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Antigo Testamento e o Messias

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7/27/2019 Antigo Testamento e o Messias http://slidepdf.com/reader/full/antigo-testamento-e-o-messias 1/46 Antigo Testamento Sobre o Messias  Bispo Alexander (Mileant). Traduzido por Olga Dandolo  Conteúdo : Introdução. Observações sobre as profecias Messiânicas . Profecias nos livros de Moisés. Profecias do rei Daví. Profecias de Isaías. O Sofrimento do Messias . Ressurreição Do Messias. As Profecias de Daniel . Os Últimos e "Menores" Profetas . Espera da Vinda do Messias Realização das Profecias do Antigo Testamento Noções falsas sobre o Messias . No Suplemento: Profecias sobre a Igreja e dos Tempos do Novo Testamento. Duas Páscoas. A Conversão Próxima do povo judeu para Cristo . O Indicador das Profecias Messiânicas: a) pelo conteúdo; b) pelos autores em ordem cronológica .  Introdução O tema central dos livros sagrados do Antigo Testamento é a chegada do Messias e o estabelecimento do Reino de Deus entre os povos. Nós aqui juntamos profecias importantíssimas do Antigo Testamento, sobre o Messias, o Salvador do Mundo, no intuito de podermos conversar sobre seu conteúdo e podermos mostrar como estas  profecias se realizaram no Senhor Jesus Cristo e na Igreja do Novo Testamento. A despeito de sua imensa antigüidade, as profecias do Antigo Testamento não perderam em nada sua atualidade. Elas ajudam aos fiéis a entenderem melhor e mais profundamente a sua fé. Aos descrentes elas atuam como provas da existência de Deus e de Sua  participação na vida das pessoas. Só o fato dos profetas, há muitas centenas e milhões de anos terem feito profecias tão detalhadas a respeito do futuro, provam que Deus falava através deles. Para os judeus que acreditam em Deus e que estão à procura da verdade, nós esperamos que esta brochura possa ajudar a entender com mais clareza as Escrituras de seus gloriosos antepassados e a perceber, Quem, juntamente com os Profetas, é o tão longamente esperado Rei e Salvador.
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Antigo Testamento

Sobre o Messias 

Bispo Alexander (Mileant).

Traduzido por Olga Dandolo

 

Conteúdo: Introdução. Observações sobre as profecias Messiânicas. Profecias nos livros de Moisés. Profecias do rei Daví. Profecias de Isaías. O Sofrimento do Messias. A Ressurreição Do Messias. As Profecias de Daniel. Os Últimos e "Menores" Profetas. A Espera da Vinda do Messias. Realização das Profecias do Antigo Testamento. Noções falsas sobre o Messias. No Suplemento: Profecias sobre a Igreja e dos Tempos do Novo  Testamento. Duas Páscoas. A Conversão Próxima do povo judeu para Cristo. O Indicador das Profecias Messiânicas: a) pelo conteúdo; b) pelos autores em ordem cronológica.

 

Introdução

O tema central dos livros sagrados do Antigo Testamento é a chegada do Messias e oestabelecimento do Reino de Deus entre os povos. Nós aqui juntamos profeciasimportantíssimas do Antigo Testamento, sobre o Messias, o Salvador do Mundo, nointuito de podermos conversar sobre seu conteúdo e podermos mostrar como estas

 profecias se realizaram no Senhor Jesus Cristo e na Igreja do Novo Testamento.

A despeito de sua imensa antigüidade, as profecias do Antigo Testamento não perderamem nada sua atualidade. Elas ajudam aos fiéis a entenderem melhor e mais profundamentea sua fé. Aos descrentes elas atuam como provas da existência de Deus e de Sua

 participação na vida das pessoas. Só o fato dos profetas, há muitas centenas e milhões deanos terem feito profecias tão detalhadas a respeito do futuro, provam que Deus falavaatravés deles. Para os judeus que acreditam em Deus e que estão à procura da verdade,nós esperamos que esta brochura possa ajudar a entender com mais clareza as Escriturasde seus gloriosos antepassados e a perceber, Quem, juntamente com os Profetas, é o tão

longamente esperado Rei e Salvador.

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Além disso, a realização das profecias do Antigo Testamento, no Senhor Jesus Cristo,conforme veremos, exclui a possibilidade de outro messias, O Verdadeiro Messias só

 pode ser um - Ele já chegou. Todos outros pretendentes a este título, no passado e nofuturo, são impostores, enganadores, "lobos em pele de cordeiro." O último falso-messias,que virá antes do fim do mundo, será o Anticristo. De acordo com as profecias dos antigosProfetas e Apóstolos, muitas pessoas irão acreditar nele, como um líder genial e"salvador" da humanidade. Mas ele proporcionará ao mundo apenas aflição e destruição.

 

Observações Sobre as

Profecias Messiâncias

Os livros do Antigo Testamento, conforme poderemos observar, são repletos de profecias sobre o Messias e Seu Reino abençoado. A meta das profecias do AntigoTestamento era preparar os judeus, e através deles toda humanidade, para a vinda doSalvador do mundo, para que no tempo de Sua chegada, Ele pudesse ser reconhecido eeles acreditassem Nele. Entretanto, a tarefa dos profetas era difícil por diversas razões.Em primeiro lugar, o Messias deveria ser não apenas um grande homem, mas ao mesmotempo ser Deus, ou - Deus-Pessoa. Por esta razão para os profetas estava iminente a tarefade descobrir a natureza Divina do Messias, mas de tal forma que não houvesse pretexto

 para o politeísmo, para o qual os antigos eram tão inclinados, inclusive os judeus.

Em segundo lugar, os profetas tinham que mostrar que a tarefa do Messias consistiria nãoapenas no aperfeiçoamento das condições exteriores de vida: na extinção das doenças,morte, pobreza, desigualdade social, crimes, etc... Porém a meta de vinda Dele ao mundo- primeiramente seria para ajudar as pessoas a se livrarem do mal interno - pecado e

 paixões - e mostrar o caminho para Deus. Realmente o mal físico é apenas resultado domal moral - depravação pecaminosa. Se você não limpar direito uma ferida, não adiantarácolocar uma pela sã para curá-la. Por esta razão o Messias deveria começar salvando as

 pessoas através da exterminação do mal pela raiz - na alma da pessoa. Sem isto nenhuma

mudança externa, artificial e coagida nas condições de vida não poderia proporcionar felicidade à humanidade.

Mas o renascimento espiritual é impossível sem a participação voluntária e ativa da própria pessoa. É daqui que provém toda a dificuldade das obras do Messias: é precisosalvar a pessoa através de sua participação voluntária! Desde que é dada à pessoa aliberdade de escolha entre o bem e o mal, então sucede que a felicidade universal torna-seimpossível enquanto os justos e os pecadores estiverem juntos. No final das contas deveráacontecer uma seleção entre um e outro. Somente após a interferência de Deus no destinoda humanidade, o julgamento universal e a seleção, poderão começar para os renascidos

espiritualmente, uma nova vida, na qual dominarão a alegria, paz, imortalidade e outras

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 bençãos. As profecias do Antigo Testamento envolvem todos os lados deste longo ecomplicado processo físico associado à vinda do Messias.

É claro que nem todas as pessoas durante os tempos do Antigo Testamento podiam chegar a um entendimento claro a respeito do objetivo da vinda do Messias. Por esta razão Deus,através de Seus profetas, gradualmente revelou a identidade do Messias e a organizaçãode Seu Reino conforme as pessoas alcançavam degraus mais altos usando experiênciaespiritual de gerações anteriores. O período das profecias messiânicas abrange muitosmilênios - começando por "Adão e Eva" e se prolongando até os tempos próximos à vindado Senhor Jesus Cristo no início de nossa era.

 Nos livros do Antigo Testamento pode-se enumerar várias centenas de profecias arespeito do Messias e Seu Reino abençoado. Elas estão espalhadas por quase todos oslivros do Antigo Testamento, começando com os Cinco Livros de Moisés e terminando

com os últimos profetas Zacarias e Malaquias. Os que mais escreveram sobre o Messiasforam: o profeta Moisés, rei Daví, os profetas Isaías, Daniel e Zacarias. Aqui, nósmencionaremos apenas as profecias mais importantes e sublinharemos os pensamentosnelas abordados. Colocando estas profecias, principalmente em ordem cronológica, nósveremos como elas aos poucos revelavam aos judeus novos e novos dados sobre a vindado Messias: sobre Sua natureza de Deus-Pessoa, sobre Seu caráter e curso de ações, sobremuitos detalhes de Sua vida. Às vezes as profecias messiânicas conservam símbolos ealegorias. Conversaremos a este respeito no decorrer do estudo das profecias.

Com freqüência os profetas em suas visões proféticas confrontam acontecimentos

separados um do outro por muitos século e até milênios. Aqueles que lêem as escritas dos profetas devem se acostumar a olhar para os acontecimentos na perspectiva multi-secular,na qual simultaneamente é mostrado o começo, meio e fim de um processo espirituallongo e complexo.

A palavra "Messia" (Meshia) - é hebraica e significa "aquele que unge," ou seja, ungido pelo Espírito Santo. Traduzindo para o grego, escreve-se "Christos." Na antigüidade eramdenominados de ungidos os reis, profetas e padres de alta hierarquia, pois, durante aordenação a essas posições era derramado óleo abençoado sobre suas cabeças, comosímbolo da graça do Espírito Santo, o qual eles recebiam para realizarem com êxito osserviços impostos. Na qualidade do próprio nome, "Messias" sempre era referido pelos

 profetas a um "Ungido de Deus" especial, o Salvador do mundo. Nós iremos aplicar osnomes Messias, Cristo e Salvador, tendo em vista Um só Ser.

 

As Profecias

Nos Livros de Moisés

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O profeta Moisés, que viveu 1.500 anos A.C., registrou em seus livros as profecias maisantigas sobre o Salvador do mundo, as quais no decorrer de muitos milênios foramguardados nas tradições orais dos judeus. Adão e Eva ouviram a primeira profecia sobre oMessias ainda no Éden, logo depois de terem comido o fruto proibido. Então Deus disseao diabo, que tomou a aparência de cobra: "Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tuadescendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar"  (Gen. 3:15).Com estas palavras Deus julgou o diabo, consolou nossos pais-antepassados com a

 promessa de que jamais um Descendente da mulher abaterá "a cabeça" da própria cobra-diabo, a qual os seduziu. Mas, diante disto o Próprio Descendente da mulher sofrerá pelacobra, a qual irá como que "ferir Seu calcanhar," ou seja, irá Lhe proporcionar sofrimentos físicos. Notável ainda nesta primeira profecia é a nomenclatura do Messiascomo "Semente da mulher," o que aponta para o Seu extraordinário nascimento daMulher, Que irá conceber do Messias sem a participação do marido. A ausência do pai

físico deriva do fato que nos tempos do Antigo Testamento os descendentes eram sempreidentificados paternalmente e não maternalmente. A profecia a respeito do nascimentoextraordinário do Messias confirma-se mais tarde com a profecia de Isaias (7:14), arespeito da qual nós ainda conversaremos. Pelo testemunho dos targumos de Onkelos e deJonatas (antigas interpretações das narrações dos livros de Moisés), os judeus sempreatribuíam ao Messias a profecia da Semente da mulher. Concretizou-se esta profecia,quando o Senhor Jesus Cristo sofreu com Seu corpo na Cruz, derrotou o demônio - essa"primitiva serpente," ou seja, arrebatou dele qualquer domínio sobre a raça humana.

A Segunda profecia sobre o Messias também encontra-se no livro de Gênesis e fala sobre

a benção que se estenderá Dele sobre todas as pessoas. Isto foi dito a Abraão, quando elecom sua boa vontade oferecendo em sacrifício seu único filho Isaac demonstrou suaextrema devoção e obediência a Deus. Aí então, Deus, através de um Anjo prometeu aAbraão: " ...e todas as nações da terra desejarão ser benditas como ela, porqueobedeceste à minha voz" (Gen. 22:18).

 No texto original desta profecia a palavra "Semente" está no singular, indicando com isto,Que nesta promessa a questão refere-se não a muitos e sim apenas a um únicoDescendente, de Quem a benção se estenderá sobre todas as pessoas. Os judeus sempreatribuíam esta profecia ao Messias, compreendendo-a, porém, no sentido de que a bençãodeverá se estender principalmente sobre povos escolhidos. No sacrifício, Abraão era o

 protótipo de Deus Pai e Isaac - era do Filho de Deus, que iria sofrer na Cruz. Este paraleloé mencionado no Evangelho, onde é dito: "Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo,que lhe deu Seu Filho único, para que todo o que Nele crer, não pereça, mas tenha a vidaeterna" (Joã. 3:16). A importância desta profecia sobre a benção de todas nações daDescendência de Abraão se evidencia no fato de que Deus confirmou Sua promessa comum juramento.

A terceira profecia sobre o Messias foi pronunciada pelo patriarca Jacó, neto de Abraão,

quando antes de sua morte abençoou seus 12 filhos e predisse o futuro destino dos seusdescendentes. Para Judá ele predisse: "Não se apartará o cetro de Judá, nem o bastão de

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comando dentre seus pés, até que venha aquele a quem pertence por direito, e a quemdevem obediência os povos" (Gen. 49:10). Pela tradução dos 70 intérpretes, esta profeciatem a seguinte alternativa: "até que não chegue Aquele, a Quem é determinado vir comcerteza e Ele será a esperança das nações." O cetro simboliza o poder. O sentido desta

 profecia está em que os descendentes de Judá terão seus próprios líderes e legisladores atéo tempo em que vier o Messias, aqui denominado como Conciliador. A palavra"Conciliador" revela um novo traço na característica de Suas atividades: Ele irá eliminar ahostilidade entre as pessoas e Deus, surgida em conseqüência do pecado (a respeito daeliminação da hostilidade entre o céu e a terra os Anjos cantavam, quando Cristonasceu: "Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, abjetos dabenevolência Divina" (Luc. 2:14)).

O Patriarca Jacó viveu dois mil anos antes do Nascimento de Cristo. O primeiro chefe datribo de Judá foi o Rei Daví, descendente de Judá que viveu mil anos antes do nascimento

de Cristo. Começando por ele a tribo de Judá teve seus reis, e depois, após o cativeiro daBabilônia, teve seus chefes até os tempos de Herodes o Grande, o qual subiu ao trono naJudéia no ano 47 antes do Nascimento de Cristo. Herodes era de origem idumeana, edurante seu reinado os chefes do povo da tribo de Judá perderam completamente seudomínio civil. O Senhor Jesus Cristo nasceu no final do reinado de Herodes.

 Neste ponto torna-se oportuno mencionar um fragmento histórico que se encontra na"Mishnah," uma das partes mais antigas do Talmud, onde é dito que os membros doSenedrion, quando lhes foi tirado o direito da justiça criminal, mais de 40 anos antes dadestruição do Templo (no 30o ano do nascimento de Cristo), vestindo farrapos e

arrancando os cabelos, clamaram: "Desgraça para nós, desgraça para nós: já faz tempoque o rei de Judá empobreceu, e o Messias prometido ainda não veio!" É claro que elesse expressavam desta maneira por não terem reconhecido em Jesus Cristo o Pacificador, arespeito do Qual o patriarca Jacó profetizou.

É preciso dizer que como no decorrer de dois mil anos a tribo de Judá perdeu todaautoridade civil, e os próprios judeus, como unidade tribal, há muito tempo se misturaramem sangue com outras tribos hebréias, então aplicar a profecia dada por Jacó aos novoscandidatos ao título messiânico - é totalmente impossível.

A profecia seguinte sobre o Messias representada por uma estrela, nascida da tribo deJacó, foi pronunciada pelo profeta Balaão, contemporâneo do profeta Moisés, a mais de1500 anos antes do Nascimento de Cristo. Os príncipes de Moab convidaram o profetaBalaão para que ele amaldiçoasse o povo hebreu, que ameaçava invadir suas terras. Os

 príncipes tinham a esperança de que a maldição do profeta os ajudasse a obter a vitóriasobre os israelitas. O profeta Balaão, vendo do alto de uma montanha o povo hebreu seaproximando, numa visão profética também viu a longínqua Descendência deste povo.Em êxtase espiritual, em vez de amaldiçoar, Balaão exclamou: "Eu O vejo, mas não é

 para agora, percebo-O, mas não de perto: um astro sai de Jacó, um cetro levanta-se de

 Israel, que fratura a cabeça de Moab, o crânio dessa raça guerreira" (Num. 24:17). Aestrela e o bastão indicam simbolicamente a significação dirigente e hierárquica do

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administrou o povo judeu mais de 1000 anos A.C. Nestas novas profecias revela-se omérito Real e Divino de Cristo. Deus promete a Daví, através dos lábios do profeta Natã,estabelecer o Reino Eterno no Personagem de Seu Descendente: "É Ele que Meconstruirá uma casa e firmarei Seu trono para sempre. Serei para Ele um Pai, e Ele será

 para Mim um Filho" (1 Cron. 17:12-13).

Esta profecia sobre o Eterno Reino do Messias tem um paralelo com uma série de profecias, a respeito das quais é necessário falarmos mais detalhadamente. Para poder entender e valorizar o significado destas profecias torna-se indispensável, nem que sejaapenas em resumo, ir se familiarizando com a vida do rei Daví. Afinal o rei Daví tendosido ungido por Deus como rei e profeta, foi o protótipo do Rei Maior e Profeta - Cristo.

Daví era o filho mais novo de uma numerosa família de um pastor pobre, Jessé. Quando o profeta Samuel enviado de Deus entrou na cada de Jessé, afim de consagrar um rei para

Israel, ele pensava em consagrar um dos filhos mais velhos. Porém o Senhor revelou ao profeta que o filho mais novo, ainda um garoto, Daví, foi escolhido por Ele para este altoserviço. Então, obedecendo a Deus, Samuel derrama bálsamo sagrado sobre a cabeça dofilho mais novo, realizando com isto a unção para o reinado. Desde então Daví torna-se oUngido de Deus, o Messias. Porém Daví não começa a reinar imediatamente. Ele aindatem um longo caminho de provações e perseguições injustas por parte do então dirigenterei Saul que tinha ódio de Daví. O motivo deste ódio era a inveja, pois, Daví quandomenino venceu o até então invencível filisteu gigante Golias, ferindo-o de morte com uma

 pequena pedra e dando com isto a vitória ao exército hebreu. Depois disto o povodizia: "Saul matou seus milhares, e Daví seus dez milhares" (1 Sam. 18:7). Somente a

grande fé em Deus-Intercessor ajudou Daví a suportar todas as numerosas perseguições e perigos aos quais ele era sujeitado por parte de Saul e seus súditos no decorrer de 15 anos.Freqüentemente, vagando durante mêses por um deserto selvagem e impenetrável o reiDaví desafogava sua tristeza a Deus em salmos inspirados. Com o tempo, os salmos deDaví tornaram-se parte essencial e de embelezamento nos ofícios religiosos tanto doAntigo como do Novo Testamento.

Tendo subido ao trono em Jerusalém, após a morte de Saul, o rei Daví tornou-se o maisnotável rei jamais visto regendo Israel. Ele reunia em sí muitas qualidades valiosas: o

amor pelo povo, a justiça, a sabedoria, a coragem e, o mais importante, - uma forte fé emDeus. Antes de decidir qualquer questão estatal, o rei Daví rezava a Deus fervorosamente, pedindo compreensão. O Senhor ajudava Daví em tudo e abençoou seus 40 anos dereinado com enormes sucessos, tanto na política interna como na externa.

Porém Daví não escapou de severas provações. Sua maior mágoa era a sublevação militar,encabeçada por seu próprio filho Absalão, que sonhava precocemente tornar-se rei. Nestecaso Daví vivenciou todo o amargor da ingratidão infame e traição de muitos dos seussúditos. Mas, assim como antes, nos tempos de Saul, a fé e a esperança em Deus ajudarama Daví. Absalão morreu ingloriosamente, embora Daví tenha se empenhado em salvá-lo

de todas maneiras. Ele também perdoou os outros rebeldes. Depois Daví representouclaramente em seus salmos Messiânicos a absurda e pérfida revolta de seus inimigos.

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Preocupando-se com o bem estar material de seu povo, Daví dava muita importância àvida espiritual dele. Com freqüência ele encabeçava comemorações religiosas, trazendosacrifícios a Deus pelo povo hebreu e compondo seus inspirados hinos religiosos - ossalmos. Sendo rei e profeta e também em dimensão conhecida, padre, o rei Daví tornou-se"o protótipo" (modelo), exemplo do grandioso Rei, Profeta e Sumo Sacerdote - CristoSalvador, descendente de Daví. A experiência pessoal do rei Daví, e também o Dom

 poético que ele possuía, lhe deram a possibilidade de descrever a personalidade e a açãodo futuro Messias na série inteira de salmos, com clareza e vivacidade ímpares. Assim,em seu 2o salmo o rei Daví profetiza a hostilidade e revolta contra o Messias por parte deSeus inimigos. Este salmo está escrito na forma de um diálogo entre três entidades: Daví,Deus Pai e o Filho de Deus, ungido pelo Pai para o Reino. Eis aqui as principais

 passagens deste salmo:

Rei Daví: " Por que tumultuam as nações? Por que tramam os povos vãs conspirações?

 Erguem-se, juntos, os reis da terra, e os príncipes se unem para conspirar contra oSenhor e contra Seu Ungido." 

Deus Pai: " Eu ungí o Meu Rei em Sião, Minha montanha é santa." 

Filho de Deus: "Vou publicar o decreto do Senhor: disse-Me o Senhor: "Tu és Meu Filho, Eu hoje Te gerei"." 

Rei Davi: "Serví ao Senhor, para que Ele não Se irrite e não pereçais em seuscaminhos" (1-2, 6-7 e 11).

O mais marcante neste salmo é a verdade, revelada aqui pela primeira vez, que o Messiasé o Filho de Deus. O Monte Sião, sobre o qual estavam o templo e a cidade de Jerusalém,simboliza o Reino do Messias - a Igreja.

A respeito da Santidade do Messias, Daví narra ainda em vários salmos subsequentes. Por exemplo, no salmo 44 Daví referindo-se ao Messias, exclama: "Vosso trono, ó Deus, éeterno, de equidade é vosso cetro real. Amais a justiça e detestais o mal, pelo que oSenhor, vosso Deus, Vos ungiu com óleo de alegria, preferindo-Vos aos Vossos iguais" ( vers. 7-8).

Revelando a diferença entre as Faces em Deus, entre Deus que unge e Deus ungido, a profecia dada aproximava um fundamento para a fé na Tríade (que possuía as três Facesde Deus).

O salmo 39 mostra a insuficiência de sacrifícios, no Antigo Testamento, para remissão(perdão) dos pecados humanos e testemunha sobre os próximos sofrimentos do Messias.

 Neste salmo o Próprio Messias fala através dos lábios de Daví:

"Não vos comprazeis em nenhum sacrifício, em nenhuma oferenda, mas Me abristes osouvidos, não desejais holocausto nem vítima de expiação. Então Eu disse: "Eis que

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venho; no rôlo do livro, está escrito em Mim: Fazer Vossa vontade, meu Deus" ( Sal. 39:7-10).

Sobre o sacrifício redentor do Messias haverá um capítulo especial. Aqui apenasmencionamos que, de acordo com o Salmo 109, o Messias não é apenas o Sacrifício mastambém o Sacerdote oferecendo sacrifício a Deus - a Sí Mesmo. No salmo 109 repetem-seos pensamentos fundamentais do salmo 2 sobre a Divindade do Messias e a hostilidadecontra Ele. Mas, mencionam-se diversas informações novas, como por exemplo, onascimento do Messias, Filho de Deus, e retratado como um acontecimento pré-eterno.Cristo - é eterno, assim como Seu Pai.

"O Senhor (Deus Pai) disse ao meu Senhor (Messias): senta-Te à Minha direita, até que Eu coloque Teus inimigos aos Teus pés... do ventre do amanhecer: Tu tens o orvalho daTua juventude. O Senhor jurou e não Se arrependeu. Tu és o sacerdote, eternamente

 segundo a ordem de Melquisedec" (Conforme explica o Apóstolo Paulo, Melquisedec erao protótipo do Filho de Deus, o eterno sacerdote. Veja Heb. 7 e Gen. 14:18).

As palavras "do ventre" não significam que Deus tenha orgãos semelhantes aos dos sereshumanos; elas significam que o Filho de Deus possui uma só essência com Deus Pai. Aexpressão "do ventre" precisava acabar com a tentação de entender a denominaçãoalegórica de Cristo como Filho de Deus.

O salmo 71 apresenta-se como hino de louvor ao Messias. Nele vemos o Messias em SuaGlória total. Esta Glória deverá se cumprir no final dos tempos, quando o Reino

Messiânico irá triunfar e o mal será exterminado. Eis alguns versículos deste salmo cheiode alegria.

"Todos os reis O hão de adorar, hão de serví-Lo todas as nações. Porque Elelivrará o infeliz que O invoca, e o miserável que não tem amparo... Seu nome seráeternamente bendito, e durará tanto quanto a luz do sol. Nele serão abençoadastodas as tribos da terra, bem-Aventurado O proclamarão todas as nações" (Sal.71:11-12-17).

 No suplemento, o Reino do Messias será relatado mais detalhadamente. No momento,

 para que o leitor possa Ter uma idéia de quão vastas e detalhadas são as profecias sobre oMessias nos salmos, citamos a lista destas profecias na ordem de seu conteúdo: sobre avinda do Messias - salmos 17, 49, 67, 95-97. Sobre o Reino do Messias - 2, 17, 19, 20, 45,65, 71, 109, 131. Sobre o Sacerdócio do Messias - 109. Sobre os sofrimentos, morte eressurreição do Messias - 16, 21, 30, 39, 40, 65, 68, 98. Nos salmos 40, 50 e 108 - arespeito da traição de Judas. A respeito da ascensão de Cristo aos Céus - 68. Cristo - afundação da Igreja - 117. Sobre a Glória do Messias - 8. A respeito do julgamento final -96. Sobre a herança paz eterna dos justos - 94.

Para poder entender os salmos proféticos, é preciso lembrar-se de que tanto Daví, comooutros grandes homens justos do Antigo Testamento, representavam o protótipo de Cristo.

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É por esta razão que freqüentemente, quando Daví escreve na primeira pessoa, como sefalasse de sí próprio, por exemplo sobre o sofrimento (no salmo 21) ou sobre a glória (arespeito da ressurreição dos mortos no salmo 15), ele na realidade se refere ao Cristo. Ossalmos 15 e 21 serão mencionados mais detalhadamente no 5o Capítulo.

Deste modo, as profecias messiânicas de Daví, inscritas em seus salmos divinamenteinspirados, colocaram fundamentos para a fé no Messias como o verdadeiro e único Filhode Deus, Rei, Sacerdote Maior e Redentor da humanidade. A influência dos salmos no fédos hebreus do Antigo Testamento era especialmente grande graças ao amplo empregodos salmos na vida particular e religiosa do povo hebreu.

 

As Profecias

De Isaias

Conforme nós já mencionamos, os profetas do Antigo Testamento tinham a grandemissão de manter o povo hebreu na fé do Único Deus, e preparar o terreno para a fé nofuturo Messias, como Pessoa, possuindo, além da natureza humana também a naturezaDivina. Sobre a Divindade de Cristo os profetas deveriam se referir de tal modo que oshebreus não entendessem como em termos pagãos, no sentido de politeísmo. Por estarazão os profetas do Antigo Testamento revelavam gradualmente o segredo da Divindadedo Messias, de acordo com a confirmação da fé do povo hebreu em Deus Uno.

O rei Daví foi o primeiro a profetizar sobre a Divindade de Cristo. Depois dele houve umintervalo de 250 anos nas profecias, e o profeta Isaías, que viveu há 7 centenários antes donascimento de Cristo, iniciou uma nova série de profecias a respeito de Cristo, as quaisdescortinavam Sua natureza Divina com grande evidência.

Isaías destacou-se como o profeta mais proeminente do Antigo Testamento. O livroescrito por ele, contém uma quantidade tão grande de profecias sobre Cristo e sobre

acontecimentos no Novo Testamento, que muitos chamam Isaías de "Evangelista doAntigo Testamento." Isaías profetizava dentro dos limites de Jerusalém durante o reinadodos reis dos judeus. Ozias, Acaz, Ezequias e Menassés. Na época de Isaías aconteceu aderrota do reino Israelense em 722 A.C., quando o rei Sargon da Assíria manteve o povohebreu que ocupava Israel, em cativeiro. O império judeu manteve-se ainda por 135 anosapós esta tragédia. O profeta Isaías sofreu martírios durante o império de Manassés, tendosido serrado com serrote de madeira. O livro de Isaías destaca-se pelo elegante idiomahebráico e possui altos méritos literários, o que pode ser sentido até mesmo nas traduçõesde seus livros em diferentes idiomas.

O profeta Isaías também escreveu a respeito da natureza humana de Cristo, e nósaprendemos dele que Cristo deveria nascer de maneira milagrosa, de uma Virgem : "Por 

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isto, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma Virgem conceberá e dará à luz um Filho, eO chamará Emanuel, o que significa: Deus Conosco" (Isa. 7:14). Esta profecia foi dita aorei Acaz com intuito de lhe assegurar que ele e sua casa não serão destruídos pelos reis daAssíria e de Israel. Ao contrário, a intenção de seus inimigos não se cumprirá, e um dosdescendentes de Acaz será o Messias prometido, o Qual irá nascer de maneira milagrosade uma Virgem. Como Acaz era descendente do rei Daví, esta profecia confirma a

 profecia anterior que diz que o Messias surgirá da geração do rei Daví.

 Nas profecias seguintes Isaías revela novos detalhes a respeito da Criança miraculosa, aQual nascerá de uma Virgem. Assim, no 8o capítulo Isaías escreve que o povo de Deusnão deve temer as intrigas de seus inimigos, pois seus planos não se realizarão:" Aprendei-o povos, e ficareis consternados, porque Deus está conosco (Emanuel)" (Isa:8:9-10). No capítulo seguinte Isaías fala das características da Criança Emanuel "porqueum Menino nos nasceu, um Filho nos foi dado; a soberania repousa sobre Seus ombros, e

 Ele Se chama: Conselheiro admirável, Deus dor, Pai Eterno, Príncipe da Paz"  (Isa. 9:5).O nome Emanuel, assim como outros nomes dados aqui à Criança, não aparecem comonomes próprios, mas é claro que indicam as características de Sua Natureza Divina.

Isaías predisse a respeito da pregação do Messias na parte norte da Terra Santa, nosdistritos das tribos de Zabulon e de Neftali, que era chamada de Galiléia "No passadohumilhou a terra de Zabulon e Neftali; mas no futuro, tornará glorioso o caminho domar, o Além-Jordão e o território das nações. O povo que andava nas trevas viu uma

 grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu umaluz" (Isa. 9:1). Esta profecia é mencionada pelo Evangelista Matheus, quando descreve o

sermão de Jesus Cristo, nesta parte da Terra Santa, a qual era particularmente ignorante nareligiosidade (Mat. 4:16). Nas Sagradas Escrituras a luz é o símbolo do conhecimentoreligioso; a verdade.

 Nas profecias mais tardias Isaías não raramente chama o Messias por mais outro nome -Rebento. Este nome simbólico confirma profecias anteriores sobre o nascimentomilagroso e incomum do Messias, especificamente, que ocorrerá sem a participação dohomem, igual ao ramo, sem semente, brota diretamente da raiz da planta. "Um renôvo

 sairá do tronco de Jessé, (assim era chamado o pai de Daví) e um rebento brotará de

 suas raízes. Sobre Ele repousará o Espírito do Senhor, Espírito de Sabedoria e deentendimento, Espírito de prudência e de coragem, Espírito de ciência e de temor doSenhor" ( Isa. 11:1-2). Aqui Isaías prediz sobre a unção de Cristo com as sete dádivas doEspírito Santo, ou seja, com toda a graça do Espírito, o que sucedeu no dia de Seu batismono rio Jordão.

Em outras profecias, Isaías fala a respeito dos atos de Cristo e Suas qualidades, principalmente, sobre Sua misericórdia e humildade. A profecia abaixo traz as palavras deDeus Pai: "Eis Meu Servo que Eu amparo, Meu eleito ao Qual dou toda Minha afeição,

 faço repousar sobre Ele Meu espírito, para que leve às nações a verdadeira religião. Ele

não grita, nunca eleva a voz, não clama nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, nãoextinguirá a mecha que ainda fumega" (Isa. 42:1-3). Estas últimas palavras dizem sobre a

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imensa paciência e condescendência com as fraquezas humanas, com as quais Cristo irátratar as pessoas arrependidas e destituídas. Tal profecia foi pronunciada por Isaías poucomais tarde, falando em nome do Messias: "O espírito do Senhor repousa sobre Mim,

 porque o Senhor consagrou-Me pela unção; enviou-Me a levar a boa nova aos humildes,

curar os corações doloridos, anunciar aos cativos a redenção, aos prisioneiros aliberdade, proclamar um ano de graças da parte do Senhor, um dia de vingança de nosso Deus; consolar todos os aflitos" (Isa. 61:1-2). Estas palavras determinam precisamente oobjetivo da vinda do Messias: curar os males espirituais das pessoas.

Além das doenças espirituais, Cristo curaria também os males físicos, conforme Isaías predisse: "Então se abrirão os olhos do cego, e se desimpedirão os ouvidos dos surdos;então o coxo saltará como um cervo, e a língua do mudo dará gritos alegres. Porqueáguas jorrarão no deserto e torrentes na estepe" (Isa. 35:5-6). Esta profecia realizou-sequando o Senhor Jesus Cristo, pregou o Evangelho, curou milhões de pessoas com

diversas doenças, os cegos de nascença e os possessos. Com Seus milagres Ele atestou averdade de Seus ensinamentos e Sua unidade com Deus Pai.

Pelos planos de Deus a salvação das pessoas deveria se realizar no Reino do Messias. EsteReinado abençoado dos fiéis era às vezes comparado pelos profetas a uma construçãoharmoniosa (veja no apêndice a profecia do Reino do Messias). O Messias sendo, de umlado, o fundador do Reino de Deus, e por outro lado, fundamento da fé verdadeira, édenominado pelos profetas de Pedra, ou seja, a fundação sobre a qual está edificado oReino de Deus. Esta nomenclatura do Messias nós encontramos na seguinte

 profecia: "Assim diz o Senhor Deus: Eu coloquei em Sião uma pedra, um bloco escolhido,

uma pedra angular preciosa, de base, quem confiar Nela não tropeçará"  (Isa. 28:16).Sião era o nome da montanha (colina), sobre a qual erguia-se o templo e a cidade deJerusalém.

É admirável que nesta profecia a importância da FÉ no Messias é enfatizada pela primeiravez: "Quem confiar Nele não tropeçará!"  No salmo 117, escrito já depois de Isaías, émencionado a respeito Desta Pedra: "A pedra rejeitada pelos arquitetos, tornou-se pedraangular. Isto foi obra do Senhor, é um prodígio aos nossos olhos"  (Sal. 117:22-23, vejatambém Mat. 21:42). Ou seja, apesar de que os "construtores" - pessoas que estão na

direção do poder, rejeitaram Esta Pedra, mesmo assim Deus O colocou como fundação deuma estrutura abençoada - a Igreja.

A próxima profecia suplementa as profecias anteriores, nas quais fala-se do Messias comoConciliador, e as bençãos históricas não apenas aos hebreus, mas também para todas asnações: "Não basta que sejas Meu servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os

 fugitivos de Israel; vou fazer de tí a luz das nações, para propagar Minha salvação até osconfins do mundo" (Isa. 49:6).

Mas não obstante a imensa luz espiritual emanando do Messias, Isaías previu que nem

todos os judeus verão esta luz por motivo de sua insensibilidade espiritual. Eis o que o profeta escreve a este respeito: "Escutai, sem chegar a compreender, olhai, sem chegar a

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ver. Obceca o coração desse povo, ensurdece-lhes os ouvidos, fecha-lhes os olhos, demodo que não veja nada com seus olhos, não ouça nada com seus ouvidos, nãocompreenda nada com seu espírito e não se cure de novo" (Isa. 6:9-10). Por motivo dainclinação apenas para o bem estar terreno, nem todos os judeus reconheceram o seuSalvador no Senhor Jesus Cristo, prometido pelos profetas. Como que prevendo adescrença dos judeus, o rei Daví que viveu antes de Isaías, em um de seus salmoschamava-os com as seguintes palavras: "Oxalá ouvísseis hoje a Sua voz (do Messias):

 Não vos torneis endurecidos como em Meribá como no dia de Massá no deserto" (Sal.94:7-8). Ou seja, quando vocês ouvirem o sermão do Messias, acreditem na palavra Dele.

 Não persistam, como fizeram seus ancestrais diante de Moisés no deserto, os quais provocavam Deus e murmuravam contra Ele (veja Êxodo 17:1-7), "Meribá" significa"censura."

 

O Sofrimento do Messias

Os sacrifícios purificadores ocupavam lugar central na vida religiosa do povo hebreu.Todo hebreu ortodoxo desde a infância sabia que o pecado pode ser remido apenas com osacrifício do sangue redentor. Todas grandes celebrações e eventos familiares eramacompanhados de sacrifícios. Os profetas não explicavam em que consistia a força

 purificadora do sacrifício. Porém, de suas predições sobre os sofrimentos do Messiasobserva-se que os Sacrifícios do Antigo Testamento apontavam para o Sacrifício

Redentor do Messias, o qual Ele deveria oferecer para a purificação dos pecados domundo. Os Sacrifícios do Antigo Testamento tiravam seu significado e força deste grandeSacrifício. A conexão interior entre o pecado e os sofrimentos subsequentes e a morte deuma pessoa, e também entre os sofrimentos voluntários e a salvação subsequente dohomem - até hoje permanece em entendimento incompleto. Aqui nós não iremos tentar explicar este vínculo interior, mas iremos estacionar nas predições propriamente ditassobre os sofrimentos do Messias para a nossa salvação.

A profecia mais clara e detalhada sobre os sofrimentos do Messias é a do profeta Isaías, a

qual ocupa um capítulo e meio de seu livro (final do cap. 52 e do cap. 53). Esta profeciacontém tais detalhes dos sofrimentos de Cristo, que o leitor tem a impressão de que o profeta Isaías a escreveu junto aos pés de Golgotá, embora conforme sabemos, o profetaIsaías viveu cerca de sete centenários antes do Nascimento de Cristo. Trazemos aqui areferida profecia:

"Quem poderia acreditar nisto que ouvimos? A quem foi revelado o braço doSenhor? Cresceu diante Dele como um pobre rebento enraizado numa terra árida;não tinha graça nem beleza para atrair nossos olhares, e Seu aspecto não podiaseduzir-nos. Era desprezado, era a escória da humanidade, Homem das dores,

experimentado nos sofrimentos; como aqueles, diante dos quais se cobre o rosto,era amaldiçoado e não fazíamos caso Dele. Em verdade Ele tomou sobre Sí nossas

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enfermidade, e carregou com nossos sofrimentos: e nós O reputávamos como umcastigado, ferido por Deus e humilhado. Mas foi castigado por nossos crimes eesmagado por nossas iniquidade; o castigo que nos salva pesou sobre Ele, fomoscurados graças às Suas chagas. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas,seguíamos cada qual nosso caminho; o Senhor fazia recair sobre Ele o castigo dasfaltas de todos nós. Foi maltratado e resignou-Se, não abriu a boca, como umcordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda na mão do tosquiador.(Ele não abriu a boca) por um iníquo julgamento foi arrebatado. Quem pensou emdefender Sua causa, quando foi suprimido da terra dos vivos, morto pelo pecado deMeu povo? Foi Lhe dada sepultura ao lado de facínoras e ao morrer achava-Seentre malfeitores, se bem que não haja cometido injustiça alguma, e em Sua bocanunca houvesse mentira. Mas aprouve ao Senhor esmagá-Lo pelo sofrimento; seEle oferecer Sua vida em sacrifício expiatório, terá uma posteridade duradoura,

 prolongará Seus dias, e a vontade do Senhor será por Ele realizada. Após suportar 

em Sua pessoa os tormentos, alegrar-Se-á de O conhecer até ao enlevo. O Justo,meu Servo, justificará a muitos homens, e tomará sobre Sí Suas iniquidades. Eis

 porque Lhe darei parte com os grandes, e Ele dividirá a presa com os poderosos, porque Ele próprio deu Sua vida, e deixou-Se colocar entre os criminosos, tomandosobre Sí os pecados de muitos homens, e intercedendo pelos culpados.

A frase de introdução desta profecia: "Quem poderia acreditar nisto que ouvimos?" - dá otestemunho da natureza extraordinária do evento descrito que exige um esforçoconsiderável da parte do leitor, para se acreditar nele. Realmente as profecias prévias deIsaías falavam da magnitude e glória do Messias. A referida profecia fala sobre Suahumilhação voluntária, sofrimento e morte! O Messias, sendo completamente limpo de

 pecados pessoais e santo, suporta todos os sofrimentos pela purificação das ilegalidadeshumanas.

O rei Daví também descreveu com muita clareza os sofrimentos do Salvador na Cruz, emseu salmo 21. Embora neste salmo a dissertação esteja na primeira pessoa, o rei Daví não

 poderia estar escrevendo a seu próprio respeito, pois ele não passou por tais sofrimentos.Aqui ele, como o protótipo do Messias, profèticamente atribuía para sí aquilo que de fatoreferia-se ao seu Descendente - Cristo. É notório o fato de que diversas palavras deste

salmo foram literalmente ditas por Cristo durante Sua crucificação. Trazemos aquialgumas frases do salmo 21 e paralelamente textos correspondentes do Evangelho.

8o versículo: "Todos os que Me vêem, zombam de Mim," comparação em Marcos 15:29.

17o versículo: "Transpassaram Minhas mãos e Meus pés," comparação em Lucas 23:33.

19o versículo: "Repartem entre sí as Minhas vestes, e lançam sorte sobre a Minhatúnica," comparação em Matheus 27:35.

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inscrição - oráculo do Senhor dos Exércitos - e num só dia tirarei o mal desta terra... farão lamentações sobre Aquele Que traspassaram, como se fosse um filho único; chorá- Lo-hão amargamente como se chora um primogênito... Naquele dia jorrará uma fonte para a casa de Deus e para os habitantes de Jerusalém, que apagará os seus pecados e

 suas impurezas" (Zac. 3:8-9; 12:10; 13:1).

O nome rebento nós encontramos também no Profeta Isaías. Esse nome refere-se aoMessias, assim como simbolicamente Ele era chamado de pedra (angular). É notável que,de acordo com a profecia, a purificação dos pecados das pessoas irá ocorrer em um só dia.Em outras palavras, um determinado Sacrifício executará a redenção dos pecados! ASegunda parte da profecia encontrada no capítulo 12 fala sobre os suplícios da Cruz doMessias, Dele ser transpassado por lança e do arrependimento das pessoas. Todos estesacontecimentos se sucederam e são descritos nos Evangelhos.

Mesmo sendo difícil para as pessoas do Antigo Testamento elevarem-se até a fé nanecessidade destes sofrimentos expiatórios do Messias, alguns escritores judeus daquelestempos compreenderam corretamente a profecia do capítulo 53 do livro de Isaías.Apresentamos aqui pensamentos valiosos a este respeito contidos nos livros dos antigoshebreus. "Qual é o nome do Messias?" - pergunta o Talmud; e responde: "É complacente,como está escrito "Estes nossos pecados Ele carrega e Se sente compassivo por nós"(tratado. Talmud Babli). Em outra parte do Talmud é dito: "O Messias recebe sobre Sítodos sofrimentos e martírios pelos pecados dos Israelitas. Se Ele não tomasse essessuplícios sobre Sí, então nenhuma pessoas no mundo não conseguiria suportar as penasconseqüentes da ruptura da lei (Jalkut Chadachm fol. 154, col. 4, 29, Tit.). O Rabino

Moshe Goddarshan escreve no Medrash (livro que interpreta as Sagradas Escrituras):

"Deus Santíssimo e Abençoado fez o seguinte acordo com o Messias, dizendo-Lhe:Messias, o Meu Justo! Os pecados da humanidade cairão sobre Tí como um pesado jugo:Teus olhos não verão a luz, Teus ouvidos ouvirão palavras terríveis, Teus lábios provarãoo gosto amargo, Tua língua se colocará à Tua garganta... e Tua alma sucumbirá deangústia e suspiros ofegantes. Estarás Tu de acordo com isto? Se Tu aceitas todos estessofrimentos sobre Tí: então, muito bem. Se não aceitas, então Eu exterminareiimediatamente a humanidade - os pecadores. A isto o Messias respondeu: Senhor do

universo! Eu aceito com alegria estes martírios, sob uma condição: que Tu, durante osMeus dias ressuscite os mortos, começando por Adão, até o dia de hoje, e não salveapenas a eles, mas todos aqueles que Tu planejaste criar e ainda não criaste. A isto oSantíssimo e Abençoado Deus respondeu: sim, Eu concordo. Naquele momento o Messiascom alegria tomou sobre Sí todos os sofrimentos, conforme está escrito: "Ele foitorturado, mas sofreu voluntàriamente... como um carneiro levado ao abate" (daconversação sobre o livro de Gênesis).

Estes testemunhos dos hebreus ortodoxos "experts" nas Sagradas Escrituras são valorosos, pois, mostram a grandeza do significado da profecia de Isaías para reforçar a fé no poder 

do sofrimento do Messias na Cruz para a nossa salvação.

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abominação da desolação em seu lugar santo, eles devem fugir de Jerusalém o maisrápido possível, pois chegou o fim (Mat. 24:15). Assim procederam os cristãos queviviam em Jerusalém, quando o exército romano por causa das eleições de um novoimperador, por ordem de Vespasiano se retirou temporàriamente. Por esta razão oscristãos não sofreram o retorno subsequente do exército romano e a destruição deJerusalém, e desta maneira, escaparam do trágico destino de muitos judeus que

 permaneceram na cidade. A profecia de Daniel sobre as semanas chegam ao fim com adestruição de Jerusalém.

Desta forma, a coincidência entre a profecia dada e os acontecimentos históricossubsequentes na vida do povo hebreu e as narrações do Evangelho é - surpreendente.

Aqui deve ser lembrado de que os rabinos hebreus freqüentemente proibiam seus patríciosde contarem as semanas de Daniel. O rabino de Gemar até amaldiçoou aqueles hebreus

que irão calcular o ano da vinda do Messias: "Que estremeçam os ossos daqueles, quecalculam os tempos" (Sanedrin 97). A severidade desta proibição é compreensível. Pois assemanas de Daniel apontam diretamente ao tempo da atividade de Cristo o Salvador, oque para aqueles que não crêem Nele torna-se desagradável de admitir.

 No profeta Daniel nós encontramos também outro testemunho importante sobre oMessias, escrito em forma de uma visão, na qual o Messias é retratado como EternoSoberano. Isto está inscrito no sétimo capítulo de livro.

"Olhando sempre a visão noturna, ví um Ser semelhante ao Filho do Homem, vir sobre as

nuvens do céu: dirigiu-Se para o lado do Ancião, diante de Quem foi conduzido. A Ele foram dados império, glória e realeza, e todos os povos, todas as nações e os povos detodas as línguas serviram-No. Seu domínio será eterno; nunca cessará e Seu reino jamais

 será destruído" (Dan. 7:13-14).

 Nesta visão fala-se sobre os últimos destinos do mundo, no fim da existência dos reisterrenos, sobre o terrível julgamento das nações, reunidas diante do trono do Ancião dosDias, ou seja, - Deus Pai, e sobre o começo dos tempos gloriosos para o Reino doMessias. Aqui o Messias é denominado "Filho do Homem," o que aponta para suanatureza humana. Conforme temos conhecimento do Evangelho, o Senhor Jesus Cristocom freqüência se denominava de Filho do Homem, lembrando aos hebreus, com estenome, da profecia de Daniel (Mat. 8:20; 9:6; 12:40; 24:30 e etc).

As profecias de outros dois grandes profetas Jeremias e Ezequiel poderão ser encontradasno suplemento, onde estão acumuladas profecias sobre o Reinado do Messias. Concluindoeste capítulo, traremos apenas a profecia de Baruc, pupilo de Jeremias, onde ele escrevesobre a vinda de Deus à terra: "É Ele o nosso Deus, com Ele nenhum outro se compara.Conhece a fundo os caminhos que conduzem à sabedoria, galardoando com ela Jacó, Seu

 servo, e Israel, Seu favorito. Foi então que Ele apareceu sobre a terra, onde permanece

entre os homens" (Bar. 3:36-38). Infelizmente, nos tempos do cativeiro da Babilônia, ooriginal hebreu do livro do profeta Baruc foi perdido, motivo pelo qual a tradução em

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Cumprimento Das Profecias

Sobre o Messias

A respeito de que muitos judeus estavam preparados espiritualmente para aceitarem oMessias, pode ser visto nos capítulos iniciais do Evangelho de Lucas. A SantíssimaVirgem Maria, a Justa Elizabeth, o sacerdote Zacarias, o Justo Simão, a profetiza Ana emuitos habitantes de Jerusalém ligavam o nascimento de Jesus Cristo com o cumprimentodas profecias antigas sobre a vinda do Messias, sobre o perdão dos pecados, a derrota dosorgulhosos e a elevação dos mansos, sobre a restauração do Testamento com Deus, sobreo serviço de Israel para Deus com o coração puro. Depois disto, desde que Jesus Cristocomeçou a pregar, os Evangelhos testemunham a facilidade com que muitos hebreusreconheceram Nele o Messias prometido e comunicaram aos seus conhecidos; por 

exemplo, os apóstolos André e Felipe, e mais tarde - Natanael e Pedro (Joã. 1:40-44).

Jesus Cristo reconhecia a Sí como Messias e atribuía a Sí as predições dos profetas como por exemplo: a profecia de Isaías sobre o Espírito Santo que deveria descer sobre oMessias (Isa. 61:1; Luc. 4:18). Isaías também profetizou a respeito da cura dos doentes

 pelo Messias (Isa. 35:5-7); Mat. 11:5). Jesus elogiou o Apóstolo Pedro por tê-Lo chamadode Cristo, Filho de Deus Vivo e prometeu edificar Sua Igreja na fé Nele (Mat. 16:16). Elefalou para os judeus examinarem e se aprofundarem nas Escrituras, pois as mesmas dãotestemunhos Dele (5:39). Ele também dizia que Ele é o Filho, o Qual Se sentará à direita

do Pai, de acordo com o Salmo 109 (Mat. 22:44). Jesus Cristo falava também que Ele é a"Pedra" rejeitada pelos "construtores," referida na conhecida predição no Salmo 117 (Mat.21:42). Antes dos Seus padecimentos Jesus Cristo lembrou Seus discípulos de que "énecessário que se cumpra tudo escrito sobre Ele" (Luc. 22:37; Isa.53). Durante o

 julgamento diante da pergunta direta do sumo-sacerdote Caifás: se Ele era "o Cristo, oFilho de Deus," Cristo respondeu que sim, e lembrou a profecia de Daniel sobre o Filhodo Homem (Mat. 26:63-64; Dan. 7:13), e Sua confirmação serviu como razão formal paraSua condenação à morte. Após Sua ressurreição dos mortos Cristo censurou os Apóstolos,dizendo que eles "eram tardos de coração para crerem em tudo que anunciaram os

 profetas" (Luc. 24:25). Em poucas palavras, desde o início de Seus serviços públicos, até

Seus padecimentos na Cruz e depois de Sua ressurreição, Jesus Cristo Se declarava oMessias, prometido pelos profetas.

Se Cristo evitava denominar-Se Messias na presença do povo, e sòmente citava profeciasa Seu respeito, era por causa das representações grosseiras e distorcidas sobre o Messiasas quais se estabeleceram entre o povo. Cristo se esquivava por todos os meios da glóriaterrena e da interferência na vida política.

Devido à sua humilhante dependência de Roma, muitos judeus desejavam ter em Messiasum potente rei-conquistador, o qual lhes daria independência política, glória e bens

materiais. Porém Jesus veio para evidenciar o renascimento espiritual nas pessoas. Ele

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centenas de anos, e por vezes - por milhares de anos. Pois no Reino Messiânico o exterior é determinado pelo interior: felicidade, imortalidade, benção, completa harmonia, paz eoutras bençãos não são implantadas por Deus à força ou mecanicamente. Elas sãoresultado daquela renovação interior voluntária, através da qual os membros deste reinodevem passar. O processo da renovação espiritual deveria começar logo após o momentoda chegada do Messias, e será concluído no final da existência do mundo.

Por esta razão as visões proféticas do abençoado Reino do Messias envolvem em umquadro grandioso muitos séculos de sua existência - os tempos, próximos aos profetas e àvinda do Messias, e simultâneamente tempos distantes, diferentes à época do fim domundo e início de nova vida. Esta comparação do futuro próximo e distante em um sóquadro é muito característica das visões proféticas, e se nos lembrarmos disto, o leitor 

 poderá compreender corretamente o sentido das profecias sobre o Reino Messiânico.

 Na próxima profecia Isaías escreve sobre as condições felizes no Reino Triunfante doMessias:

"Ele não julgará pelas aparências, e não decidirá pelo que ouvir dizer; mas julgará

os fracos com equidade, fará justiça com os pobres da terra - ferirá

o homem impetuoso (pecador) com uma

 sentença de Sua boca, e com o sôpro dos Seus lábios fará

morrer o ímpio... Então (no final dos tempos).

o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito...

 Não se fará mal nem dano em todo o Meu santo monte, porque a

terra estará cheia de ciência do Senhor, assim como

as águas recobrem o fundo do mar. Naquele tempo o rebento de Jessé(Messias), pôsto como estandarte para os povos, será

 procurado pelas nações

e gloriosa será a Sua morada" (Isa. 11:3-10, veja Rom. 15:12).

Aqui o "ímpio" que será derrotado pelo Messias deve ser entendido como o último emaior ímpio - o Anticristo. Eis mais duas predições dos grandes profetas, referentes

àquela mesma época.

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tempestade e sombra contra o calor... O Senhor Deus tirará neste

monte o véu que todos os povos, a cortina que

recobre todas as nações, e fará desaparecer a morte para

sempre. O Senhor Deus enxugará

as lágrimas de todas as faces e tirará

de toda a terra o opróbrio que pesa sobre o Seu povo... Eis

nosso Deus do Qual esperamos nossa libertação.

Congratulemo-nos, rejubilemo-nos por Seu socorro, porque a mão do Senhor 

repousa neste monte... Abrí as portas,

deixai entrar um povo justo, que respeita a fidelidade, que tem

caráter firme e conserva a paz, porque tem confiança no Senhor... Porém,

se se perdoar o ímpio, ele não aprenderá a justiça" (Isa. 25:3-10 e 26:2-3,4,10).

O profeta Oséias também escreveu a respeito da vitória sobre a morte: "E Eu o libertaria

do poder da região dos mortos. Isentá-lo-ia da morte? Onde estão tuas calamidades, ómorte? Região dos mortos, onde está o teu flagelo destruidor?" (Osé. 13:14). A esperançada ressurreição também foi expressada pelo sofrido e justo profeta da antigüidade, Jó, nasseguintes palavras:

"Eu o sei: meu Vingador está vivo, e aparecerá finalmente

 sobre a terra, por detrás de minha pele, que envolverá isto,

eu mesmo O contemplarei, meus olhos O verão,

e não os olhos de outro." (Jó 19:25-27).

Concluindo traremos a seguinte profecia que se refere à segunda vinda do Messias:

"Olhando sempre a visão noturna, ví um Ser semelhante ao Filho do Homem,

vir sobre as nuvens do céu: dirigiu-Se para o lado

do ancião, diante de quem foi conduzido. A Ele foram dados

império, glória e realeza. Seu domínio

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 será eterno; nunca cessará e Seu reino jamais será destruído" (Dan. 13-14; vejaMat. 24:30).

Resumindo aqui as profecias apresentadas a respeito do Reino Messiânico, nósobservamos que todas elas falam sobre processos espirituais: sobre a necessidade da fé, o

 perdão dos pecados, purificação do coração, renovação espiritual, sobre a emanação dedádivas abençoadas sobre os crentes, sobre o conhecimento de Deus e Sua lei, a eternaligação com Deus, a vitória sobre o demônio e forças do mal. As bençãos eternas - vitóriasobre a morte, ressurreição dos mortos, renovação do mundo, restauração da justiça, e,finalmente, a eterna Glória - virão na qualidade de recompensas pelas virtuosidades.

Se os profetas, retratando as glórias eternas, usavam expressões semelhantes a termosterrenos, era porque na linguagem humana não existem palavras, necessárias paradescrever o estado abençoado do mundo espiritual. Foram estas palavras dos profetas

sobre as bençãos externas, compreendidas por muitos num sentido grosseiramentematerialista, que serviram como pretexto para a representação distorcida sobre o reinomessiânico terrestre.

É preciso dizer que, não apenas os judeus dos tempos de Cristo visualizavamerrôneamente os tempos messiânicos na forma do bem-estar terreno. Idéia similarescontinuam surgindo até hoje entre os fanáticos na forma de, por exemplo, ensinamentossobre os 1.000 anos do reinado de Cristo na terra (chiliasmo). Os profetas, Jesus Cristo eos Apóstolos prediziam sobre a transfiguração do mundo físico, após o que, se realizará acompleta justiça, a imortalidade e bençãos celestiais. Estas bençãos desejadas por todos

virão somente depois que este mundo material envenenado pelos pecados se transfigurará, pelo poder de Deus, em "novo céu e terra nova, onde habitará a verdade." Terá inícioentão a nova e eterna vida.

Aqueles que desejam herdar o Reino transfigurado do Messias, devem caminhar para estanova vida por uma estrada estreita de sua própria reformação, como Cristo ensinou. Nãoexiste outro caminho.

 

Duas Páscoas

Sem dúvida o acontecimento mais importante na vida do povo hebreu foi sua saída doEgito e o recebimento da Terra Prometida. O Senhor salvou o povo hebreu da escravidãoforçada, fez dele o povo escolhido, deu-lhe Seus mandamentos Divinos no monte Sião,concluiu aliança com ele o conduziu à terra prometida aos seus antepassados. Todos estesgrandes acontecimentos na vida do povo escolhido se concentraram, na festividade daPáscoa. Neste dia os judeus anualmente comemoravam as inúmeras bençãos de Deus,

 prestados ao povo hebreu.

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Agora iremos confrontar a Páscoa dos hebreus do Antigo Testamento com o maior acontecimento do Novo Testamento. O Senhor Jesus Cristo suportou martírios, morreu nacruz e ressuscitou dos mortos justamente nos dias da Páscoa dos hebreus. Estacoincidência de dois grandes acontecimentos - a formação de Israel do Antigo Testamentoe o estabelecimento da Igreja do Novo Testamento - não pode ser por um acaso! Istoindica que entre os acontecimentos Pascais do Antigo e Novo Testamentos existe uma

 profunda conexão interna, ou seja: os eventos mais importantes na vida do povo hebreueram o protótipo dos acontecimentos do Novo Testamento. Para podermos ver estaconexão espiritual, iremos comparar os paralelos das duas Páscoas.

Páscoa Do Antigo Testamento Páscoa Do Novo Testamento

O empenho do cordeiro sem defeito e asalvação dos primogênitos israelitas como sangue Dele.

A passagem milagrosa dos israelitas noMar Vermelho e a salvação da escravidão.

A legislação no Monte Sinai no 50o diaapós a saída do Egito e a conclusão daaliança com Deus.

A peregrinação de 40 anos pelo deserto eas diversas provações.

O saborear milagroso do maná enviado por Deus.

A colocação da serpente de bronze. Ohebreu que a olhasse era salvo de ser mordido por serpentes venenosas.

A entrada dos hebreus na terra prometida.

A crucificação do Cordeiro de Deus por Cujo sangue os primogênitos do NovoTestamento (os cristãos) serão salvos.

O batismo na água e a salvação do domíniodo demônio.

A descida do Céu do Espírito Santo sobreos Apóstolos no 50o dia após a Páscoa e ainstituição do Novo Testamento.

Provações e dificuldades na vida de casacristão.

O saborear do Pão Celestial - Corpo eSangue de Cristo na Liturgia pelos fiéis.

Livramento e salvação do remordimento daserpente espiritual através da Cruz deCristo.

A obtenção pelos fiéis do Reino Celestial.

 

Realmente a semelhança é notável! Tanto o Próprio Senhor Jesus Cristo, como SeusApóstolos apontavam para a existência destes paralelos entre os acontecimentos doAntigo e Novo Testamentos relacionados com a Páscoa. Deste modo, nós vemos que nãoapenas os profetas escreviam sobre o Messias e sobre os tempos do Novo Testamento,como também toda a vida religiosa do povo hebreu da era do Antigo Testamento tinhauma relação bem estreita com as obras do Messias. Este fato nos mostra a unidade

espiritual completa da Igreja do Novo Testamento com Israel do Antigo Testamento. Por 

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Profecias em Ordem Cronológica

Lugar na Escritura

 

Livro Gênesis

3:15 A família da Mulher ferirá a cabeça da serpente.

22:18 Benção dos Descendentes de Abraão.

49:10 Conciliador da descendência de Judá.

 

Números

24:17 Estrela de Jacó.

Deuteronômio

18:18-19 Um profeta similar ao Messias.

Jó 19:25-27 Sobre o Redentor, Que ressuscitará.

2 Sam. 7:13 A Eternidade do Reino Messiânico.

 

Salmos (os números entre parênteses pertencem à Bíblia Judáica).

2o (2) Messias - Filho de Deus.

8 (8) O louvor dos pequeninos ao entrar em Jerusalém.

15 (16) Sua carne não verá decadência.

21 (22) Sofrimentos do Messias na Cruz.

29 (30) A alma saiu do inferno.

30 (31) "Em Tuas mãos entrego Meu espírito."

39 (40) O Messias veio cumprir a vontade de Deus.

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40 (41) Sobre o traidor.

44 (45) O Messias - Deus.

54 (55) Sobre o traidor.

67 (68) Subiu às alturas, levou os cativos.

68 (69) "O zêlo de Vossa Casa Me consumiu."

71 (72) Descrição da Glória do Messias.

94 (95) Sobre a descrença.

109 (110) Eterno Sumo-Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque.

117 (118) "Não hei de morrer, viverei..." Messias - a pedra rejeitada pelos arquitetos.

131 (132) O descendente de Daví reinará pela eternidade.

 

Profeta Isaías

2:2-3 O Reino do Messias similar à montanha.

6:9-10 A descrença dos judeus.

7:14 Nascimento de uma Virgem.

9:1-2 Sermão do Messias na Galiléia.

9:6-7 Messias - Deus forte, Pai eterno.

11:1-10 Sobre Ele - o Espírito de Deus, a respeito da Igreja.

12:3 Sobre a alegria e glória.

25:27 Capítulo de cântico de louvor ao Messias.

28:16 Ele - pedra angular.

35:5-7 Ele curará todo tipo de doença.

42:1-4 Sobre a humildade do Rebento do Senhor.

43-16-28 Sobre o chamado dos pagãos,

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