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Revista Homo Optimus Nu. 08

Date post: 27-Jun-2015
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Revista Homo Optimus nº08, da Asami - Academia Sul-Americana de Medicina Integrada.
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Academia Sul-Americana de Medicina Integrada 2º semestre 2005 nº 8
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Page 1: Revista Homo Optimus Nu. 08

Academia Sul-Americana de Medicina Integrada

2º semestre 2005 nº 8

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Notícias Academia Sul-Americana de Medicina Integrada

Editorial

Expediente

DireçãoDr. Roberto Cesar Leite

DepartamentoComercialMarcia Rosa Pereira (41) 3019-2966

EditoraçãoEditora Corpo Mente

Projeto Gráfi co, Capae DiagramaçãoMichelle Aguiar

Encontro de Medicina Integrada Conceitos e terapias buscam a cura do ser .. . . . . . . . . . p. 3

Curso de Medicina Integrada Segunda turma recebe certifi cado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 7

Entrevista Dissidente da AIDS não acredita no HIV . . . . . . . . . . . . p. 9

Metástase pulmonar de câncer de endométrio: Caso clínico de tratamento não-convencional . . . . . . . . . . . . . . p. 13

Carne processada Risco de câncer de pâncreas . . . . p. 13

Natureza psíquica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 14

Tratamento da dor Terapia por ondas sonoras de baixa freqüência intra-som . . . . . p. 16

Roberto Giraldo recebe prêmio Esculápio de 2004 . . . . . . . . . . . . p. 18

Dieta vegetariana Maior risco de hipospadia . . . . . . p. 19

Dr. Rath clama pelo controle público da saúde . . . . p. 20

Classifi cação das diáteses e a ação da oligoterapia . . . . . . . p .22

Inscrição Asami . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 23

Jornalista ResponsávelYannik D’Elboux

MTB 36.512

Textos e Revisão GeralYannik D’Elboux

FotosDivulgação

InformaçõesTel/Fax: (41) 3019-2966

E-mail:corpomente@avalon. sul.com.br

A Revista da Academia Sul-Americana de Medicina Integrada é publicada pela Editora Corpo Mente.A Revista da Academia Sul-Americana de Medicina Integrada não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados.

2.º Semestre 2005

Endereço: Rua Senador Xavier da Silva, 39 Alto São Francisco, Curitiba/PRCEP 80530-060

Sumário

Caros leitores,

Com grande satisfação, apresentamos mais uma edição da revista da Academia Sul-Americana de Medicina Integrada (Asami), que vem cumprindo seu papel de servir como um espaço para a publicação de artigos e matérias sobre terapias, estudos e eventos voltados à ‘medicina do ser’. Cada dia mais profi ssionais da área da saúde, movidos pelo sentimento de impotência diante das limitações de alguns tratamentos tradicionais, buscam novos caminhos para tratar o ser humano como um todo. Essa procura pôde ser bem observada durante o 7.º Encontro Brasileiro e 4.º Encontro Internacional de Medicina Integrada, grande destaque das atividades da Asami no ano de 2005, que registrou o maior número de inscritos até hoje. O evento reuniu especialistas de diferentes áreas, mas com um objetivo em comum: analisar cada paciente sob a perspectiva de um ser biopsicossocial e trabalhar em conjunto para atuar nas causas da doença e não apenas direcionar esforços à sintomatologia do problema.

Estamos vivendo em um mundo cada dia mais tóxico e, infelizmente, muitos tratamentos médicos utilizados atualmente não têm obtido êxito em reduzir as conseqüências dessa exposição. Além disso, apesar dos avanços técnológicos na área médica e da criação de inúmeros medicamentos, a incidência de doenças crônicas e degenerativas não pára de crescer, o que demonstra a inefi ciência de uma medicina voltada apenas à doença. É possível reverter este quadro com o uso de terapias naturais, com recursos da medicina nutricional e com um resgate dos ensinamentos de Hipócrates e Samuel Hahnemann, criador da homeopatia, que buscavam o equilíbrio do corpo, sem impedir as reações à doença, estimulando a ação da natureza e a capacidade nata de autocura presente em todos os indivíduos. A Academia Sul-Americana de Medicina Integrada trabalha para a disseminação desses conhecimentos e para auxiliar na formação de profi ssionais aptos a cuidar da saúde a partir de uma visão multidimensionada do ser. Boa leitura!

Academia Sul-Americana de Medicina Integrada

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O sistema médico é responsá-vel pela terceira maior causa de morte nos Estados Unidos e na In-glaterra, fi cando atrás apenas das doenças cardíacas e do câncer. Na Austrália, drogas e erros médicos matam um em cada cinco habi-tantes. Esses dados alarmantes foram apresentados pelo presi-dente da Academia Sul-America-na de Medicina Integrada (Asami), Roberto Cesar Leite, durante o 7º Encontro Brasileiro e 4º Encontro Internacional de Medicina Inte-grada. O evento, realizado nos dias 16 e 17 de abril em parceria com o Centro Universitário Positivo (Unicenp) – sede do evento – em Curitiba, no Paraná, foi uma das principais atividades promovidas pela Asami neste ano de 2005. O encontro acontece anualmente com a proposta de ampliar os co-nhecimentos dos profi ssionais de saúde sobre essa nova medicina, que por meio da integralidade e interdisciplinariedade busca o bem-estar do ser humano em todos os aspectos, físico, mental, emocional e espiritual.

Os números apresentados na abertura do evento legitimaram o alerta do presidente da Asami, que afi rmou que o sistema de saúde atual é, na verdade, um sistema de doença, voltado quase exclusivamente para a adminis-tração de medicamentos, levando em conta apenas os sintomas das enfermidades em detrimento de uma análise multidimensionada do indivíduo. Conceitos e terapias capazes de modifi car esse quadro, atuando na origem do problema e voltados à cura do ser como um

Encontro de Medicina Integrada é o grande destaque de 2005

todo e não apenas da doença, foram o enfoque principal do En-contro de Medicina Integrada.

Durante os dois dias do en-contro, foram proferidas mais de 20 palestras com especialistas de diferentes estados brasileiros. Além disso, o evento teve como convidado o infectologista Rober-to Giraldo, do New York Presbyterian Hospital, Weill Cornell Medical Center, Nova York, nos Estados Unidos, que ministrou as palestras ‘Mitos, Realidades e Desafi os das Causas e Soluções da AIDS’ e ‘Uma Alternativa não Tóxica, Efetiva e Econômica para o Tratamento e Prevenção da AIDS’. Giraldo tam-bém participou de uma mesa re-donda para responder as dúvidas dos médicos sobre o tema. Segun-do o especialista, o vírus HIV não passa de um grande equívoco da medicina e a AIDS é uma doença tóxica e nutricional, que não pode ser transmitida sexualmente (leia mais na entrevista da página 9).

A programação do encontro iniciou com o médico John Ossman

Orozco Cuéllar, docente da Fundação de Estudos Médicos Homeopáticos do Paraná, que falou sobre as ‘Contribuições da Homeopatia para a Clínica da Medicina Integrada’. O especia-lista destacou a característica da homeopatia de analisar o paciente em sua totalidade e administrar medicamentos, em doses mínimas, que atuam nes-se conjunto. “O organismo tem uma tendência natural à saúde”, enfatizou Cuéllar, explicando que a homeopatia age no estímulo dessa capacidade humana. O homeopata também abordou a necessidade de estabelecer uma ponte entre as medicinas para que os profi ssionais identifi quem os pontos comuns ao invés de tratar separadamente cada parte do doente. Na seqüência, o mé-dico e acupunturista Paulo Cesar da Silva Maciel proferiu a palestra ‘Os Planos Dimensionais do Ser e suas Terapias Específi cas’, em que explicou as cinco principais dimensões do ser humano, física,

O evento teve mais de 20 palestras e aconteceu na sede do Unicenp em Curitiba

Palestra realizada durante o encontro no auditório do Unicenp, em Curitiba-PR

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energética, emocional, mental e espiritual, e como as enfermi-dades se manifestam e podem ser tratadas em cada um desses planos. “Antes de entendermos o princípio curador precisamos compreender o mecanismo gera-dor de doenças”, ressaltou.

O presidente da Asami, Rober-to Cesar Leite, nutrológo e doutor em Naturopatia e Nutrição, falou sobre ‘Vitaminas, Minerais e An-tioxidantes em Câncer’. Segundo o especialista, a saúde nutricional é fundamental para evitar as neo-plasias e se inicia antes mesmo do nascimento, a partir do estado nutri-cional dos pais. “Sem os nutrientes necessários, ocorrem alterações genéticas que podem levar a uma maior propensão ao câncer”, ressaltou. Leite destacou que a Organização Mundial de Saúde reconhece que 70 a 90% dos tumores têm causas nutricionais e ambientais, mas apesar disso a medicina não vem atacando essas áreas e a mortalidade por câncer aumentou 50% desde 1990. O mé-dico afi rmou que é preciso corrigir as carências nutricionais para agir na prevenção da doença por meio do fortalecimento do sistema imu-nológico. Leite também explicou que essa conduta é muito impor-tante durante o tratamento para minimizar os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia.

A ‘Talassoterapia’ – terapia que tem como base a água do mar – foi o tema da palestra do médico Marco Rogério Marcon-des, especialista em Medicina Ortomolecular, Homotoxicologia e Medicina Quântica. Segundo o palestrante, os minerais e micro-nutrientes presentes na água ma-rinha produzem efeitos benéfi cos nos receptores celulares, promo-vendo um equilíbrio do meio líquido do organismo. Marcondes explicou que a terapia pode ser

empregada para tratar uma série de enfermidades, como diarréia, vômito, eczema, depressão e até distúrbios psiquiátricos. “A talas-soterapia é útil para qualquer tratamento que necessite limpar o meio extracelular”, ressaltou. A farmacêutica-bioquímica Leila Terezinha Maranho ministrou a palestra ‘Fitofármacos’ e abor-dou a necessidade de uma maior regularização desses pro-dutos para evitar o uso indiscri-minado das substâncias. “Existe a falsa idéia de que remédios naturais não possuem efeitos co-laterais. Esses medicamentos tam-bém podem ter reações adversas e não são inofensivos”, justifi cou. Leila explicou que, diferentemen-te dos fi toterápicos (plantas), os fi tofármacos são medicamentos com princípios ativos isolados a partir de extratos vegetais por meio da aplicação de modernas tecnologias que possibilitam a produção industrial. A farmacêuti-ca-bioquímica afi rmou que ainda existem muitas pesquisas a serem feitas nessa área e que das 55 mil espécies de plantas superiores brasileiras apenas 1% já foram estudadas do ponto de vista quí-mico ou farmacológico.

O médico mineiro Adjar Men-des, nutrólogo, pediatra e presiden-te do Departamento de Tanatologia da Associação Médica de Minas Gerais, falou sobre ‘Recursos de Medicina Nutricional em AIDS’. O especialista fez uma explanação sobre a relação entre alimentação e a capacidade imunológica do paciente e descreveu como deve ser o tratamento com base na medicina nutricional em cada fase da doença. “Uma imunonutrição orientada pode evitar ou retardar a perda de tecido muscular, aspec-to fundamental para o paciente continuar integrado à sociedade, e ajuda a maximizar os resultados do tratamento”, enfatizou. ‘A Práti-ca da Desintoxicação na Medicina Ayurvédica e sua Importância nas Doenças Crônicas’ foi a palestra proferida pelo médico Jorge Alves Jamili, do Rio de Janeiro. O especialista afirmou que o para-doxo existente entre os avanços médicos e o crescimento atual das doenças crônicas e dege-nerativas advém do excesso de substâncias tóxicas. “Vivemos em um mundo tóxico com ali-mentos ricos em carboidratos, conservantes, metais, corantes, excesso de proteínas e carência

Dr. Roberto Cesar Leite, presidente da Asami, falou sobre nutrição e câncer

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de vitaminas, minerais e oligoe-lementos”, alertou. Jamili explicou como a medicina ayurvédica trabalha na desintoxicação física, por meio da ingestão de água, alimentos probióticos, prebióti-cos, frutas, vegetais e também do jejum, e na desintoxicação emo-cional para reduzir o estresse e recuperar o equilíbrio com exer-cícios físicos, meditação e ioga.

O alto índice de mortalidade por câncer foi o tema central da palestra ‘Homeopatia e Câncer’, proferida pela médica Ana Lúcia Discacciati Ferreira. A homeopata chamou a atenção dos palestran-tes para as taxas de sobrevida da doença que aumentaram apenas de 50% para 64% entre 1974 e 2000, apesar dos avanços médi-cos, e para o crescimento no nú-mero de casos. “A mortalidade por câncer não apresenta queda, o que mostra a necessidade de uma nova abordagem”, destacou. Ana Lúcia afi rmou que a homeopatia pode ser usada como método de prevenção primária; por exemplo em casos de histórico familiar, se-cundária; para evitar recidivas da doença, e também como forma de tratamento do câncer; visando estabilização do quadro ou a cura, como um paliativo para amenizar a dor, inquietude, medo da morte e também para atenuar efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia. A médica também proferiu outra palestra, no se-gundo dia do encontro, sobre uma nova terapia chamada de balanceamento cerebral, com o tema ‘Defi ciências Cognitivas em Crianças – Abordagem Integrati-va’. Segundo Ana Lúcia, por meio de um equipamento composto de eletroencefalograma e um dispositivo elétrico-acústico, que emite freqüências de som e luz, é possível reequilibrar as ondas cerebrais beta, alfa, teta e delta

e os dois hemisférios do cérebro, possibilitando um melhor de-sempenho cognitivo, sobretudo para pessoas disléxicas. A médica mostrou um estudo feito em 2001 com 17 estudantes, com idade entre 14 e 16 anos, com difi culda-des de aprendizado, realizado nos Emirados Árabes Unidos pelo ins-tituto Alpha Learning. Após cinco sessões, todos apresentaram, em média, aumento na velocidade de leitura de 563%, melhora na capa-cidade de compreensão de 385%, além de maior autoconfi ança, mo-tivação, disciplina e performance escolar.

‘Disbiose e Síndrome de So-frimento das Mucosas’ foi o tema abordado pela médica Liane Be-ringhs, especialista em Naturopa-tia e Iridologia, do Distrito Federal. A palestrante destacou que entre as causas do problema estão o atual estilo de vida, dieta inade-quada com pequena quantidade de fi bras e alimentos com baixo teor nutritivo, excesso de estresse físico e emocional, uso indiscrimi-nado de medicamentos, poluição, alergias alimentares, entre outros fatores. Liane afi rmou que com equilíbrio nutricional e ingestão de probióticos, como os lacto-bacilos – entre outras medidas – é possível reconstituir uma fl ora saudável. A colonterapia, outra alternativa para esse problema e que ajuda a recuperar o bom fun-cionamento do intestino – o mais importante órgão imunológico do organismo – também foi abor-dada em duas palestras: ‘O Uso da Colonterapia no Tratamento da Disbiose Intestinal Crônica’, com o biomédico Carlos Miguel Naldi, de São Paulo, e ‘Os Resultados em Doenças Crônicas com a Desinto-xicação com Colonterapia’, proferi-da pelo médico Tiago Almeida, do Rio de Janeiro. Os dois especialis-tas ressaltaram a importância de

combinar a técnica, que promove uma limpeza profunda do intesti-no, com uma nutrição adequada. Almeida apresentou estudos em que a colonterapia obteve me-lhora de 50% a 90% nos casos de constipação, síndrome do cólon irritável, psoríase, cefaléias, acne e depressão.

O presidente da Associação Ho-meopática do Paraná, Helvo Slomp Junior, falou no encontro sobre ‘A Importância da Medicina Homeo-pática na Saúde Pública’. Apesar de ter sido implantada em 1988 no Sistema Único de Saúde, no Brasil, o médico acredita que é preciso disseminar ainda mais a homeo-patia entre a população e garantir o acesso aos medicamentos ho-meopáticos, que representam uma signifi cativa redução de custos. Helvo Junior abordou a necessida-de de promover novos protocolos para a pesquisa homeopática e de se instalar o mais breve possível uma política nacional (em trâmite no Conselho Nacional de Saúde) para estimular o atendimento nessa área. O ‘Mecanismo de Ação dos Remédios Homeopáticos’ foi o tema da palestra proferida pelo farmacêutico-bioquímico Javier Salvador Gamarra Junior, profes-sor do Unicenp. Gamarra explicou como funciona o princípio da similitude, a base da homeopatia, e as hipóteses possíveis sobre a ação dos medicamentos, já que o mecanismo completo ainda não foi decifrado pela ciência médica.

Os princípios da ‘Psiconeuroi-munologia’ foram enfocados na palestra ministrada pelo médico Rubens Cascapera Junior, de São Paulo. O hipnólogo e especialista em Programação Neurolinguística fez uma explanação sobre como a psique, o cérebro e o sistema imu-nológico estão ligados e como os desequilíbrios em cada uma des-sas esferas interferem na saúde

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do indivíduo. O tema ‘Fitoterapia Aplicada à Esclerose Múltipla’ foi apresentado pelo médico Luis Carlos Leme Franco, coordenador do curso de fi toterapia do Centro Brasileiro de Saúde Holística, em Santa Catarina. Entre os recursos da fi toterapia para retardar as conseqüências da doença, Franco abordou a utilização dos ácidos graxos não saturados essenciais, como o ácido linoleico, oleico e li-nólico, que estimulam a produção de mielina.

O médico biomolecular Francis-co Humberto de Freitas Azevedo, de Minas Gerais, falou a respeito do ‘Uso do Hormônio do Cresci-mento em Clínica Médica’. Segun-do o especialista, a utilização do HGH, como é conhecido esse hor-mônio, a partir dos 40 ou 50 anos de idade, quando o organismo começa a apresentar uma queda dessa substância, produz resulta-dos surpreendentes. “A reposição do HGH é capaz de retardar e reverter o processo de envelheci-mento’, garante. Azevedo afi rmou que estudos em diversos países revelam que o hormônio diminui a gordura, aumenta a elasticida-de da pele, reduz rugas, melhora função sexual e cognitiva, visão, ajuda a manter o colesterol bom, estimula o crescimento de cabelo, entre outros efeitos. O biomédi-

plástica de face e liposaspiração, a hidrozonoterapia se mostrou efi caz na redução do crescimento bacteriano, na diminuição dos he-matomas devido ao aumento do fl uxo sanguíneo e na aceleração do processo de cicatrização. Os outros dois palestrantes fi zeram um histórico da utilização da ozonioterapia no mundo, falaram sobre os efeitos da terapia, que tem poder germicida, funciona como modulador imunológico e regulador do estresse oxidativo, entre outros, e sobre o desafi o de regulamentar a prática no Brasil. Um passo importante nesse sen-tido foi dado durante o encon-tro com o início do trabalho de criação da Sociedade Brasileira de Tecnologia em Ozônio, coor-denado pelo médico Glacus Brito, que tem como objetivo formular um consenso de indicações te-rapêuticas e protocolos clínicos para a ozonioterapia, com base no conhecimento internacional e na experiência dos médicos brasi-leiros que já utilizam a técnica há vários anos.

Durante o encontro, também foi aberto um espaço para a apre-sentação do trabalho científi co ‘Infl uência de Estímulo Sonoro sobre a Função de Macrófagos Avaliada pela Capacidade Fago-citária e Metabolismo Oxidativo’, apresentado pelas alunas Cláudia Yrlanda Siomn e Helena de Souza Malnati, do Laboratório de Imuno-logia da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, no Distrito Federal. No encerramento do encontro, o presidente da Asa-mi, Roberto Cesar Leite, destacou a importância da integração dos especialistas como único caminho para compreender o indivíduo em sua totalidade de ser biopsicosso-cial e atuar da forma mais efi caz possível para promover a saúde e o bem-estar.

Palestra: ‘Passado, presente e futuro da Ozonioterapia’, com o Dr. Edson de Cezar de Philippi

co Rogério Saad Vaz, professor do Unicenp, proferiu a palestra ‘Variações de Níveis de Citocina em Pacientes Terminais Obser-vando a Experiência no Hospital John Hopkins – EUA’. Vaz mostrou como uma técnica chamada de Mindfulness-Based Stress Reduction (MBSR), que utiliza música, religião, pintura, meditação, ioga e outras práticas, contribui para o aumento das citocinas, responsáveis pela imunidade natural do organismo, e conseqüentemente produz uma melhora nos casos de câncer, dor crônica, ansiedade, psoriáse, hiper-tensão e estresse.

A ozonioterapia também teve destaque especial durante o encontro e foi o tema central de três palestras: ‘Hidrozonote-rapia em Cirurgia Plástica’; com o cirurgião João Magalhães, do Rio de Janeiro, que desenvolve trabalhos com o cirurgião plás-tico Ivo Pitanguy; ‘Passado, Pre-sente e Futuro da Ozonioterapia’, proferida pelo médico Edson de Cezar Philippi, de Santa Catarina, e ‘A Experiência Internacional do Uso do Ozônio’; ministrada pelo médico Glacus de Brito, de São Paulo. Em estudo clínico conduzi-do pelo médico João Magalhães, em casos de pós-operatório de abdominoplastias, colocação de próteses nas mamas, cirurgia

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Formandos da turma 2004 e os doutores Roberto Cesar Leite e Roberto Giraldo na entrega dos certifi cados

FORMANDOS DA TURMA 2004

JOÃO DANIEL HOBEIKA LUIS CLÁUDIO FRONZA

MARCOS DE LAYRTON ALVES PEREIRA MARIA ISABEL ALLEGRINI

MARLY PEREIRA SANTIAGO NILSA DOMINGA F. MONTEIRO

NORMA BIER VIEIRA PAULO CESAR DA SILVA MACIEL

RICARDO ZOCOLARO NETO

Curso de Medicina Integrada forma segunda turma

A medicina convencional busca tratar a doença, basicamente, por meio do uso de drogas, que mui-tas vezes são excessivamente agressivas ao corpo e acabam produzindo um número de efeitos colate-rais tão grande quanto os sintomas. As limitações dessa medicina, apesar dos avanços tecnológicos e da quantidade de medicamentos disponíveis, são evidentes, sobretudo quando se analisa o aumento das doenças crônicas e degenerativas. Esse é um dos motivos que tem levado um número cada vez maior de pessoas a buscar técnicas não-convencionais. Nos Estados Unidos, pesquisas realizadas em 1990 e em 1997 mostraram que nesse período as consultas aos especialistas em medicina complementar e al-ternativa subiram de 400 milhões para 600 milhões de visitas por ano. Ciente da necessidade de prepa-rar os profi ssionais para atender a essa demanda da sociedade moderna, a Academia Sul-Americana de Medicina Integrada (Asami) promove o curso de extensão universitária em Medicina Integrada, que formou a segunda turma no início deste ano. Os alu-nos receberam o certifi cado de conclusão durante o 7º Encontro Brasileiro e 4º Encontro Internacional de Medicina Integrada (veja relação de formandos ao lado).

O curso de Medicina Integrada é pioneiro no Brasil e possibilita o acesso a uma série de infor-mações e terapias voltadas à promoção da saúde e prevenção das enfermidades. Entre os temas abordados estão: medicina bioxidativa, fi toterapia, nutrologia, colonterapia, bioressonância, medicina ayurveda, laserterapia, terapia celular, apiterapia, iridologia, helioterapia, terapia neural, entre outros. Esse conteúdo é mais uma ferramenta para ajudar a preencher a lacuna deixada pelas faculdades de medicina, que não fi zeram muitas modifi cações na grade curricular dos últimos anos e continuam com o foco do aprendizado apenas na análise do aspec-

to físico das enfermidades. Nas escolas, o corpo do ser humano ainda permanece dissociado da mente e a importância da nutrição praticamente não é abordada.

Para o médico Paulo Cesar da Silva Maciel (foto), um dos formandos, o curso de Medicina Integrada o aju-dou na sua busca incessante para

compreender a complexidade do ser humano e encontrar

as melhores formas de tratá-lo. “A compreensão do ser humano não acaba, quem pensa que já sabe tudo ainda não começou a aprender”, explica. Maciel apreciou o caráter informativo e prático do curso e já está aplicando os conhecimentos adquiridos no dia-a-dia de seu consultório. Como atende pa-cientes com os mais diversos tipos de problemas e enfermidades, a partir de uma visão integral do ser humano, o médico utliza várias técnicas terapêuti-cas e o conhecimento de novas práticas o auxilia a oferecer as opções mais adequadas e efi cazes de tratamento para cada indivíduo. “Costumo dizer que a melhor terapia é a que funciona para aquela pessoa”, resume.

Os alunos da turma de 2005, que fi zeram o cur-so promovido pela Asami em parceria com o Cen-tro Universitário Positivo (Unicenp), em Curitiba, irão concluir o último módulo da programação em novembro deste ano.

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Aulas em 2006 começam em maio

O curso de extensão em Medicina Integrada, coordenado pelo presidente da Asami, Roberto Cesar Leite, é voltado para profi ssionais da área da saúde. O programa é dividido em cinco módulos, com encontros bimes-trais, e as aulas em 2006 começarão em maio. O curso tem 80 horas de duração e mais informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 3019-2966 ou pelo e-mail [email protected]. Veja abaixo a relação de temas que serão abordados durante o curso.

1º Módulo – Maio• Medicina Bioxidativa• Microscopia de Campo Escuro e Isopatia• Nutrologia

2º Módulo – Junho• Fitoterapia• Terapia Neural• Terapias Intravenosas• Hormônios Bioidênticos

3º Módulo – Julho• Oligoelementos• Heliotetapia• Nutrologia• Colonterapia

4º Módulo – Setembro• Bioressonância• Fitoterapia• Iridologia• Proloterapia• Nutrologia

5º Módulo – Novembro• Apiterapia• Cinesiologia Aplicada• Laserterapia• Medicina Ayurveda• Terapia Celular• Atualizações em Exames Laboratoriais

* As datas de cada módulo ainda serão defi nidas. A ordem das disciplinas está sujeita à alteração e outras serão incluídas na programação.

ALGUMAS DISCIPLINAS QUE FAZEM PARTE DO CURSO DE EXTENSÃO EM MEDICINA INTEGRADA

• Fitoterapia• Medicamentos Naturais• Hormônios Bioidênticos• Vitaminas, sais minerais e suplementos nutricionais

Rua Nilo Peçanha, 16 • Alto São FranciscoCuritiba - PRTel/Fax: (41) 3013-2941 e-mail: [email protected]

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Notícias Academia Sul-Americana de Medicina IntegradaNotícias Academia Sul-Americana de Medicina Integrada

Dr. Giraldo: “AIDS não é causada por vírus”

Para a história da medicina, o ano de 1984 foi marcante de-vido a descoberta de um vírus chamado de HIV, que seria o res-ponsável pela tão temida AIDS, a Síndrome da Imunodefi ciência Adquirida, com casos registra-dos pela primeira vez em 1981. Para o infectologista de origem colombiana Roberto Giraldo, do New York Presbyterian Hospital, Weill Cornell Medical Center, nos Estados Unidos, esse foi o ano do maior equívoco da medicina. O especialista faz parte de um grupo de dissidentes que não acredita na existência do HIV e atribui a doença a um conjunto de fatores externos, denominados agentes estressantes, que podem envolver desde defi ciências nutri-cionais até o contato com subs-tâncias químicas tóxicas. Giraldo, assim como os defensores dessa teoria, fundamentam-se no fato de que o denominado vírus HIV nunca foi isolado e que existem mais de 6 mil casos de AIDS no mundo sem a presença do HIV. Além disso, o especialista afi rma que inúmeros casos estudados na África não podem ser explicados pela teoria convencional de trans-missão do vírus, como os de crian-ças infectadas que possuem pais com HIV negativo, nunca tiveram relações sexuais ou foram subme-tidas a transfusões sangüíneas.

Giraldo afi rma também que os testes para detectar o HIV não são adequados e que mais de 70 condições diferentes po-dem resultar em falsos positivos. O infectologista acredita que o colapso do sistema imunológico por meio dessa doença que se convencionou chamar de AIDS é um sinal de alerta que a espécie

humana está ameaçada, não por um vírus, mas pelo incremento de agentes tóxicos e pela piora das condições de vida. O especialista também chama a atenção para a indústria que se criou em torno da AIDS, com a produção atual de mais de 30 retrovirais, e que tenta impedir que essas informações cheguem ao conhecimento do público. Em entrevista à revista da Academia Sul-Americana de Me-dicina Integrada, o infectologista Roberto Giraldo faz revelações importantes, que contrariam a maioria dos conceitos dissemina-dos até hoje sobre a AIDS.

Se não existe HIV, como ocorre a transmissão da doença?DR. GIRALDO: Não há transmis-são e essa é a maior difi culdade que temos com as pessoas no mun-do inteiro para entender isso. Os primeiros casos de AIDS surgiram em 1981 e o HIV foi descoberto ou ‘inventado’ em 1984. Esses casos eram em homens homossexuais de Los Angeles, nos Estados Unidos, mas em pouco tempo começa-ram a aparecer casos em diversos estados norte-americanos e, em seguida, na Espanha e outros paí-ses da Europa. Analisando os cinco primeiros casos de AIDS era lógico pensar que era uma enfermidade tóxica porque esses homens eram grandes usuários de drogas e to-dos também utilizavam popers (inalante à base de gás nitrogênio e nitrito de amila). Então, por esse motivo, a primeira teoria era de que a AIDS era uma doença tóxica, mas como começa a espalhar-se rapidamente surge a teoria de que a doença era infecciosa e logo se esquece a primeira teoria. Nesse momento, o Centro de Controle de

Doenças e o Instituto Nacional de Saúde do governo dos Estados Uni-dos decidem arbitrariamente que a AIDS era uma doença infecciosa, de transmissão sexual, e ninguém mais falou sobre a primeira possi-bilidade. Tudo isso aconteceu mui-to antes da ‘descoberta’ do HIV. Mas o mais grave aconteceu no início de 1982 quando esses órgãos esta-beleceram as normas para evitar a transmissão da AIDS e encaminha-ram para a Organização Mundial de Saúde, que passou para todos os países do mundo. Muito antes do HIV o mundo já acreditava que a AIDS era uma enfermidade con-tagiosa, o que não é verdade.

Mas por que a hipótese de en-fermidade tóxica foi completa-mente abandonada?DR. GIRALDO: A única forma de compreender isso é entender o que acontecia no mundo antes dessa época. Em 1880 o pensamento era dominado pelas idéias de Pasteur, que descobriu que muitas enfer-midades são infecciosas e o mundo chega em 1980 com 100 anos de infl uência Pas-teuriana, o

ENTREVISTA

Dr. Roberto Giraldo

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que chamamos de Teoria Germi-nal. Durante toda essa época, as investigações médicas, veterinárias e biológicas têm como foco os mi-cróbios e os parasitas. Era uma bus-ca obsessiva por micróbios para todas as doenças vitais; tanto que quando se começa o programa “Guerra Contra o Câncer” do gover-no dos Estados Unidos, ao invés de procurar os agentes tóxicos causa-dores da doença ou determinados comportamentos que podem levar ao surgimento da enfermidade os pesquisadores também estavam dedicados a encontrar um ‘vírus’ do câncer. O mundo se preparou 100 anos para cometer o erro sobre a causa da AIDS, não havia maneira de evitá-lo. Todos estavam prepa-rados para essa visão, os médicos, os biólogos, a mídia, os pesquisa-dores, porque tinham a mentalida-de infecciosa, a medicina é muito linear em seus estudos.

Então, na sua opinião, a AIDS é uma doença tóxica causada por quais fatores?DR. GIRALDO: A AIDS deriva de um conjunto de fatores. A medici-na convencional busca sempre a causa de um fenômeno, mas isso não ocorre na natureza, todos os fenômenos da natureza são mul-ticausais. Um dos fatores é a cons-tituição genética de uma pessoa, que se forma no ventre materno e – dependendo do que a mãe come, das alegrias e das tristezas que passa – infl uencia a formação e o funcionamento dos órgãos. Outro é a personalidade, a mente de uma pessoa, que é muito importante na relação com todas as enfermida-des e com a AIDS também. Além disso, temos a exposição crônica e múltipla a uma variedade de agen-tes estressantes químicos, físicos, biológicos, mentais e nutricionais. Alguns exemplos desses agentes são os agrotóxicos, corantes dos

alimentos, lubrifi cantes íntimos – que são constituídos de subs-tâncias derivadas do benzeno e altamente tóxicas –, preservativos de látex – material tóxico que pode ser absorvido pelos órgãos genitais e mucosas –, a poluição, o excesso de ondas eletromagnéticas, as drogas, o estresse emocional, as vacinas, a carência de nutrientes e muitos outros. E existe um incre-mento desses agentes estressantes no mundo porque há indícios de que todos os habitantes do planeta Terra possuem algum grau de imu-nodefi ciência; nosso sistema imune está se deteriorando, se esgotando, e sabemos disso porque o número de doenças voltou a crescer. Até a década de 50, de forma geral, as doenças infecciosas foram dimi-nuindo, antes mesmo das vacinas e dos antibióticos, e concluímos que isso aconteceu por causa da melhora nas condições de vida. Mas depois dessa época começou a acontecer o contrário e existem duas teorias no mundo para ex-plicar isso: os micróbios estariam passando por um processo de mu-tação e voltando mais resistentes, que é a que predomina hoje em dia, e a outra, em que acredito, de que houve uma piora nas condições de vida, sobretudo pelo incremento de

uma série de agentes tóxicos e in-dustriais, que estão contaminando o ar, o solo, os alimentos, etc. A AIDS é um sinal de alerta que a espécie humana está em perigo. E não apenas a espécie humana porque também estão aparecendo muitos casos de imunodefi ciências em animais e em plantas.

Mas se a AIDS decorre apenas desses fatores – e não da trans-missão – como se explica o fato que muitas vezes em um casal o homem ou a mulher também adquire a doença logo após o parceiro?DR. GIRALDO: Isso se explica com uma frase muito conhecida do senso comum: ‘Diga-me com que andas que te direi quem és”. Nor-malmente, os casais fazem coisas parecidas, estão em um ambiente igual, têm a mesma alimentação e estão expostos aos mesmos agen-tes estressantes.

E o que acontece com as mu-lheres grávidas diagnosticadas com HIV positivo? Os bebês não correm perigo?DR. GIRALDO: O que a mãe trans-mite ao bebê são tóxicos químicos, a maioria das crianças que nascem com AIDS na Europa e nos Estados

Dr. Roberto Giraldo faz explanação durante o Encontro de Medicina Integrada

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Unidos – mais de 90% – são ge-radas por mães viciadas em dro-gas, isso é um fato demonstrado cientifi camente. Mas existe uma diferença entre os casos de AIDS de ricos e pobres. Entre os ricos, o fator fundamental pode ser a droga, que é a última gota d´água para acar-retar o problema, mas na África e em outros países pobres o fator é a pobreza, a carência nutricional, as más condições de vida.

Existem estudos que compro-vam a sua teoria?DR. GIRALDO: Há muitas investi-gações, inclusive um recente estudo da Universidade de Harvard, que mostra que o bebê de uma mulher grávida com HIV positivo e níveis normais de vitamina A nasce HIV negativo, mas se tiver níveis baixos de vitamina A o bebê nasce HIV po-sitivo. Há outros estudos com resul-tados similares verifi cando os índi-ces de vitamina C, E, zinco e selênio, mas há maior número de pesquisas com vitamina A. O que signifi ca isso é que: se a mãe tem baixos níveis de vitamina A é porque está oxidada, então a mãe está transmitindo ao fi lho a oxidação e não nenhum vírus. Essa relação com a oxidação e carência nutricional também se verifi cou em outros indivíduos, homens e mulheres, que se tornam HIV positivos quando têm níveis baixos de macronutrientes, micro-nutrientes e antioxidantes. Isso está demonstrando que o fenômeno conhecido como transmissão de pessoa para pessoa não existe.

Por que essas informações não são disseminadas? DR. GIRALDO: Porque são as com-panhias farmacêuticas que estão dando as informações, as pessoas que estão passando as informa-ções à mídia não são sequer os atu-ais investigadores sobre o assunto. A maior fonte de informação vem

de empresas comerciais, que têm interesses. Além disso, os órgãos internacionais de saúde e alguns governos poderosos censuram vio-lentamente nossas informações.

E quanto ao tratamento da AIDS, já que o senhor não acre-dita no vírus HIV também não concorda com o uso de retro-virais?DR. GIRALDO: De nenhuma ma-neira, porém nunca dizemos aos nossos pacientes para suspender o uso ou não tomar retrovirais, por-que somos muito respeitosos quan-to ao direito das pessoas de decidir o tratamento depois de estarem bem informadas. Mas lhe explica-mos tudo, toda a verdade sobre a AIDS. Agora, por que não quere-mos a utilização dos retrovirais? Porque o uso de retrovirais é muito suspeito, não existem tratamen-tos para a poliomelite, nem para as hepatites, sarampo, caxumba, gripe, que são causados por vírus. E isso pela razão que a essência do vírus é um material genético e todas as nossas células possuem esse material também, nesse caso se tivermos um tratamento para destruir o vírus vamos destruir as outras células também. No caso das bactérias é diferente porque os antibióticos podem atacar a pare-de bacteriana, que as outras células não têm. O primeiro retroviral que surgiu, o AZT, foi descoberto em 1964 como um quimioterapêutico para destruir células cancerosas, mas nunca foi aprovado pelo FDA porque mata o câncer e a pessoa também, pelo grau tóxico, o que é ilógico é que agora ressuscitaram o AZT e estão dando para mulhe-res grávidas e crianças. Outro fato suspeito no tratamento com retro-virais é que hoje em dia existem mais de 30 desses medicamentos, por que tantos? Porque é uma in-dústria. Os únicos retrovirais que

têm uma ação positiva são os ini-bidores de protease, apesar de tam-bém terem muitas reações tóxicas porque todas as células humanas possuem protease. Porém, esses são antioxidantes, são antibióticos, diminuem a carga viral, aumentam os linfócitos e as pessoas se sentem melhor, têm uma maior qualidade de vida, mas de qualquer forma acabam morrendo.

E qual o tipo de tratamento que o senhor sugere? Com esse tra-tamento é possível escapar da morte em decorrência da AIDS?DR. GIRALDO: As pessoas voltam a ter uma vida normal, trabalham, têm fi lhos. Infelizmente, continuam sendo HIV positivas, é algo que ainda não sou capaz de mudar e me dói a alma, mas estamos estudando esse assunto com se-riedade e esperamos em breve ser capazes de negativizar as pessoas HIV positivas. Mas vivem muito bem desde que sigam uma dieta, tomem antioxidantes e se cuidem. Uma vez que uma pessoa é HIV positiva tem que ter um estilo de vida muito natural, não pode vol-tar a usar drogas, nem trabalhar na fábrica onde se intoxicou, não pode limpar a casa com todos esses pro-dutos químicos que existem, somos muito cuidadosos. Se a pessoa for um homem homossexual pode continuar a ter relações sexuais, mas sem camisinhas de látex ou lubrifi cantes industrializados, deve utilizar outros lubrifi cantes naturais e preservativos de propi-leno, que são melhores e não são absorvidos pelas mucosas como o látex. O que não se pode negar às pessoas é o direito à atividade sexual porque isso signifi ca mor-rer sem vida. O tratamento que fazemos com todas as pessoas em diversas partes do mundo envolve vários passos: (1) a desintoxicação mental, o mais importante, que é

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limpar do cérebro a idéia do HIV, a dúvida, o temor, o medo de estar contagiado e contagiar outro ser humano. Quando não conseguimos desenvolver isso bem, o tratamento não evolui, a pessoa não melhora na mesma velocidade que pode-ria. (2) Evitar mais intoxicações e isso depende da situação de cada pessoa, precisamos estudar bem o ambiente familiar, de trabalho, as relações, o estresse, ou seja, avaliar todos os tipos de agentes tóxicos a que está submetida esta pessoa. (3) Desintoxicar todos os órgãos e sistemas intoxicados com tratamen-to e o uso de antioxidantes, medimos os níveis de antioxidantes quando é possível e utilizamos vitamina A, E, C, zinco, selênio, ácido alfa-lipói-

co, fundamentalmente. Também fazemos com os pacientes jejum, meditação, exercícios moderados – porque exercícios exagerados são oxidantes. (4) Estimular todos os órgãos e sistemas debilitados, usando por exemplo comple-xo B para estimular o sistema imunológico e também porque é um tranqüilizante do cérebro, utilizamos plantas, como aloe vera, equináceas, unha de gato, cúrcuma, enfim, isso depende de cada lugar e isso aprende-mos com os estudiosos de cada local. E onde podemos também utilizamos o ozônio, acupuntu-ra, homeopatia, florais de Bach, reiki, meditação, cuidado espiri-tual, etc.

Sites da internet com mais in-formações sobre a polêmica cien-tífi ca internacional a respeito das causas e soluções da AIDS e com muitas referências:

• www.robertogiraldo.com

(espanhol, inglês)

• www.taps.org.br

(português)

• www.laverdaddelsida.com

(espanhol)

• www.free-news.org

(espanhol)

• www.virusmyth.net (inglês)

• www.duesberg.com (inglês)

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Paciente: MMBM Sexo: FemininoIdade: 69 anos

Antecedentes familiares:Pai falecido de câncer Mãe falecida de diabetes melitus

Antecedentes pessoais: 1997: adenocarcinoma endometrial invadindo até ¾ da espessura do endométrio – tratado com pan-histerectomia e quimioterapia.1999: recidiva do câncer em cúpula vaginal – tratado com radioterapia local/braquiterapia e radioterapia convencional (33 sessões).2002: paciente sentia-se fraca, indisposta e com sensação de peso nas pernas, sem queixas respiratórias.

Rx de tórax (04/11/02): Pequenos nódulos em lobos superiores.

TC helicoidal de tórax (06/01/03): Múltiplos nódulos pulmonares bilaterais de dimensões variadas (o maior medindo 1,7 cm de diâmetro), alguns com sinais de cavitação.

Metástase pulmonar de câncer de endométrio: caso clínico de tratamento não-convencional

Dra. Ana Lúcia Discacciati Ferreira (Curitiba/PR)

Jan/03 Abr/03 Out/03 Jan/04

Hemoglobina 13,7 13,7 12,1 11,6

Leucócitos 5.700 2.900 4.100 4.600totais

Plaquetas 254.000 324.000 233.000 244.000

Ferritina *** 295 119 111,9

VHS 1h (mm) *** 20 8 15

CEA (ng/ml) 0,8 *** *** 0,5

CA 125 0,6 *** *** 2,1

Um estudo conduzido com 200 mil homens e mulheres durante sete anos pela Univer-sidade do Havaí, nos Estados Unidos, revelou que o risco de desenvolver câncer de pâncreas é 6.700% maior em pessoas que consomem grandes quantidades de cachorro-quente, linguiças e outras carnes processadas em comparação a indivíduos que ingerem pouco ou nenhum desses produtos. O aumento da incidência da doença é atri-buído a susbtâncias químicas adicionadas à carne processada com objetivo de conservá-la e manter uma aparência atraente aos consumidores. Apesar do estudo não nomear o nitrito de sódio como responsável pelo problema, essa susbtância é co-nhecida por suas propriedades tóxicas ao organismo e outras pesquisas já relacionaram seu consumo a leucemia, tumores cerebrais em crianças e câncer de cólon.

Se cada vez mais são com-provados os perigos do nitrito de sódio à saúde, por que os produtores alimentícios conti-nuam utilizando essa substância? Esse produto químico realça a cor da carne, mantendo o as-pecto avermelhado e fresco que atrai os consumidores. Car-nes embaladas e processadas, normalmente, teriam uma apa-rência acizentada, mas com a adição de nitrito de sódio parecem frescas, mesmo após longos períodos nas prateleiras e balcões dos supermercados. Essas informações fazem parte do livro Grocery Warning, do nutricionista Mike Adams, que ensina como reconhecer e evi-tar produtos alimentícios que causam doenças crônicas.

Mais informações no site:www.truthpublishing.com/grocerywarming.html

Carne processada eleva risco de câncer

Paciente optou por não fazer tratamento convencional. Submeteu-se, então, a partir de fevereiro de 2003, a terapias de desintoxicação, orientação nutricional, homeopatia, psicoterapia, acupuntura e fi sioterapia.

EVOLUÇÃO

TC de Tórax com contraste (06/03/03): nódulos pulmonares subpleurais, esparsos nos campos pulmonares, adjacentes a estruturas vasculares; aorta ateromatosa.

TC de Tórax com contraste (05/06/03): são observadas somente pequenas nodulações subpleurais junto a parede anterior do pulmão direito, de menores dimensões em relação ao estudo anterior. Aorta ateromatosa.

TC de Tórax com contraste (16/10/03): presença de duas diminutas formações nodulares subpleurais no segmento anterior do LSD. Estruturas vasculares do mediastino preservadas.

Atualmente, a paciente encontra-se em ótimo estado geral, mantendo suas atividades diárias sem qualquer limitação.

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Natureza psíquicaDra. Luciani Trentino (Curitiba/PR)

Luminus nimirium naturae... a natureza psíquica tem em si uma idéia de luminosidade, luzes que se acham dispersas e jogadas na trama, que é a psique, e que procuram clarear pontos obscuros desta. Essa luz foi dada por Deus, que deu a cada homem muita luz para que ele fosse predestinado e não errasse.

Paracelso já compartilhava desta idéia, pois para ele ao nascer o homem é “dotado com a luz perfeita da natureza”. A medida que o homem movido pelos impulsos do ego se afasta deste lúmen, a natureza psíquica, movida pelo inconsciente, lança mão de recursos para devolver sua homeostase como so-nhos, insights, percepções, lapus linguae... ou encon-trando a via do sintoma, que muitas vezes percorre o caminho da doença na tentativa de fazer com que o indivíduo busque sua luz; “que não devemos procu-rar em nós, embora esteja em nós, mas na imagem de Deus que está em nós” (Theatrum chemicum, a fi loso-fi a meditativa).

Assim, a alquimia da psicoterapia está em au-xiliar o homem a encontrar essa luz clareando os conteúdos inconscientes obscuros da natureza psíquica para poder fazer o homem surgir com sublimidade e sabedoria para conduzir sua própria luminosidade ao mundo.

Essa subjetividade pode ser encontrada na trama de um paciente que se encontrava sob o do-mínio de uma doença, que na verdade servia como uma espécie de auto-regulação para estabelecer um equilíbrio. A terapia utilizada foi a de reconduzir a consciência aos chamados conteúdos reprimidos que se tornaram inconscientes; cabe mencionar que o inconsciente não é só um receptáculo de todos aqueles conteúdos traumáticos vivenciados pela consciência, mas também é criador de conteúdos novos.

O inconsciente é dotado de energia criadora específi ca. Se em conseqüência do trauma seus produtos não encontram acolhida na consciência, surge uma espécie de represamento, semelhante ao que ocorre com a bílis, um produto da função do fígado quando impedida de fl uir para o intestino. Da mesma forma que a bílis penetra na corrente sanguínea, assim também o conteúdo reprimido se irradia para outros domínios.

No caso do paciente mencionado, associado ao método de psicoterapia, encontramos em Hamer, médico atual cujas leis puderam ser aplicadas, uma forma efi caz de entender que todo trauma vivencia-

do pelo indivíduo no isolamento e com acentuada força, produz um choque brutal que altera o progra-ma biológico de sua espécie, conduzindo impulsos eletromagnéticos ou eletrofi siológicos, enviados pelo cérebro ao órgão de similaridade ao confl ito emocional, gerando o desequilíbrio das células, e em conseqüência, a doença.

Caso clínico

Após identifi cação pelas leis de ferro de Hamer do choque sofrido pelo indivíduo e pela psico-terapia, para conscientizarmos este choque, que ameaçava o programa biológico deste paciente, lançamos mão de uma técnica chamada EMDR que promove através de estímulos visuais ou táteis a desensibilização e o reprocessamento de traumas, permitindo que o indivíduo pelo sentido da fala, repetindo a cena traumática, rompa este material reprimido na consciência, elucidando e permitindo ao seu programa de espécie oportunidade para re-equilibrar-se.

Esse paciente, senhor de meia idade, responsá-vel pelo sustento da família, foi diagnosticado com câncer de próstata. O confl ito desse câncer, segundo Hamer, é sexual e por se tratar de um órgão de te-cido embrionário endodermo se refere à obtenção da energia (ar, alimento e reprodução), ou seja, uma necessidade de assegurar a continuidade da vida a seu próprio nível, isto passa a representar um confl ito quando o que assegura a sobrevivência for ameaçado.

O paciente es-teve diante de uma difi culdade sexual, sentiu-se não desejado pela esposa que não valorizou o problema sexual. Esse conteúdo vivenciado por ele no isolamento fora re-forçado quando ameaçado injustamente no seu trabalho,

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com profundo signifi cado moral para ele, viu-se com difi culdade em assegurar sua sobrevivência e a continuidade da vida.

Surge com essa situação a angústia e o so-frimento psíquico, aumentados quando diante do diagnóstico de câncer, diga-se de passagem que esse fato pode ser considerado por Hamer como signifi cativo para criar metástases dian-te da forma como lhe é passada tal informação.

Sendo o paciente acolhido em imediato, e já inserido em um programa de Medicina Biológica Integrada, a elucidação do sintoma pela fala, a liberação da angústia e a conscien-tização das leis de Hamer foram bem aceitas.

Ao trabalhar com a técnica de EMDR, pôde-se reconhecer na fala do paciente um material sig-nifi cativo de crenças, que ampliavam a angústia por ele sentida. Essas crenças foram reproces-sadas e o paciente fora orientado para realizar sessões diárias de relaxamento e meditação, procurar repousar e estar em contato com os as-pectos positivos e os recursos naturais da vida.

As respostas positivas foram seguidas pela redução do seu nível de estresse, favorecendo o alívio da angústia e dos pensamentos agitados, criando uma sensação agradável com os aspectos da sua vivência diária, aumentando sua auto-es-tima e conseqüentemente a energia vital, o que favoreceu respostas imunológicas bem satisfató-rias, ciência hoje reconhecida com a Psiconeuroi-munologia, além da obtenção da cura do câncer.

A ligação da psique com o cérebro é tão evi-dente, e indiscutível, quanto na explanação do caso. A alma humana vive unida ao corpo, numa unidade indissolúvel e por isso só para fi ns didáticos é que a psicologia pode ser separada da biologia.

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Tratamento da dor por ondas sonoras de baixa freqüência intra-som

Dra. Jaqueline Zacachuka (Curitiba/PR)

Procedimentos técnicos e científi cos comprova-dos pela prática são empregados cada vez com mais freqüência e enorme sucesso no tratamento de inú-meras doenças. Dentre esses, destaca-se a terapia através de ondas sonoras, que desempenha papel importante na moderna e avançada biomedicina. O tratamento com ondas sonoras baseia-se nos fe-nômenos físicos de ressonância e produz uma ação natural e profunda sobre as células de todo tipo de tecido. Através dele, o metabolismo é estimulado, acelerando assim o processo de cura.

Há 30 anos, o uso da terapia por ondas sonoras foi introduzido com sucesso na prática médica. A origem e idealização dessa terapia deve-se às pes-quisas do professor Dr. Schliephake, que também é o criador da terapia por ondas-curtas (hipertermia). O método terapêutico consiste na aplicação local das ondas de baixa freqüência intra-som direta-mente nas partes doloridas. O intra-som, ou som audível, é o nome atribuído às oscilações e ondas em matérias elásticas em um nível de freqüência entre 20 e 20.000 hertz, percebido pelo ouvido hu-mano de acordo com sua composição como som, timbre ou ruído. Se um corpo com capacidade os-cilatória no estado sólido, líquido ou gasoso receber seguidamente pequenos impulsos na freqüência própria, começará a vibrar. Dessa forma, entra em ressonância e está em condições de conduzir ondas. O mesmo é válido para as moléculas que compõem os tecidos do organismo humano. Se estas entram em contato com ondas sonoras, absorvem uma ínfi -ma parte de energia destas ondas, sendo estimula-das a emitir fortes oscilações e a transmitirem esses impulsos a outras moléculas. Cada molécula tem sua própria freqüência. Essas partículas começam a emitir fortes vibrações e fi cam em ressonância só quando entram em contato com oscilações da mesma freqüência.

Oscilações são parte da nossa existência; vive-mos em um universo de oscilações. Elas podem ser perceptíveis ou imperceptíveis. Ao andarmos de carro, estamos sujeitos às vibrações do motor,

aos movimentos do assento e também às reações das molas e amortecedores. Ao ouvirmos música, somos confrontados com altas e baixas freqüências, bem como a escala de sons. No trabalho e no lazer, até no sono, estamos submetidos a oscilações! Es-sas oscilações forçosamente têm infl uência sobre o nosso corpo, que podem ser benéfi cas ou não, perceptíveis ou não. Nosso corpo reage sensivel-mente às oscilações sobre tendões, sistema nervoso, músculos,articulações e ossos. Está também sujeito às oscilações internas, como do sangue nas artérias, dos vasos sanguíneos sobre os tecidos vizinhos, das ações que o andar provoca na coluna vertebral e às vibrações da corrente de ar nas vias respiratórias. Em menor escala, as células de secreção que funcionam como suporte nos espaços intercelulares, e que con-ferem a cada tecido sua freqüência ressonante pró-pria, também estão oscilando ininterruptamente.

As moléculas que compõem nossos órgãos, tecidos e células estão em constante oscilação, mesmo com o corpo em repouso e são, portanto, muito sensíveis a fatores externos. A ação das os-cilações depende da sua freqüência, que signifi ca velocidade com que o movimento de oscilação se repete. O som é subdividido de acordo com a sua freqüência, sendo que o ouvido humano é utilizado como referência:

• abaixo de 20 hertz temos o infra-som;• entre 20 e 20.000 hertz temos o intra-som que é percebido pelo ouvido humano;• acima de 20.000 hertz temos o ultra-som.

Existe ainda outra classifi cação que divide-se:• até 400 hertz, som de baixa freqüência;• de 500.000 até 3.000.000 hertz, som de alta freqüência.

A terapia das ondas sonoras de baixa freqüência intra-som produz ondas sonoras que atuam entre 70 e 100 hertz, onde através da estimulação vertical nos locais de dor se obtém uma massagem

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profunda exatamente no local onde o corpo está debilitado, ou seja, onde não possui mais resistência e força. Por meio do intra-som, ocor-re um crescimento acelerado de novas células, resultando assim no alívio das dores. Essa técni-ca realiza uma atividade mecânica, ou seja, uma massagem intensiva sobre o sistema nervoso, ossos, células, tecidos, circulação sangüínea, com ínfi ma alteração de temperatura e, através da aceleração das trocas metabólicas, serão aliviadas dores musculares e articulares. Esses efeitos são obtidos somente com a terapia de baixa freqüência intra-som, que produz oscila-ções que atingem até 3 cm de diâmetro e 6 cm de profundidade; efeitos gerados pelos impul-sos mecânicos e verticais de 100 hertz.

As ondas sonoras de baixa freqüência intra-som merecem destaque principalmente no campo da lubrifi cação/cartilagem (articular), como nos casos de hérnia de disco e artroses em geral; onde através do efeito da massagem profunda com 100 hertz de freqüência são cons-tituídas novas células em um processo acelera-do. Isso faz com que seja restabelecida a lubri-fi cação articular, resultando na recuperação da energia e força do organismo, podendo assim, numa segunda etapa, partir para a estimulação da regeneração da cartilagem desgastada.

As indicações da terapia são para dores em geral, processos reumáticos, falta de lubrifi cação das articulações (artrose, hérnia de disco, etc.), artrites, osteoporose, ciatalgia, Dort, tendinites, bursites, doenças respiratórias, cefaléias em geral, labirintites, paralisia facial, fl ebites, úlceras, estética facial (rugas), estética corporal (estrias e celulites) e drenagem linfática pós procedimen-to estético cirúrgico. Também apresenta resul-tados signifi cativos no campo da acupuntura, através da aplicação direcionada nos pontos energéticos das ondas sonoras de baixa freqü-ência. Não existem contra-indicações, podendo ser aplicada em crianças e gestantes. O tempo de tratamento varia entre 10 até 25 sessões (aplicações) com duração de 15 a 30 minutos. Além do alívio da dor, os pacientes sentem esta forma de terapia, indolor e não invasiva, como muito agradável e relaxante.

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Roberto Giraldo recebe prêmio Esculápio de 2004

Todos os anos a Academia Sul-Americana de Medicina Integrada concede o prêmio Esculápio a uma personalidade que tenha se destacado por suas contribuições para a evolução da medicina a partir de uma visão holística do ser humano. O prêmio de 2004 foi entregue durante o 7º En-contro Brasileiro e 4º Encontro Internacional de Medicina Inte-grada ao médico Roberto Giraldo, infectologista especialista em doenças infecciosas e tropicais, com formação pela Universidade de Antioquia, na Colômbia, e pela London School of Hygiene and Tropical Medicine, da Universida-de de Londres. Nas últimas quatro décadas, Giraldo tem se dedicado a atividades clínicas, acadêmicas e pesquisas sobre diferentes as-pectos de doenças infecciosas, tropicais e imunológicas em vá-rias regiões da Colômbia, Estados Unidos e países da África. A maior parte de seu trabalho envolve imunodeficiências secundárias ou adquiridas, principalmente aquelas que ocorrem em países em desenvolvimento.

Em 1967, Girado estudou com

o professor Jacob Frenckel, no Kansas University Medical Center, nos Estados Unidos, infecções por Toxoplasma gondii e Pneumocys-tis carinii como marcadores clíni-cos para imunodefi ciência huma-na. Neste mesmo ano, analisou in-fecções oportunistas por fungos com o professor Donald Greer no Center for Disease Control (CDC), na cidade do Kansas. De 1974 a 1975, o especialista estudou os principais fatores de risco para o sarcoma de Kaposi endêmico em países da África. De 1979 a 1987, atuou como médico clíni-co geral em uma remota área de fl oresta na Colômbia, onde teve a oportunidade de trabalhar lado a lado com curandeiros tradicionais indígenas, explorando formas de tratar uma grande variedade de problemas médicos relacionados à pobreza, má nutrição, a imuno-defi ciências, parasitas e infecções.

Pesquisador independente sobre a AIDS desde 1981, possui diversos trabalhos publicados so-bre o tema, entre os quais o livro “AIDS e estressantes: AIDS não é uma doença infecciosa nem se-xualmente transmissível. É uma

síndrome tóxica-nutricional cau-sada pelo incremento alarmante no mundo de agentes estres-santes do sistema imunológico”, nos idiomas inglês e espanhol. Roberto Giraldo é membro desde 2000 do Conselho Consultivo da Presidência da África do Sul para a AIDS e conselheiro de vários países africanos a respeito de nutrição e doenças relacionadas à pobreza. Em 2003, apresentou para 14 ministros da Saúde da Southern African Development Community (Comunidade Sul-Africana de Desenvolvimento) as bases científi cas de sua proposta: “Terapia Nutricional para o trata-mento e a prevenção da AIDS”.

Atualmente, Giraldo é tecnólo-go do Laboratório de Imunologia Clínica e Diagnóstico Molecular no New York Presbyterian Hospital, Weill Cornell Medical Center, em Nova York, onde teve a oportuni-dade de executar e conhecer em detalhes os testes de HIV Elisa, Western blot e PCR (carga viral). Ex-presidente do Rethinking AIDS, um grupo internacional que visa a reavaliação científi ca da AIDS, o especialista também é conselheiro científi co de diversas organiza-ções não-governamentais em países como México, Nicarágua, Colômbia, Peru, Brasil, Argentina, Chile, Bolívia e Espanha.

Segundo o presidente da Academia Sul-Americana da Me-dicina Integrada, Roberto Cesar Leite, a escolha do infectologista Roberto Giraldo como premiado do ano de 2004 demonstra o ob-jetivo da Asami em homenagear médicos que ainda seguem os princípios de Esculápio, que pri-mava por uma medicina verda-deira, baseada no ser. “O doutor Giraldo prioriza o ser humano Dr. Roberto Giraldo (centro) com o Dr. Roberto Cesar Leite (presidente da Asami)

e Caroline Fávaro (Editora Corpo Mente)

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e não tem medo de expor seus pontos de vista, mesmo que se oponham as principais correntes atuais. Além disso, tem disposição para pesquisar e demonstrar seus pontos de vista”, ressalta.

Quem foi Esculápio?Na mitologia grega, Esculápio (ou Asclépio) era

rei da Tessália e foi criado pelo centauro Quiron, exímio conhecedor das plantas medicinais que lhe ensinou a arte de curar. O discípulo aprendeu tão bem a arte que, além de curar, descobriu como res-suscitar os mortos. Por essa ousadia, Zeus, senhor do Olimpo, fulminou-o com um raio, a pedido de Hades (ou Plutão), o deus dos infernos, que temia perder seu reino. Depois desse ato, Zeus se arre-pendeu e elevou Esculápio, que passou a ser con-siderado fi lho de Apolo, à categoria de deus da me-dicina, cultuado tanto na Grécia como no Império Romano. Muitos templos foram construídos em homenagem à Esculápio e eram uma mistura de santuário religoso com spa de saúde, já que nessa época o ser humano era visto em sua totalidade: matéria e espírito. Nesses locais, as pessoas oravam e os enfermos eram tratados com banhos e jejuns para serem purifi cados. Os templos eram erguidos em bosques, ao lado de fontes naturais, e um dos mais famosos na Grécia foi Epidauro, no Pelopone-so, fundado no século VI a.C.

Nas esculturas, Esculápio era representado por um homem barbado, de aspecto sério, segurando um bastão com uma serpente enrolada, que se tornou o símbolo da medicina. O signifi cado desse símbolo é bastante discutido e algumas hipóteses são que o bastão representa o poder, como o cetro dos reis; a magia, como a vara de Moiséis; ou ainda a árvore da vida, com o ciclo de morte e renascimento. Em relação à serpente, algumas interpretações pos-síveis são que seria o símbolo do bem e do mal, por-tanto da saúde e da doença; da sabedoria, podendo se tornar remédio ou veneno; ou até representante do poder de rejuvenescimento, caracterizado pela troca de pele periódica da serpente. O nome de Es-culápio tornou-se um termo utilizado para desig-nar os médicos em geral. Esculápio também teve duas fi lhas que se tornaram conhecidas na história da medicina: Higéia de onde se originou a palavra higiene e que representava a saúde, o poder cura-tivo do próprio organismo, e Panacéia, que signifi ca para todos os males, simbolizando os remédios e as forças externas. Além disso, Hipócrates, considerado o pai da medicina, também é descendente da famí-lia de Esculápio.

Dieta vegetariana na gravidez aumenta chances de hipospadia

Mulheres que mantêm dieta vegetariana durante a gravidez têm cinco vezes mais risco de dar à luz a meninos com hipospadia, deformação caracterizada pela abertura da uretra na face inferior ou ventral do pênis, em comparação com gestantes que incluem carne na alimentação. Essa foi a conclusão de um estudo desenvolvido na Divisão de Saúde da Criança da Universidade de Bristol, na Inglaterra, e publicado em 2000 no British Journal of Urology International. A equipe de pesquisadores acredita na possibilidade do fenômeno ter relação com o grande consumo de fi toestrógenos, hormônios vegetais encontrados na soja, que poderia infl uenciar negativamente no desenvolvimento do sistema reprodutor masculino.

O estudo envolveu 7.928 meninos recém-nascidos e desse total 51 foram diagnosticados com hipospadia. Os pesquisadores obtiveram informações detalhadas das gestantes, que preencheram questionários sobre o histórico obstétrico, estilo de vida e hábitos alimentares. Além do vegetarianismo, outras duas situações apresentaram maior probabilidade de risco para a má formação congênita: mulheres que tomaram suplementos de ferro, duas vezes maior – que os pesquisadores consideraram de pouca relevância –, e que tiveram gripe (infl uenza) nos três primeiros meses de gestação, apresentando um risco três vezes maior. A correção da hipospadia requer cirurgia e a falta de tratamento pode interferir nas funções urinária e sexual. Os benefícios advindos do consumo de vegetais e frutas para a saúde são indiscutíveis, porém o simples fato de manter uma dieta vegetariana não signifi ca que a pessoa é saudável.

Macrobiótica A morte em julho de 2001 de Aveline Kushi, uma

das pioneiras da macrobiótica, devido a um câncer de colo de útero, é mais uma demonstração de que nenhuma dieta é perfeita. Após nove anos de batalha contra o câncer, apesar da dieta ser apresentada como uma forma ideal de prevenção e até tratamento para a doença, Aveline morreu por causa das complicações da neoplasia aos 78 anos de idade. Os seguidores da macrobiótica se alimentam basicamente de frutas, legumes, cereais integrais e alguns também comem peixe. Os adeptos são contra o consumo de carnes e alimentos processados. Apesar dessa fi losofi a naturalista, existem adeptos que fumam – porque acreditam que o tabaco é uma substância yang de acordo com a fi losofi a macrobiota que divide os alimentos em yin e yang – e bebem quantidades excessivas de café, motivados segundo alguns estudiosos pela necessidade de estimulantes por causa da falta de quantidades adequadas de gorduras e proteínas na dieta.

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2º. semestre 20052º. semestre 2005 Notícias Academia Sul-Americana de Medicina Integrada2020

Dr. Rath defende o controle público da saúde

O médico alemão Matthias Rath, atualmente nos Estados Unidos, é um dos precursores do conceito científi co de medicina celular. Além disso, é um im-portante pesquisador na área de medicina nutricio-nal e busca comprovar os benefícios à saúde dos mi-cronutrientes no combate a uma série de doenças. Rath também trabalhou com o ganhador do prêmio Nobel Linus Pauling em diversos estudos nutricio-nais e é um médico determinado a lutar por justiça e paz. Esse comprometimento com valores sociais culminaram em 2002 com a criação da Dr. Rath Health Foundation, uma organização sem fi ns lucrativos que visa dar suporte a diversas atividades na área de saúde humana, justiça social e preservação da paz mundial. A fundação defende o estabelecimento de um novo sistema global de cuidados médicos que a partir da medicina celular, de recentes descobertas e de terapias naturais melhore as condições de saúde da população e das futuras gerações, acabando com doenças como câncer, AIDS e problemas cardiovas-culares a um custo muito menor e acessível.

No site da organização, Rath clama pela atenção de toda a humanidade para um controle público da saúde, alegando que boa saúde é um direito fun-damental e deve ser garantido a todos os seres hu-manos (www.dr-rath-foundation. org). O médico alerta para o monopólio da indústria farmacêutica sobre o mundo, que em sua opinião se estabeleceu com base na perpetuação e proliferação de doen-ças. A prevenção e a erradicação das doenças com tratamentos naturais curativos e efi cientes, segundo Rath, colocam a existência do negócio farmacêutico em perigo.

No texto, o médico faz a seguinte declaração: “Nós, povos desse planeta, declaramos que não que-remos mais continuar sujeitos à vontade de grupos de interesse que não possuem escrúpulos, ou seus cúmplices políticos que tentam semear a dominação do mundo por meio da proliferação de doenças e guerras. Estamos prontos para assumir responsabi-lidades, por nós mesmos e pelas futuras gerações. Nós iremos dedicar todos os nossos esforços para erradicar as doenças endêmicas atuais, a fi m de que o farmacêutico ‘negócio com doença’ perca a fundação que o sustentou até agora. Dessa forma, criaremos as circunstâncias necessárias para apreciar um mundo mais saudável, justo e em paz”. Para Rath, a primeira etapa para atingir esse principal objetivo é o controle público da saúde, a partir desses 10 itens ao lado:

A saúde deve ser colocada imediatamente e irre-vogavelmente sob o controle público. Somente se nós controlarmos o fi m do “negócio com doença”, poderemos erradicar as doenças endêmicas atuais, salvando milhões de vidas e reduzindo orçamen-tos públicos e privados de saúde.

O objetivo de nossa nova visão será impe-dir efi cientemente doenças e erradicá-las. Esse novo sistema de saúde será oposto ao farmacêutico “negócio com doença”, que é baseado na perpetuação e disseminação de enfermidades como base para um mercado de consumidores de longo prazo.

O setor público – federações e municipalidades – será responsável por adequadamente fornecer a população suplementos nutriti-vos, como também outros remédios natu-rais, visando prevenir doenças endêmicas e para serem usados como tratamentos

adjuvantes. Adicionalmente, o fornecimen-to de poucos preparados farmacêuticos que tenham alguma utilidade será submetido gradualmente ao controle público. Os remédios que não podem ter seus efeitos curativos ou preventivos comprovados, isto é aqueles que mostram as características típi-cas da maioria das fórmulas farmacêuticas, serão proibidos.

Os setores chaves para o tratamento das en-fermidades, de hospitais às clínicas ligadas às universidades, serão sujeitos ao con-trole público. Somente dessa maneira a estratégia geral para um sistema da saú-de voltado à prevenção e a erradicação de doenças pode ser garantido e não sabotado pelo “negócio com doença”.

Os cofres da doença serão submetidos ao controle público. A responsabilidade de reembolsar custos de tratamentos que provem ter efeitos preventivos e terapêuti-cos e, em particular, remédios naturais com

base científi ca, será assumida. Os represen-tantes dos interesses da indústria farmacêutica serão excluídos dos quadros que protegem e controlam as fi nanças destinadas ao tratamento de doenças. Os representantes dos pacientes, selecionados por eles mesmos, terão maioria nesses quadros. Somente des-sa maneira pode-se garantir que os custos com os cui-dados de saúde não serão desperdiçados fi nanciando o farmacêutico “negócio com doença.”

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Notícias Academia Sul-Americana de Medicina IntegradaNotícias Academia Sul-Americana de Medicina Integrada 2121

Similarmente, a autorização de remédios no-vos será submetida a estritos controles públi-

cos. Além dos representantes das profi ssões ligadas à saúde, as comissões encarregadas da autorização serão compostas principal-

mente de representantes dos pacientes e de cidadãos eleitos democraticamente. So-

mente dessa forma a infl uência precedente da indús-tria farmacêutica será removida do processo, colocan-do um ponto fi nal a autorização de produtos que são na maior parte inúteis e quase sempre prejudiciais.

A pesquisa médica e científi ca será sujeita aos controles públicos visando desenvolver remédios curativos efi cientes para prevenir e erradicar doenças. Os fundos públicos serão empregados para o fi nan-ciamento de pesquisas em universidades e em outros centros públicos que forneçam benefí-cios para todos os pacientes. A indústria farmacêutica não irá mais receber subsídios públicos. Somente dessa maneira o desperdício de fundos públicos com pesquisa farmacêutica que não elimina doenças, pelo contrário, garante sua continuidade estabelecendo a base do “negócio com doença”, será levado ao fi m.

O treinamento de médicos e outros profi ssionais da área de saúde será realizado sob controle público. A prática existente de ter que fornecer recursos da indústria farmacêutica a fi m alcan-çar os líderes das faculdades médicas será inter-rompida imediatamente. O único critério para a

indicação de professores para as diferentes profi ssões ligadas à saúde será suas qualifi cações profi ssionais e não sua dependência fi nanceira dos grupos farmacêu-ticos. Somente dessa forma chegará ao fi m a devasta-dora infl uência comercial que tem sido empregada por décadas pela indústria farmacêutica no treinamento de médicos e outras carreiras no setor da saúde.

Educação na área de saúde e, em parti-cular, a disseminação do conhecimento relacionado à dieta saudável e a outras medidas para prevenir enfermidades

serão obrigatórias em escolas de edu-cação infantil e em todos os centros de

outros níveis de educação. As crianças aprenderão do começo de sua instrução que o corpo humano não pode produzir a vitamina C e que durante suas vidas inteiras necessitam fornecer a seus corpos essa substância por meio de suplemento dietético. O treinamento e a instrução contínuos da popula-ção em matérias de saúde serão intensifi cados em todos os níveis, incluindo fóruns públicos.

A fi m poder espalhar rapidamente o conhecimento da importância de nutrientes essenciais e de outros remédios naturais para a manutenção de boas condições de saúde (e para garantirmos assim os serviços de saú-de básicos que são apropriados para a população) novas profi ssões na área da saúde serão ofi cialmente reconhecidas. Incluindo entre essas “consultores nutritivos” ou “consultores celu-lares da medicina” com especialidade em saúde e consultas preventivas. Dessa maneira, o controle monopólico da medicina por tratamentos farma-cêuticos e alta tecnologia acabará.

Boa saúde é um direito fundamental de todos

os seres humanos.

Nós estamos fazendo esse apelo a toda a humanidade

com o intuito de alcançar esses objetivos juntos.

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2º. semestre 20052º. semestre 20052222

Oligoterapia e diátesesDr. Marco Rogério Marcondes (Maringá/PR)

Por que algumas pessoas desenvolvem deter-minadas patologias e outras não, apesar de muitas vezes possuírem hábitos e estilo de vida muito pa-recidos? Uma das respostas está relacionada ao que chamamos de terreno constitucional. As doenças nada mais são do que informações que carregamos em nós mesmos, oriundas de um acervo informa-tivo a que fomos submetidos na concepção. Uma lesão é patologicamente o resultado de uma per-turbação metabólica já existente em nosso acervo informativo, que poderá manifestar-se conforme a exposição a múltiplos fatores, como poluição at-mosférica, campos eletromagnéticos, contaminação alimentar, além de fatores hormonais, sociais, emo-cionais, entre outros. O conjunto de características semiológicas que defi nem o terreno constitucional é chamado de diátese, que exprime o afl oramento de arquétipos não reprimidos pelas barreiras prote-toras do organismo.

A diátese classifi ca o doente, ligado a uma dis-função orgânica, de uma forma individualizada por meio de características físicas, emocionais e reações pessoais. O comportamento diatésico é refl exo móvel de um estado em evolução – a luta entre a informação e sua repressão. Ao chegar em um es-tado patológico, é fi siologicamente a conseqüência de uma anomalia crescente das trocas metabólicas e um bloqueio progressivo das funções regulado-ras. O médico francês Jacques Ménétrier, precursor da medicina funcional ou oligoterapia, levando em conta o estado ácido básico e o sistema redox do or-ganismo, classifi cou as diáteses conforme o estado psíquico e orgânico de cada pessoa. Segundo Mé-nétrier, as diáteses são constitucionais – alérgicas e hipoalérgicas – e evolutivas – distônicas e anérgicas. Além desses quatro tipos, há uma quinta classifi -cação, que não é considerada propriamente uma diátese, mas uma desadaptação.

Descrição das diáteses:

Diátese I – Alérgica ou ArtríticaÉ uma diátese constitucional, que ao descom-

pensar seu estado de repressão aos arquétipos apre-sentará as seguintes características: geralmente um indivíduo jovem, magro, agitado, apressado, colérico, nervoso, que padece de mal digestivo, tem doenças na infância, predominando as alergias. Reage muito

às agressões físicas e quando adoece são doenças que podem evoluir sem muita gravidade. São indi-víduos idealizadores, que realizam seus sonhos. São ainda afetivos, nervosos, agressivos, otimistas, tími-dos, dinâmicos, emotivos, explosivos e não guardam rancores.

Diátese II – Hipostênica ou Artro-TuberculosaÉ também uma diátese constitucional, ao des-

compensar de seus mecanismos de repressão aos arquétipos, por motivos variados, apresentará as se-guintes características: trata-se de um indivíduo que, na medida em que passa o dia (ou ano ou período) vai se cansando, apresenta astenia progressiva que às vezes pode destruir sua autoconfi ança. Torna-se angustiado e pessimista, precisa de muito repouso para retomar seus afazeres e recuperar sua capaci-dade de trabalho e intelectual. É por natureza um indivíduo calmo, ponderado, ordenado, meticuloso, agarra-se a detalhes, não gosta de imprevistos, de-testa o fato de fi car em débito, geralmente indiferen-te ao meio, parecendo não se interessar por nada. Intelectualmente, tem difi culdade de se concentrar, prestar atenção nas aulas por muito tempo, nas últi-mas aulas quase não aproveita seu conteúdo; é ain-da desatento, distraído, poupa esforços, fala pouco e só o que interessa. Caracteriza-se por hipotonia, este terreno aproxima-se do tuberculinismo da homeo-patia. Encontra-se com freqüência nas famílias cujos parentes sofrem ou sofreram de problemas respira-tórios e de estados hipostênicos.

Diátese III – Distônica ou Neuro-ArtríticaEssa diátese não é constitucional e, geralmente, é

fruto de evolução da diátese I. Aparece normalmente no adulto e é um sinal de alerta para o médico, pois a instalação de disfunção orgânica de degeneração dá início a processos não curáveis. Já numa fase celular, onde as toxinas estão adentrando na célula, marca uma divisão entre doença funcional e orgâ-nica, sendo a distônica uma evolução das alérgicas, no sentido de uma baixa vitalidade e senescência. Geralmente, signifi ca um desequilíbrio circulatório, emocional e hormonal, assim o paciente passa a ‘desafi nar’ no seu acorde freqüencial ideal. Muda seu humor, primeiramente, passa a ser ansioso, depressivo, emotivo e conserva o espírito criativo da diátese I, que geralmente a deu origem. Essa diátese

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2º. semestre 2005 232333

se caracteriza por envelhecimento geral, diminuição da concentração, perda da memória, perda do en-tusiasmo (sem deixar de ser criativo); isso é impor-tante para diferenciar da diátese IV. Perda de ânimo, diminuição do desejo sexual (sem deixar de perder o prazer), alteração no sono, insônia, diminuição do sono ou da qualidade dele. Apresenta fadiga pro-gressiva no decorrer do dia. Amanhece ainda bem, porém no fi nal da tarde está cansado, sente dores nos membros inferiores, por estase venosa, que me-lhora ao levantar as pernas, sensível ao estresse.

Diátese IV – AnérgicaEssa diátese nunca é constitucional. É sempre

uma evolução das diáteses precedentes e, normal-mente, muito grave. Já está numa fase celular ou degenerativa ou até mesmo neoplásica. Aparece de maneira gradual caso as diáteses anteriores não sejam tratadas ou não deixem de evoluir esponta-neamente. Pode aparecer por excesso de homoto-xinas ambientais, farmacológicas, virais, bacterianas, fúngicas e emocionais, como por exemplo o excesso de homotoxinas medicamentosas.

Diátese V – Síndrome de DesadaptaçãoNão é propriamente uma síndrome, apesar de al-

guns autores a considerarem. Na opinião da maioria dos estudiosos do assunto, trata-se de uma desa-daptação endócrina e/ou hipofi so-supra-renal.

A partir da análise das diáteses, a oligoterapia pode ser usada para prevenção de patologias ou como auxílio na terapia de problemas de difícil tratamento. A oligoterapia consiste na utilização dos oligoelementos, micronutrientes em doses in-fi nitesimais, que a partir de uma técnica específi ca são ionizados, obtendo-se substratos ativos dos mais variados minerais, metais e metalóides, como manganês, ferro, cobre, iodo, fósforo, enxofre, etc. As doses ínfi mas dessas substâncias desencadeiam reações bioquímicas imprescindíveis à manutenção da vida biológica. Essas reações funcionam como catalisadoras e favorecem o restabelecimento do metabolismo enzimático, contribuindo para a ho-meostase do organismo e, conseqüentemente, para a promoção da saúde e qualidade de vida.

Ações da oligoterapia:

1. Aumenta a bioreceptividade celular dos minerais;2. Trata terreno mórbido (onde afl oram as in-formações patológicas);3. Repõe o oceano primitivo da matriz extra-celular;4. Desintoxica a matriz extracelular;5. Impõe uma mente de cura, através do trata-mento mineral.

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