, urn paraisoe nada de inferno. Mais tarde,

    esses ensinarnentos, que fazern de Zoroastro o mais ilustre dos

    iniciados e o modelo dos rna~ons, serito recoihidos pelos budis-tas e pelos fil6sofos da Asia (a doutrina de Zoroastro encon-

    tra-se no Zendavesta eno Bundehish).

    14

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    10/108

    Enfirn, surgiu Gauzama, apelidado de BUDA, que quer dizer

    o Sdbio;ele nasceu no ano 1029 antes de nossa era.3

    Os brarnanes haviarnproclarnado oito encarna~6es de Brah-ma, o que4uer dizer queeles haviam estabelecido oito graus deeduca~o religiosa; Buda vein dar ao mundo, n~o urna novaeduca~o, mas a demonstra~o de urna luz mais vivificante,tirada do antigo lar de Indra e transinitida pelos magos de Zo-roastro. Ele declarou-se o reformador do brarnanismo, cujas

    institui~6es anti-sociais ou contritrias a lei natural aboliu. Pro-

    clarnou urn Deus (inico, formador do universo e pai de todosos hornens, os quais, semeihantes tanto por dentro quanto por

    bra,formam, porcerto, umas6 costa que deveviver nurn estadode igualdade social e de fraternidade universal, sob oregime deuma solidariedade reciproca. Livres de regras pueris, de pritticas

    supersticiosas e degradantes, de preconceitos bitrbaros e ernbru-tecedores, enfirn, de tudo o que se op~e a raz~o hurnana, osbudistas abrirarn o caminho do progresso e carninhararn porele, resolutarnente; tirararn amuiher de sua indignidade, decla-

    rando-a igual ao hornem; moralizararn os lagos de farnilia e as

    rela~es sociais; permitiram o uso da came de animais, etc.

    3. Sua lenda 6 maravilhosa, coma a de Krishna, a de Zoroastro, a deMois6s, a de Pit4goras, quanasceu quatrovezes e ressuscitou dos mortos,e a de outros fundadores de doutrinas; todas estao cheias de milagres:Buda desceu ciasregi6es celestes at6 a ~eio de ~ filha do mais nobresangue real, e virgem, embora casada co~ Saudhadana, e permanecendosempre virgem e imaculada. Ele foi con~b~do sem pecado e colocadono mundo sem dorpelo lado ~ireito, aop6 de uma Arvore, scm tocar naterra. Os reis e as sAbias do pais, prevendo seu destina glorioso, apres-saram-se eni ir at6o seuber~o para saudA-lo. Logoap6s seu nascimento,ele foi divinizado. Sua infAncia foi admirAvel: podemos convencer-nosdisso pelas narrativas singularmentesemeihantes a s do evangeiho sobre a

    inf~ncia de Jesus, que a Igreja Cat6lica considera ap6crifas; ambos dis-cutem camo s doutores da lei e confundem-nos pelasua sabedoria. Dei-xandoriquezas paternas, impressionada apenas camas mis6rias pfiblicas,Buda foi meditar no deserto e se preparar para suadivine missao camo jejum ~ a ora~o. Depois ele vpltou ao mundo e pregou suadautrina, a qual se ~ppverteu qu~se tq4a a Asia.

    15

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    11/108

    Sentindo a proximidade de seu fin, Buda, nascido 950anos antes do nascimento de Jesus, confiou o segredo dos mis-titrios a urn de seus discipulos chamado Mahakeya. Na reIigi~ode Brahina, o Oriente aspirava captain, encarnar o seu Deus emtodas as coisas; na religi~o de Buda,ele aspira a distingui-lo, a

    eliminit-lo de tudo. 0 niimero de seus seguidores vai alitin de200 milh6es. Mas seus dogmas, impregnando mais tarde o seuespiritualismo primitivo, acabaram por ultrapassar os do Cristia-

    nismo. Os sucessores de Buda, em sua maioria, merguiharam

    no vitcuo, paramelhor purificar-se das impurezas da exist~ncia,isto6 : tornaram-se cenobitas iniiteis a sociedade.

    Ma~ons de todos os ritos, homens eselarecidos de todosos paises, Indra, Zoroastro e Buda, eis vossos primeiros ante-

    cessores. Se consagramos a Indra nossa primeira coluna J.~.,que representa a Lei natural universal, a religiAo do sitbio, pro-

    clamada por esse legislador, devemos consagrar nossa segundacoluna B.. a Buda, que a praticou e no-la transmitiu nas dou-trinas dos magos etfopes ~ edos sacerdotes egipcios que chega-

    ram atit n6s. Mais adiante, encontraremos outra consagra~odenossas duas colunas.

    Tinhamos 22 anos quando, em 1803, apenas entrados naMa~onaria, criamos haver descoberto as suas origens, e pensa-vamosserjovensdemais (7 anos) para nos permitir asna divul-

    4. Perto de quatro sdculas antes de nossa era, a tirano Eriameno,au Hergameno, que entao governava a Eti6pia (alto Egito), furioso corn

    as obstAculos que a sabedoria dos gimnosofistas, cuja principal col6giolevantava-se na ilha de Meroe, opunha a s suas tendAncias desp6ticas,resolveu libertar-se deles e aproveitou-se de uma cerim6nia que asreunira a todos num mesmo templo para mandA-los massacrar. Essecovarde atentado mergulhou no luto e na desola~Ao as etiopes, quedisputavam corn asegipcios aprimazia da antigilidade e da superiaridadede suas luzes, qu e eles haviam recebido dos hindus, aos quais s e confes-savam inferiores.

    Esta noticia fai publicada no boletim do GA 0.~. de fevereiro de1860, sob a titulo de ALviss~jtAs M A V 6N Z cA S .

    16

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    12/108

    ga~o. A necessidade de mais estudo, a fin de sustentar adiscuss~o que disso poderia resultar, nos reteve, assim corno anecessidade, bern sentida, de antes ler muito, para saber sealgurn escritor jit n~o teria falado a respeito e n~o teria feitourna descobefta melhor. Mas chegarnos at6 agora (1860) serndescobrir, entre os autores, nada que nos satisfizesse completa-mente: em uns (ma~ons biblicos), nossa ordern tern por origemo templo deSalorn~o e as confrarias dos operitrios construtores;em outros (rna~ons tempidrios), nascemos das cruzadas ou da

    ordem do Templo; entre alguns (rna~ons que est~o mais perto

    da verdade mas que corne~ararn pelo rneio do carninho), nossaorigern estit nos rnist6rios do Egito on da Gr6cia; outros, enfirn,

    partern do brarnanismo. Grave emro! A Franco-rna~onaria, urnelo social e civilizador, n~o tern nenhurna liga~Ao corn nenhum

    sisternadissolvente e anti-social. Urn autor moderno disse, nurnlivroimpresso em 1848, que a Ma~onaria nasceu do 6dio pelomal e do amor pelo hem. Essa verdade 6 insuficiente; falta-lhe

    nina data e a base dos fatos. Julgarnos, portanto, estar certosao intitular este artigo: VERDADEIRA ORIGEM D O S MIsT~RIos B,

    POSTERIORMENTE, D A FRANCO-MA~ONARIA.

    Desejando fazer corn que nossos leitores participern dos

    trabalhos nos qnais procurarnos indicar clararnente nossa origernrna~6nica, aproveitarno-nos da publica~o deste Novo RITUAL

    para snbmet~-los a seu julgarnento.

    17

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    13/108

    4

    SUMARTO

    Omnia suntperalleg oriam dicta.So

    Acosrn~iio

    Esteprirneiro gran ensina amoral, explica alguns sfrnbolos,indica a passagern da barbitrie para a civiliza~o: 6 a prirneirapartehist6rica da inicia~o; ele leva o ne6fito a adrnira~o e aoreconhecirnentopara corn o Grande Arqniteto do Universo, ao

    tudo de si mesmo e de seus deveres para corn sens seine-

    dit a conheceros principios fundarnentais da Ma~onaria,suas leis, sens costumes, e disp6e o ne6fito a filantropia, avirtude e ao estudo.

    19

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    14/108

    S iS

    RITUALDO

    GRAU DO APRENDIZ

    Fazer conhecer a Ma~onaria ~ faze-la amar.Os rituais oficiais fazem as ma~ons; estes fazemas iniciados.

    PREFACIO

    A Franco-rna~onaria 6 uma associa~o universal, sujeitaa s leis de cada pais. Em cada Estado, corno em cada loja, ela

    i t nina sociedade intirna de hornens escolhidos, cuja doutrinatern por base o arnor de Dens, sob o norne de GRANDE AR-QUITETO DO UNIvERSO, e o arnor dos hornens; por regra, areligi~o natural e amoral universal. Ela tern por cansa a verdade,

    a lnz, a liberdade; por principio, a ignaldade, a fratemidade, a

    beneficitncia; por armAs, a persnas~o e o born exemplo; porfruto, a virtude, a sociabilidade, o progresso; e por finalidade o

    aperfei~oarnentoe a felicidade da hurnanidade que ela tende areunir sob nina s6 bandeira. Sen centro esen irnpitrio est~o ondeestit o g~nero hurnano; nA o se trata de nina sociedade secreta,

    mas de nina sociedade que tern urn segredo.

    De acordo corn essa defini~o, faz parte da sabedoria e

    do interesse de todas as lojass6 admitir a participa~o de nossos

    mistitrios pessoas dignas d~ compreender os ensinarnentos daMa~onaria e de concorrer para alcan~ar os objetivos a que ela

    21

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    15/108

    se prop6e. As lojas devem, portanto, agir corna rnaior prnd6n-

    cia na admiss~o de urn profano.5 Quanto, nessa ago, deve

    parecer grave a nina oficina sna responsabilidade para corn a

    Ordern toda, se ela considerar que vai d am urn membro a as-socia~o e urn irrn~o a cada membro;porque, ninav ez admitido,

    todosos rna~ons do universo, sejarn eles deque estado, qualidadeon condi~o forern, devern considerit-lo corno tal. Faz parte,

    portanto, da honra das oficinas que os aspirantes sejarn dignos

    de ser apresentados onde quer que seja, e 6 desse modo quenossa institni~o poderit estender segurarnente sua beneficente

    influ6ncia junto a sociedade civil.

    Anirnado pelo desejo de alcan~ar nina espdcie de unifor-

    midade no modode proceder, corn sucesso, a inicia~o, acha-

    mos que o melhor rneio para faz6-lo seria d a m aos rituais a

    ci6nciae o interesse que atit agora Ihes faltararn. Essa instru~oprelirninar que urn Veneritvel habilidoso desenvolverit facilmen-

    te, deixarit satisfeitos os assistentes e sent para o ne6fito corno

    que nina chave para estudar corn proveito e compreender sern

    esfor~onossos sirnbolos. As recep~es recuperarAoa irnportancia

    que merecem.

    0nornede Franco-rna~onaria servin de v6n a nina rnnltid~o

    dc cargos cujos principios e finalidades n~o t6rn nenhurnarela-~o corn os sens. Excetuarnos tints grans (sobre 30): urn capi-tular, o Rosa-Cruz; o ontro filos6fico, o Kadosch, 309 gran, e o

    Grande Inspetor Geral, 33~o e (iltimo gran, gran honorifico eadministrativo, que pertence, corn o Kadosch, ao rito escoctscharnado antigo e aceito, e que se cornp6e de vitrios sisternasscm coertncia, mantidos pela vaidade, embora O s charnadosgraus dos punhais tenharn levantado contra os rna~ons urnamultidto de cahinias, de interdi~6es, de persegni~6es, que nos-sas interpreta~5es tendern a destmuir.

    5. Profano (do latim pro, fora, e lanum, templo, nAo-iniciado).Essa palavra,q ue nunca 6 tomada no mau sentido, op6e-se aqui a iniciado.

    22

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    16/108

    OS RITUAlS

    (colet&nea dascerirn6niasdos ritos)

    Os rituajs nada mais s~o do que urn rneio de se estar emcasa e entre 05 setis.

    o ritual de cada gran6 a coletanea das cerirn6nias, a~6es,marchas, toques que devern ser dados, e senhas, palavras con-sideradas sagradasre quedevernser pronunciadas de acordo corn

    as circunstAncias e os lugares em que se estit.

    Al~rn das palavras dos grans, o suprerno poder regular que

    rege a ordern ma~6nica nos Estados, corno o G.. O.~. naFran~a, dit acada revolu~io solar nina palavra annal e, a cadafesta solsticial, urna palavra para o sernestre.

    O ritual mostra a maneira corno se abrern, se realizarn ese encerrarn os trabaihos do grau, e a instrn~Ao nele dada soba forma de catecismo.

    Nos antigos rnist6rios, era ao p6r-do-sol e nas 6pocas delna cheja que se abriarn e se realizavarn os trabaihos; os traba-lhos dos tr6s grans sirnb6licos tamb6m s~o realizados pelofirndo dia; mas snp6e-se que eles se abrem ao rneio-dia e se encer-ram a meja-noite, de acordo corn o que Zoroastro costurnavafazer corn seus discipulos.

    Essa id6ia engenhosa fornece aos adeptos modernos ocasiaopara exarninar a forte infln6ncia que a lnz e as trevas, isto 6, a

    filosofia e a ignor~ncia, exercern sobre a felicidade e a infelici-

    dade dos povos.~ evidente que afinalidade dos ritnais 6 dar ao s membros

    da grande farnilia os mejos infaliveis de se reconbecerern, ao

    inesmo tempo em que esses rneios constitnern urn obstitcnlopoderoso contra os ardis da impostura e as tentativas da curio-sidade.

    Para urn grande nubmero de irrn~os, adornados corn insig-nias da Ordern e revestidos das mais altas dignidades, os sinais,

    23

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    17/108

    as palavras, os toques constituern os (inicos segredos daFranco--rna~onaria: provarernos que existern ontros.

    PRELIMINARES

    Ningu6rn pode tornar-sema~orn e gozar dos direitos liga-

    dos a esse tftnlo se n~o tiver 21 anos completos; se n~o tiver

    nina repnta~o e costumes imrepreensiveis; se nao tiver urnaprofissAo livre e honrosa; se n~o tiver rneios suficientes para

    viver e se nA o tiver instru~o bastante para compreender eapreciar as verdades rna~6nicas (Estatutos Gerais, art. 9).

    Sito dispensados das condi~6es de idade os filhos de ma-~ons, quepodern ser recebidos aos 18 anos, se apresentarem 0consentirnento do pai on tutor (Id., art. 10).

    Nas renni6es rna~6nicas, todos os irrn~os se encontram

    nurn nivel da mais perfeita ignaldade; nA o existern entre elesontras distin~6es al6m das da virtude, do saber e da hierarquiados cargos (Id., art. 11).

    A loja 6 a oficina fundamental; 6 ela que inicia a vidarna~6nica; 6 sobre ela que se inserern as charnadas oficinas deperfei~do (id., art. 20).

    APRESENTA~AOPARA A INICIA~AO, A AFILIACAO

    OU A REGULARIZA~AO

    Todo profano que rennir as condi~6es exigidas pela cons-titni~o e os estatutos gerais pode ser proposto a inicia~ao porurn on v6rios membros da loja de que ele deseja fazer parte.

    Aquele on aqueles que se apresentarern devern fazer senpedido mediante urn boletirn assinado individualmente e cob-cado no saco de proposi~es. Esse boletirn deveconter o norne,

    o prenorne, o endere~o, o lugar, o dia, o rn~s e o ano de

    nasci-mento, assirn corno as qualidades civis do candidato. 0

    24

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    18/108

    7 1

    presidente faz a leitura desse boletim sern dat a conhecer 0

    nome dos apresentadores e, sem revelar sens nornes, encarregatr~s comissitrios especiais para tornar in[orrna~es a respeito da

    inoralidade e das outras qualidades do candidato. Os cornis-sitrios devem fazer urn relat6rio a respeito na reunhilo seguinte

    (id., art. 252).

    Em caso de urg~ncia, o pcdido de iniciag~io e seti envio a

    urn.a corniss~io pode set feito no intervalo entre uma sess~o e

    outra; nesse caso, as pranclias de convoca~iio deveni designar

    os profanos propostos.

    A adrniss~o de urn profano s6 pode set feita no escrutinjoe de acordo corn as conclus6es do orador (Id.. art. 253).

    Em caso de urg~ncia, nina lola, a pedido de outra loja

    c dc dois membros dessa oficina, pode dat, cm nome dessa

    ~nesrna loja, a inicia~o ao Pro.~. que ela apresentar. 0 pedidoesorito, assinado c timbrado pelas cinco prirneiras luzes da L.~.que solicita 6 guardado nos arquivosda loja que faz a recep~o.

    A presen~ado Veneritvel e de dois outros membros 6 cons-tatada no quadro dos trabaihos do dia (id., art. 254).

    Os pedidos de afilia~iio ou dc regulariza~io estao sujeitos a s rnesrnas forinalidades que as prescritas para as inicia~6es, e

    sets cornissitrios se subrnetem, a esserespeito,aos art. 204 e seg.,

    p~.ra as regulariza~6es, e aos art. 222 e seg., para as afiIia~6es. Nenhum rna~orn pode ser afiliado a nina loja superior se.iiio justificar que 6 membro ativo de nina loja da correspon-

    d~ncia do G.. O.~. (id., art. 255).

    INTERVALOS A OBSERVAR

    NA COLA~AO DOS GRAUS

    A s6rie dos gratis quc ~oinp6eiu cacia urn dos titos adini-tidos pelo G .~ . O .~. tarnb6rn estit dividida em classes c cadaclasse 6 determinada pelo mais iinportante desses graus. Estes

    s6 podein ser conferidos coin a pompa e as ceriin6nias proprias

    25

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    19/108

    desses gratis. S6 os graus intermediitrios podern ser dados me-

    diante cornunica~io (id., art. 256).

    0 gran rnais elevado conferido pot urnaoficina s6 poderitset dado pela pr6pria oficina (id., art. 257).

    S~o considerados corno n~o podendo ser conferidos porcornnnica~ao os rr~s gr.~. sirnb6licos, os de Cav.~. Rosa-Crnz, de

    Cav.~. Kadosch, do Real Segredo e de Grande Inspetor Geral,gran 33O (id., art. 258).

    0 intervalo de tempo a ser observado para a cola~o dosgr. ., a partir da 6poca da inicia~o, deve ser tal que n~o sepossa ser recebido corno COMP.. sen~o aos 21 anos e 5 meses;corno MESTRE, aos 21 anos e 7 meses; corno R.~. C.~. aos 25

    anos; como K.~., aos 27 anos; corno Pr.. de R.~. S.., aos 30anos,e corno G.. J~ G.%, aos 33 anos.

    Quanto aos iniciadoscorn mais de 21 anos, eles s6 pode-r~o set recebidos corno COMP.. cinco meses depois de suarecep~o ao gr.~. deApr.~., e corno M.~., dois meses depois desna recep~o ao gr.~. de Comp.~..

    Contudo, em caso de nrg~ncia constatada pela afirma~ode dois fl>~ Mernbr.~. da Of.~., ereconhecida por urna delibe-ra~o expressa da L.., corn amajoria de 2/3 dos sufritgios, osprazos exigidos para os gratis de companheiro e de mestre pode-r~o ser reduzidos, sern que tais gratis jamais possam ser confe-

    ridos no mesmo dia que o de Apr.~.. A afirna~o, os nomesdos 11.. que a tiverem fornecido e a delibera~o da Of.~. ser~oconsignados no livro de ouro. Para a cola~o dos ontros

    g in . ., observar-se-it, entre cada urn deles, urn intervabo de tr6smeses, submetendo-se estritarnente, quanco a idade, ao que 6prescrito no painitgrafo 1.0 deste artigo (id., art. 259).

    DAS DEMISSOES E LICEN~AS

    Todo pedido de derniss~o deve ser feito por escinito eassinado. ~ depositado no saco das proposi~6es ou endere~ado

    26

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    20/108

    V a Of.~. na pessoa de sen presidente. Se a of.. o acharconveniente, nina deputa~o de tr6s membros sent encarregada

    de se transportar at6 o J~ que pediu derniss~o e convidit-lo adesistir do in~ento. Caso se recuse, o seupedido de derniss~o 6aceito; do ~contritrio,sent considerado sem efeito.

    Concede-se o prazo de urn mts a urn J ~ . para retirain opedidode derniss~o; m as ele deve faz6-bo por escrito. Sen pedidoe desist6ncia ficat~o consignados no livro de onto. Todo

    I.~. demissionitrio 6 obrigado a liquidar o que deve a Of... Sese recusar atab, sua dernissao nA o sent aceita e se procede cornele do modo corno vein descrito nos artigos 260 e 269.

    Pedidos de licen~a devern ser feitos por escrito a Of.~.,que deverit decidir a respeito. 0 qn.~. dos trab.. do dia devemencionain esses pedidos.

    N&o podern ser concedidas licen~as por rnais de urn ano;elas podern ser renovadas corn as mesmas formalidades. N~o se concedem 1icen~as ao ~ que n~o estiver em dia corn

    a Of.. Urna 1icen~a nao dispensa o pagarnento das coti-za~es; contudo, essas cotiza~6es podern set perdoadas ou re-duzidas, mediante urn despachoespecial da Of.. (Id., art. 261).

    DAS HONRAS E PRECED~NCIAS

    MA(~ONICAS

    Urn rna~orn, por mais alto que seja o sen gr.., nA o podepretenderhonranias, preced6ncias on prerrogativas al6rn das ques~o enurneradas a seguir. ~fe esta proibido de usar colareson j6ias al6rn das que s~o ant6rizadas na ordern civil, on entao

    admitidas corno ornarnentos rna~6n.~. nos diversos ritos conhe-cidospebo G.~. O.~. (ver art. 42 a49 dos estatutos e art. 262).

    0 G.~. M.~. 6 introduzido pot 15 membrosprecedidos de

    urn M.~. de C.~., e conduzido debaixo da ab6bada de a~o aobater dos malhetes at6 o lugar do presidente, que I he entrega o

    27

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    21/108

    maihete. Os GG.. MM.. Adj.. s~o introduzidos da inesina

    maneira pot 9 ineinbros.

    Quando o G.. M.., on sens Adj.., nao conservain o

    malbete, eles sempre ocuparn a cadeira da presid&ncia, e o

    presidente se conserva a sna direita.

    Se o G.. M.~. 6 acoinpanhado de seus Adj.., estes secolocain a sua direita e o presidente da Of.. a sna esquerda.

    Os ginandes dignititrios e os grandes Of.~. de hon.~. tarn-berns~ointroduzidos pot 7 ineinbros.

    Os Meinb.. do Cons.~. do G.~. M.. e os Insp.X geraisencarregados de nina inissao pelo G.~. M.. s~o mecebidos da

    mesina inaneira por 7 meinbros.

    O s Meinb.. do G.~. Cal.. dos Ritos, os GG.. Ilnsp..gerais e os inembros do Instituto dogmittico s~o recebidos tam-bernpot 3 inembros.

    Os dignititrios de nina oficina s~o introduzidos peloM.~.de C...

    Todos os Dign.. que acabainos de inencionar s~o cola-cados a 0. .; as mais altos em ~. junta do presidente.

    Os Cav.~. K.. e as Cav.. R.. C.~. tainbitin s~o coboca-

    dos aO.~. (art. 250 do s estat..).Urna Of.., seja qual for o sen rito, urn ~ seja qual

    for a sen gran.., n~o podern exigir que sejarn recebidos norito que professarn nurna Of.. de ontro rito.

    As oficinas s6 podem esquivar-se de prestar as honrasrna~6nicas quanda as ma~ons que devein setobjeto das inesinas

    o pedimein farmalmente (id., a in t. 263).

    0 presidente acoihe ecuinpriinenta as comiss~es, as depn-ta~5es on as visitantes, e faz corn que as aplandain a snaentrada.

    Ele faz cam que se prestein aos Of.~. Digsiit.~. dos GG..0.. estrangeiros as honras devidas a s snas dignidades (id., art.

    264).

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    22/108

    PREPARA~AO DO RECIPIENDARIO

    0 Prof.., deve set levada pot nina entrada particular, se

    possivel, aa ldcaI,par senprapasitar, que a entrega aas cuidadasdo I~ prepamadar; este inanterit nina apaulncia severa e res-

    V panderit brevernente, sern rudeza, a s perguntas que lhe sejarnfeitas. Se ainda n~a tiver chegada a hara da abertura do s tra-baihas, arecipienditria sem i t levada a qualquer lugar secreta deonde n~a passa vet nern recanhecer ninguitin. Mas, urn paucaantes da abertura da Loja e mediante avisa do Veneritvel, ele

    sent introduzida na carnara on gabinete das reflex6es e de pre-pam a~ ao .

    CAMARA DAS REFLEXOES

    urn lugar escuro, irnpenetritvel aas rajas do sal e ilurni-nado pot ninal~rnpada sepulcral. As paredes, pintadas de negro,est~o carregadas de emblernas f(inebtes, afin de levar ao reca-

    Ihirnenta e a rnedita~a a recipienditria que, tenda de passarpelas quatra elernentos do s antigas, sujeita-se a sna prirneiraprova, a da TERRA, no seia da qual, sup6e-se, ele esteja, para

    lembrar-ihe sna ilitirna inarada sob a forma do esqueleto que

    jaz junta dele nurn caixao aberta, para siinbalizar a nada dasvaidades humanas. Se nao hanver esqueleta, calacar-se-it nina

    caveira sobre a mesa. Ainabilia dessa sala cansistenurna cadei-m a enurna mesa, coberta par nina toalha branca, sabre a qualest~o papel, tinta, p6 pena e nina litinpada. Acirna da mesaest~orepresentadasurn GALO e nina AMPULHETA; encirnanda-as,

    item-se estas duas palavras: VIGIL~NcIA (sabre suas a~6es),

    PER5EVERAN~A (no bern, pais as horas est~a contadas).

    As inscti~esque casturnarn set calocadas nas paredes s~o

    as seguintes;

    Se a curiosidade te trouxeate aqui, val-te embora.

    Se temes ser esciarecido quanto a teus defeitos, ndo te

    rentirds bem entre nos.

    29

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    23/108

    Se 6s capaz de dissimulagt~o, come~a a tremer, pois sert~s

    descoberto.

    Se dds importdncia ~distin~iAo entre as pessoas, sal, pois

    aqui a desconhecemos.

    Se tuaalma sentiu medo, ndo sigas adiante.

    Se perseverares, serds purificado pelos elementos, sairds do

    abismo dos trevas, verds a luz.

    Depois de ter dadatempo aapacientepara fazer senexamee suas reflex~es, lhe i t entregue urn papel cantenda trits pergun-tas que ele deve responder; elas podern dizer respeita a sna

    pmofiss~o, a sna pasi~a no munda, etc. Eis as perguntas maisusadas:

    0 que 6 que o hamem deve a Deus? 0 que 6 que

    ele deve a simesmo? 0 que 6 que eledeve a seus seine-

    Ihantes?

    Essas perguntas podern set resurnidas no amor a Dens, noamor a si mesmo e no amor asens semeihantes 6

    0 I.. pinepamadar entra e lhe diz que, inda passar dali apauca pama nina nova vida, exige-se que ele fa9a e assine sentestarnento, que apreparadar virit pegat junta corn snas res-pastas.

    DISPOSIgAO E DECORA~AO DA LOJA

    Aloj a deve set caberta corntecidos de cares azul e branca,a n~a set que represente alguma otd~ern de ainquitetura an que

    seja decorada de pinturas que tenham alguma analogia cam asciitncias, as artes, a agricultuta an mesma a guetra (ver a ins-tmu~o). Mas, tanta quanta possfvel, o teta deve set urn c6u

    semeada de estrelas.

    6. Na titual imptesso em 5801, sob a titulo de Regulador do Ma-

    ccm, as trits perguntas s~o estas:

    0que urnhomem honesto deve a si pr6prio?0que devea seus semeihantes?0que deve h suapdtria?

    30

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    24/108

    Na rita escacits, a pintura it vermeiha.

    Trits luzes, nina a oriente, para o sub, duas a ocidente, doslados forte e ~nl.

    Aacidente ficam duoscalunasocas, de bronze, de ardemcarintia. Sabre cada capitel ficarn trits ram~s entreabettas. Sa-bre a fuste da coluna da direita, ao entrar, estit a letra B..; e

    sabre a da outra coluna, a letra J.~., que sempre deve ser ilu-

    minada durante a teuni~a dos trabalhos do prirneima gran.

    No rita escacits, a caluna B.~. fica a esqnemda e a caluna

    a direita.

    Piso MOSAICO, sabme a qual i t tra~ado, no rneia do templa,urn pauco para aoriente, a quadro da Laja. A cada meuni~a,desenha-se ai esse quadma mistemiaso, corn giz que, depois dostrabalhas, it apagado corn nina espanja ligeirarnente embebidaem agna. Esse i t a rneia de evitar as gastos e aabuso de urn

    quadra pintado, que pode c a m em rn~as pinafanas.

    Esse quadra deve representar:

    1.0 Os sete degraus do tempba e a piso mosaico de senp6rtica;

    2.0 As duos colunas misteriasas corn sen managrarna J..e B... Entre as duas calunas, a altura dos capit~is, urn com-

    passo abetto, corn as pantas para aalto;3~o A esquerda da caluna J.., a pedra bruta; a direita da

    coluna B.~., a pedra cabicapantiaguda e, entre a fuste dessasduas calunas, a portado templo;

    4~o Acirna do capitel da cal.. J.~., aperpendicular e, acimada cal.~. B.., a nivel;

    5~0 No mejo da parte superior do quadma, desenhar-se-iturn esquadro; a direita, a sol; a esquemda, a lua e, embaixa do

    quadma, a prancha de tra~ar;

    6.00 funda da partesuperiam representarit urn c6u serneadade estrelas tuda issa deverit set ceincado pela bordadentada;

    31

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    25/108

    79 Enfim, desenhar-se-~a tr6s janelas, a 1 9 a acidente,a 2.~ a ariente e a 3.~ aa mejo-dia.

    A ariente, fica urn dossel de tecida azul corn franjas deaura; debaixo, fica urn trono, onde se senta a presidente; atrits,fica a delta sagrada. Diante do trana, estit urn altar on mesa

    cabertacorn urn tapete azul de franjas de aura sabre aqual secoboca urn malhete, urn compasso, a espada flamejante, a livro

    dosestatutas gerais e urn candelabro de trits bma~as. 0 trano e aaltam s a o elevadas acima do pisa, sabre urn estrado de trits de-graus. A ariente, fica a estandarte da baja.

    Para o rito esc.., a dossel e o tapete saa de tecida vemme-lho corn franjas de onto e, sabre o altam, caloca-senina Biblia.

    Urn pauco na frente, coloca-se nina pequena mesa trian-gular, chamada altar dos juramentos.

    A esquerda do trona, fara do estrada, a frente da cal..do meja-dia, ficam a estante do orador, ande se encantram as

    Estatutos Gerais e as Regulamentas daaficina, e a estante do

    Tesoureiro.

    Frente a frente, diante da cal.. do narte, ficam a mesa dosecretitmia e a estante do hospitaleiro.

    Aocidente, junta da cal.~. B.., fica nina poltrona para a1.0 vigilante. Em frente, junta a cal.~. J.., fica autra poltronapara a 2.0 vigilante. Cada urn desses aficiais tern diante de sinina mesa sobre a qual estit cabacado urn ,nalhete.

    Para o rito escocits, i t a aeste, diante da cal.~. J.., que S ecolacam a poltrona e a mesa do 1.0 Vig. . ao sul, na dire~iaaeste, ficarn as do 2.0 Vig.

    ADORNOS DOS OFICIAIS

    Eles usarn coma calar a cordAo azul achamalotada, emcuja extremidadeprende-se a j6ia.

    32

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    26/108

    JOIAS

    A do Venetitvel it urn esquadro; a do 1.0 Vig.., urn nivel,

    a do 2.0Vig.~., ninaperpendicular;a doaradar, urn livro aberto;ado sectetittio, duos penasno colai, a do mestine de cerim6nias,nina espada.

    OB5ERVA~XO. Ha Lajas ande as aficiais e mesma aVene-titvel acham que, usanda a colar, padem dispensar o usa doaventalprdpriade sen gran.Trata-se de urn erra e de nina falta:aavental, simbala do trabalha, it mais necessittio quea camd~o;ele6 o verdadeira trajema~6nico, o card~a 6 apenas urn adamo.Nasassembl6ias, para certas graus elevadas,n~a se usa aaven-

    tal, porque dit-se o trabalho coma terminado; mas nas assem-bl6ias simb6licos, nas quais se inicia a trabaiha ma~6nico, a

    avental6 indispensitvel.

    Tadas as irm~os esr~a armadas de giddios (espadas). Naslojas, as luzes recebem o name de estrelas. As banquetas, junta

    aa lugar ande ficam as II.., s~o colunos. Hit duas banquetascirculates a Or.., pama recebem os fl~ de gran elevada on de

    Na laja n~o se escreve: tra~a-se uma prancha; apapel 6

    a prancha de tra~ar; a pena, urn ldpis.O templa recebe a name de lojaon de oficina,ninareuni~a

    de ma~ans mecebe a mesma denornina~aa; o que i t feita nessasteuni~es mecebe a norne de Trabaihos.

    Urna Lajacarnp6e-se de aficiais, cuja QUADRO it a seguinte:

    RITO F R ~ .t~ cit s RITOEscocfts

    UrnVenerAvel, presidente. UrnVenerAvel, presidente.Dais Vigilantes (1.0e 2.0). Dais Vigilantes.UrnOradar e Adjunta. UrnOradar eAdjunto.Urn SecretAria. Urn SecretAria.UrnTesaureira. UrnTesoureiro.Ur n Guardados selos,timbres e Ur n Guarda dos Selas.

    arquivos.

    33

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    27/108

    UrnHospitaleiro on I..ElemosinAria.

    Urn Mestre de Cerim6rnaseAdjunto.

    Tr&s Expertos, urn dos quaisdesempenba as fun~esde ITelbador.

    UmI.. DeputadoaoG.

    0. daFran~aUrnMestre on Ordenador dos

    Banquetes.

    UrnArquiteto doTemplo.UrnI..Porta-bandeira on

    estandarte.

    UrnI Terrivel onI.. Cobridor.

    U rn I.~.Servidor.

    IUrnEsrnolesr on Hospitaleiro.

    UrnMestrede Cerirn6nias.

    DaisExpertos.

    UrnMestre dos Banquetes.

    DaisDiAconos.

    Urn Arquiteto doTemplo.Urn Porta-estandarteon

    Porta-espada.

    UrnGuarda do Templo.

    Urn I.. Servidor.

    34

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    28/108

    ABERTURA DOS TRABALHOS

    Beflum vitiis,parhominibus.

    Estando meunidos as Itm~as no local e m evestidos de suasinsignias ma~6nicas, aVenetavel sabe ao trana e dit sobre a

    altar urn golpe de malhete, tepetido pebos vigilantes. Imediata-mente, faz-se silitncia, tadas se dirigern aseuslugares e se man-titin de pit.

    OVen.~. diz: 1.. 1.0 Vig.., sois ma~om?

    R. Meus II.. me reconhecern corno tal.

    P. Qual o primeiro dever dos vigilantes na oficina?

    R. Assegutar-se de que a tempbo est~ bern caberta (aoa~rigo de qualquerindiscri~Ao de profanos, tantointerna quanto

    externamente) e se tadas as II.. que ocuparn as cainnas s~arna~ans.

    P. Tendea bondade devos assegurar disso, meu I... 0I.. 1.0Vig.. diz aa 2.0 Vig..: I:. 2.0 Vig... Tendea bondadedevos assegurar de queo templo estdbern cob erto, e se todos os

    II.~. de vossa col.~. s& o Mae...

    O I.~. 2.0 Vig.. diz: I.. experto, cumpri vosso dever. 0I.~. experto, de espada em punha, sai e recomenda ao ~. ca-bridom que cuide davigiitncia externa do p6rtico.Enquantoissa,as Vig.. percorrem rapidarnente suas cob.., S e, do ingar andese encantinarn, n~o for suficiente a inspe~aa ocular.

    O I.. expetta volta efala em voz baixa aa I.. 2.0Vig..,que infarma a 1.~ Vig.~ que a templo eshi caberta externa eintemnamente e que tadas as II.. da cal.. do fortesaoma~ans.

    35

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    29/108

    _I

    O I.. 1.0 Vig..: I.. Ven.., a templa estA caberta tantaextema quantainternamente, e tadasas ~ das duas cal.. s~a

    ma~ons.

    O Ven.. d~ urn galpe e diz: A ordem, meus II... 1.. 1. Vig.., qual ~ o segundo dever dos Vig..?

    R. ~ assegumar-se de que tados os II.. estAo a ardern.

    P. E eles esti~o?

    O I.. 2.0 Vig.. diz aa 1.~ Vig..: Tados as II.. de minha

    cal.. est~a em ardem.O1.0 Vig..: I.. Ven.., tadas osII.. de ambas as calunas

    est~a em ordern.

    O Ven.. I..: 1.~ Vig..: A que horas se sup6e que osma~ons abremseus trabalhos?

    R. Aa meia-dia, Veneritvel. P. Que horas sAo, 1.. 29Vig..? R. E meia-dia, Vener...

    O Vener6vel: Jit quei t a hora em que devemas abrim nassas

    trabaihas, II.. 19 e 2.0 VV.., convidai os II.. de vassas ca-Innas a se juntarem a mirn, para abrim as trabalhas da Resp..

    Laja N. .., a ariente de ~., no gran de aprendix, rita N...

    O 1.0 Vig..: I.. 2.0 Vig.., II.. que adarnais a calunado meio-dia, aVenetavel convida-nas a juntar-nas a ele para

    a b m i m as tinabaihas, etc. 0 2.0 Vig.. leva esse aniincio atitsna caluna.. e infamma a respeita a 1.~ Vig.. dizenda: I..1.0 Vig.. a an.incia chegon atit minha cal... Este diz:

    Vener..,a an(incia fai feito nas duas cal...

    O Veneritvel dit, no altam, as trits golpes misteriosas, ques~o repetidos pebos vigilantes, e diz:

    A mim, meus irmaos (tadas olham para ele)!... pelo si-nal..., pela bateria e a aclama~izo... (A bateria 6 de apenastrits galpes, que naa devem set triplices, coma i t costume em

    muitas Loj as.)

    36

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    30/108

    O Vener..: Meus 11 05 trabalhos est~o ab.ertos, assumivossos lugares. Os Vig.. repetem essas palavras. Tadasse sentain.

    OVenet~.: I.. Secret.., quereis ler-nas a prancha tra~adaem nassa iiltima assembl6ia?

    II.. 1.~ e 2.0 Vig.., canvidai vassos II.~. a prestarern

    aten~aa a essa leituma.

    Feita a aniincia, a Ven.~. diz: I.. secretitria, tendes apalavra. Temminada a leitura, aVen.. diz: II.. 1.~ e 2.0

    Vig.., tende a bandade de informar vossas II.. de que, se elesquiserem fazer abserva~6es sabre a reda~a da ata cuja leitura

    acabam de ouvir, ser-ihes-it dada a pa]avra.

    Os Vig.. fazem a an(incia. (As obsetva~Oes s6 pademse refemir ao moda corno a prancha fai redigida; n~a se pade

    mudar nada do que fai irrevagavelmente decidida na ijitirnar assemblitia.)

    Se algum ~. tern abserva~6es a fazer, ele se levanta, pedeapalavra e, depais de tit-la canseguida, deduz suas abserva~6es,que s5a discutidas, levanda-se em canta suas taz6es.

    Casa nita haja absetva~6es a fazer, a 2.0 Vig.. diz: I..

    1.0Vig... nao hit nenhuma abserva~a em minha cal...O 1.0Vig..: Ven.., nenhum I.~. das duas cal.. pede a

    pala v i n a .

    O Ven.~ I.. Orad.~., tende a bandade de dam vossas

    canclns5es. 0 Omad.: Cancina pela aptova~o da ata.

    O Ven..: Meus ll~ nita tenda sida feita nenhurna abser-va~io sabre a meda~a da ata, demos-Ihe nossa assentimenta.Cada urn, a exempla do Ven.., estenda a bra~adireita e deixe

    cair a m~a sabme a coxa.

    O Ven..: I.. M.. de Cerim.., tende a bandade de ir atito adro e saber se hit II.. Visitantes. Esse aficial obedece e

    vein dat conta de sna miss~a entre os dais vig... Se houver

    37

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    31/108

    visitantes on deputa~6es de lojas, a Ven.~. encarrega aI.. 1.0experto de ir reconhecit-los, e convida urn M.. de Cerirn.

    adjunto a it fazer-ihes companhia.

    Tendo a I.. experto prestado conta da regularidade dosII.. visitantes, o Ven.. ordena su n introdu~io, corn as honmasdevidas a sens gratis e dignidades (de acordo corn as art. 262,

    63 e 64 do s estat..).

    O I.. cobridor informa a M.. de Cerim.. Adj.. que ele

    pode introduzir as II.. visitantes.

    O M.~. de Cemirn.~. Adj.. bate a

    porta do templo. O sVig.. aanunciam.

    O Ven.~.: I.. 2.0 Vig.~., rnandai vet quern bate comarna~orn.

    R. S~o as II.. visitantes que pedem para entrar no templo.

    O Ven..: Dernos-lhes entradano templo: De p~ e a ordern,meus II.., espada na rn~o. (Se as visitantes s~o de ginans e

    dignidades elevados, algunsII.. armados de estrelas ir~a a senencontino e a cartejo avan~ar~, ao ruido dos rnalhetes, sob a

    ab6bada de ago.)

    O Ven.~. cumprirnenta as II.. visitantes, agradece-ihesa presen~a e manda aplandir para dar-Ihes as boas-vindas.

    Tendo as II.. visitantes respondida, a oficina, a orderndo Ven.., cobre snas baterias. (Se avisitante pertence a urnalto gran na hierarqnia da ordern, sens agradecirnentos n~o s~ocobertos par respeita a s fnn~6es que ele exeince.)

    O Ven..: [~ M.. de Cerirn.., conduzi as M.. Q.

    II.~. visitantes aos lugares a que titin direito.

    O Ven.. informa a assernbkia sabre a finalidade da can-voca~a: arecep~ao de urn Pinof.. admitido, par escrutinia, naiiltima assernbkia. Ele reclarna muita aten~a e silitncio, consi-derando set a inicia~ourn do s atos mais s&ias da rna~anaria,

    pais se trata de conduzir urn hornern virtuoso ao carninho da

    verdade.

    38

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    32/108

    O Ven..: Mens II.., pot dais escrutinios unitnirnes, admi-

    tistes aProf.. N. ... p am se apresentar a fin de set admitidoa nossos mistitrios; se nao hit oposi~ao, pe~o-vos que testemn-nheis a voss& assentimento do macla costurneiro; II.~. 1.~ e 2.0Vig.., tende a bandade de levar esta noticia a vassas cal.....

    Os Vig.. executam a ardern e anunciarn que n~a se faznenhurna apasi~a.

    O I.. orador, a canvite do Ven.., carnunica suas concin-s6es em favor da adrnissAa.

    O Ven..: Mens II.., ji t que n~o hit apasi~ito, demos nos-so consentirnenta pela sinai casturneira. (Todas as fi> esten-dem a rn~o direita e deixam-na cair sabre aavental.) Casahaja algurna aposi~o, sentpreciso discuti-la.

    O Ven..:I.. M.. de Cerirn.., tende a bandade de ad-vertir, peba I.. cabridar an teihador, aI.. preparadar que aloja espera a conta que ele estit encarregada de ihe prestar.

    Tenda sida advertidoa ~. prepamadat, bate e 6 intraduzi-do. Presta conta das disposi~5es do aspirante, e entrega no I..M.. de Cerirn.., queas leva ao Ven.., as respastas a s trits per-guntas e a testarnenta exigida.

    o Ven..: I.. preparador, ide dispar a recipienditria noestadocanveniente, eentregni-me sun espada (se ele tiver nina),sunsj6ias esens metnis.

    O I.. preparador sai e volta, entreganda no M.. de

    Cerirn.., que as entrega ao Ven.., as j6ias, as metais, etc.

    Enquanta a Ven.. faz a loja a leitura das respastas e

    do testarnenta, que ele acampanha corn suns abservn~6es, aI.. prepamadom venda as aihos do recipienditria, fit-la snir do

    gabinetede teflex6es e a colocano estado emque ele deveentrarna loIn, isto 6 , corn a cnbe~n descoberta, a metade do corpo

    em carnisa; ele tern a brn~o e a seio esquerdo descobertos, a

    joelho dimeito flu, a p6 esquerdo em chineins. (Se a esta~io formuito fria, coloca-se urn manto sobme sens ombros.)

    39

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    33/108

    A

    O Ven.~.: I.. experta, a v6s it que esul canfiada a impar-tante rnissao de submeter a recipiendaria a s pravas fisicas, dedirigi-lo nas vingens sirnb6licas e de fazit-ba passar pelas ele-

    mentas que ele ninda tern de atravessar. Ele deve ser preparada;tende a bandade de it buscit-lo e apresent~-la, batenda coma

    Pinof... 0 I.. experto cobre o templa.

    O Ven..: Meus II.., durante a mecep~ao, abstenhamo-nos

    denos designerpets nossasfun~i5e s.

    Batern a parta do tempbo coma prafana.

    OVen.., corn vaz forte: Vede quem ousa bater assim. 01.0 Vig.X repeteessas mesmas palavras no I 2.0 Vig., que as

    transinite no 2.0 experto. Este entineabre a parta e diz: Quemsois, o que quereis?

    R. ~ urn profana que pede para set recebida coma rnn~om. Essa respasta i t dada pela 2.0 experta aa 2.0 Vig.., que a

    passa no 1.~ Vig.. e este aaVen.. (cada perguntae cada res-

    pasta devern segnir essa tiniplice interrnedia~Aa).

    O Ven..: Perguntni-lhe em que ele baseia sua esperan~a

    deseradmitido entre osfranco-ma9ons.

    R. Ele espera ser admitida porqne it de bans costumes e

    gaza de urn estadalivre e honrasa. (Coma a rnn~anaria admitehornens de todas as paises e de tadas as religi6es, deve-se abs-ter de toda qnestAo teligiosa on politica que passa ferir ascren~as do recipienditria an do nndit6ria.)

    O Ven..: Pergnntni-lhe o nome, os prenomes, a idade e olugar de nascimento. (Respondern-lhe.)

    O Ven..: Pergnntai-lhe a profissijo, o endere~o atual e se

    sua inten~o 4 realmente ser recebido como franco-ma9om?

    (Respondern-Ihe.) 0 Ven..: Fazei-o entrar. (Repece tritsvezes.)

    O 2.0 experta puxa muidosarnente as trincas e abre de parem par a porta; tenda entradaa Prof..,ele tarnaa feclul-la cornruido. 0 I.. 1.0 experto, segurando a recipienditria pelas duns

    40

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    34/108

    rn~os, leva-a at~ senlugar e diz ao 2.0 Vig.., que a repete no1.0, e este no Ven.~.: 0 profano estd entre as duas ccAunas

    (pansa e siI~ncia).

    0Ven. ~: Senhar, as qualidades que exigirnas para alguitinser admitida s~o a inaiar sinceridade, nina docilidade absaluta,

    nina canstAncia a tada prava. Vassas respastas a s perguntasque vasfarei nos fnrAa julgar a respeita do que devernas pensam

    a vassa respeito. (Fazei corn queo Prof.. se sente.)

    P. Qual 6 a vossa inten~Aa, apresentando-vas nqni, e aqueinspiron a vossa deseja? N~a predorninan nisso a curiasidade?

    (0 Ven.. espera, a cada pergunta, a resposta do recipien-d A inia ,e fnz-lheabje~6es campativeis corna genera de senespiritae de sen cnr~ter.)

    P. Qual a iditin que fazeis da Ma~anaria? Respondei cam

    franqueza.

    & P. Estais pronto a submeter-vas a s provas pelas qunis de-

    veis passar?

    P. Sabeis qunis as obriga~6es que cantraireis entren6s?

    P. Quem vas apresenton nesta laja?

    P. V6 s a canheceis coma ma~am?

    P. Ninguitin vas prevenin a respeita do que fazem as ma-

    cons?

    P. Quais as reflex~es que fazem nascer em vosso espirita

    as objetas oferecidas aos vassas olhos no lugar em que fastesfechada?

    P. Que pensais do estado em que vos encantrais?

    P. One iditin fazeis de ninasaciedade na qual se exige que

    o candidata seja aptesentada nurn estada que deve parecer-vosestran ho?

    P. Vossa confinn~n einicintiva nA o sA a urn tanta levianas?

    P. N~a temeis que estejamas abusanda do estado de fra-queza no qualfostes meduzido? Sern armas, sern defesa, e qunse

    41

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    35/108

    nn, v6s vos entregais no poder de pessoas que vos s~a desca-nhecidas!

    P. 0 exarne moral a que vas submeteis nAa vas cansa

    algum ternar?

    P. 0 que ~ a ignordncia? Epor que os ignorantes s~o

    teimosos, irasciveis e perigosos? (Depais da respasta), a Ven..acrescenta: A ignarAncia (em lat. ignorantia, feita do in priva-tivo e gnarus, que sabe) it a falca de conhecirnenta, de saber.

    ~ da ignor~ncia de si mesma que decatrern tacos as vicias. H~tr~s espitcies de ignarancia: nt~o saber nada, saber mal o que se

    sabe, saber outra coisa e n ~ b o o que se deve saber. 0 canheci-menta, coma a ci~ncin, tern duns extrernidades que se tacarn: a

    prirneirn it a ignorAncia natural de tado harnern que vein aomunda; a antra extremidade it aquela nande chegarn as grandesalmas que, tendo percorrido tudo a que as harnens padern

    saber, vitern que eles n~a sabern nada em carnpnrn~o aa que

    titrn de aprender, e se encantrarn qunse na mesma ignar~nciadaqualhaviarn partido; inns trata-se de nina ignar~ncia sThia, es-clarecida, quese conhece. O s que safrarn da ignarancin prirnitivaen~a ndqnirirnrn, na jarnada da vida, sen~o urn verniz de ci&n-

    cins malcompreendidas, prevalecern-se de urn falsa sabem e sefazem de encendidas. A religi~adesses ignarantes n~a pade set a

    mesma que a dos sThios, que tern coma princfpia a taler~ncia,

    a amar da hurnanidade e a respeito a si mesma. Eis pain que asignarantes s~a teumosas, irasciveis, perigosas; eles perturbarn edesmaralizarn a saciedade; para rebaixar sacialmente a pava,

    eles a rebaixarn intelectualmente e a privarn do canhecirnentode sens direitas, sabendo muito bern que, mesma corn a mais

    liberal das constitni~6es, urn povo ignarante sempre se r~ t escina-va. Taisignarantes, inirnigas do progresso, devern partanta, para

    rnelhar darninar, mejeitar tada lnz, tarnaras trevas mais espessas,Intar serndescanso contra averdade, contra a bern,contra Dens.

    P. Dizei-nos vossa opini~~o a respeito do fanatismo e dasupersti~do. (0 recipiend~ria responde.)

    42

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    36/108

    o Ven.. acrescenta: 0 fanatismo ~ urn culto insensato, urnerro sagrado; 6 urna exalta~o religiosa que perverteu a raz~oe

    quelevaa a~6es conden~veis corn o objetivo de agradar a Deus.Diz-se: Os @urores do fanatismo; trata-se de uma desordem

    moral, deuma doen~a mental que, infelizmente, ~ contagiosa. 0fanatismo, uma vez enraizado num pais, toma af o car~ter e aauroridade de urn principio, em nome do qual seus partid~riosdesesperados fizeram, em seus execr~veis autos-de-Ik morrermilhares de inocentes.

    Por analogia, do-se esse nome ao desejo ardente do triunfode sua opini~o, da realiza~o de seus projetos, etc. Na maioriados fanatismos, apenas o seu abuso 6 perigoso; pois sem eles, o

    homem nada faz de grande. Mas fujamos e combatamos ofanatismo religioso!

    A supersti~o (do lat. super, acima, stare, ficar: coisasobrenatural) 6 um culto errado, um culto malcompreendido,chejode v~os terrores, contr~rio ~raz~o e ~sid6ias sadias que

    se deve ter de Deus. A supersti~o 6 a re1igi~o dos ignorantes,das almas medrosas emesmo dos s~biosque, por faltade racio-cinar, n~o ousam sacudir o jugo do h~bito. A maioria das reli-gi6es n~o passa de supersti~6es geradas pelo medo, podendo

    levar ao fanatisrno; este tiltimopode elevar a alma, enquanto asupersti~o nadamais faz do que avilt&Ia. Ambos s~o o major

    dos inimigos da re1igi~o e da felicidade dos povos.

    P. 0 que~ o erro? (0 recipiend~rio responde.)

    0 Ven. 0 erro 6 uma opini~o falsa adotada por igno-rancia,por falta de exame ou de raciocinio; trata-se de urnfalso

    julgamento, de urna falta, de um engano; 6 urn desvio da raz~o,da verdade, da justi~a; 6 uma pervers~o do espirito, que tomaofalso peloverdadeiro. Podemos aplicar ao erro o sentido desta

    maxima: 0 hornem se cansa do bem, procura o meihor, en-contrao mal e nele permanece.

    7 Todos oserros de urn juiz s~ofunestos. 0 erro produz a seita e nunca a verdade.

    7. Palavras do prfncipe de Ligne, relatadas por M. Montal.

    43

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    37/108

    P. 0 ques~o os preconceitos? (0 recipiend~rio responde.)

    0 Ven. Os preconceitos, como o nome o indica, s~ojulgarnentos feitos ou admitidos antes de um exame, ou se mexarne; s~o erros, falsas cren~as admitidas sem provas; a pre-ven~o piiblica ~um preconceito; trata-se de um flagelo anti-

    -social, de urna natureza obstinada, que s6 cede ~ for~a daexperi~ncia e da raz~o. Trata-se de um rnal cuja fonte ~ aignor~ncia e o erro. Combatarno-lossem descanso, esclarecendo

    a hurnanidade. Cada vez que urn povo ou um individuo se

    Iivra deurn preconceito, ele d~ urn passo a rnais rurno ao pro-gresso.

    P. 0 que ~ a mentira? (0 recipiend6.rio responde.)

    0 Ven. Essa palavra deriva do latirn mentis somniumou mentitum somnium, isto 6 , sonho do espirito ou sonho men-tiroso, de onde esta antiga rn~xirna: Todos os sonhos sdo

    mentirosos. Amentira 6 , portanto, urn fato contr~rio ~ verdadee concebido na inten~o de enganar. A rnentira ~urn grandeengano. 0 velhaco diz mentiras, o tagarela faz patranhas (men-tiras sem conseqiL~ncia). Nas muiheres, a rnentira ~ urn vicio

    do espfrito edo cora~o. H ~i erros sagrados que s6 se sustentampela rnentira. Dizer mentiras 6 cont~-Ias, n~o ~ rnentir; fazer

    rnentiras 6 o fato de urn rnentiroso. A rnentira ~ a rn~e doroubo. N~oexiste mauh~bito mais dificil de corrigir do queo de mentir. Nunca seria de mais a vigi1~ncia dos pais sobre os

    filhos para preserv~-Ios desse vicio horr~vel. Um s~bio disseque o castigo de urn rnentiroso ~n~o ser acreditado, mesmo

    quando diz averdade.

    P. 0 que s~o as paix3es? Elas s~o t~teis ao homem? (0recipiend~rio responde.)

    0Ven..: Urna paix~o (do lat. passus, que sofreu) 6 umaafei~o perrnanente, uma inc1ina~o irresistivel, um desejo vio-

    lento causado por uma necessidade da alma, com sofrimento,

    at~ que seja satisfeito. ~ tamb~m um gosto decidido por umacoisa, urna arte, urna ci~ncia, etc. Todas as paix6es s~o neces-

    44

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    38/108

    s~rias ao homern, mas 6 preciso que urna boa educa~o asdirija para objetivos Oteis a ele pr6prio e ~ sociedade. N~oexiste paix~o que n~o possa ser dirigida para o bern social epara contrihjiir para a felicidade geral. Nada est~, portanto,mais fora de lugar do que discursar contra as paix6es, e nada6 mais impratic~vel do que o projeto insensato de destruf-las.

    Aviol~ncia daspaix6es serve-lhes de desculpa. 0 hip6critan~o6 t~o odioso justamentepelo fato den~o se deixar levar, nem

    se subjugar, pois ag e friamente e por c~lculo. As paix6es s~oas velas do navio da vida hurnana; elas o empurrarn ou at6

    o porto ou sobre os escolhos. As grandes paix6es s6 fazemgrandes coisas.

    Dizer aurn homem col6rico que n& o se enfure~a ~ ~mesmoque dizer a urn que tern febre que n~o a tenha; n~o devernosfazer-ihe serm6es, rnas curd-Jo. N~o se pode reprimir as paix~esalheias quando n~o se sabe cornandar as pr6prias. S6 se triunfadas paix6es pelas paix6es: a rnulher que deixa o amor pela

    devo~o, o jovem que abandona aamante pela gl6ria, nada maisfazern do que mudar de senhor.

    Por que, muitas vezes, as paix6es s& o a causa de nossafraqueza? ~ que elas geram desejos que est~o acima de nossanatureza enos precipitam acima de nossasfor~as. 0 entusiasmo,essa inspira~o divina, d ~ i asas ~spaix6es, mas n~o se misturaanenhuma paix~o vil.

    AP A JX X O no AMOR, cujos desvios ~s vezes s~o t~o conde-n~veis, ~necess~ria ~propaga~ode nossa esp6cie; ela tern ne-cessidade de ser dirigida de modo a n~o se tornar nociva aquern a sente nem ~pessoa que constitui o seu objeto.

    A PAIX~OD A GL6RIA, nos carnpos de batalha, nas ci~ncias enas artes, 6 urn nobre desejo ~til ~ sociedade, cuja estima elaprocura e em cujo seio faz nascer a coragem, a emula~o, osentimento de honra e todos os talentos que contribuem para

    honrar a humanidade e glorificar urna na~o.

    45

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    39/108

    APAIXXo DAS RIQUEZAS 6o desejo de levar urna exist6nciaindependente e agrad~vel; 6 sempre louvAvel, quando os meioss~o honestos. Essa paix~o, bern entendida, 6 a fonte da econo-mia, da temperan~a, do estudo, do trabalho, da indt~stria, das

    descobertas e da atividade t~onecess~ria ~ vidasocial.

    A P A IX X O DO PODER, a charnada AMBI~Xo, que rnuitasvezes leva a atos imorais, quando bern dirigida, nada mais 6que urn sentirnento generoso e louv~vel, que leva o homem decora~o, cheioda consci6ncia da pr6pria for~a, a se tornar dignode rnandar e de servir de forma (nil a seu Estado.

    Em resumo, 6 necess~rio que a educa~o fa~a nascer noscora~6es paix6es (iteis, a firn de que as nocivas n~o encontrem

    nele mais lugar.

    P. 0 que st~o os costumes? (0recipiend~rioresponde.)

    0Ven..: Os costumes s~o h~bitos naturais ou adquiridos,bons ou maus, na maneira de viver e de agir. Os costumes dospovos s~o seus usos, seus h~bitos. ~ por seus costumes que ohornem 6 livre. N~o 6 pela fortuna, mas pelos costumes que oshomens devem ser julgados. A fortuna n~o muda os costumes:

    ela desmascara-os. Os costumes s~o mais fortes do que as leis.O s homens fazem as leis, as mulheres fazern os costumes.

    P. 0 que~ a moral? (0 recipiend6.uio responde.)

    0Ven..: A moral 6 a ci~ncia dos costumes, da virtude edo conhecimentodos deveres do homern social. fl a lei natural,universal e imut~vel, que regetodos os seresinteligentes e livres.~ a arte de tornar felizes os outros e a si pr6prio. A melhormoral est~ no cora~o.

    P. 0 que 6 a moralidade? (0 recipiendArio responde.)

    0 Ven.,: A moralidade 6 a rela~o das a~6es, dos prin-cfpios e dos costumes nurn individuo. ~ o tipo distintivo do

    hornem civilizado. As a~6es dos insensatos carecern de morali-dade, porque s~o feitas sern discernirnento moral, sern cons-ci~ncia.

    46

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    40/108

    P. 0 que~ a lei e a lei natural? (0 recipiend~rio responde.)

    0 Ven. .: A lei (em lat. lex, legis, de legere, ler: leiturafeita ao povo~ 6 a regnlamenta~o, tendo em vista o interessegeral, da vidaffsica emoral das sociedades, prescrita pelo poder

    legislativo de urn povo. Sup~e-se que ela representa o acordode todas as vontades reunidas numa s6; ela fixa os deveres e osdireitos de cada urn e seu papel em suas rela~6es corn seus Se-

    melhantes. As leis s~o ofreio maispoderoso para os homens equase o (inico frejo dos reis. Quantas leis se tornariarn in(iteis

    se se fizessem boas leis sobre a educa~o.A lei natural 6 a lei dos mundos fisicos, intelectuais e

    morais. Ela 6 absoluta, imut~vel; dirige tudo na terra e nosc6us corn urna exatid~o rnatemAtica; 6 igualinente a reguladora

    das almase das intelig6ncias. Constitui a base das leis hurnanas,de que devernser a interpreta~o mais ou menos verdadeira, esempre em rela~o corn o desenvolvimento e o progresso doespirito humano.

    P. 0 que ~ a virtude? (0 recipiend~rio responde.)

    0 Ven. A virtude (em lat. virtus, de vis, for~a), 6 uma

    energia da alma aplicada ~ pr~tica habitual do bern, da justi~a

    ou do dever. ~ urn impulso natural para o que 6 honesto; 6 afor~a de vencer as paix6es, a arte de mant~-las em equilibrio ede se comportar nas grandes alegrias; 6 o h~bito das boas a~6ese de viver de acordo corn a raz~o aperfei~oada, que sempreobriga afazer o bern; 6 o triunfo davontade sobre os desejos, osacrificio de si mesmo e do pr6prio bem-estar em favor de ou-

    trem; 6 a prefer~ncia do interesse geral ao pessoal; 6 o irnp6rioda alma sobre o corpo; o arnor da ordem, da harmonia, dobelo; 6 a filosofia e a Ma~onaria em ago, e 6 o culto maisexcelente que se possa prestar aDeus. N~o podeexistir arni-zade sern virtude. N~o pode haver virtudes piThlicas sern virtudes

    particulares. 0 (inicorneio de tornar urn povo virtuoso 6 faz~-lo

    livre efeliz.

    47

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    41/108

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    42/108

    Na Antigi~idade, os iniciados aos rnist6rios apoderavam-sedo homern b~rbaro para civiliz6.-lo; hoje a Ma~onaria toma ohomem para aperfei~o~-lo.

    P. 0 qu~~ a vicio? (0 recipiend~rio responde.)

    0 Ven.: 0 vicio 6 urna disposi~io, urna inclina~o habi-tual para o mal, ~s m~s a~6es, e que leva a infringir as leis natu-

    rais e sociais. Trata-se de urna paix~o que 6 nociva aos outrose a si pr6prio. Todo defeito que pode causar prejuizo 6 urnvicio: a delicadeza do espirito 6uma qualidade; no car~ter 6 urnvicio. 0 vicio odeia a virtude. Quem tern muitos vicios tern

    muitos senhores. Todo homem tern, mais ou menos, osvicios desua profiss~o. Urn vicio detest~vel ~confundir no raciocinio ascoisas corn o seu abuso: a religi~o corn a supersti~o, a filosofiacorn o filosofismo, a liberdade corn a licenciosidade, a d(ividacorn a incredulidade. Costurna-se dizer: A hipocrisia ~ uma ho-menagem que o vicia presta ~ virtude.

    Senhor, 6 para oporurnfreio salutar aos impulsos impetuo-505 dessas tend~ncias vis que n6s nos reunirnos, afirnde traba-Ihar para acosturnar nosso espirito a n~o conceber sen~o id6ias(iteis, de instru~o, de benefic6ncia e de virtude. Somente pau-tando assim nossos costumes pelos principios eternos da moral

    sadia 6 que chegaremos a dar a nossa alma esse justo equilibriode for~a e de sensibilidade que constitui a sabedoria, ou antes,a ci6ncia da vida. Mas esse trabalho 6 penoso e, no entanto, 6aele que voS deveis dedicar, se persistis no desejo de ser Fran-co-ma~orn.

    Irernos subrnet6-lo aprovas indispens~iveis; eu vo s previno,

    Senhor, que, se no decurso dessas provas, a for~a e a coragemihe vierern a faltar, tereis sempre a liberdade de vos retirar;

    essas provas s~o misteriosas e emblemAticas; dedicai-lhe toda a

    aten~o de que sois capaz. (Pausa e sil6ncio de alguns minutos.)

    0 Ven.., corn voz forte: Levai-o a fazer a primeira via-

    gem. 0 I~ experto toma o recipiend~rio pelas duas m~os,

    dizendo-lhe: levantai-vos!

    Ele o faz viajar, partindo do

    49

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    43/108

    Ocid.., passando pela Col.~. do Norte at6 o 0.%, do 0.. pas-sando pela coluna do Meio-Dia, at6 o Ocid.., onde terminarn asviagens.

    Essa l.a viagern deve ser eri~ada de dificuldades, deve serfeita lentarnente, a passos curtos e irregulares; depois, urn poucomais depressa, dizern-ihe: abaixai-vos! como para entrar nurnsubterraneo; pulaifparatranspor urn po~o; levantaio p~ direito!para subir aurn outeiro; ~~ajxaj~vos.~outra vez! etc. 0 recipien-d~rio6 levado de modo a n~ o poderjulgar a respeitodanatureza

    do ch~o que pisa; sobe por urna escada sern firn, passa sobre abalan~a.Durante essetrajeto, o ruido dos assistentes, asaraivadae o trov~oproduzem seu efeito, eat6 mesmo agarrafade Leyde.

    Chegadoa seu lugar, o ~ experto Ihe diz: sentai-vos 0 I.. expertodiz ao 2.0Vig.., que o repete ao 1.0 Vig.. eesteao Ven..: A prirneira viagem est~ terminada.

    0Ven..: Senhor, podeis explicar essa viagem eme relataras irnpress6es que ela lhe causou?

    Depois de sua resposta, o Ven.. diz: Essa viagem 6 oemblernada vida humana: o tumulto das paix6es, ochoque dosinteresses diversos, as dificuldades dos empreendirnentos, o em-bara~o dos neg6cios, os obst~culos que multiplicam sob nossospassos os concorrentes solicitos em nos prejudicar e sempre dis-postos a nos desencorajar; os 6dios, as trai~6es, as desgra~asque atingern o hornem virtuoso, tudo isso 6 figurado pelo ruido

    e o baruiho que ensurdecerarn vossos ouvidos e pela des~gual-dadee as dificuldades da rota que percorrestes.

    Por acaso j~ experirnentastes parte desses males que per-turbarn a vida profana? Coragem! Senhor: a Ma~onaria ensina

    asuport~t-los e proporciona salutares consolos erepara~5es.

    Senhor, credes num Ser Supremo? (A resposta, comumen-

    te, 6 afirmativa. )~

    8. Se a respastafor negativa, 0 yen.. poderia dizer:

    0 ateismo n~o ~concebivel: ser ateu seria supar eleitossem causa,

    50

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    44/108

    0Ven..: Essa cren~ahonra o vossocora~o e vossaraz~o;ela n~o constitni apenas a partilha do fil6sofo e do Franco--ma~orn; ela ~o6 tarnb6rn do homem selvagem. Se admitimos

    entre n6s o iiomem honesto de todos O s cultos 6 porque n~onos cabe escrutar as consci~ncias e porque pensamos que oincenso da virtude 6 agrad~vel ~ Divindade, seja qual for amaneira como lhe 6 oferecido.

    A tolerancia que professarnos n~o 6 resultado do ateismoou da impiedade, mas apenas da indulg6ncia e da filosofia.

    P. 0 que ~ o deismo? (0 recipiend~rio responde.)

    0 Ven..: 0 deismo, ou teismo, 6 a cren~a na exist6nciade Deus, sernrevela~o nern culto. ~ a religi~o daraz~o, a reli-gi~o dos grandes espfritos de todos os tempos, de todos os luga-res, a religi~o que serb professada por todos os povos da terraquando eles formarem urna s6 na~o eurna tinica familia; 6 areligi~o do futuro, destinada a substituir os cultos t~o numero-

    505 que desfiguram a Divindade em todos os pontos do globo.9

    pois 6 a causade tudo 0 que existe que designamos pelapalavra DEUS(que 6 a causa desconhecida dos efeitos conhecidos). Ora, semeihante

    suposi~o 6 absurdae jamais foi admitida porquem quer que seja. N~o6 possivel, portanto, que existam ateus, apesar de Sylvain Mar6chal e da

    opini~o de alguns autores que nos obrigam a deplorar esses desvios doespfrito humano.

    Adnica divis~o existente entre o s homens de boaf6 estd na quest~ode saber se a causa de toda exist6ncia 6 espiritual ou material, isto 6,isolada, independente da mat6ria, ou inerente h mat6ria, da quat seriaparte integrante. Mas urn materialista n~o 6 urn ateu. Veremos adiante

    que n~o existe nada que seja absolutamenteimaterial.

    9. 0 deismo 6, de todas as religi6es, a mais divulgada sobre aTerra: 6 a religi~o dominante da China; 6 a seita dos s~bios entre osmaometanos, e entre dez fil6sofos crist~os existem oito que seguem essaopini~o. Ela penetrou at6 nas escolas de teologia, nos claustros e nos

    conclaves; trata-se de uma esp6cie de seita sem associag~o, sem culto,sem cerim6nia, sem disputa e sem zelo, espalhada pelo universo sem tersido pregada. 0 deismo encontra-se no mejo de todas as religi5es, inclu-

    sive o Judaismo. 0 que h~ de singuar 6 que urn, sendo o ciimulo dasuperstig~o, aborrecido pelos povos, desprezado pelos sAbios. 6 tolerado

    5 1

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    45/108

    Fazei-o realizar a segunda viagem. (Nesta viagem aoredor da sala, o recipiend~rio n~o encontra os obst~culos que

    entravaram sua caminhada na viagem precedente; seus passoss~o menos lentos e mais largos. 0 (inico ruido que ele ouve 6causado por alguns rumores surdos e por urn ligeiro tinir de

    espadas, feito a pequenos intervalos junto de seus ouvidos. Vol-tando a seu lugar, ele se senta; o experto mergulha, por tr6svezes, o punho esquerdo do candidato nurn vaso corn ~gua.)

    Depois o experto anuncia ao segundo vigilante que a segunda

    viagern est~ terminada.Chegando esse antincio a0.., o Vener~vel dizao recipien-

    d~rio:

    P. Que reflex&o fez nascer em wis essa segunda viagem?

    (Ele responde.)

    0Ven..: Deveis ter encontrado nessa viagem menos difi-culdades e ernbara~os do que na primeira. Quisemos tornar in-

    sensiveis a vosso espfrito o efeito da constancia para seguir ocaminhoda virtude; essa perseveran~a no bern acaba por redu-zir ao sil~ncio os clarnores dainveja, cujo fracoruido mal ouvis-

    tes. 0 tinido de armas representa os combates que o hornem

    virtuoso 6 obrigado a travar continuamente para frear suas pai-x6es e triunfar dos ataques do vicio.

    Recebestesurna triplice ablu~o para purificarvosso corpo,como avirtude deve purificar vossa alma. Essa purifica~o pela

    ~gua data da origem dos tempos; esse costume baseava-se naseguinte opini~o, outrora ensinada nos pr6prios rnist~rios pelossacerdotes egipcios, de que j~ nascernos culpados; que esta vida6 destinada a expiar as faltas cometidas numa vida anterior, eque n~o podemosaspirar a urna vida felizenquanto elacontinuar

    em toda parte, enquanto o outro, sendo o oposto da supersti~o, desconhe-cido pelopovos e aceito apenas pelos fil6sofos, s6 d exercido publicamen-

    te na China. N~oexiste pais na Europa onde hajamais deistas do que na

    Inglaterra. Jamais se viram deistas, ou teistas, que tenham participado deintrigas em algum Estado.

    52

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    46/108

    maculada por urna mancha original. A raz~o e a filosofia fize-ram justi~a a essa opiniao, que foi urn dos erros da metempsi-cose entre p9vos antigos (o renascirnento em corpos animais.)

    Senhor, varnos retornar vossas respostas ~str & s perguntasque vos forarn feitas e que tenho sob os olhos.

    P. 0 que ~ que o homem deve a Deus? (0 recipiend~rio

    responde.)

    0 Ven..: Os termos dessa pergunta parecem claros; mas,quando a examinamos corn precisTh, percebemos a sua difi-culdade.

    Corno definir esse amor a Deus? Se procurarmos sozinhospela resposta, correremos o risco den~o entrar em acordo cornaid6ia de ningu6m, fazendo paran6s pr6prios urn c6digo ideal,

    inaplic~vel na sociedade, corn a qual, contudo, precisamos pro-curar nos manter nurna certa harmonia.

    0 dever do homern para corn Dens variard de acordo cornas pessoas: ser~ doce ou rigido, de ternor ou de arnor,

    10 de filho

    ou de escravo. 0 culto ser~ alegre ou triste, cruel ou humano,

    de reconhecirnento ou de expia~o; ser~ todo exterior e sobre-carregado de cerirn6nias, ou enhio todo interior e de sentimento,

    de acordo corn a id6ia que se fizer do Grande Ser a quem sepresta culto.

    Admirernos aqui a altasabedoria eprud~ncia daqueles queconceberam o piano da Franco-ma~onaria. Eles conhecem todasas variedades de opini~es e de doutrinas; eles se autodenomi-naram Franco-ma~ons e afirmaram que constrajam moralmenteum templo t~ Verdade e t~ Virtude. Aquele pelo qual tudo existe,

    eles charnararn de o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO. Corn

    efeito, considerando o universo como seu templo, existe arqui-

    10 . 0 amor de Deus ~ o primeiro dos preceitos da Igreja, e devevir antes do amor do prc5rimo; trata-se da base de toda religi~o. Porque, ent~o, quando se quer expressar uma coisa malfeita ou uma a~ao

    feita corn desinteresse, se diz que cia ~ feita corno que pelo amor de

    De us ?

    53

  • 8/10/2019 Ragon Jean Marie - Ritual Do Aprendiz Macom

    47/108

    tetura mais bela? A sabedoria e afor~a sustentam o edificio, ao

    mesmo tempo em que a ordern e a harmonia constituem seu

    ornamento e beleza.

    Deste modo, apresentando urna f6rmula geral, que s6 tern

    de PosiTivo o ponto por todos admitido e que o ser~ sempre, a

    Ma~onaria deixa a cada urn, como urn dominio inviol~ivel e

    sagrado, todos os artigos que ele poder6 acrescentar para corn-

    pletar suapr6pria cren~a. Se esta concep~o ~ impotente paraoperar a paz entre os homens, quem poder~ jamais conse-

    gui-Ia?

    1

    P. Passemos ~ segunda pergunta: 0 que ~ que o homem

    deve a si prdprio? (0 recipiend~rioresponde.)

    0 Ven..: As palavras desta pergunta nao exprirnern 0que se quis dizer: 0 que 6 que o hornem deve a si pr6prio?

    NADA: resposta justa, porque urn individuo n~o pode ser aomesmo tempo seu devedor e seu credor. Mas, dir-se-6, o hornem

    deve a si mesmo o provirnento de sua conserva~o. Nesse caso.os animais e as plantas devem tamb6m algo a si mesmos, j~ i

    que prov6em ~ pr6pria conserva~o.Portanto, n~o 6 isso o que

    o homemdeve a si pr6prio. 0 que ele deve a si pr6prio 6 n~o

    desonrar o seu ser, e guiar-se pela honra, a verdade, a instru~o

    e o estudo; acrescentemos que, por si mesmo, ele jarnais devedizer ou fazer nada de imprudente ou que seja ditado pela

    paix~o.l2

    11 A Ma~onaria n~o d uma religi~o, como se costuma pensar. An-terior ~s religi6es, ela ~ o principio de toda religi~o, porque ensina aunidade de Deus, sob o titulo de G.. A.. do U.., e vai ma


Recommended