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SELMA NASCIMENTO DOS SANTOS

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOADMINISTRAÇÃO BACHARELADO

DIAGNÓSTICO NA ÁREA DE RECURSOS HUMANOSCHECON DISTRIBUIDORA E TRANSPORTADORA LTDA

Eunápolis/BA2012

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DIAGNOSTICO NA ÁREA DE RECURSOS HUMANOSCHECON DISTRIBUIDORA E TRANSPORTADORA LTDA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentadoà Universidade Norte do Paraná – UNOPARcomo requisito para obtenção do Título deBacharel em Administração.

Tutor Orientador: Anna Daphne J. TavaresProf. Supervisor: Henry Nonaka

SELMA NASCIMENTO DOS SANTOS

Eunápolis/BA2012

SELMA NASCIMENTO DOS SANTOS

ADMINISTRAÇÃODIAGNÓSTICO NA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS

Trabalho de conclusão de curso aprovado, apresentado à

Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, no Centro de Ciências

Empresariais e Sociais Aplicadas, como requisito parcial para

obtenção do título em Bacharel em Administração com nota final

igual a ____ , conferida pela Banca Examinadora formada pelos

professores.

_________________________________________

5

Prof.

_________________________________________Prof.

________________________________________Prof.

Eunápolis-BA., _____ de ______________ de 2012.

6

Dedico este trabalho à minha família,por estarem ao meu lado em todos osmomentos em que mais precisei e porsempre me apoiarem em todas osmomentos difícieis pelos quais passei.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela minha vida e por toda minha família, sem

os quais não poderia ter chegado até aqui.

7

8

SANTOS, Selma Nascimento. Diagnóstico na área de RecursosHumanos. 39 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduaçãoem Administração) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais

9

“Quem se ajoelha diante de Deus, não se curva diante de nenhuma dificuldade”.

(Autor Desconhecido)

Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Eunápolis/BA, 2012.

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo a análise do climaorganizacional e o que isso pode auxiliar a CheconDistribuidora e Transportadora Ltda a identificaroportunidades de melhoria no ambiente de trabalho a partir dapercepção dos colaboradores a este respeito. Com a pesquisa épossível identificar a satisfação dos membros de uma empresa,em relação a diferentes aspectos da cultura ou realidadeaparente da organização. Metodologicamente, tratou-se de umapesquisa quantitativa, cuja coleta dos dados se deu por meioda aplicação de questionários. Foram entregues a 75colaboradores, e em retorno foram recebidos 56 questionários.Os resultados apresentaram opiniões controversas em todos osquesitos pesquisados, o que leva a crer que existe uma grandenecessidade de trabalhar as falhas detectadas para que otrabalho seja executado de forma sincronizada para que possagarantir maior organização e produtividade, o que geraresultados positivos para a empresa.

PALAVRAS-CHAVE: clima organizacional. satisfação. organização.

Produtividade. Resultado.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................3

2 JUSTIFICATIVA..............................................5

3 OBJETIVOS..................................................6

3.1 OBJETIVO GERAL..........................................6

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................6

4 METODOLOGIA................................................7

4.1 PESPECTIVA DE ESTUDO....................................7

4.2 TÉCNICA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS.............7

4.3 DELIMITAÇÃO DE ESTUDOS..................................8

4.4 LIMITAÇÕES DE ESTUDO..................................8

5 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO.....................9

6 REFERENCIAL TEÓRICO........................................12

6.1 AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS........12

6.2 RECRUTAMENTO E SELEÇÃO.................................12

6.3 REMUNERAÇÃO............................................13

6.4 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO .........................14

6.5 GESTÃO DE PESSOAS NA ERA DO CONHECIMENTO...............15

6.6 RETENÇÃO DE TALENTOS...................................16

6.7 PRÁTICAS DE RETENÇÃO DE TALENTOS.......................17

6.8 ROTATIVIDADE...........................................17

6.9 CAPITAL HUMANO.........................................18

6.10 BENEFÍCIOS............................................19

6.11 RECOMPENSAS...........................................20

6.12 OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.........20

6.13 EMPOWERMENT..........................................21

6.14 GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS.........................20

11

7 DIAGNÓSTICO NA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS..................24

7.1 POLITICAS DE ORGANIZAÇÃO DO SETOR..................... 24

7.2 APLICAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS..........................24

7.2.1 ANALISE E DESCRIÇÃO DE CARGOS........................24

7.3 PROVISÃO DE RECURSOS HUMANOS ..........................24

7.4 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO..........................25

7.5 PROGRAMAS DE MUDANÇAS..................................25

7.6 MANUTENÇÃO DE RECURSOS HUMANOS.........................26

7.6.1 REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS.............................26

7.7 MONITORAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS........................26

7.8 TOPICOS EMERGENTES DE RECURSOS HUMANOS.................27

8 ANALISE DAS INFORMAÇÕES..................................28

9 IDENTIFICAÇÃO DE FORÇAS E FRAQUEZAS......................34

10 IDENTIFICAÇÃO DAS CAUSAS DOS PROBLEMAS..................35

11 RECOMENDAÇÕES ESTRATÉGICAS..............................35

12 CONCLUSÃO...............................................37

13 REFERÊNCIAS.............................................38

14 ANEXO...................................................39

12

1 INTRODUÇÃO

Gestão de pessoas é um recente tema de estudo. A

competitividade que foi gerada a partir da globalização exigiu

a criação de um novo modelo de gestão, que muda o foco e tenta

se adaptar aos novos tempos, e assim a área de Recursos

Humanos vive em constante mutação. Essas mudanças influenciam

o clima organizacional e a produtividade dos colaboradores da

organização.

Dessa forma a gestão do capital intelectual tem

atualmente extrema importância, embora a grande maioria dos

executivos nas empresas ainda não se deu conta da necessidade

de possuir uma administração de Recursos Humanos que seja

atuante e participativa na tomada de decisões da organização.

O trabalho é parte importante na vida, e as pessoas

devem fazê-lo com prazer, sem ficarem entediadas ou mal-

humoradas. Quando tratadas com respeito certamente retribuirão

com o melhor de si, o que consequentemente traz mais

benefícios e vantagens competitivas para a organização.

A função de Recursos Humanos atualmente está

amplamente ligada aos objetivos e metas da empresa, dando

suporte a todas as áreas e fazendo com que os funcionários

estejam sempre motivados e comprometidos. Dentre suas diversas

responsabilidades, estão o recrutamento e seleção, treinamento

e desenvolvimento, cargos e salários, planejamento de

carreiras, administração de conflitos, avaliação de desempenho

e atração e retenção de talentos.

A elaboração deste TCC tem o objetivo de realizar

um Diagnóstico de Recursos Humanos a partir de questionários

13

aplicados aos funcionários da Checon Distribuidora e

Transportadora Ltda, empresa de grande porte que atua no ramo

de distribuição e transporte de bebidas, mais especificamente

produtos da marca Schincariol, sendo sua matriz localizada no

município de Eunápolis, interior do estado da Bahia. Após

análise dos questionários, serão apresentadas sugestões para

melhoria dos processos de gestão de pessoas, com vistas à

melhoria do clima organizacional.

14

1 JUSTIFICATIVA

A área de Recursos Humanos passou por diversas

fases. No início do século XX, os primeiros departamentos de

RH apenas controlavam as admissões e demissões feitas por

outros setores, realizavam os pagamentos e administravam

planos de benefícios dos funcionários. Em grande parte

consistia apenas em assegurar que os procedimentos fossem

seguidos. Quando a tecnologia como testes e entrevistas,

começaram a surgir, o departamento de recursos humanos passou

a desempenhar um papel maior na seleção, no treinamento e na

promoção de funcionários.

Devido a grandes prejuízos que ações judiciais

poderiam causar às empresas, as práticas efetivas em relação

ao pessoal, tornaram-se mais importantes. Negociando com

sindicatos ou empregando de maneira igualitária, a área de

pessoal ganhou status tanto pelo que poderia fazer para

proteger a organização de problemas quanto pela contribuição

positiva que dava para a competitividade da empresa.

Todos os processos pelo qual passou a gestão de

recursos humanos demonstram que hoje é mais importante do que

nunca contratar pessoas, treiná-las e motivá-las

continuamente. Atualmente, as melhores práticas de RH para

muitas empresas incluem contratação altamente seletiva,

equipes de trabalho e tomadas de decisão descentralizadas,

altos salários, treinamento extensivo, diminuição das

diferenças de status e muito compartilhamento de informações

entre funcionários e gerência.

Comprovadamente, administrar efetivamente o sistema

15

de RH representa retornos financeiros maiores para a empresa.

O fato de os funcionários serem hoje fundamentais na busca de

vantagem competitiva levou à criação da administração

estratégica de recursos humanos, que tem sido definida como “a

união da administração de recursos humanos como metas e

objetivos estratégicos para melhorar o desempenho da empresa e

desenvolver culturas organizacionais que encorajam a inovação

e a flexibilidade”.

RH estratégico significa admitir a função de RH

como uma parceira estratégica na formulação das estratégias da

empresa, assim como na implementação dessas estratégias por

meio de uma série de atividades consistentes de RH realizadas

internamente, como recrutamento, seleção, treinamento e

remuneração de pessoal. Como demonstrado através de pesquisas,

a administração de RH efetiva se traduz em produtividade,

fluxo de caixa e valor de mercado mais altos.

Sendo assim, o diagnóstico de RH realizado na

empresa irá ressaltar os pontos positivos e negativos da

mesma, com vistas a buscar melhor desempenho e satisfação dos

colaboradores como forma de manter um bom clima

organizacional, bem como a motivação para o trabalho.

Processos de RH bem estruturados geram resultados hoje

imprescindíveis para garantir o sucesso e a manutenção da

organização no mercado.

A elaboração do presente Diagnóstico de RH trará

aprofundamento nos conhecimentos adquiridos ao longo do curso,

o que é de fundamental importância para o desenvolvimento

profissional, especialmente ao finalizar esta etapa de

16

graduação, ao tempo em que terá também sua importância para a

empresa em estudo, tendo em vista que se colocadas em prática,

as sugestões dadas poderão trazer motivação e satisfação aos

seus colaboradores e como consequência, maior produtividade

como já foi visto.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVOS GERAIS

17

Especificar e fundamentar através de pesquisa

científica de maneira geral a importância da

motivação numa organização, destacando qual a

importância da mesma para o aumento da

produtividade de uma empresa.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Diagnosticar através de pesquisa a imagem da

empresa junto aos colaboradores;

Identificar fatores que influenciam na motivação;

Verificar os melhores meios de motivação para os

funcionários de uma empresa;

Identificar a satisfação dos colaboradores em

relação a salários e benefícios dado pela empresa;

Mostrar meios que possa vir a motivar a equipe e

melhorar o clima da empresa num todo.

18

4 METODOLOGIA

4.1 PESPECTIVA DO ESTUDO

Para elaboração deste pré-projeto serão executados

procedimentos conforme descrito abaixo:

a) Observação;

b) Pesquisa Bibliográfica;

c) Levantamento de dados primários;

d) Aplicação de questionários.

Para Levine et al. (2005), é extremamente

importante que se comece a análise estatística pela

identificação da fonte de coleta de dados mais apropriada. Os

coletores de dados são classificados como fontes primárias; os

compiladores de dados são chamados de fontes secundárias. Para

a coleta de dados existem quatro fontes-chaves sendo:

1. O primeiro método é o de obter dados já

publicados por fontes governamentais, industriais ou

individuais;

2. A segunda fonte é planejar um experimento para

obter os dados necessários. Por exemplo, num estudo para

testar a eficácia de um sabão em pó;

3. A terceira fonte de coleta de dados é conduzir

a realização de pesquisas. Aqui, nenhum controle é exercido

sobre o comportamento da população que está sendo investigada.

Eles são meramente indagados sobre suas crenças, atitudes,

comportamentos e outras características. Suas respostas são

editadas, codificadas e tabuladas para análise;

19

4. O quarto método de obtenção de dados é fazer

análise através de um estudo observacional. Um pesquisador

observa o comportamento diretamente. Em geral em um ambiente

natural. Para projetar uma experiência, conduzir uma pesquisa

ou efetuar um estudo observacional é necessário conhecer os

diferentes tipos de dados.

4.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O estudo para elaboração do Diagnóstico de RH será

realizado na sede da empresa Checon Distribuidora e

Transportadora Ltda, quando serão aplicados questionários a

pelo menos 50% dos funcionários, os quais somam atualmente

118.

4.3 TÉCNICA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

A ferramenta utilizada para análise e interpretação de

dados serão gráficos.

Para a informação ou análise de um fato ou de uma ideia

empregam-se tabelas e gráficos muitas vezes com valores

percentuais. Curiosamente, o homem iniciou sua

comunicação através de figuras e, posteriormente, usou a

escrita. As tabelas e os gráficos fornecem rápidas e

seguras informações a respeito das variáveis em estudo,

permitindo determinações administrativas e pedagógicas

mais coerentes e científicas (CRESPO, 2002).

20

4.4 LIMITAÇÕES DE ESTUDO

As limitações para conseguir respostas aos questionários

se devem ao fato de que alguns funcionários têm receio de

responder algumas perguntas, temendo ser identificados,

apesar de serem avisados de que não o serão.

5 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO

a) Nome da empresa: Checon Distribuidora e Transportadora

Ltda

b) Endereço da empresa: Av. Princesa Isabel, 941 – Pequi –

21

Eunápolis - Bahia

c) Telefone/fax: (73) 3281-5971

d) Site/email: http://www.checon.com.br;

[email protected]

e) Sócios: Elizabeth Checon Dantas, Zulmira Venturim Checon,

Nelson Júnior Checon.

f) Chefia direta: Elizabeth Checon Dantas – Sócia

Administradora Financeira e

Nelson Júnior Checon – Sócio Administrador Comercial

g) Ramo de atividade e área de atuação: A empresa tem como

principal atividade o Comércio Atacadista de Cerveja,

Chopp e Refrigerante e como atividade secundária o

Transporte Rodoviário de Cargas.

h) Recursos Humanos da empresa: O ambiente de Recursos

Humanos da empresa funciona em uma sala ampla, contendo 3

mesas com computadores, 5 cadeiras, 3 aparelhos

telefônicos, 2 armários grandes e 1 ar condicionado.

i) Número de empregados da empresa: A empresa possui

atualmente 118 funcionários.

j) Categoria dos profissionais que atuam na emrpesa: A

empresa atualmente não possui profissional de

administração, possui 2 profissionais de contabilidade

terceirizados e assessoria jurídica quando necessário.

k) Divisão Técnica de trabalho na empresa: Administativo:

Depto de RH, Depto Financeiro, Depto. Contábil, Depto.

Tecnologia da Informação.

Comercial: Gerência Comercial, Gerência de Vendas,

Supervisores, Vendedores e Auxiliar de Marketing.

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Operacional: Encarregado de Depósito, Conferente,

Motoristas e Auxiliares de Entrega.

l) Organograma da empresa

23

DIRETORIAADM/FINANCEIRA

DIRETORIACOMERCIAL

GERENTECOMERCIAL

GERENTE DEVENDAS

SUP. DEMARKETING

SUPERVISOR DEVENDAS

ANALISTA DEVENDAS

AUXILIAR DEMARKETING

VENDEDOR

ENCARREGADO DEPÁTIO

ENCARREGADO DELOGÍSTICA

ENCARREGADOCPD

AUXILIARCONTÁBIL

AUXLIARFINANCEIRO

ENCARREGADOFINANCEIRO

ENCARREGADOREC. HUMANOS

m) A empresa comercializa Cervejas, Chopps, Refrigerantes,

Águas Minerais, Isotônicos, e Energéticos e presta

serviços de entrega desses produtos.

n) O principal fornecedor dos produtos da empresa é a Cia

Cervejaria Schincariol.

o) Com significativo histórico em sua atuação comercial e

institucional no extremo-sul baiano, a empresa Checon

iniciou suas atividades nos idos de 1979, incorporando-se

em 1999, ao grupo Schincariol. Hoje, a Checon é uma das

mais antigas e representativas distribuidoras do grupo

que detém a marca Nova Schin, cerveja líder em vendas em

sua área de atuação que abrange 11 munícipios e 11

distritos na região da Costa do Descobrimento, abraçando

cidades de grande porte como Eunápolis e Porto Seguro,

polos regionais de comércio e turismo, respectivamente.

Uma de suas filosofias mais fortes é a qualidade da

prestação de seus serviços como diferencial no

atendimento ao mercado. Isto faz com que a Checon seja

referência no seu segmento, destacando-se por sua atuação

24

CONFERENTE

AUXILIAR DEENTREGA

MOTORISTA

SERVIÇOSGERAIS

profissional.

p) A empresa tem preocupação com o meio ambiente, e com

isso, realiza coleta seletiva do lixo, utiliza filtros no

setor de lavagem dos veículos como forma de evitar a

contaminação do solo com os produtos químicos utilizados

e mantém rigoroso controle dos gastos com energia

elétrica e água.

25

6 REFERENCIAL TEORICO

6.1 AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

As funções da administração de recursos humanos

para Toledo (1978) se resumem nas atividades de: atração,

manutenção, motivação, treinamento e desenvolvimento do

pessoal de um grupo de trabalho. Manter relações com os

sindicatos, realizar pesquisas e atuar como assessora e agente

de modernização tecnológica e gerencial da empresa também são

ações consideradas.

Chiavenato (1999) aborda os processos de recursos

humanos da seguinte forma: provisão (recrutamento e seleção);

aplicação (orientação das pessoas, modelagem de cargos e

avaliação de desempenho); remuneração (programas de

incentivos, benefícios e serviços, remuneração);

desenvolvimento (treinamento e desenvolvimento); manutenção

(relações com empregados, higiene e segurança e qualidade de

vida no trabalho); e monitoração (banco de dados e sistemas de

informações de RH).

6.2 RECRUTAMENTO E SELEÇÃO

O processo de Provisão envolve as atividades de

recrutamento e seleção de pessoal. Recrutamento, de acordo com

Toledo (1978) reúne uma série de estudos e contatos com o

mercado de trabalho. Chiavenato (2008, p. 114) acrescenta

afirmando que o recrutamento corresponde “ao processo pelo

qual a organização maneira indiscriminada;

26

O recrutamento pode acontecer interna ou

externamente. O recrutamento interno atua sobre candidatos que

estão dentro da organização para promovê-los ou transferi-los

para outras atividades (CHIAVENATO, 2008). Ele estimula o

desenvolvimento profissional e oferece perspectivas de

crescimento, enquanto o recrutamento externo trata da busca de

candidatos no mercado de trabalho ou em fontes específicas

para preencher o cargo. Algumas de suas vantagens estão em

inovar as equipes, trazer novos talentos e atualizar-se com as

tendências de mercado (ARELANO; LIMONGI-FRANÇA, 2002).

A seleção, por sua vez, é a escolha do candidato

mais adequado ao cargo e à organização, por meio de diversos

instrumentos de análise, avaliação e comparação de dados

(ARELANO; LIMONGI-FRANÇA, 2002). Chiavenato (2008, p.133) traz

um conceito mais visionário, no qual a seleção é “um processo

decisório baseado em dados confiáveis para agregar talentos e

competências capazes de contribuir no longo prazo para o

sucesso da organização”.

As principais técnicas de seleção são: entrevista,

que é a mais utilizada, apresenta caráter subjetivo e exige

treinamento dos entrevistadores; provas de conhecimento ou

capacidade; testes psicométricos, os quais medem aptidões dos

candidatos; testes de personalidade, para verificar aspectos

comportamentais; e técnicas de simulação, como forma

complementar de diagnóstico (GIRARDI, 2008).

6.3 REMUNERAÇÃO

27

O objetivo maior pelo qual as pessoas trabalham e

dedicam seu tempo e esforços é sem dúvida, receber em troca,

algum retorno significativo. E da mesma forma as empresas

investem em recompensas para os funcionários, esperando que

estes os ajudem a alcançar seus objetivos.

Na maioria das organizações a remuneração total é

dividida em: remuneração básica (salário mensal ou por hora),

incentivos salariais (bônus, participação nos resultados) e

benefícios (seguro saúde, refeições subsidiadas, etc.)

(CHIAVENATO, 2008).

Chiavenato (2008) acrescenta as recompensas

organizacionais não financeiras e cita: oportunidades de

desenvolvimento, reconhecimento e autoestima, segurança no

emprego, qualidade de vida no trabalho, orgulho da empresa e

do trabalho, promoções, liberdade e autonomia no trabalho.

É comum nas empresas mais bem sucedidas, a adoção

de política salarial agressiva, além de oferta de prêmios por

boas ideias e sugestões como troféus, quantias em dinheiro,

viagens, jantares e reconhecimento público.

As formas de remuneração devem estar alinhadas aos

resultados da empresa. Assim a remuneração deve recompensar a

contribuição prestada à empresa, estabelecer um equilíbrio em

relação aos padrões do mercado, permitir precisão e controle

maiores na gestão da folha de pagamentos e reforçar a imagem

da empresa diante dos profissionais que nela atuam, do mercado

de trabalho e da sociedade.

É essencial remunerar as pessoas de forma justa e

competitiva, entretanto, a remuneração não é o principal

28

motivador. O dinheiro é apenas uma necessidade básica e as

pessoas necessitam de um sentido maior de realização e bem-

estar pessoal para se sentirem motivadas.

Uma grande empresa de consultoria em RH, a Hay

Group, realizou uma pesquisa com 500 mil empregados de mais de

trezentas empresas e comparou a satisfação de empregados

“comprometidos” – aqueles que disseram que permaneceriam na

organização em que trabalham por mais de cinco anos. Dos

cinquenta fatores positivos analisados, o salário foi

considerado o menos importante.

Foi detectado que aumentos são bons, assim como

participação nos resultados e bônus, mas quando o ambiente é

bom, as pessoas trabalharão por um salário menor (PRESS,

2007).

6.4 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO

As organizações hoje são cada vez mais desafiadas a

serem flexíveis, ágeis, criativas, inovadoras, operarem a

baixos custos e socialmente responsáveis. Essas são as

condições para sobreviverem no cenário atual, envolto em

mudanças contínuas, em rápida e ampla disseminação da

informação, com consumidores mais conscientes e exigentes, em

relação política, social, econômica e comercial globalizada.

Assim, precisam se utilizarem de ferramentas que desenvolvam

as habilidades, atitudes, comportamentos e conceitos

diferentes como treinamento e desenvolvimento.

Os treinamentos proporcionam, além de melhor

29

qualidade nos produtos e serviços prestados, melhores

resultados e uma maior competitividade organizacional. E o

desenvolvimento possibilita e facilita a mudança

organizacional para que se possa enfrentar a nova realidade de

crescente instabilidade ambiental. O desenvolvimento pessoal

pode estar relacionado ao cargo atual ou ao cargo em potencial

do indivíduo e proporciona oportunidades para seu crescimento

profissional. O desenvolvimento organizacional visa melhorar

os processos de resolução de problemas e de renovação

organizacional por meio de um diagnóstico, de uma intervenção

planejada de mudanças para definir ações e de um reforço para

estabilizar e manter a nova situação (CHIAVENATO, 2008;

GIRARDI, 2008).

Com o desenvolvimento tecnológico presente

atualmente no processo ensino-aprendizagem, a interatividade é

hoje fator essencial ao possibilitar que diferentes mídias

sejam acessadas no computador, possibilitando ao usuário o

controle sobre a aprendizagem. Uma dessas formas de

treinamento é o e-learning, método de ensino a distância, que

possibilita a expansão do treinamento, quebra barreiras,

custos, horários e limites de sala de aula. São diversas as

vantagens do e-learning, entre elas o baixo custo, a

disponibilização de informações acuradas, tendo em vista que

pode ser atualizado instantaneamente, na facilidade de acesso

em diversos lugares e a qualquer tempo e na universalidade.

Outro novo conceito que hoje circula entre os

profissionais de Recursos Humanos e empresários brasileiros, é

o coaching. Uma nova ferramenta que possibilita o

30

desenvolvimento profissional e pessoal sem precisar recorrer a

um processo terapêutico, intensivos programas de

desenvolvimento ou a treinamentos corporativos.

O processo de coachinf tem fundamentação no

construtivismo, em que a própria pessoa pensa e desenvolve sua

resposta. A partir do momento que o ser humano é incentivado a

construir seu pensamento com soluções e alternativas para suas

dificuldades, a encontrar possibilidades na resolução de

problemas e a identificar oportunidades, ele vai se tornando

mais independente, responsável e comprometido com suas

escolhas; dessa forma, amplia a capacidade criativa, reforça a

iniciativa e valoriza a auto-estima. Assim, esse é um processo

precioso de desenvolvimento humano, pois o desenvolvimento

obtido abrange todas as áreas da vida: profissional,

financeira, física, social, relacionamento interpessoal,

intelecto, emocional e lazer. E é justamente por atingir

outros aspectos do ser humano que o Coaching desenvolveu-se para

além das competências empresariais.

6.5 GESTÃO DE PESSOAS NA ERA DO CONHECIMENTO

Vive-se atualmente a era da informação, em que a

tecnologia proporciona a difusão imediata de informações, e

com um simples acesso ao mundo virtual, é possível buscar

estas informações em qualquer parte do mundo. Para as

empresas, isso gerou intensa turbulência, que exige agilidade

e inovação constante.

Para Fleury e Oliveira Jr. (apud FLEURY, 2001, p.

31

100), “o conhecimento da empresa, é fruto das interações que

ocorrem no ambiente de negócios e que são desenvolvidas por

intermédio do processo de aprendizagem. O conhecimento também

pode ser entendido como informações associadas à experiência,

à intuição e aos valores”.

Nesta nova concepção, as pessoas deixam de ser

recursos e passam a ser vistas como seres dotados de

inteligência, personalidade, conhecimento, habilidades,

competências, aspirações e percepções singulares; serão os

novos parceiros das organizações, colaborando e ajudando para

o alcance dos objetivos estratégicos (CHIAVENATO, 2008).

Fleury (2001) corrobora com o autor e acrescenta

que a identificação, o monitoramento, a retenção dos

conhecimentos e das competências-chave para uma organização

são processos fundamentais para o seu posicionamento

estratégico no mercado.

Nas organizações, são comuns a disseminação e o

compartilhamento do conhecimento por todos os seus membros por

meio da simples comunicação, de treinamentos, da rotação de

pessoas ou de trabalhos em equipe. No entanto, existem

conjuntos de conhecimento pertencentes apenas a indivíduos, a

pequenos grupos ou áreas funcionais (FLEURY, 2001).

Assim sendo, a gestão de pessoas deve estar voltada

a agir com o intuiro de manter esses conhecimentos dentro da

empresa em que atua, estabelecendo políticas e práticas para

reter seus talentos.

6.6 RETENÇÃO DE TALENTOS

32

Para Ulrich (2002, p. 29), “as empresas bem-

sucedidas serão aquelas mais experientes em atrair,

desenvolver e reter indivíduos com habilidades, perspectiva e

experiência suficiente para conduzir um negócio global”.

Segundo o autor, esses processos constituem um dos desafios

para a área de RH, que além de ter de defender a capacidade da

organização, deve se manter competitiva sempre.

A gestão de talentos abrange as práticas de

identificação (recrutamento e seleção) e as práticas de

retenção de talentos, tais como: remuneração, qualidade de

vida, desenvolvimento, planejamento de carreira e papel da

liderança, aspectos que ganham cada vez mais importância na

administração de RH. Contratar a pessoa certa desde o início

evita o desgaste posterior, bem como reduz o índice de

rotatividade de pessoal.

6.7 PRÁTICAS DE RETENÇÃO DE TALENTOS

A melhora na retenção de talentos, segundo Fitz-enz

(2001, p. 89), provoca certos valores:

redução nos custos de recrutamento;

redução nos custos de treinamento;

menor tempo requerido de supervisão;

em serviços de contato com o público, manutenção do

atendimento ao cliente;

indicações de clientes satisfeitos, reduzindo

consequentemente o uso de marketing; e,

indicações de candidatos a empregos por funcionários de

33

longa data, reduzindo os custos de recrutamento.

Reter talentos significa valorizar e reconhecer o

colaborador interno, que é o mais importante cliente de uma

organização. A falta de reconhecimento e consequente falta de

oportunidade de crescimento na empresa é uma das principais

razões pelas quais as pessoas deixam seus empregos.

Existem diversas formas de retenção de talentos,

podendo-se citar os subsídios para cursos, treinamentos,

graduações; gestão participativa; prêmios e bônus por boas

ideias e sugestões; salários acima da média; livre acesso à

alta direção; planos de carreiras; remuneração variável;

pacote de benefícios; ambiente informal e descontraído;

estrutura para lazer, horários flexíveis, entre outros.

6.8 ROTATIVIDADE

A rotatividade de pessoal é o resultado dos

desligamentos ocorridos em um certo período de tempo em

relação ao números de pessoas admitidas no mesmo intervalo de

tempo. Esses desligamentos podem ser por demissões por

iniciativa própria ou da empresa, aposentadorias, doença e

morte do empregado.

Evitar ao máximo a rotatividade não é desejável,

visto que se todas as pessoas de uma empresa permanecerem e a

organização continuar a crescer, os gastos com salários

seriam enormes. Além disso, pessoas novas trazem ideias novas,

diferentes abordagens e atitudes, impedindo assim uma

estagnação. A rotatividade é inevitável. Desde que o mercado

34

encontre-se saudável, é natural que as pessoas sintam atração

por empregos melhores (BRANHAM, 2002).

As vantagens de se administrar a rotatividade

estão em um “recrutamento mais eficaz, redução de custos,

maior motivação do pessoal, aumento do conhecimento do

mercado de trabalho em geral e desenvolvimento mais

construtivo da base de conhecimento da empresa” (MARIANO;

MAYER, 2008, p. 100). Diante disso, é preciso investigar as

causas da rotatividade, avaliar seus efeitos e a extensão do

problema, tendo em vista que ela custa caro às organizações.

6.9 CAPITAL HUMANO E TALENTO HUMANO

Uma das razões pela qual o capital humano se

tornou uma prioridade é a clássica relação da oferta e

demanda. Atualmente, o dinheiro e a tecnologia são abundantes,

enquanto “o capital humano qualificado é, e está ficando cada

vez mais, escasso (FRIEDMAN et al, 2000, p. 152).

O termo capital humano originou-se com o

economista Theodore Schultz, interessado nas situações

precárias de países subdesenvolvidos. Sua “alegação era a de

que a melhora do bem-estar dos pobres não dependia da terra,

dos equipamentos ou da energia, mas sim do conhecimento”. Ele

denominou esse aspecto qualitativo de “capital humano”

econômico (FITZ-ENZ, 2001, p. XIX). Fitz-enz (2001) descreve

o capital humano no contexto do mundo dos negócios como a

combinação de alguns fatores:

os traços de personalidade que uma pessoa traz para o

35

trabalho: inteligência, energia, atitude,

confiabilidade, responsabilidade;

a habilidade de uma pessoa em aprender: aptidão,

imaginação, criatividade, prudência, sensatez;

a motivação para compartilhar informação e conhecimento:

espírito de equipe e orientação a metas.

Edvinsson e Malone (apud GIRARDI, 2008) também

compartilham dessa visão, definindo capital humano como toda

capacidade, conhecimento, habilidades e experiências

individuais dos trabalhadores, além de elementos como

criatividade, capacidade de trabalho em equipe e de

relacionamento interpessoal, liderança, pró-atividade, entre

outros.

Chiavenato (2008), por sua vez, conceitua capital

humano como uma combinação de dois aspectos: talento e

contexto. O capital humano, para o autor, é dotado de

conhecimento, habilidades e competências que são

constantemente atualizados e compensados, mas que coexistem

dentro de um contexto adequado para seu desenvolvimento. Este

contexto é determinado por sua arquitetura organizacional

(organização de trabalho, fluxo de processos e atividades de

maneira integrada), cultura organizacional (democrática e

participativa, baseada em solidariedade e camaradagem) e

estilo de gestão (baseada em liderança motivadora,

descentralização e delegação de poderes).

É de grande importância para a organização, a

gestão de talentos, ou seja, das habilidades, dons,

conhecimento, experiência, inteligência, dicernimento,

36

atitude, caráter e impulsos inatos, como também sua capacidade

de aprender e se desenvolver. É preciso que as empresas

desenvolvam ambiente que favoreça o crescimento desses

talentos através de práticas próprias, não apenas do seu

desenvolvimento, como de sua retenção.

6.10 BENEFÍCIOS

Além dos benefícios garantidos pela Consolidação

das Leis do Trabalho (CLT) e das garantidas em Convenção

Coletiva de Trabalho, muitas empresas estão demonstrando cada

vez mais interesse em investir no seu colaborador interno, por

meio de benefícios adicionais.

Para exemplificar, pode-se citar: assistência

médica, assistência dentária, assistência oftalmológica,

valerefeição, computador doméstico, automóvel, combustível,

estacionamento para automóvel, cursos não relacionados ao

trabalho, bolsas de estudo, plano de previdência privada,

folgas remuneradas, academias de ginástica, entre outros.

Mas é necessário que os benefícios sejam

personalizados para gerar motivação, pois cada funcionário tem

necessidades e características diferentes, que variam de

acordo com a idade, estado civil, estilo de vida e interesses

distintos.

Fisher (2008) sugere então oferecer um portfólio de

benefícios até determinado valor, e assim os trabalhadores

podem escolher e combiná-los de acordo com seu interesse. O

autor também dá dicas de aplicativos eletrônicos de benefícios

37

para que sua administração possa ser realizada pela internet

ou até mesmo pela intranet da empresa.

6.11 RECOMPENSAS

Na opinião de Bob Nelson, perito em motivação de

funcionários, o “reconhecimento é mais poderoso quando é

fortuito. [...] Se você faz coisas apenas para ser amável, as

pessoas acabem querendo mais. Por isso, faça o reconhecimento

depender de comportamento e desempenho desejados; os

funcionários valorizarão mais o reconhecimento e você obterá

melhores resultados” (PRESS, 2007, p. 106).

Além das recompensas formais (promoções,

benefícios, tempo de casa), existem maneiras informais de

reconhecer e compensar. Simples cartões impressos ou escritos

à mão, a celebração de um marco significativo com um jantar,

um dia de folga, certificados de presentes, troféus e placas,

momentos de diversão como um happy hour são exemplos de

recompensas que motivam. Os prêmios podem levar em

consideração a produtividade, a qualidade do trabalho, uma boa

sugestão, uma meta de vendas que fora atingida, padrões altos

de atendimento, entre outros (BRANHAM, 2000).

É nesse contexto que a Participação nos Lucros e

Resultados da empresa ganha espaço. Por não haver incidência

de encargos trabalhistas exister uma expectativa de redução de

custo com relação aos salários, bem como causa elevação da

produtividade e em outros indicadores de desempenho da

organização.

38

6.12 OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

À medida que o profissional começa a se reavaliar,

a buscar competências adicionais, sejam elas profissionais ou

comportamentais com relação ao seu crescimento, é evidente que

seu planejamento de vida também se concretize e é com este

planejamento que seus passos são medidos e questionados

durante sua permanência em uma determinada empresa. Assim, a

organização deverá ter uma visão muito nítida das

possibilidades de crescimento destes indivíduos (SAVIANI,

1997).

Um modelo para que esse exercício se torne possível

está nos sistemas de gestão do desenvolvimento com base em

competências. Inicialmente, esses sistemas foram elaborados

com base no conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes

esperadas das pessoas – o chamado CHA. Mais tarde, notou-se

que esse conjunto variava de acordo com o nível de

complexidade das atividades desempenhadas, e que era preciso

mensurar o desenvolvimento a partir do CHA.

Outro fator de motivação para retenção de talentos

discutida por Saviani (1997) é provocar desafios aos

profissionais, procurando elevar o nível dos padrões de

trabalho. “Não ser desafiador o suficiente ou não ter o tipo

certo de desafio estão continuamente entre os principais

motivos pelos quais os funcionários pedem demissão.

Particularmente, os universitários recém-formados que são

contratados são tradicionalmente impacientes e esperam

39

encontrar desafios nos seus primeiros trabalhos. Estão

acostumados a serem estimulados e testados, e os melhores e

mais brilhantes têm altas expectativas em relação aos desafios

que os primeiros empregos oferecerão” (BRANHAM, 2000, p. 200).

6.13 EMPOWERMENT

O enpowerment – ou empoderamento ou fortalecimento

– significa um estilo de gestão de delegar autoridade e

responsabilidade às pessoas ou às equipes no sentido de torná-

las mais importantes e fortalecidas. Trata-se de dar força e

autonomia para que pessoas e equipes possam avaliar situações,

tomar decisões, tomar iniciativa, agir por conta própria como

se fossem empreendedores internos.

O empowerment baseia-se em quatro providências

fundamentais:

Poder: significa proporcionar maior poder às pessoas,

delegar autoridade e responsabilidade, dar liberdade

e autonomia, confiar nas pessoas. Em suma, dar maior

importância às pessoas.

Motivação: significa proporcionar incentivos e

motivação às pessoas, reconhecer o bom desempenho e

recompensar o alcance de metas e objetivos, festejar

objetivos alcançados e proporcionar participação nos

resultados. Ou seja, incentivar as pessoas.

Liderança: significa proporcionar liderança e

orientação às pessoas, definir metas e objetivos a

alcançar, avaliar o desempenho e abrir novos

40

horizontes. Enfim, proporcionar retroação e

realimentação.

Desenvolvimento: significa dar recursos às pessoas,

treinar e desenvolvê-las, proporcionar informação e

conhecimento. Finalmente, criar e desenvolver

talentos na empresa.

Em resumo, a direção representa o aspecto mais

marcante do administrador. Constitui o eixo no qual ele pode

demonstrar plenamente suas condições de liderança e de

dinamismo pessoal na condução das pessoas e no alcance do

sucesso empresarial.

6.14 GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS

Porter (1980) define estratégia como a “criação de

uma proposição de valor única, com atividades ajustadas nas

áreas de marketing, produção, logística e distribuição. Tudo

alinhado com a proposição de valor única”. Para o autor,

estratégia é escolher o que não fazer, é sinônimo de escolha e

consiste em não satisfazer todas as necessidades dos clientes,

mas sim em escolher quais necessidades satisfazer e de que

forma.

Luecke (2008) enfatiza a importância de uma

implementação eficaz da estratégia e do alinhamento que deve

existir entre ela e seus elementos: pessoas, estrutura,

cultura, incentivos, atividades de apoio e liderança. Isto é,

as pessoas devem possuir os recursos necessários para fazer

bem o seu trabalho, devem ter metas de desempenho mensuráveis

41

com recompensas claramente declaradas para a realização das

metas. Enquanto isso, as atividades de apoio devem funcionar

como um sistema de partes interdependentes, em um sistema

entrosado que se reforça mutuamente; e a estrutura da

organização e a cultura organizacional devem estar

completamente alinhadas às metas estratégicas.

Apoiando-se nessas visões é que as empresas devem

alinhar a sua gestão de pessoas às suas estratégias e aos seus

objetivos, ou seja, alinhar talentos e competências com as

necessidades organizacionais.

Anthony et al (apud ALBUQUERQUE, 2002) enumera

algumas características da administração estratégica de

recursos humanos:

a) explicitamente reconhece os impactos do ambiente

externo;

b) reconhece o impacto da competição e a dinâmica

do mercado de trabalho;

c) apresenta foco no longo prazo;

d) enfatiza a escolha e a tomada de decisão;

e) considera todas as pessoas da empresa, e não

somente o grupo de executivos ou o de empregados operacionais;

f) está integrada com a estratégia corporativa e

com as demais estratégias funcionais.

Ulrich (2002) afirma que ter os profissionais de

RH como parceiros estratégicos, adquirindo respeito e

credibilidade e alcançando excelência organizacional por meio

do diagnóstico facilita o processo de converter as estratégias

em ações. Para isso, a administração de RH deve realizar

42

determinadas atividades:

definir uma arquitetura organizacional e ser capaz de

utilizá-la para traduzir a estratégia em ação;

aprender a realizar um diagnóstico organizacional eficaz

fazendo boas perguntas e gerando práticas alternativas

criativas e oportunas;

ser capaz de fixar prioridades para as iniciativas e, em

seguida, cumprilas até o fim.

Marras (2002) complementa e destaca que a

administração estratégica de RH tem como foco a otimização dos

resultados da empresa e o desenvolvimento das pessoas que nela

atuam. Para o autor, é necessário então considerar a real

função da administração de recursos humanos, a qual consiste

em: “assessorar e prestar subsídio cognitivo à cúpula da

empresa em questões relacionadas à qualidade dos talentos que

compõem a organização, políticas de manutenção do RH,

produtividade e qualidade total, definindo macrodiretrizes da

empresa, de modo a alterar o perfil dos resultados e,

portanto, dos lucros da empresa, agregando valor por meio do

capital humano” (MARRAS, 2002).

Diante disso, é possível perceber a relevância de

uma reestruturação de valores na área de gestão de pessoas. No

entanto, esse processo de aprendizado requer um grande

envolvimento do empresariado com o RH, iniciando com alteração

não só nos valores, mas das convicções e práticas que envolvem

as atividades de recursos humanos. A fórmula para as

organizações de sucesso se resume à “compatibilização e

integração das políticas de Recursos Humanos às suas culturas

43

e no forte envolvimento dos seus donos com as questões de RH”

(AQUINO apud GIRARDI, 2008, p.34).

7 DIAGNÓSTICO NA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS

7.1 POLÍTICAS DE ORGANIZAÇÃO DO SETOR

Conforme apresentado no item 5, a empresa possui

organograma estruturado e funcional, possui estrutura física

compatível com as necessidades da organização, possui

atualmente 118 funcionários, tendo um Setor de Recursos

Humanos estruturado, onde trabalham atualmente 4 funcionários,

que representam 3,35% do efetivo da empresa.

Embora seja uma empresa de grande porte e possua RH

estruturado, a empresa ainda não trabalha com planejamento

estratégico, como também não possui Programa de

Responsabilidade Social, embora realize diversas ações

sociais.

7.2 APLICAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

7.2.1ANÁLISE E DESCRIÇÃO DE CARGOS

A empresa possui Desenho e Descrição de cargos bem

definidos e realiza Avaliação de desempenho com a equipe de

vendas, com base nas metas estabelecidas mensalmente,

entretanto não existe avaliação de desempenho para as demais

áreas da empresa.

44

7.3 PROVISÃO DE RECURSOS HUMANOS – RECRUTAMENTO E SELEÇÃO

Não existe Planejamento de Recursos Humanos, como

também não é feita análise de mercado. O recrutamento é

realizado através de currículos e indicação de funcionários.

As etapas do processo seletivo atualmente é realizado apenas

utilizando seleção de currículo e realização de entrevistas.

Houve um período em que entrevista com uma psicóloga fazia

parte do processo seletivo, entretanto, esta etapa não é mais

realizada. Não é realizada avaliação do processo seletivo. O

responsável pela seleção mantém contato com os candidatos não

aprovados para dar feedback.

O processo de integração é feito no primeiro dia do

empregado na empresa, e o funcionário é apresentado à toda as

áreas da empresa, como também aos colaboradores presentes, em

seguida é encaminhado para recebimento de uniformes e EPIS (se

necessário), e finalmente ao setor onde irá exercer seu

trabalho. Atualmente não é realizada entrevista de

desligamento com seus ex-funcionários, embora tenha feito isso

anteriormente, durante longo tempo.

7.4 DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS

7.4.1 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO

A empresa possui Plano de treinamento na empresa,

entretanto, apenas para a área de vendas. Os referidos

treinamentos em sua maioria são ministrados no formato e-learning

pela Schincariol, que ocorrem uma vez por mês e quinzenalmente

45

acontece treinamento ministrado pelo Gerente de Vendas. As

demais áreas da empresa não recebem treinamento.

O Plano de Treinamento da área de vendas é

realizado pelo Gerente de Vendas após verificação da

necessidade, através de questionário respondido pelos

vendedores e supervisores.

A mensuração dos resultados dos referidos

treinamentos é feita através de testes realizados

imediatamente após os mesmos.

Não existem treinamentos técnicos, universidade

corporativa, indicadores de treinamento nem a prática de

Mentoring nem Coaching.

A empresa não possui Programa de capacitação para

novos líderes. Ao surgir vaga de liderança, a empresa verifica

o perfil dos funcionários, caso algum deles se encaixe nas

necessidades da função, é então promovido.

7.5 PROGRAMAS DE MUDANÇAS

Apesar de ter conhecimento da importância da

análise do clima organizacional, a empresa não realiza tal

pesquisa, não realiza pesquisa de cultura organizacional, não

existe Programa de sensibilização. A comunicação na empresa

acontece de através de e-mails e de comunicação em mural, que

funcionam eficazmente.

Não existem práticas de Endomarketing. As vendas

realizadas a colaboradores ocorrem da mesma forma que para

clientes comuns.

46

7.6 MANUTENÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

7.6.1 REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS

A empresa não possui Plano de Cargos e Salários. Os

funcionários da área operacional são remunerados com base em

Convenção Coletiva de Trabalho do sindicato da classe mais

horas extras, repouso remunerado e feriados trabalhados, caso

os faça, os funcionários da área administrativa percebem

salários diversos, a critério da empresa e os funcionários da

área de vendas percebem salário fixo mais comissões sobre as

vendas realizadas.

Embora existam promoções quando surgem vagas em

níveis hierárquicos maiores, a empresa não possui Plano de

Carreira. Os benefícios compulsórios oferecidos pela empresa

são: triênio, vale transporte e seguro de vida (previsto em

Convenção Coletiva) e espontaneamente, a empresa dispõe de

plano de saúde participativo e plano de odontológico, pago

integralmente pela mesma. Não existe Programa de distribuição

de lucros nem incentivos à educação, como também não existe a

Meritocracia. Não existe Programa de Qualidade Vida no

Trabalho. A empresa apenas realiza, como parte do Programa de

Controle de Saúde Médico Ocupacional, os exames solicitados

pelo médico responsável pelo mesmo e em época própria, ou

seja, em exames admissionais, periódicos, de mudança de função

e demissionais.

47

Como prática de Higiene e segurança no trabalho a empresa

oferece EPI conforme a necessidade de cada função, quais

sejam.

Vendedor: Botas, luvas, óculos e capacete.

Motorista e Auxiliar: Botas, luvas e óculos.

Lavador: Botas, luvas, máscara, óculos, gorro e avental.

As relações sindicais são mantidas de forma

amistosa de maneira que não haja prejuízo para nenhuma das

partes. Em época de negociação, a empresa comparece às

assembleias patronais.

A empresa não possui Plano de previdência privada,

todos os seus funcionários participam do Regime Geral da

Previdência Social e não existe preparação para aposentados.

7.7 MONITORAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

O Sistema de informações gerenciais de Recursos

Humanos funciona através de relatórios que são enviados à

Diretoria através de e-mails. A empresa não realiza Auditoria

em Recursos Humanos.

7.8 TÓPICOS EMERGENTES EM RECURSOS HUMANOS

Não é realizada avaliação do Capital intelectual,

como também não é feita Gestão do Conhecimento.

A liderança funciona de maneira harmoniosa com toda

a empresa. A diretora participa de reuniões que acontecem

periodicamente na área de vendas, administrativo e

48

operacional, sendo totalmente acessível aos funcionários em

todo o tempo que permanece na empresa.

A prática de motivação da empresa se restringe à

disponibilização de Plano de Saúde e Plano Odontológico e a

empresa não se utiliza da Gestão por competências.

49

8 ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES

Após aplicação de questionários aos colaboradores

da Checon Distribuidora e Transportadora Ltda, chegou-se ao

seguinte resultado:

Gráfico 1: Volume de trabalho.

Questionados sobre a satisfação em relação ao

volume de trabalho realizado, 61% dos entrevistados respondeu

que sim. Que estão satisfeitos com o volume de trabalho que

realizam, contra 39% que disseram considerar o volume de

trabalho acima do adequado. Esse resultado demonstra que boa

parte dos colaboradores gostaria que o seu volume de trabalho

fosse menor.

50

Gráfico 2: Realização

profissional

No quesito realização profissional, a pergunta foi:

O seu trabalho lhe dá o sentimento de realização profissional?

14% responderam que raramente se sentem realizados com o

trabalho que realizam, 56% disseram que quase sempre se sentem

realizados e 30% se sentem realizados sempre com o trabalho

que realizam. Esse quesito é de grande importância, tendo em

vista que o sentimento de realização é um fator motivacional

para o colaborador.

Gráfico 3: Comunicação com a liderança

51

Em relação à comunicação do líder com seus

colaboradores, a maioria (75% dos entrevistados) concorda que

o líder se comunica de forma adequada com os colaboradores e

25% acha que a comunicação ocorre de forma razoável. Ponto

altamente positivo na organização, a facilidade de comunicação

minimiza a frustração de não ser ouvido.

Gráfico 4: Remuneração

Questionados se a remuneração recebida é adequada

ao trabalho realizado, 51% responderam que sua remuneração é

inadequada ao trabalho realizado, pois segundo eles, o volume

de trabalho é grande. 59% responderam que a remuneração é

adequada ao trabalho realizado.

52

Gráfico 5: Desenvolvimento Profissional

Questionados sobre a oportunidade de

desenvolvimento profissional oferecido pela empresa, 21% dos

entrevistados considera que a empresa sempre oferece

oportunidade, 40% considera que quase sempre a empresa

oferece, 30% considera que raramente esta oportunidade é

oferecida e 9% considera que a empresa nunca oferece

oportunidade de desenvolvimento profissional aos

colaboradores. As opiniões se dividem, isso leva a crer que

existem discrepâncias em valores de salários de um setor para

outro.

Gráfico 6: Cooperação entre departamentos

53

Com relação à cooperação entre os departamentos da

empresa, a maioria (80% dos entrevistados) concorda que existe

cooperação entre os departamentos da empresa e 20% considera

que não existe tal cooperação. A cooperação entre departamento

é item importante, especialmente onde existem funções

totalmente diferentes, a exemplo de auxiliares de entrega e

vendedores, onde muitas vezes fica notório o preconceito entre

elas.

Gráfico 7:

Reconhecimento

Questionados se a empresa reconhece os bons

funcionários, 20% considera que sempre, 45% considera que

quase sempre, 26% considera que raramente e 9% considera que a

empresa nunca reconhece os bons funcionários. Esse quesito

precisa se prioridade para a empresa também por ser fator

motivacional.

54

Gráfico 8: Treinamento e

Desenvolvimento

Quanto à treinamento e desenvolvimento,

questionados se a empresa investe em treinamento para que o

funcionário tenha aprendizado contínuo, 32% dos entrevistados

respondeu que a empresa sempre investe em treinamento, 30%

considera que quase sempre, 18% considera que raramente e 20%

considera que a empresa nunca investe em treinamento contínuo

para os colaboradores. É notório que os treinamentos

realizados na empresa são focados exclusivamente para área de

vendas, entretanto toda a empresa deve ser treinado

continuamente para garantir que esteja atualizado.

55

Gráfico 9: Estabilidade no

emprego

Questionados quanto à segurança no emprego, 21%

sente segurança em sua estabilidade, 47% responderam que não

sente segurança quanto à sua estabilidade e 32% não opinaram.

A falta de estabilidade no emprego gera insegurança, o que se

reflete em baixa produtividade, além de disseminar um clima

ruim entre os colaboradores.

Gráfico 10:

Autonomia

56

Questionados se têm liberdade para fazer o trabalho

da forma como considera melhor, 21% se considera com

liberdade, 40% considera que quase sempre tem essa liberdade,

30% considera que raramente têm liberdade e 9% considera que

nunca tem liberdade de realizar seu trabalho como considera

melhor. A empresa precisa dar autonomia aos seus colaboradores

para que os mesmos possam colocar em prática a criatividade,

que como consequência pode trazer novas ideias que sejam

positivas para a mesma.

Gráfico 11: Fatores

Motivacionais

Questionados sobre as principais razões pelas quais

trabalham da empresa, 19% responderam que é pelo salário, 11%

pelos benefícios oferecidos, 5% pela estabilidade no emprego,

20% pelo trabalho que realiza, 9% pelo ambiente de trabalho,

13% pelo prestígio da empresa, 4% pela possibilidade de

desenvolvimento, 5% pelo reconhecimento e 15% pela chance de

progresso profissional.

57

As opiniões são diversas. É possível verificar que

são vários os fatores motivacionais que fazem com que os

funcionários trabalhem na empresa.

Gráfico 11: Fatores

Desmotivacionais

Questionados sobre os fatores que geram mais

insatisfação, 18% responderam que é a falta de reconhecimento,

22% que é falta de estabilidade no emprego, 14% falta de

treinamento, 14% falta de treinamento, 14% sobrecarga de

trabalho, 16% falta de autonomia para execução do trabalho,

11% impossibilidade de crescimento profissional e 5% considera

sua maior insatisfação o salário recebido.

É preciso que a empresa trabalhe os pontos

negativos para sanar os pontos negativos com o propósito de

garantir satisfação ao funcionário e sua consequente

satisfação.

58

9 IDENTIFICAÇÃO DAS FORÇAS E FRAQUEZAS

FORÇAS

Ambiente físico

Relacionamento Interpessoal

Relacionamento com a chefia

Prestígio

Salário de algumas áreas

FRAQUEZAS

Alta Rotatividade

Não possui Programa de Responsabilidade Social

Avaliação de desempenho apenas com a área de vendas

Não possui RH estratégico

Não realiza avaliação do processo seletivo

Não realiza entrevista de desligamento

Treinamento apenas para área de vendas

Não possui programa de capacitação para novos líderes

Não realiza pesquisa de clima organizacional

Não possui Plano de Carreira

59

Não pratica o Endomarketing

Não possui Plano de Cargos e Salários

Não possui Programa de distribuição de lucros

Não possui programa de incentivo à educação

Não tem instituída a Meritocracia

Não possui Programa de Qualidade de Vida e Saúde no

Trabalho

Não realiza Auditoria em Recursos Humanos

Poucas ações motivacionais.

10 IDENTIFICAÇÃO DAS CAUSAS DOS PROBLEMAS

Após análise das informações obtidas a partir dos

questionários e entrevista com a encarregada do setor de

Recursos Humanos, é possível perceber alguns fatores que podem

ser as causas dos problemas da empresa, tais como:

Diferença no tratamento entre área de vendas e

demais setores da empresa, a exemplo da falta

de treinamento para as outras áreas;

Falta de critério para pagamento de salários

da área administrativa;

Falta de ações motivacionais;

60

Sobrecarga de trabalho;

Alta rotatividade.

11 RECOMENDAÇÕES

Diante dos problemas detectados na Checon, sugere-

se as seguintes ações.

Detectar e combater as causas do turnover;

Estruturar Programa de Responsabilidade Social;

Realizar Avaliação de desempenho em todas as áreas da

empresa;

Implementar RH estratégico;

Realizar entrevista de desligamento como forma de

detectar falhas nos processos da empresa;

Elaborar Plano de Treinamento os colaboradores de

todas as áreas da empresa. partindo da identificação

da necessidade de cada área.

Capacitar novos líderes

Realizar periodicamente, pesquisa de clima

organizacional

Criar Plano de Carreira

Praticar o Endomarketing. O funcionário é certamente

o primeiro cliente da empresa;

Criar Plano de Cargos e Salários;

Criar Programa de distribuição de lucros;

Criar programa de incentivo à educação;

Instituir a Meritocracia

61

Elaborar Programa de Qualidade de Vida e Saúde no

Trabalho

Realizar Auditoria em Recursos Humanos

Oferecer mais benefícios, tais como, ticket

alimentação, educação em estabelecimento de ensino

próprio ou de terceiros, compreendendo os valores

relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros

e material didático, participação nos lucros;

Reconhecer o trabalho individual e da equipe (seja

através de elogios, autonomia e títulos).

62

12 CONCLUSÃO

Como foi possível verificar com este trabalho,

gerenciar o Clima Organizacional é uma ação estratégica, já

que a motivação dos colaboradores é atualmente o que comando o

sucesso dos negócios e cabe a área de RH pesquisar e tentar

desenvolver melhorias.

O diagnóstico do clima organizacional da Checon

Distribuidora segundo o questionário aplicado e respondido por

seus colaboradores demonstra certa divisão de opiniões em

todos os quesitos pesquisados, não havendo unanimidade em

nenhuma delas. O que se observa é que apenas o quesito

comunicação com a liderança apresenta uma concordância maior

entre os colaboradores. 75% consideram que a comunicação com a

mesma é adequada.

Ciente de que as insatisfações dos colaboradores

precisam de alguma maneira, ser atendidas, é necessário traçar

plano de ação para mudança de atitude. Assim, esse diagnóstico

deve ser considerado pela gerência administrativa da empresa,

para, a partir dele, colocar em prática as recomendações

feitas, tendo em vista que todas elas têm a finalidade maior

de motivar os colaboradores. E sendo a motivação e o bem estar

dos mesmos, fatores que impactam diretamente nos resultados da

empresa, a empresa não pode ficar alheia aos fatos, pois um

colaborador motivado desenvolve seu trabalho com eficiência e

63

eficácia.

No total foram entregues 75 questionários, que

tinham por objetivo, detectar as percepções da maioria dos

colaboradores, entretanto, foram respondidos apenas 56

questionários, o que se apresenta como uma limitação do

estudo, pois não foi possível obter respostas da maioria como

era pretendido.

Diante dos objetivos que foram propostos, a

pesquisa de Clima permitiu identificar os fatores relevantes

na relação do indivíduo com a organização, através dos

resultados obtidos em resposta ao questionário aplicado.

Assim, os resultados obtidos na pesquisa realizada foram

satisfatórios, tendo em vista que conseguiu identificar que as

variáveis pesquisadas requerem ações de melhoria.

É a partir das pesquisas de clima organizacional

que as empresas conseguem melhorar as relações entre os

colaboradores no trabalho e elaborar projetos a partir das

insatisfações dos próprios colaboradores, fazendo com que eles

sintam-se realmente parte integrante da organização.

13 REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, Idalberto.   Iniciação a administração geral.   3

ed. Barueri: Manole, 2009. 147p.

Baccaro, Thays Accioly. Comunicação, Clima e Cultura

Organizacional: RH/Thais Accioly Baccaro. – São Paulo: Pearson

Prentice Hall, 2009.

64

RICIERI, Marilucia. Gestão por Competências: recursos

humanos/Marilucia Ricieri. – São Paulo: Pearson Education do

Brasil, 2009.

DUCCI, Larissa Zamariam. Gestão de Pessoas II: administração

VI/Larisssa Zamarian Ducci, Sara Maria de Melo Elgenneni. –

São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

SILVA, Mônica Maria. Gestão de Pessoas: RH/Mônica Maria Silva.

– São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009

14 ANEXO

Questionário

65

1. Você se sente satisfeitos em relação ao volume de trabalho que realiza?

2. O seu trabalho lhe dá o sentimento de realização profissional?

3. Como ocorre a comunicação do líder na empresa?

4. Você considera sua remuneração adequada ao trabalho que realiza?

5. A empresa oferece oportunidade para seu desenvolvimento ecrescimento profissional?

6. Existe relacionamento de cooperação entre os departamentos da empresa?

7. A empresa reconhece os bons funcionários?

8. A empresa investe em treinamento para execução do seu cargo?

9. Você se sente seguro em relação à estabilidade no emprego?

10. Você tem liberdade para fazer o seu trabalho da forma como considera melhor?

11. Indique as principais razões pelas quais vocêtrabalha na empresa.

12. Indique os principais fatores que geram mais insatisfação no seu trabalho.

66


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