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Chegada do Ser Humano na América primitiva

Date post: 02-Feb-2023
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GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO 20ª CRE – PALMEIRA DAS MISSÕES CE DR. DORVALINO LUCIANO DE SOUZA CERRO GRANDE – RS ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO A AMÉRICA ESSENCIAL: AUTONOMIA PRIMITIVA - Da América inicial aos grandes impérios americanos - JOÃO VICTOR GOBBI CASSOL Claudionei Vicente Cassol Márcia Negrello Decarli
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GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SULSECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO20ª CRE – PALMEIRA DAS MISSÕES

CE DR. DORVALINO LUCIANO DE SOUZACERRO GRANDE – RS

ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO

A AMÉRICA ESSENCIAL: AUTONOMIA PRIMITIVA- Da América inicial aos grandes impérios americanos

-

JOÃO VICTOR GOBBI CASSOL

Claudionei Vicente CassolMárcia Negrello Decarli

Cerro Grande, abril de 2014.

Sumário

Resumo.......................................................3Abstract.....................................................3Introdução...................................................4Origem oceânico-asiática: a peregrinação pelo gelo...........5a) Sandia...................................................9b) Clóvis..................................................10c) Folsom..................................................11

Elemento branco e civilizações euro-africanas na América. . . .15O cotidiano asteca, maia e inca antes dos europeus..........17a) Incas...................................................17b) Maias...................................................18c) Astecas.................................................19

Conclusão...................................................21Anexos......................................................22Bibliografia................................................29

Resumo

Estudar as origens dos povos americanos pré-colombianos,bem como a forma de povoação da América utilizando diversosrecursos, tanto literários como culturais e etnográficos paracomprovar ou desmentir teorias e construir uma visão maisaproximada das origens antropológicas do continente americano,motivam este estudo. A pesquisa tem como base bibliográfica deestudos o livro As Origens do Homem Americano, de Paul Rivet, que éreferência central, além de pesquisas em portais eletrônicoscom reconhecimento da comunidade científica. Estão em estudoteorias possíveis sobre o povoamento da América,problematizadoras das dúvidas de caráter histórico sobre oNovo Continente, formação e dissolução das grandescivilizações indígenas desde o período pós-glacial,civilização Sandia, Clóvis e Folsom, até a primeirainterferência ibérica na América em período contemporâneo aoápice cultural, econômico e populacional dos Astecas, Incas eMaias.

Palavras-chave: Povoação. América. Paleoíndios. CivilizaçãoPré-colombiana. Paul Rivet.

Abstract

The study of the pre-columbian American peoples’ origins,as well as the way of settlement of America using of manyresources, both literary and cultural and ethnographic toprove or to deny theories and build a closer look at theanthropological origins of the American continent, motivatethis study. The research has like bibliographic base of etudethe book As Origens do Homem Americano, from Paul Rivet, that iscentral reference, beyond research in electronic portals withrecognition of scientific community. Possible theories aboutthe peopling of America are in study, problematizing thequestion of historical character about the New Continent,formation and dissolution of the major indigenous civilizationsince the post glacial period, Sandia civilization, Clovis andFolsom, until the first Iberian interference in America in

contemporary period to the cultural, economic and populationapex of the Aztecs, Incas e Mayas.

Key-words: Village. America. Paeloindians. Pre-Columbiancivilization. Paul Rivet.

Introdução

Falar em povoação da América nos lembra, diretamente, a

chegada dos portugueses e espanhóis em fins do século XV nas

ilhas centrais dessa faixa de terra que corta o planeta. O

estudo do ser humano na América está desatualizado. É

encontrado em poucas fontes seguras. Prova disso é o livro As

Origens do Homem Americano, de Paul Rivet, publicado pela última

vez no Brasil em 1958, referência principal do estudo

proposto. De lá pra cá poucos são os livros conhecidos pela

população estudantil que abordam o presente tema. A

dificuldade em encontrar minas de estudo expressa a pequena

quantidade de estudiosos que buscam pesquisar, desvendar o

problema americano e o aparente desinteresse da sociedade de

pesquisadores.

Essa pesquisa baseia-se principalmente no livro de Rivet,

escrito e publicado em tempos academicamente distante.

Portanto há a possiblidade de haverem informações brevemente

desatualizadas em função de outras pesquisas realizadas nesse

tempo com as quais não foi possível manter contato, ora por

fatores de diferença linguística, ora pela indisponibilidade

dos livros nas editoras ou na internet. Finalmente, é possível

que alguns termos possam ter sido erroneamente interpretados

devido ao português arcaico encontrado no livro de Paul Rivet.

Contudo essas dificuldades localizadas não alteram o rumo da

pesquisa.

É importante ressaltar que o estudo da povoação da América

é baseado em pesquisas arqueológicas, geológicas e etnológicas

de caráter científico, mas que não confirmam os objetivos das

averiguações. Apenas indicam e expõem, ou seja, nada comprovam

fielmente as teorias desenvolvidas na sequência. Há apenas uma

grande quantidade de indícios que colaboram para acreditar na

ideia do paleoíndio americano. O relatório apresenta conceitos

sobre esse específico assunto, embasado em algumas fontes já

que existem teorias inaceitáveis.

Origem oceânico-asiática: a peregrinação pelo gelo

Durante os últimos 4,5 bilhões de anos, a Terra atravessou

múltiplos períodos climáticos que, de forma geral,

contribuíram para a evolução, migração e desenvolvimento das

espécies. Há nos seres vivos, em especial nos seres humanos,

uma característica de adaptação ao clima, desde que esse não

altere-se bruscamente e constantemente. O planeta já passou

por 6 grandes eras glaciais somente nos últimos 1 bilhão de

anos. É apropriado explicar que as eras glacias ocorrem

naturalmente e há dificuldade em prever a ocorrência desse

tipo de fenômeno. A última delas ocorreu no Período Terciário

há cerca de 60 milhões de anos atrás quando as temperaturas

baixaram extremamente ao ponto de congelarem oceanos e formar

pontes de gelo sobre eles, ligando os continentes e devastando

a maior parte da vegetação da época causando um desequilíbrio

ambiental. Um dos ancestrais, primatas do ser humano,

Ramapithecus, surge para o planeta justamente na segunda metade

do Terciário, entre o Oligoceno e o Plioceno num período 13

milhões de anos atrás. Portanto, a veia humana é formada

durante a última era do gelo. Esse paralelismo não significa

que o ser humano nasceu habituado às condições frias da Terra,

mas demonstra que os primatas já surgiram com certa habilidade

para suportar o frio e suas consequências.

No decorrer dos milhares de anos e épocas históricas que

nos precederam, o ser humano evoluiu para espécies mais

aproximadas com a nossa raça. Atualmente e num período análogo

a esse, o gelo proveniente da última era glacial que se tem

registros estava derretendo. A temperatura, aos poucos,

tornava-se mais agradável e mais suscetível à existência da

vida. Nessa época, já no Plioceno, há cerca de 1,8 milhões de

anos atrás, Ásia, Europa e África já comportavam seres humanos

e o Homo sapiens iniciava sua caminhada além de aprender a

interpretar o meio ambiente. A elevada das temperaturas

permitiu a movimentação humana por processo natural em busca

de novos espaços para se viver e as pontes de gelo restantes

do congelamento mundial, pela época glacial, auxiliaram na

locomoção dos humanos para onde quer que pretendiam dirigir-

se.

Conforme as teorias escolares, os seres que colonizaram

primordialmente a América chegaram através do Estreito de

Bering, região ao norte do continente americano que

corresponde a uma faixa do Oceano Ártico de 85 Km e que divide

a América da Ásia. A migração possivelmente tenha ocorrido em

torno de 10.000 a 15.000 anos atrás, conforme Paul Rivet, que

cita também uma margem de erro de 10.000 anos para essa data

em específico. É provável que os povos pré-mongoloides que

habitavam o nordeste da Ásia (Cukci, Yakut, Samoyers e Lapões)

sejam os responsáveis pela ideia de atravessarem o congelado

Estreito de Bering no final do período glacial. É necessário

esclarecer que não somente a posição geográfica desses povos

indica que eles foram os aventureiros transcontinentais, mas

uma gama de fatores chega muito perto de comprovar a

ascendência chinesa dos Esquimós. Há várias similitudes entre

os povos asiáticos da época e os prováveis descendentes, os

Esquimós. Dentre elas Paul Rivet destaca o uso de renas ou

cães para guiarem trenós, a construção de casas e tendas para

habitação, os utensílios exclusivamente femininos como os

raspadores para as peles e a utilização de uma espécie de

capuz para carregar as crianças. Essas são semelhanças dos

povos atualmente, passados milhares de anos desde a data

indicada do descobrimento da América pela Teoria Pré-

Mongoloide.

Algumas expedições científicas foram construídas para

revelar detalhes e pesquisar o nordeste asiático e o noroeste

americano. Uma destas pesquisas foi a Missão Jesup da qual é

possível estudar muito pouco além do nome. Apesar do passar

dos séculos, as semelhanças físicas entre os povos dessas duas

regiões pesquisadas pela Missão Jesup permanecem e são

fatídicas, assim como a semelhança na fala, no uso de sufixos,

prefixos, numerais, modos de pluralidade e complexidade

gramatical (Aleš Hrdlička, citado por RIVET, 1958).

Além da hipótese da povoação pelo Estreito de Bering,

existem outras teorias propostas por antropólogos e

sintetizadas por Paul Rivet. A mais convincente delas também

baseia-se no auxílio da era glacial e teria ocorrido quase que

contemporaneamente à ocupação nortista da América. Os

Melanésios, povos que vivem na Oceania atualmente, sempre

foram ótimos navegadores, pescadores e coletores. Na época da

difusão do ser humano pelo mundo, por meio terrestre, a parte

sul-asiática do mundo recebeu um grande contingente de povos

que foi se aglomerando em ilhas e chegando à Oceania.

Atualmente os países que compreendem essas ilhas são Vanuatu,

Ilhas Salomão, Ilhas Molucas, Nova Guiné, Nova Caledónia, Fiji

e Timor Leste além de outros territórios indonésios (Anexo 1).

Naturalmente, esses povos conheciam os mares e as correntes de

ventos. O conjunto de povos que residiam nessas ilhas, ao

extremo oeste do Pacífico, dependia do mar para sobrevivência.

Há, inclusive, fortes indícios para acreditarmos que a Ilha de

Páscoa foi uma espécie de colônia melanésia. O pesquisador

português António Augusto Esteves Mendes Correa, por meio dos

livros O significado genealógico do “Australopithecus” e do crânio de Tabgha e o

arco antropológico índico e Homo, citado por Rivet, demonstra que

houve participação decisiva dos Melanésios na formação da

cultura, civilização e sociedade americana. Essa

interferência, conforme explica Mendes Correa, ocorreu também

por uso das pontes de gelo restantes do período glacial.

Entretanto, essa migração teria partido do extremo sul da

Melanésia e seguido diferentes caminhos inclusive peregrinando

por toda a Antártida e pelas faixas de gelo do Polo Sul até

atingir a Patagônia e a Terra do Fogo, no sul da América do

Sul (Anexo 2). A pesquisa portuguesa indica que essa migração,

a exemplo da Teoria Pré-Mongoloide, ocorreu ao final do

período glacial, cerca de 6.000 anos atrás. Apesar de o

continente Antártico ser uma grande passarela para a travessia

melanésia até a América, o frio e as condições praticamente

inabitáveis dificultavam o processo de peregrinação. Há nessa

travessia de continentes a formação de uma cultura diferente,

que se adaptou ao frio encontrado da Antártida e no sul da

América, na Patagônia, ponto de chegada dos imigrantes. A

cultura melanésica foi introduzida na América como um todo. O

continente Antártico facilitava o transporte de pessoas, mas

não era a única forma. Como dito anteriormente, o povo

oceânico era hábil no mar e utilizou disso e de algumas

pequenas embarcações construídas com madeiras cozidas, para

chegar inclusive na costa oeste da América, em regiões da

atual Colômbia, Chile e Peru, sendo possivelmente o povo que

originou primitivamente o Império Inca. Não somente as

probabilidades construídas a partir da era do gelo evidenciam

a Teoria de Mendes Correa como também a comparação de alguns

elementos culturais existentes nos dois continentes em

destaque: a presença do boomerang, elemento tradicionalmente

australiano também encontrado nas tribos do sul da América. Da

mesma forma, os mantos de pele tem uma relação afinada com a

Oceania devido à similitude encontrada no tipo de pele e na

forma de raspagem do couro. As duas evidências restantes são

mais relevantes e marcantes e é possível proferir tal sentença

principalmente devido à presença de embarcações, no sul e

oeste da América, construídas de madeira cozida, da mesma

maneira melanésica.

A outra comprovação, não menos importante, refere-se à

semelhança da língua entre os dois povos (Anexo 3). A língua

Com representa o idioma falado na América. Apesar da

existência de peles e casacos indicar que há 6.000 atrás as

condições dos polos eram muito semelhantes às atuais, em 1921

arqueólogos dinamarqueses, em território groenlandês,

encontraram, num cemitério normando, raízes de vegetais e de

árvores pré-históricas perfurando as roupas dos mortos numa

profundidade entre 50cm e 1m. Para as raízes, no gelo, essa

profundidade é impossível considerando o tipo de árvore

analisado, indicando que, em tempos remotos, o solo daquelas

regiões foi, possivelmente, diferente. Não seria estranho

pensar na possibilidade compatível de o mesmo ter ocorrido com

a Antártida, não necessariamente no mesmo tempo da imigração

melanésica, mas em períodos próximos que possam ter

influenciado nas condições encontradas pelos oceânicos do

Polo Sul.

Ameríndia: raízes e gentílicos.

Dado o contexto histórico citado previamente e levando em

consideração os fatores naturais, como as pontes de gelo, e

culturais, como as embarcações de madeira cozida, a América

finalmente foi colonizada, tanto pelo norte quanto pelo Sul.

Atualmente existem culturas que mantém tradições semelhantes

às praticadas há 8.000 anos atrás, principalmente nas áreas

próximas das localidades de ocupação asiática e oceânica. Um

claro exemplo são os esquimós, cultura remanescente dos Pré-

mongoloides que mantém, além do aspecto físico, semelhanças na

forma de sobrevivência, desde a utilização dos trenós como

meio de condução até o já lembrado saco transportador de

crianças, utilizado nas costas dos esquimós com uma espécie de

cinto para fixação. No sul, na Terra do fogo (Anexo 2), houve

intervenção de outras culturas e, atualmente, pertence aos

países da Argentina e Chile, sendo possível observar poucos

registros da presença de melanésios e demais oceânicos já que

o lugar é um polo petrolífero, naval e ovino. Antes da

adequação do local para os tempos modernos, a Terra do fogo

era habitada pelos Ona, caçadores nômades e pelos Iâmanas,

povo de pescadores. Essas culturas são as mais aproximadas

daquelas que chegaram à América no pós-glacial, entretanto,

não há vestígios suficientes desses povos para concluir

similitudes entre eles e os melanésios da atualidade.

Com tantos acontecimentos históricos ocorridos na América,

foi necessário organizar os fatos e introduzi-los em períodos.

Em 1958, os arqueólogos Gordon Willey e Phillip Phillips que

publicaram o livro Método e teoria na arqueologia americana, através da

Universidade de Chicago, realizaram a organização das eras

americanas, uma espécie de escala do tempo que envolve

períodos, épocas e eras somente no Novo Continente:

1. A fase Lítica – 40.000a.C.-15.000a.C. (PaleoíndioAmericano)

2. A fase Arcaica – 15.000a.C.- 2.000a.C (MesoíndioAmericano)

3. A fase Formativa – 2.000a.C - 500d.C4. A fase Clássica – 500d.C. – 1200d.C5. A fase Pós-Clássica – 1200d.C. – Atualmente

Os povos estudados foram descobertos com base em estudos

realizados sobre fragmentos de pedras lascadas encontradas

principalmente em solo estadunidense. A história da América no

Pleistoceno inferior, 500 mil – 11,5 mil anos atrás, foi

descrita pelo arqueólogo Frank C. Hibben por meio da

Universidade do Norte do México (UNM) durante pesquisa

realizada entre 1936 e 1940 em território americano, também

descrito no livro As Origens do Homem Americano.

O tropeço do arqueólogo, cowboy e ex-escravo George Mcjunkin

numa ponta lítica em forma de folha, por volta de 1920, em

Clóvis, Novo México, Estados Unidos, representou para a

história da América o início das descobertas dos povos

primitivos dessa região. A partir do estudo iniciado sobre

essa descoberta foi constatado a presença de, pelo menos, uma

antiga civilização nas proximidades da cidade que recebe o

nome do povoado Lítico: Civilização Clóvis. No mesmo sítio

arqueológico do Novo México, foram em encontradas outras duas

grandes civilizações primitivas da América, tanto Sandia,

descoberta nas proximidades de Pueblo de Sandia, no Novo

México, quanto Folsom, descoberta na cidade de Folsom, Novo

México. As referidas civilizações norte-americanas serão

especificadas em separado.

a) Sandia (entre +/- 17.000 anos atrás e +/- 13.000 anos

atrás)

Por ser a primeira civilização lítica americana, e nenhum

pesquisador discorda disto, há uma dificuldade maior, em

relação com as outras populações, em estabelecer datas. Essa

dificuldade também é explicada pelos poucos vestígios desse

grupo populacional, fato que promove a discórdia dos

pesquisadores para situar o tempo de habitação dessa

civilização. Portanto a referida data está em acordo com as

buscas de Frank Hibben, o que não invalida hipóteses

divergentes, como a de Rivet, defensora de Sandia há apenas

10.000 anos atrás.

Os principais vestígios encontrados de Sandia foram

localizados numa caverna (Anexo 4) nas proximidades do Condado

de Bernanillo, Novo México. A Sandia Cave foi, segundo Hibben, o

centro cultural e populacional desse povo. Sabe-se que a

origem de Sandia é Pré-mongol, ou seja, o povo “sandio” é, até

onde conhecemos, o sucessor americano mais ligado etnicamente

à Ásia, conclusão semelhante à de Paul Rivet. Nesse período a

América tinha alguns outros povos residentes no Brasil, nas

proximidades do Lago Santa Luzia, em Minas Gerais, e no Chile,

próximo ao Monte Verde. Essas populações foram as primeiras na

América, levando em conta os povos estudados atualmente.

Entretanto, são raros os artefatos que indicam mais

informações acerca dessas civilizações. Os antecessores de

Sandia provavelmente cruzaram o congelado Estreito de Bering

caminhando e chegaram ao atual Alasca. Lá formaram povoados

seminômades, mas só chegaram a formar um contingente

populacional relevante para a América no Centro-Oeste

americano. Essa migração foi fruto, provavelmente da busca por

mamutes e mastodontes, as principais fontes de energia da

época. A caça dessas espécies, nesse tempo, foi incessante,

não só por esse povo, mas por todos os ameríndios, sendo

presumível que a extinção desses animais foi causada, também,

pela caça realizada por “sandios, foslenses e clovenses”.

Quando foi descoberta, Sandia Cave foi encontrada depredada, com

pichações nas paredes internas o que dificultou um estudo

aprofundado das pinturas rupestres. Ainda assim foi possível,

através dos fragmentos de pedras lascadas e de Sandia Cave,

descobrir a idade deste povo e algumas informações culturais.

b) Clóvis (+/- 13.000 anos atrás)

No atual povoado de Clóvis, também dentro do riquíssimo

sítio arqueológico do Novo México, foram encontrados dois

vestígios que indicaram a presença de outra civilização

ameríndia. Clóvis foi, por algum tempo, considerado o povo

mais antigo da América, mas essa tese logo foi desmontada com

a descoberta de Sandia. O povo de Clóvis, exceto o povo de

Folsom, é o que mais apresenta pontas líticas e outros

indícios de sua presença. No ano de 1926, próximo a cidade de

Folsom, um esqueleto de mamute com uma lança nas costas foi

encontrado profundamente coberto de terra e em 1932, na cidade

de Clóvis, uma gama de artefatos foi encontrada também

soterrada. Esses dois vestígios são, seguramente da mesma

civilização. Apesar da proximidade geográfica de Clóvis e

Folsom a principal diferença entre eles está na forma como

faziam as lanças e talhavam as pedras. Cada cultura construía

do seu jeito e hoje essas características auxiliam nas

pesquisas sobre esses povos e esclarecem ou indicam a que

povoado pertenciam tais instrumentos em pedra lascada (Anexo

5).

É presumível, através da descoberta do mamute enterrado,

que os Clóvis eram hábeis caçadores, tanto de mamutes quanto

mastodontes. Além disso, essa cultura não sobrevivia somente

da carne e da caça. Clóvis é a primeira civilização americana,

que se tem registro, cultivadora de plantas para alimentação e

para equipamentos de caça. Clóvis já não era mais seminômade,

pois plantava, era agricultora. É, também, com essa

civilização, igualmente conhecida como “Os Filhos da América”

que começa a se formar a cultura norte americana. Os povos se

acomodam em alguns lugares a aprender a sobreviver utilizando

dos recursos daquela região para subsistir.

A origem dos Clóvis tem duas hipóteses: A primeira delas,

e mais aceita, é defendida por Hibben e aponta Clóvis como

sucessora de Sandia, ou seja, esta é a civilização que se

desmembrou de Sandia em busca de mamutes e outras formas de

alimentação. A outra teoria é defendida pelo arqueólogo e

professor Bruce Bradley: a Teoria Solutrense defende a

migração dos povos pelo congelamento oceânico, também do fim

do período Glacial. A diferença dessa teoria está na forma

como isso ocorreu. Bradley apoia-se na migração pelo Oceano

Atlântico onde humanos europeus aproveitaram-se do

congelamento oceânico (Anexo 6) e cruzaram essa enorme faixa

aquática, chegando ao Canadá e nos Estados Unidos, adaptando-

se às condições e ali prosperando. Apesar de parecer distante

e improvável, a Teoria Solutrense ganhou força principalmente

quando foram achados artefatos de pedra lascada tipo Clóvis no

leste do atual território dos Estados Unidos, próximo à Nova

Iorque, em data não especificada no livro de Paul Rivet.

Próximo há 10.500 anos, com a extinção dos mastodontes e a

rara presença de mamutes, os Clóvis desapareceram. Formaram

grupos nômades e se distanciaram, alguns morreram e outros

deram origem a outras civilizações. Sem muitos confrontos com

tribos rivais e sem desastres naturais esse era o fim mais

comum para as civilizações daquela época.

c) Folsom (+/- 9.000 anos atrás até +/- 8.000 anos atrás)

Dentre as três civilizações primárias americanas estudadas

profundamente, Folsom tem mais registros permitindo garantir a

sua existência no período proposto. Entre os pesquisadores

essa data é unanimidade.

Os fragmentos arqueológicos foram encontrados também no

Novo México, na cidade de Folsom, no ano de 1927, pelo

pesquisador Jesse Dade Figgins, personalidade importante na

abordagem desta civilização, citado por Paul Rivet. Além do

sítio arqueológico do Novo México, foram encontrados

fragmentos de Folsom no sudoeste do território dos Estados

Unidos e nas montanhas rochosas centrais e do sul, no mesmo

país. Apesar da imensidão de terras pertencentes aos Estados

Unidos, esses locais são arqueologicamente próximos e indicam

a dominação desse povo nessa região e seus movimentos

migratórios.

Com Folsom inicia a cultura da América Central. As

cabanas, os artefatos e a forma como era organizada a

sociedade, lembram diretamente civilizações como Maias e

Astecas. A partir desse povo ameríndio começam a aparecer

cabanas e casas, dando início à cultura da residência

protegida, fato que indica a sobrevivência através da

subsistência, do cultivo de alimentos e da caça controlada.

Outra característica marcante, também remetendo aos Astecas e

Maias, é a cooperação, um atributo essencial para a

sobrevivência Folsom. Diferente das outras civilizações que

caçavam os animais incessantemente e os devoravam “por ordem

de chegada”, os Folsom compartilhavam desse alimento. O

cooperativismo está evidente quando, segundo Rivet sobre

Figgins, todos da comunidade dividiam o alimento, como um

mamute por exemplo. Quando alguém caçava, estava buscando

alimentos para todos. Controlavam a caça e a diversificavam

com cabras, marmotas, veados e coelhos e costumavam conservar

os alimentos e as sementes em vasilhas de terracota. Sabe-se

que essa civilização utilizava de armadilhas, tanto naturais

quando mecânicas, para capturar animais e subsistir entre

condições tão improváveis.

A principal dúvida em relação a esse povo tem relação com

sua origem, mas é admissível pensar que sua ascendência seja

dos desgarrados de Clóvis, aquela porcentagem que sobreviveu,

procriou e encontrou uma nova forma de sobreviver, aprendendo

com a vida e com a morte. Fora essa tese é muito difícil

aceitar outra espécie de construção dessa sociedade com base

no desmembramento de outra. Da mesma forma que surgiu, Folsom

exterminou-se, com grupos se dissipando. Folsom tinha uma

população maior e a chance de sobrevivência dessas populações,

se separadas, eram reais. O desejo de independência cresceu e

a partir de habitantes de Folsom nasceram povoados como Éden e

Scotsbluff, ambos na região do Arizona, há 8.000 anos, Riego

(+/- 6.800 anos atrás), Coxcatlán, próximo à Veracruz, atual

México, há 5000 anos atrás, Abejas, próximo a Houston, atual

E.U.A., há 3200 anos Plainview, próximo a Nova Iorque, e

Denbigh, próximo à Virgina. Essas sociedades formaram outras,

como Adena, Olmeca, Cobre Velho e Woodland, e essa cadeia

reprodutiva seguiu até a unificação de todas numa só, processo

que demorou cerca de 3000 anos e culminou com a fundação da

civilização Maia e, principalmente, do Império Asteca.

É fato que o estudo do desenvolvimento das sociedades

primitivas norte-americanas está mais esclarecido no

comparativo com o estudo das sociedades primitivas sul-

americanas. A origem das civilizações Asteca e Maia está quase

desenhada e os povos formadores dessas civilizações também

foram estudados. Já na América do Sul sabe-se que os Incas tem

mínima relação com a migração dos asiáticos pelo Estreito de

Behring e é provável que sua origem tenha como base os povos

melanésios, polinésios e traços pigmeus, estes últimos através

da observação da estatura dos Incas. A povoação da América do

Sul deu-se, provavelmente, por meio da Antártida e do Oceano

Pacífico e Índico. Por meio da navegação e da travessia sobre

o gelo pós-glacial, como anteriormente descrito. Os povos

melanésios que chegaram a América, atingiram esse continente

na altura da Colômbia, na costa noroeste da América do Norte

em proporção menor e na Bacia Amazônica. Essa imigração

ocorreu por meio de navegação marítima, conforme Rivet,

demonstrando a grande afinidade com o mar que essas culturas

mantinham.

Provas patológicas da povoação centro-sul americana

Algumas evidências biológicas apontam para a confirmação

da viagem interoceânica dos melanésios: o cientista brasileiro

Olímpio da Fonseca é lembrado no livro As Origens do Homem

America pois descobriu, em data não especificada, nos índios

mato-grossenses, uma doença de pele idêntica a uma doença que

atinge certas populações da Ásia e Oceania concluindo que há

uma semelhança parasitológica e clínicas entre os índios do

Centro-Oeste brasileiro com os índios da Ásia, mais

especificamente, com a tribo Tokelau, situada naquele

continente.

Outra pesquisa foi realizada pelo médico estadunidense

Fred Soper, através do estudo The Report of an Early Pure

Anchylostoma Duodenale, descrita por Rivet, e demonstrou que

no Paraguai, entre as tribos que tiveram contato com brancos

ou negros, a proporção de casos de Ancilostomose Duodenal, em

relação aos casos de Necator Americanus é de 1/14, ascendendo

para 1/57 entre índios do Mato Grosso e 1/194 entre índios

brasileiros em geral. Enquanto entre os Lenguas, população

isolada de contato estrangeiro residente no Chaco, grande

território geográfico da América do Sul situado entre o Rio

Paraná e o Rio Paraguai (Anexo 7), essa proporção é inversa,

ou seja, 13 casos de Ancilostomose por 1 de Necator. A

distribuição mundial de Ancilostomose o levou a julgar que o

parasita foi introduzido na América por antigas migrações

vindas da Indonésia ou da Polinésia. Em seus relatos Soper

qualificou as doenças e classificou Necator Americanus como

doença pertencendo a um subgrupo da Ancilostomose devido a

suas características idênticas.1

Ainda no ramo Biológico, Paul Rivet cita o surgimento do

verdadeiro ser humano americano depois do cruzamento entre

oceânicos (melanésios e polinésios) e asiáticos do Norte

dentro do Novo Continente. A constante movimentação de tribos

e a busca pelo assentamento e pela moradia fixa são fatores

básicos para a futura fundação das grandes civilizações da

América. Depois do encontro entre imigrantes do Norte e os

imigrantes do Sul, começa o processo de uniformização do povo

americano, originando as semelhanças físicas presentes até a

atualidade em regiões mais intocadas desse continente e em

populações com maior contato com tribos indígenas. Esse

processo de uniformização dos povos na América antiga demorou

cerca de 400 anos, num movimento intenso de interações entre

as tribos originando o “rosto e o corpo do ser americano”.

(RIVET, 1958).

Apesar de raro, o estudo das origens do índio da América

do Sul, citado no livro de Paul Rivet, rendeu polêmica

principalmente depois das pesquisas do Paleontólogo argentino

Florentino Ameghino. O pesquisador constatou ossadas humanas

encontradas em localidades da América do Sul e elaborou uma

tese que defende o início da vida no mundo partindo da

Argentina, sequencialmente espalhando-se para o restante da

1Ambas doenças são parasitárias e infecciosas muito semelhantes e utilizamde vermes parasitas no estômago. São doenças contraídas por meio de contatocom fezes infectadas com ovos. Para o público em geral as moléstias sãoclassificadas como iguais ou sendo a mesma, entretanto na Biologia precisaelas são qualificadas como diferentes devido a características ínfimas deexclusivo estudo biológico.

América e do planeta. A teoria do pesquisador argentino é

cientificamente controversa, pois os achados de Ameghino são

na verdade de um Homo Sapiens posterior, possivelmente de

imigrantes da Ásia, dando sequencia na tese da origem da vida

no Velho Mundo. (MIGUEL CARQUEIJA, do blog Recanto das Letras,

2013).

Como já foi descrito, o estudo do ser humano na América do

Sul ainda está muito distante em comparação com o estudo na

América no Norte. Por exemplo, não há pesquisas realizadas

sobre a localização, origem, cultura, população e modo de vida

em geral dos povos formadores dos Incas, maior civilização da

América do Sul. Até o momento estipula-se que tanto povos

patagônicos quanto povos da América Central construíram essa

sociedade complexa a partir das civilizações Chimu e Moche,

habitantes no Norte do Peru antes da formação Inca. Devido ao

posicionamento geograficamente favorável, os pigmeus

americanos, situados na Colômbia, Venezuela, Peru, Chile e

Guina, provavelmente tem participação na constituição do índio

Inca. Isso é evidenciado principalmente pela estatura

relativamente baixa dos habitantes Incas, lembrando muito as

características dos pigmeus. Vários pesquisadores aludidos em

“As Origens do Homem Americano” na página 100, adentraram no

assunto dos pigmeus na América e constataram que essa espécie

anã também praticou a transição de continentes, seja pelo

Estreito de Behring, por via naval, ou pela Antártida. A

riquíssima cultura Inca será brevemente descrita adiante.

Elemento branco e civilizações euro-africanas na América

Atualmente os povos asiáticos e oceânicos mantêm

características muito semelhantes com os índios da América.

Tanto é que essa é uma das principais evidências da migração

asiática para o Novo Continente. Ainda hoje, depois de 30.000

anos muitas características físicas e culturais permanecem

vivas nas tribos de descendentes de ameríndios. Sabemos que a

cor da pele dos asiáticos lembra um amarelo claro, diferente

da cor dos índios americanos. Esta última, representando ser

mais escura ou mais clara. De fato, a genética do paleoíndio

americano alterou-se conforme ele adentrava no continente e

acostumava-se com esse ambiente. Os alimentos, a temperatura e

outros fatores daquelas sociedades influenciaram nessa

mudança. No entanto não somente essa mudança de hábitos

alterou a cor da pele. Jean Poirier, no livro L’lément blond en

Polynesie et les migrations nordiques en Océanie, publicado em 1953 e Thor

Heyerdhal, no livro American Indian in the Pacific, publicado em 1952

redigem sobre o elemento louro na América através de Rivet. As

evidências do ser humano de pele branca surgem nas tribos

Nootka da ilha Vancouver, Mandam do Missouri, nos índios do

México, nos Waiwai, nos Oyaracoulets, nos Emerillons das

Guianas, nos Guaharibo, do Rio Branco, nos Záparo e nos

Jívaros do alto Amazonas, nos Sipibo do Ucayali, nos Nahukwá,

nos Boróro, nos Baikairi, nos Botocudo do Brasil, nos índios

Chachapoyas do Peru e nos índios do Chile além de algumas

múmias originárias da costa peruana e da costa chilena, que

tinham cabelos ondulados e cacheados de uma cor que vai do

louro ao castanho.

São vários os outros pontos que mostram a presença do

elemento branco na América, originário provavelmente, do

continente Oceânico. Mesmo assim, no período pré-colombiano

havia um número bem maior de índios de pele morena,

predominante atualmente no cenário tribal. O estudo desses

dois pesquisadores, Poirier e Heyerdhal, também polemizou a

questão dos normandos no continente americano. A proximidade

da Groenlândia com a América do Norte facilitaria a migração

dos Vikings para essa faixa de terra. Por mais acidental que

foi, a migração viking ocorreu. Os tempos são mais recentes,

próximo ao ano de 986. Apesar de serem exímios colonizadores,

os normandos não viram, na América, uma forma produtiva de

ocupação e, depois de insistentes conflitos internos,

retiraram-se do continente. “O primeiro contato com o Novo

Mundo foi involuntário. Em 986, Bjarni, filho de um amigo de

Erik, o Vermelho, por ocasião de uma travessia da Irlanda à

Groenlândia, extraviou-se devido à bruma e levado pelos ventos

do norte, avistou ao fim de vários dias, uma costa rica de

florestas da qual se afastou. Dois dias depois, avistou uma

região florestal mais pujante ainda, da qual se aproximou, sem

desembarcar. Ao fim de três dias de navegação rumo a nordeste,

reviu a terra pela terceira vez, sob a forma de uma ilha

montanhosa com geleiras. Quatro dias mais tarde atingiu a

Groenlândia”. (RIVET, 1958).

A verdadeira viagem de descobrimento foi realizada por

Leif Eriksson, em 992. Filho de Erik, o Vermelho. Leif levou

35 homens em sua embarcação até aportar numa localidade

coberta de vegetação. Ali mesmo construiu acampamento e fixou

uma base viking. A esse lugar com aspecto paradisíaco, Leif

nomeou de Vinland, em homenagem ao fato de ter encontrado um

de seus homens perdido e desacordado comendo uvas (PAUL

RIVET). As expedições até Vinland prosseguiram, da mesma

maneira que iniciaram os confrontos com indígenas que surgiam

no local. A colonização prosseguiu e novas áreas foram

descobertas. Aos poucos os Vikings e os índios nativos

familiarizaram-se e iniciaram o comércio. O estopim da

retirada dos Vikings da América não teve relação com os

indígenas: Frydis, filha natural de Erik, desentendeu-se com

dois irmãos islandeses e os-matou, assassinando também várias

mulheres presentes na briga. Mal chegou o inverno seguinte e

os Vikings retiraram-se do Canadá. O período dos normandos na

América não passou de 25 anos e sua contribuição para a

cultura americana foi mínima, podendo desconsiderá-la perante

o tamanho das várias tradições essencialmente americanas.

Muito se fala da participação de outras grandes

civilizações mundiais na América. Inclusive diz-se que foram

essas complexas civilizações as descobridoras do Novo

Continente. Outra corrente de pensamento defende a

participação de Egípcios, Fenícios, Tártaros, Cários,

Cananeus, Judeus, Tírios e Babilônicos na construção dos

Impérios Asteca, Maia e Inca, a seguir estudados. Apesar de

levar em consideração os costumes dos Astecas e dos Egípcios,

muito semelhantes, venerando divindades com finalidade

idêntica e construindo pirâmides, a teoria apresenta algumas

falhas comparando Astecas e Egípcios. Entre elas, a utilização

de ferramentas de trabalho diferentes, pois se os Egípcios

realmente chegaram ao centro do atual México para construir o

Império Asteca, então ao menos deveriam seguir o que lhes foi

passado na África em termos profissionais. Outra grande prova

contrária é a finalidade com que eram construídas as

pirâmides: as Egípcias serviam de túmulo para um faraó,

enquanto as pirâmides Astecas eram dedicadas a deuses, festas,

sacrifícios e outros elementos culturais.

O cotidiano asteca, maia e inca antes dos europeus

A inteligência desses povos, estudado como grandes

civilizações pré-colombianas, nunca foi negada, tanto é que ao

final de 2012, cerca de 1500 anos depois do fim do Império

Maia, o mundo aguardava ansiosamente o dia 21/12, data

erroneamente interpretada como o fim dos tempos no calendário

Maia. O nível de organização dessas sociedades surpreendeu os

europeus que avistaram as capitais desses povos. Três grandes

organizações desenvolveram-se com suas peculiaridades: uma

civilização agrícola, recheada de misticismo; uma civilização

democrática e intelectual; uma civilização militar com governo

eclesiástico. Com acertos e erros construíram o ápice

imperial, cultural e social da América pré-colonial.

a) Incas

O Império Inca, maior civilização da América do Sul,

dominava a costa oeste da parte do continente (Anexo 8),

compreendendo, aproximadamente, desde o território do atual

Chile até a atual Colômbia, ou seja, toda a região andina. A

civilização teve o seu auge no século XVI, com cerca de 10

milhões de habitantes. O provável tempo de duração dessa

civilização foi curto. Cerca de 100 anos, devido

principalmente às doenças e à conquista espanhola. As origens

Incas remontam aos povos da Amazônia e de outras duas

civilizações quase desconhecidas: Chimu e Moche. A

característica principal dos Incas é a engenharia. Estudos

feitos por antropólogos e geólogos na área do Macchu Picchu

revelaram a construção de sistemas complexos de drenagem para

escoamento das águas oriundas das chuvas e nascentes da

região. Supõe-se que Macchu Picchu seja o centro espiritual da

civilização Inca, e como foi construído num cume elevado, as

chances de desabamentos e deslizamentos eram reais. Portanto

estima-se, conforme o documentário “Macchu Picchu

Decodificada”, produzido pela National Geographic e pela Gaya

Filmes, que 60% das construções Incas estejam no subsolo como

alicerces para os monumentos no morro. Conforme o professor de

história Iair Grinshpun, os relatos escritos dos padres

espanhóis do tempo da colonização indicaram a veneração Inca

ao Sol, a Terra e a Água, havendo vários templos para culto a

esses deuses. Dentro da cidade Inca no topo no morro, há

exatamente 100 pontos de drenagem das águas, sem contabilizar

as drenagens realizadas nas encostas dos morros. Macchu Picchu

foi construída de baixo para cima, isto é, as primeiras

construções na cidade espiritual foram as bases, as drenagens

e as encostas. Eram excelentes agricultores e criaram técnicas

de irrigação e represas, além dos terraços escalonados

propícios para agricultura nas encostas das montanhas e

auxiliadores contra deslizamentos. Domesticaram animais como

alpaca e lhama, criaram a maior estrada pavimentada da América

pré-colombiana, com, cerca de, 16 mil quilômetros servindo

para o comércio de trocas, principal movimento econômico Inca.

Na pirâmide social o clero estava no topo, representado

por funções mágicas e espirituais, seguido pela nobreza,

representado pela família do INCA, e por ele mesmo, além de

chefes militares e juízes. Ao contrário dos Maias, os

trabalhadores, base da pirâmide, eram obrigados a trabalhar,

como forma de imposto, também conhecido como MITA.

Desenvolveram números, mas não escreviam e, como todos os

outros povos pré-colombo, não conheciam a roda. Eram os

metalúrgicos mais desenvolvidos da América e trabalhavam com

excelência no ramo do talhe de pedras duras, como o granito.

Foram dominados pelos conquistadores Francisco Pizarro, Diego

de Almagro e Hernando de Luque.

b) Maias

Considerados os “gregos da América”, prosperaram na

Península de Yucatán (Anexo 9), englobando o sul do México,

Guatemala e Honduras. Atingiram 15 milhões de habitantes entre

os Séculos IX e X. Desenvolveram observatórios para prática da

astronomia. Também construíam pirâmides para eventos,

celebrações, culto à religião e demais atividades importantes.

Eram excelentes metalúrgicos, principalmente trabalhando com

ouro e cobre. A política era democrática. Diferente dos outros

dois grandes impérios americanos, os Maias não tinham uma

capital. Cada cidade era sua própria capital, chamadas

cidades-estados. Deveriam subsistir autonomamente. Fugir da

comparação com as poleis (pólis) gregas, neste caso, é impossível.

Praticavam a agricultura do milho, tradicional entre as

civilizações da América, feijão, algodão, tomate, batata e

cacau e elaboraram um plano de irrigação para as lavouras.

Quando o solo esgotava, ou seja, perdia a capacidade de

fertilizar os alimentos, os Maias praticavam as queimadas,

procurando novas áreas para plantio. As terras eram

propriedades do estado, da cidade. Conforme Grinshpun, no topo

da pirâmide social estão os nobres: chefes guerreiros

responsáveis pela administração pública. Na segunda escala

estão os sacerdotes, responsáveis pela religião e pela

cultura. Logo abaixo estavam os cidadãos livres, representando

camponeses. Pagavam impostos, serviam ao exército e prestavam

serviços para a comunidade. Na base na pirâmide estão os

escravos cuja origem estava vinculada à dívidas ou a guerras e

representavam um número populacional muito baixo . Como

exímios matemáticos, os maias criaram uma série de números,

além da escrita hieroglífica. Eram politeístas e dualistas:

bem/mal. Praticavam o culto à natureza, deificando-a. Em

relação às demais civilizações teve o fim mais natural:

decadência da produção e o esgotamento do solo. Ao final do

Império, próximo ao ano 1523, o colonizador Pedro Alvarado

domina a região e termina com o que restara dos Maias.

c) Astecas

Maior povoado dentre os três pré-colombianos (Anexo 10) os

Astecas ou mexicas tiveram o seu auge no século XVI, quando a

população chegou aos 40 milhões de habitantes. Grinshpun cita

a origem dos Astecas relacionada com a migração de povos do

sudoeste dos EUA, além de considerar a fusão com os toltecas,

povo residente na região do atual México, e da formação de uma

confederação entre as cidades de Tenochtitlán, Texcoco e

Tlacolpán. Todos os imperadores recebiam o nome de Montezuma e

foi durante o império de Montezuma II a ocorrência do fim da

civilização Asteca, com a chegada dos espanhóis liderados por

Hernán Cortés, em 1521. Economia basicamente agrícola através

da produção de milho, feijão, melão, baunilha, pimentão,

algodão e cacau. As terras aráveis pertenciam ao estado e não

havia propriedade privada. Cada agricultor recebia um lote de

terra para cultivo. Os Astecas utilizavam as sementes de cacau

como moeda ou então realizavam trocas. Chefes guerreiros e

sacerdotes lideravam a sociedade, eram os nobres. Os

pochtecas, grandes comerciantes obedeciam às ordens dos nobres

e, na escala social, eram superiores aos maceualtin, cidadão

livres, camponeses, pequenos comerciantes e artesãos que

pagavam os impostos, corveia, e serviam ao exército. Os

tlatlacotin eram escravos por guerra ou por dívidas, podendo

adquirir a liberdade.

A política Asteca foi essencial para a construção da

sociedade tão importante para a América: as pessoas dividiam-

se em clãs e cada clã elegia uma espécie de delegado para o

Conselho (Tlatoani). O Conselho representava a escolha de

quatro chefes guerreiros dentre todos os indicados pelos clãs.

Esses conselheiros auxiliavam o imperador, monarca

hereditário, nas decisões do Império, principalmente no ramo

militar. As regiões dominadas pelas guerras eram obrigadas a

cultuar o deus asteca Uitzilopochtli, oferecer união militar e

pagar impostos. Tinham autonomia relativa em se tratando de

aspectos culturais e administrativos. Os Astecas desenvolveram

a astrologia, astronomia e matemática, aquedutos, arquitetura

baseada na cultura, metalurgia e a escrita, combinando sinais

fonéticos e hieroglíficos e, a exemplo dos maias, um jogo com

bola, o Tlachtli conforme o professor de história Danilo José

Figueiredo, onde o objetivo era acertar a bola em um arco

fixado numa parede (Anexo 11). O esporte reunia espectadores e

existiam alguns estádios (Anexo 12) destinados para a prática

desse entretenimento. Eram politeístas, mas viam no deus

principal o futuro na civilização, acreditando na

possibilidade de um dia Uitzilopochtli visitar alguma cidade

do Império. Com a chegada de Cortés, em 1521, os astecas

auxiliaram na destruição de suas próprias cidades, pois

acreditavam que o conquistador era o deus maior de sua

cultura.

O auge da subsistência econômica e ideal na América foi

atingido com essas três civilizações. A partir da

interferência dos europeus, a América entrou numa crise de

personalidade, pois a força bélica e a religião oriundas do

Velho Continente sobrepuseram-se à cultura americana. Com o

passar dos séculos, esse contato inicialmente malsucedido

modificou a América e estabeleceu uma nova tradição americana,

modificada novamente com a imigração dos séculos XIX e XX e

com qualquer acontecimento com potencial de alterar o

pensamento de uma comunidade, ou seja, a cultura sempre está

evoluindo, positivamente ou negativamente, na América, mas

todas as invenções e descobertas daqueles povos primários

desse continente são agregadas a esses novos conceitos e

permanecem incluídas nas nossas sociedades.

Conclusão

A proposta inicial de estudo foi, com sucesso, concluída.

O problema da povoação da América foi quase totalmente

esclarecido e as fontes on-line ou literárias disponíveis

foram utilizadas para a formação desse estudo. Como descrito

ao longo da investigação, nada comprova as teorias de povoação

da América, entretanto é o mais adequado aceitar depois de

tantas pesquisas realizadas pelos antropólogos citados durante

esse grafito. Alguns fatos não foram citados, ou por falta de

acesso ou por desnecessidade tamanha incoerência das pesquisas

encontradas, a partir da teoria de Paul Rivet (1958), mesmo

não sendo científico desconsiderar qualquer trabalho.

O livro em que essa pesquisa esteve, majoritariamente,

baseada foi escrito em 1958 e, desde aquele tempo, algumas

pesquisas foram feitas, o suficiente para alterar alguns dados

especialmente em se tratando de datas, mas nada que possa

eliminar o presente estudo.

Anexos

Anexo 1: (Indonésia). disparatada.wordpress.com

Anexo2: (TerradoFogo).

aviagemdosargonautasdotcom.files.wordpress.com

Anexo 3: (Semelhanças entre as línguas). Paul Rivet, As

Origens do Homem Americano, pág. 69.

Anexo 4: ( Sandia Cave). http://www.fhwa.dot.gov

Anexo 5: (Pontas líticas tipo Folsom [esquerda], Clóvis

[centro] e Sandia [direita]). Paul Rivet, As Origens do Homem

Americano, pág. 29.

Anexo 6: (Mapa do mundo ao final da última era glacial).

water.usgs.gov

Anexo 7: (Região do Gran Chaco). pt.wikipedia.org

Anexo 8: (Região de abrangência do Império Inca).

www.historiadomundo.com.br

Anexo 9: (Península de Yucatán). mexicona.net

Anexo 10: (Região de abrangência do Império Asteca).

historiadomundo.com.br

Anexo 11: (Jogo de bola mesoamericano). klepsidra.net

Anexo 12: (Estádio de asteca de Tlachtli).

mexicodesconocido.com.mx

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