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CANAIS DE MARKETING · Web viewDaniela da Silva Garcia Regino - [email protected]– Docente...

Date post: 16-May-2018
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ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: Avaliando o serviço a partir da demanda de pacientes de uma Unidade de Pronto Socorro no município de Lins/SP RISK CLASSIFICATION: Evaluating the service based on the demand of patients from a Emergency Relief Unit in the municipality of Lins/SP Elvira Maria Carpezani - [email protected] – Discente do curso de Enfermagem do UniSALESIANO de Lins Maria Iracilda Serapião - [email protected]Discente do curso de Enfermagem do UniSALESIANO de Lins Prof.ª Ma. Daniela da Silva Garcia Regino - [email protected]– Docente do curso de Enfermagem do UniSALESIANO de Lins RESUMO Quando se pensa em qualidade nos serviços hospitalares, surge a necessidade de se discutirem estratégias de gestão que deem suporte às instituições, para que possam atender às necessidades e exigências do consumidor em todas as suas dimensões. Desta forma, este estudo visou a avaliar o acolhimento com classificação de risco de pacientes em uma Unidade de Pronto Socorro, levantar o perfil da demanda atendida, de acordo com a complexidade de atendimento e compreender quais fatores estão deficitários na atenção básica, os que contribuem para o aumento da demanda de baixa e média complexidade. Para tanto, realizou-se pesquisa descritiva e exploratória, pautada no método quantitativo, com análise estatística. Os resultados revelaram a discordância dos profissionais em relação à estrutura física do acolhimento e ao referenciamento dos usuários da rede básica, bem como a não reavaliação dos usuários triados após período longo de espera. Palavras-Chave: Avaliação. Acolhimento. Pronto Socorro. ABSTRACT 1
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ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: Avaliando o serviço a partir da demanda de pacientes de uma Unidade de Pronto Socorro no município de

Lins/SP

RISK CLASSIFICATION: Evaluating the service based on the demand of patients from a Emergency Relief Unit in the municipality of Lins/SP

Elvira Maria Carpezani - [email protected] – Discente do curso de Enfermagem do UniSALESIANO de Lins

Maria Iracilda Serapião - [email protected]– Discente do curso de Enfermagem do UniSALESIANO de Lins

Prof.ª Ma. Daniela da Silva Garcia Regino - [email protected]– Docente do curso de Enfermagem do UniSALESIANO de Lins

RESUMO

Quando se pensa em qualidade nos serviços hospitalares, surge a necessidade de se discutirem estratégias de gestão que deem suporte às instituições, para que possam atender às necessidades e exigências do consumidor em todas as suas dimensões. Desta forma, este estudo visou a avaliar o acolhimento com classificação de risco de pacientes em uma Unidade de Pronto Socorro, levantar o perfil da demanda atendida, de acordo com a complexidade de atendimento e compreender quais fatores estão deficitários na atenção básica, os que contribuem para o aumento da demanda de baixa e média complexidade. Para tanto, realizou-se pesquisa descritiva e exploratória, pautada no método quantitativo, com análise estatística. Os resultados revelaram a discordância dos profissionais em relação à estrutura física do acolhimento e ao referenciamento dos usuários da rede básica, bem como a não reavaliação dos usuários triados após período longo de espera.

Palavras-Chave: Avaliação. Acolhimento. Pronto Socorro.

ABSTRACT

When it is though in quality in the hospital`s services, appears the need to discuss manager´s strategies that give support to institutions, to that can to answer to needs and exigency of consumer in all the its dimensions. Thus, this study views to evaluate the Attending with Risk`s Classification of Patients in an Emergency Room Unity, to raise the profile of cared demand in the emergency room as the complexity of attending and to comprehend that factors are deficits in the basic attention, that contribute to the arise of demand of complexity`s and mean and decrease. Therefore, it is realized exploratory and descript search, ruled in the quantitative method, with statistic analysis. The results reveal the discordance of professionals in relation to physic structure of attending and to referencing of users to Basic Net as the reeavaluation of users trials after wait long period.

Keywords: Evaluation, Attending. Emergency Room.

1

INTRODUÇÃO

Atualmente, há uma crescente demanda nos serviços de urgência e

emergência, pois grande parte da população não tem acesso a um sistema regular

de saúde, o que contribui para uma desorganização dos referidos serviços. Diante

disso, surge a necessidade de se organizarem os atendimentos de urgência e

emergência, através de protocolos e avaliação de prioridades.

Carvalho et al. (2008), complementam que o acolhimento representa uma

reorganização dos serviços, cujos principais objetivos são: a resolutividade e a

humanização do atendimento, objetivando identificar as demandas dos usuários,

sabendo direcioná-los a um atendimento mais adequado e que, quando houver

necessidade, sejam encaminhados para outras redes de saúde, garantindo a

continuidade do atendimento.

No Brasil, o primeiro protocolo de classificação de risco aprovado pelo

Ministério da Saúde foi a Cartilha de Acolhimento com Avaliação e Classificação de

Risco, em 2004 da Política Nacional de Humanização (PNH), a qual foi

disponibilizada para todo o país, sendo implantada em diversos hospitais (FEIJÓ,

2010).

Diante do exposto, e pautando-se nos pressupostos científicos surge a

seguinte indagação: Quais os fatores que estão imbricados na alta demanda de

pacientes classificados como necessitados de cuidado ambulatorial em unidade de

pronto socorro?

Emerge como suposição o fato de os pacientes desconhecerem a

característica do serviço de atendimento de urgência e emergência, procurando-o

por não estarem recebendo atendimento na atenção primária, que é oferecida nas

Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Para responder ao questionamento acima têm-se como objetivos:

Objetivo primário: avaliar o Acolhimento com Classificação de Risco de

Pacientes em uma Unidade de Pronto Socorro.

• Objetivos secundários: levantar o perfil da demanda atendida no pronto

socorro, de acordo com a complexidade de atendimento: e

a) analisar o perfil dos pacientes acolhidos e classificados como demanda

ambulatorial e compreender os fatores que os levam a buscar um pronto

2

socorro;

b) identificar lacunas assistenciais e, a partir destas, estabelecer estratégias

de melhorias.

Para se atingirem os objetivos propostos, foi realizado um estudo pautado nos

princípios da Resolução 466/12 do Comitê de Ética em Pesquisa, com pacientes

classificados como demanda ambulatorial e profissional do pronto socorro que

participam do acolhimento, sustentado na aprovação sob parecer nº 2.067.027.

A pesquisa foi descritiva e exploratória, pautada no método quantitativo, com

análise estatística.

1 Definição do acolhimento com classificação de risco

Acolher é dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar,

receber, atender, admitir (FERREIRA, 1975). O acolhimento como ato ou efeito de

acolher expressa, em suas várias definições, uma ação de aproximação, um “estar

com” e um “estar perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão. Essa atitude implica,

por sua vez, estar em relação com algo ou alguém.

Portanto, acolher, de acordo com as políticas de saúde é uma forma de

humanizar o atendimento, fazer com que os profissionais da área atendam melhor

aos usuários e aos outros profissionais que fazem parte da equipe, de uma forma

respeitosa, com empatia, ou seja da mesma forma que gostariam de ser atendidos.

Essa abordagem deve ser ética e humana, pois garante um maior vínculo

entre profissional-usuário e profissional - profissional (DIAS - FILHO; SOUZA;

CASTANHEIRA, 2010).

1. 1 Programa Nacional de Humanização Hospitalar

O termo humanização se ampliou em 2003, quando o Ministério da Saúde

criou a Política Nacional de Humanização (PNH), indicando uma nova forma de

tratar a humanização nos serviços de saúde, indo além da estrutura hospitalar, ou

seja, um novo olhar sobre o processo de saúde, pactuado na comissão Intergestores

Tripartite e Conselho Nacional de Saúde. O termo “política” foi intencionalmente

utilizado em lugar de “programa, ” para destacar que a humanização deve ser

3

transversal, ou seja, reconhecer que as diferentes especialidades e práticas de

saúde podem conversar com a experiência daquele que é assistido. Juntos, esses

saberes podem produzir saúde de forma mais corresponsável (NPH, 2015).

1. 2 Atribuições da enfermagem frente ao acolhimento com classificação de risco.

A Portaria 2048/2002 do Ministério da Saúde propõe a implantação do

Acolhimento com Classificação de Risco nas unidades de atendimento às urgências

do acolhimento e da “triagem classificatória de risco”. Conforme essa portaria, o

processo “deve ser realizado por profissional de saúde, de nível superior, mediante

treinamento específico e utilização de protocolos pré-estabelecidos e tem por

objetivo avaliar o grau de urgência das queixas dos pacientes, colocando-os em

ordem de prioridade para o atendimento” (BRASIL, 2002).

O profissional de Enfermagem que assume o papel de cuidador nos serviços

de urgências e emergências deve ter habilidades manuais, ser ágil, rápido em suas

ações, manter o autocontrole e ter uma boa facilidade de comunicação, tendo como

resultado uma assistência qualificada, diferenciada e otimizada nos cuidados

prestados (LOPES, 2011).

2 REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

Segundo Mendes (2008), as redes de atenção à saúde são organizações

poliárquicas de conjuntos de serviços de saúde, vinculados entre si, em uma missão

única, por objetivos comuns e uma ação cooperativa e interdependente, que permite

ofertar atenção primária à saúde, prestada no tempo certo, com custo certo,

qualidade certa e de forma humanizada, e responsabilidades sanitárias e

econômicas em relação à população atendida.

3 METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, pautada no método

quantitativo, Rodrigues (2007), afirma que, na pesquisa descritiva, os fatos são

4

observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem interferência

do pesquisador, com uso de técnicas padronizadas de coletas de dados

(questionário e observação sistemática).

Esta pesquisa deu-se no município de Lins /SP, que conta com 76.562

habitantes, de acordo com o IBGE (2016).

Foi utilizado, como instrumento, a aplicação de dois questionários: o primeiro

estruturado com perguntas fechadas, tipo inquérito, tendo como finalidade avaliar o

conhecimento dos pacientes sobre a unidade de pronto socorro e os fatores que os

levaram a procurar este serviço; o segundo, questionário, já existente elaborado e

validado por Belluci; Matsuda (2012), intitulado Instrumento para Avaliação do

Acolhimento com Classificação de Risco, aplicado aos profissionais de saúde do

pronto socorro.

Os participantes foram convidados para a pesquisa, após a autorização pelo

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TLC) e Leitura da Carta de

Informação ao Participante da Pesquisa, garantido o anonimato e sigilo em qualquer

etapa do processo.

Para a coleta de dados com os profissionais do pronto socorro foi agendada

data oportuna dentro do próprio serviço, levando-se em consideração o melhor

horário e dia da semana, sem atrapalhar as atividades laborais. Paralela a esta

etapa, utilizou-se um questionário com levantamento do perfil dos pacientes, no

momento da triagem. As análises dos dados coletados deram-se de forma

estatística.

3.1 Análise e discussão dos dados

Tabela 1 - Municípios de pacientes atendidos no PS da Santa Casa de Lins, no

período da pesquisa:

5

Fonte: Autoras, 2017.

Lins 175 85,8%Guaiçara 17 8,3%Sabino 4 2,0%Getulina 3 1,5%Promissão 1 0,5%Guarapiranga 1 0,5%Cafelândia 2 1,0%Guaimbê 1 0,5%TOTAL 204 100%

Os resultados alcançados, com relação aos municípios de origem dos

pacientes atendidos no Pronto Socorro da Santa Casa de Lins, foram: 175 pacientes

provenientes da rede de saúde de Lins, representando (85,8%). O resultado mostra

a enorme demanda dos municípios. Vale ressaltar que Lins foi o município que mais

procurou o serviço. Para Garlet, et al. (2009), a grande demanda prejudica o

atendimento de casos graves e agudos.

Tabela 2 - UBS de referência dos pacientes de Lins atendidos no pronto socorro da

Santa Casa, no período da pesquisa.

Ribeiro 58 33,1%Rebouças 30 17,1%CAIC 18 10,3%Junqueira 33 18,9%NGA 2 1,1%Paseto 11 6,3%Jd. Tangará 2 1,1%Morumbi 10 5,7%São João 4 2,3%Stª Terezinha 5 2,9%Santa Maria 1 0,6%Bom Viver 1 0,6%TOTAL 204 100,0%

Fonte: Autoras, 2017.

Os resultados mostram que a UBS do Ribeiro foi a unidade que mais

procurou o PS da Santa Casa de Lins, com 58 pacientes, representando 33.1%.

Pelos resultados, confirma-se, pelo Ministério da Saúde (2009), que a procura

comumente acontece por pessoas cujos problemas poderiam ter sido resolvidos em

serviços de atenção básica. Cerca de 65% dos usuários se encaixam nessa

situação.

Tabela 3 - Frequência com que os pacientes procuram o PS.

6

Fonte: Autoras, 2017.

2 a 3 Vezes por Semana 9 4,4%1 Vez por Semana 5 2,5%A cada 15 Dias 8 3,9%1 Vez ao Ano 45 22,1%2 Vezes ao Ano 48 23,5%Em Extrema Necessidade 89 43,6%TOTAL 204 100%

De acordo com a figura acima, os resultados alcançados da frequência com

que os pacientes procuram o PS da Santa Casa de Lins foi, na sua maioria, por

extrema necessidade, quando, na verdade, não se encaixam no atendimento de

pronto socorro.

Nascimento, et al. (2011), relatam a emergente demanda de usuários no

serviço de emergência, vem afirmar a necessidade da efetiva ampliação do

Acolhimento com Classificação de Risco em outros serviços de saúde como

estratégia para ampliar o acesso da população, sem sobrecarregar a equipe do

serviço de emergência e prejudicar a qualidade da assistência prestada.

Tabela 4 - Como os pacientes classificam o atendimento do PS.

MUITO BOM 110 53,9%BOM 83 40,7%REGULAR 8 3,9%RUIM 3 1,5%TOTAL 204 100,0%

Fonte: Autoras, 2017.

De acordo com a Figura acima, pelos resultados alcançados, 98 pacientes

classificam o atendimento do PS como muito bom, demonstrando que, para 53%, 9

há satisfação.

O autor Silva; Paiva (2016) fala que, por meio da avaliação em saúde, pode-

se determinar a eficiência, eficácia e efetividade das estruturas, processos e

resultados relacionados ao acesso e satisfação dos usuários, mediante os serviços

públicos de saúde. Avaliar é parte essencial no planejamento e na gestão do

sistema de saúde, de forma que se busquem a qualidade e resolubilidade.

Tabela 5 - Como os pacientes classificam a triagem do PS.

MUITO BOM 104 48,0%BOM 78 46,1%REGULAR 19 4,4%RUIM 3 1,5%TOTAL 204 100 %

Fonte: Autoras, 2017.

A figura acima mostra os resultados alcançados de como os pacientes classificam a

7

triagem do PS: muito bom, 104 pacientes representando (51%). O resultado

demonstra que o acolhimento com classificação de risco é satisfatório para os

pacientes.

Silva; Paiva (2016), verificou que aqueles que tiveram maior acolhimento,

recebendo maior número de informações a respeito do funcionamento do setor do

Acolhimento com Classificação de Risco, demonstraram maior satisfação em

relação ao serviço. Estes dados permitem concluir que o uso eficiente de estratégias

de comunicação e informação em saúde, no âmbito das unidades de emergência do

SUS, pode influenciar significativamente no grau de satisfação dos usuários em

relação ao serviço prestado.

Como sujeitos do estudo, foram escolhidos 25 profissionais de saúde, sendo

08 enfermeiros, 12 técnicos de enfermagem, 04 médicos e 01 porteiros, do setor de

urgência/emergência da Santa Casa de Lins, diretamente envolvidos no

acolhimento.

Questão 1Questão 2Questão 3Questão 4Questão 5Questão 6Questão 7Questão 8Questão 9

Questão 10Questão 11Questão 12Questão 13Questão 14Questão 15Questão 16Questão 17Questão 18Questão 19

Questçao 20Questão 21

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Concordo Totalmente

Concordo

Não concordo e nem discordo

Discordo2

Discordo totalmente

8

Fonte: Belluci; Batsuda, 2012.

De acordo com a questão – 1 –“ A estrutura física para o Acolhimento com

Classificação de Risco promove conforto ao usuário e acompanhante? ” Obteve-se

como maior resultado: 9, (36%). Concordaram, ou seja, a maior parte dos

funcionários concorda que a estrutura física do acolhimento promove conforto ao

usuário.

Referente à questão 2 - “O Acolhimento com Classificação de Risco torna o

ambiente mais acolhedor e humano? ” Obteve-se como maior resultado: 11

(39.29%) concordaram. A maior parte funcionários concorda que o acolhimento

torna o ambiente mais acolhedor e humano.

Na questão 3 - “Não ocorrem reuniões e treinamento periódicos para os

trabalhadores que atuam no Acolhimento com Classificação de Risco?” O maior

resultado obtido foi que 8 (32%) discordaram, ou seja, a maior parte dos funcionários

discorda de que não ocorrem reuniões e treinamentos periódicos.

Na questão 4 – “O espaço físico para consulta médica e de enfermagem não

proporciona privacidade ao usuário?” Os maiores resultados obtidos foram: 8

discordaram (29.63%); 8 concordaram (29.63%). Os resultados obtidos mostraram

divergências entre eles quanto ao espaço físico para consulta médica e de

enfermagem, que não proporciona privacidade ao usuário.

Referente à questão 5 –“ O espaço físico não é suficiente para acolher o

acompanhante? ” A prevalência foi que 8 funcionários (32%) concordaram que o

espaço físico não é suficiente para acolher o acompanhante.

Na questão 6 – “A sinalização do ambiente é clara e suficiente para o

direcionamento do usuário ao atendimento no Acolhimento com Classificação de

Risco?” O maior resultado obtido foi que 12 funcionários (48%) concordam que a

sinalização do ambiente é clara e suficiente para o direcionamento do usuário ao

atendimento no Acolhimento.

Na questão 7 – “Os trabalhadores que atuam no Acolhimento com

Classificação de Risco não se comunicam frequentemente com toda equipe do

setor?” A prevalência foi que 10 funcionários (40%) discordaram de que os

trabalhadores que atuam no Acolhimento não se comunicam com frequência.

Na questão 8 –“Todos os pacientes não graves que procuram por atendimento

nesse serviço de emergência passam pelo Acolhimento com Classificação de

Risco?” Obteve-se como maior resultado que 12 funcionários (48%) concordam

9

totalmente que todos os pacientes não graves passam pelo Acolhimento com

Classificação de Risco.

Na questão 9 – “As condutas a serem tomadas, descritas no protocolo de

Acolhimento com Classificação de Risco não são conhecidos por todos que

trabalham no setor? ” A prevalência foi que 10 funcionários (40%) discordam que o

protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco não seja conhecido por todos

no setor.

Na questão 10 - “As lideranças desse serviço discutem com os funcionários de

forma democrática e acolhedora as propostas de mudanças no serviço de

Acolhimento com Classificação de Risco?” O resultado foi o seguinte: 10 (40%)

concordaram que a liderança desse serviço discute de forma democrática as

propostas de mudança no serviço de Acolhimento com Classificação de Risco.

Na questão 11- “Os profissionais que atuam no Acolhimento com Classificação

de risco contribuem para que o usuário se sinta seguro e confortável?” O resultado

foi que 9 funcionários (36%) concordaram que os profissionais contribuem para que

o usuário se sinta seguro.

Referente à questão 12 –“O fluxograma de atendimento do Acolhimento com

Classificação de Risco é discutido com a equipe e avaliado periodicamente quanto à

clareza e objetividade?” A prevalência foi que 13 funcionários: (52%) concordaram,

ou seja, concorda que o fluxograma de atendimento do Acolhimento com

Classificação de Risco é discutido e avaliado pela equipe.

Na questão 13 - “O atendimento primário ao usuário ocorre de acordo com a

gravidade do caso, e não de acordo com a ordem de chegada?” Obteve-se como

maior resultado que 12 funcionários (48%) concordam que o atendimento primário

ao usuário ocorre de acordo com a gravidade do caso. E não por ordem de chegada.

Na questão 14 - “O usuário que não corre risco imediato, assim como seus

familiares, é informado sobre o tempo provável de espera pelo atendimento? ” A

prevalência foi que 12 funcionários (48%) concordaram que os usuários que não

corre risco imediato, assim como seus familiares, são informados sobre o tempo

provável de espera.

Na questão 15 -“Os profissionais que atuam no Acolhimento com

Classificação de Risco estão treinados para atender o usuário e acompanhante de

forma acolhedora e humana?” Obteve-se com maior resultado: 9 funcionários,

10

perfazendo 36% concordam que os profissionais do Acolhimento com Classificação

de Risco estão treinados para atender de forma acolhedora e humana.

Na questão 16 – “Nesse serviço, a humanização no atendimento não se faz

presente em todas as etapas do atendimento ao usuário? ” O maior resultado obtido

foi que 12 funcionários (48%) discordaram de que a humanização no atendimento

não se faz presente em todas as etapas do atendimento ao usuário.

Na questão 17 –“A equipe multiprofissional que atua nesse serviço trabalha

de forma integrada e atenta às necessidades dos usuários? ” A prevalência foi que

12 funcionários (48%) concordaram que a equipe multiprofissional que atua nesse

serviço, trabalha de forma integrada e atenta às necessidades dos usuários.

Na questão 18 –“Os usuários que passam pelo Acolhimento com

Classificação de Risco e aguardam pelo atendimento médico não são reavaliados

periodicamente?” Os funcionários, num total de 8 (32%), concordaram, relatando

que os usuários que passam pelo Acolhimento com Classificação de Risco e

aguardam pelo atendimento médico não são reavaliados periodicamente.

Na questão 19 - “Mesmo com o Acolhimento com Classificação de Risco, os

pacientes graves não são priorizados para o atendimento?” O maior resultado foi

que 14 funcionários (56%) discordaram totalmente, afirmando que os pacientes

graves não são priorizados para o atendimento.

Na questão 20 –“Os casos de baixa complexidade não são encaminhados à

rede básica de saúde?” O resultado, nesta pergunta, foi o seguinte: 7 (28%)

discordaram totalmente 7 (28%) discordaram, em parte, que os casos de baixa

complexidade não são encaminhados à rede básica de saúde.

Na questão 21 – “Os profissionais que atuam nesse setor se sentem

satisfeitos com a implantação do Acolhimento com Classificação de Risco no

atendimento? ” A prevalência foi que 11 funcionários (44%) concordaram, ou seja,

os profissionais se sentem satisfeitos com a implantação do Acolhimento com

Classificação de Risco no atendimento.

CONCLUSÃO

Após a realização desta pesquisa, foi possível compreender que o

Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) significa uma mudança na

11

organização do processo de trabalho e uma nova diretriz para a instituição, além de

uma postura diferenciada do profissional de saúde frente aos usuários. Com isso, o

resultado esperado é a redução das filas de espera, melhora no atendimento e

satisfação dos que buscam atendimento orientações e esclarecimentos também, por

parte da enfermagem, quanto ao conhecimento dos usuários de urgência e

emergência, além da referência e contrarreferência, diminuem a demanda no pronto

socorro.

Fica claro que o acolhimento prestado gera satisfação aos usuários,

colaboradores e gestores. A atenção à saúde deve ser humanizada e integral, e

considerada prioridade.

Considerando-se as dificuldades e barreiras que os usuários encontram na

tentativa de atendimento pela atenção primária de saúde, bem como as dificuldades

que os profissionais da equipe de enfermagem enfrentam diante da superlotação,

déficit de recursos humanos que se refletem em estresse físico e mental. Desta

forma é de extrema importância que se estabeleçam mudanças culturais da

população, dos gestores e dos profissionais de saúde da assistência primária,

quanto ao uso do setor de urgência e emergência, bem como uma estruturação do

fluxograma de atendimento, em que os níveis de atenção sejam reestabelecidos e

obedecidos de forma criteriosa. Sendo assim, o usuário será atendido pelos níveis

de atenção de acordo com sua necessidade.

Conclui-se que o ACCR é um avanço para instituição no reconhecimento da

saúde como um direito, para que o atendimento seja mais resolutivo, ético, integral e

humanizado aos usuários que procuram atendimento no serviço.

REFERÊNCIAS

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13

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