+ All Categories
Home > Documents > Industria Sorvete

Industria Sorvete

Date post: 01-Mar-2018
Category:
Upload: murilo-rocha-camparotti
View: 223 times
Download: 0 times
Share this document with a friend

of 84

Transcript
  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    1/84

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUIMICA E DE ALIMENTOS

    PROJETOS NA INDSTRIA DE ALIMENTOS

    PROFESSOR: JOS MIGUEL

    PROJETO DE IMPLANTAAO DEINDSTRIA DE SORVETE

    Florianpolis, dezembro de 2010

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    2/84

    1

    Contedo1.INTRODUO ....................................................................................................................3

    2.OBJETIVO ..........................................................................................................................4

    2.1.Objetivos especficos ...................................................................................................4

    3.EMPRESA EM ESTUDO .......................................................................................................5

    3.1.Localizao Fbrica atual .............................................................................................5

    3.2.Localizao terreno para construo ............................................................................6

    4.ANLISE DE MERCADO.......................................................................................................7

    5.DESCRIO DO PROCESSO DE PRODUO ..........................................................................8

    5.1.Fluxograma e descrio do processo para a produo de Sorvete de Flocos ...................9

    5.2.Fluxograma e descrio do processo para a produo de Picol de Morango................12

    6. MATRIAS PRIMA ...........................................................................................................14

    7.EQUIPAMENTOS ..............................................................................................................18

    7.1.Sorvete de Flocos ......................................................................................................18

    7.2.Picol de Morango ....................................................................................................25

    8.CONTROLE DE QUALIDADE...............................................................................................28

    9.LAYOUT...........................................................................................................................409.1.Detalhes gerais de construo e instalao .................................................................42

    9.2.Materiais e equipamentos .........................................................................................42

    9.3.P direito..................................................................................................................43

    9.4.Paredes ....................................................................................................................43

    9.5.Aberturas do prdio ..................................................................................................43

    9.6.Forro ........................................................................................................................44

    9.7.Ventilao ................................................................................................................44

    9.8.Iluminao................................................................................................................44

    9.9.Pisos.........................................................................................................................44

    9.10.Instalaes eltricas ................................................................................................45

    9.12.Instalaes sanitrias ..............................................................................................46

    10.ALGUMAS CONSIDERAES SOBRE SEGURANA NO TRABALHO ......................................46

    11.BALANO DE MASSA......................................................................................................48

    11.1.Sorvete de Flocos ....................................................................................................48

    11.2.Picol de Morango ..................................................................................................49

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    3/84

    2

    12.DIMENSIONAMENTO OPERAO UNITRIA ....................................................................51

    12.1.Literatura ................................................................................................................53

    12.2.Experimental...........................................................................................................54

    12.3.Terico ...................................................................................................................54

    13.PRODUTO......................................................................................................................57

    13.1.Sorvete de Flocos ....................................................................................................57

    13.2.Picol de Morango ..................................................................................................58

    14.GESTO AMBIENTAL ......................................................................................................59

    14.1.Efluentes Lquidos ...................................................................................................59

    14.2.Potencial Poluidor dos Efluentes Lquidos .................................................................60

    14.3.Resduos Slidos .....................................................................................................62

    15.ESTRUTURA ORGANIZACIONAL.......................................................................................63

    16.REGISTRO DE UMA EMPRESA INDUSTRIAL ......................................................................64

    16.1.1 PASSO - Consulta de Viabilidade - REGIN ..............................................................64

    16.3.3 PASSO - Alvar Municipal ....................................................................................66

    17.PLANO DE MARKETING ..................................................................................................66

    17.1.Planejamento .........................................................................................................66

    18.VENDAS E DISTRIBUIO................................................................................................69

    19.ANLISE FINANCEIRA .....................................................................................................7019.1.Investimentos .........................................................................................................70

    19.2.Financiamento ........................................................................................................72

    19.3.Receita ...................................................................................................................72

    19.4.Custos de Produo.................................................................................................74

    20.CONCLUSO ..................................................................................................................81

    21.REFERNCIAS.................................................................................................................82

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    4/84

    3

    1.INTRODUO

    Muitas informaes indicam que o sorvete foi criado pelos chineses, h cerca de

    trs mil anos atrs. Naquela poca, o sorvete comeou a ser feito atravs de uma defrutas, mel e neve (GIORDANI, 2006). Com o passar do tempo, sofreu diversas

    modificaes at chegar consistncia e o sabor conhecidos atualmente. Antes um

    alimento exclusivo entre os nobres, hoje consumido em todo o mundo, sendo acessvel

    a diversas camadas sociais.

    Segundo Giordani (2006), o sorvete chegou ao conhecimento dos brasileiros por

    volta de 1835, trazido por um navio americano que desembarcou no Rio de Janeiro. A

    carga foi comprada por dois comerciantes brasileiros que revenderam a sobremesa, na

    poca conhecida como gelado. Este alimento j enfrentou diversas dificuldades de

    armazenamento em sua histria e j foi smbolo da juventude. Hoje, necessita enfrentar

    outros desafios, como a sazonalidade apresentada no mercado brasileiro de sorvete, a

    baixa profissionalizao do setor, a carncia de tecnicidade e a desunio de seus

    membros.

    Segundo a legislao brasileira, sorvete definido como gelado comestvel, ou

    seja, produto alimentcio obtido a partir de uma emulso de gorduras e protenas, com

    ou sem adio de outros ingredientes e substncias, ou de uma mistura de gua,

    acares e outros ingredientes e substncias que tenham sido submetidas ao

    congelamento, em condies tais que garantam a conservao do produto no estado

    congelado ou parcialmente congelado, durante a armazenagem, o transporte e a entrega

    ao consumo. A legislao brasileira determina que o sorvete contenha, no mnimo, 2,5%

    de gordura e 2,5% de protena, sendo estes de origem lctea ou parcialmente

    substitudos por produtos no lcteos. Outros ingredientes, como frutas ou pedaos de

    frutas, acares, produtos de cacau e/ou outras substncias alimentcias, podem ser

    adicionados tambm, desde que no ocorra descaracterizao do produto (BRASIL,

    1999).

    No Brasil, o consumo do sorvete ainda baixo em relao aos pases europeus,

    em torno de 5,20 litros por pessoa por ano, principalmente em pocas de calor. O pas

    que apresenta o maior consumo per capita de sorvete a Nova Zelndia, com um

    consumo de 26,30 litros por ano. (ABIS, 2010).

    Entre 2002 e 2009, o consumo total de sorvetes no Brasil cresceu 39,5% e em2010, a indstria de sorvete no Brasil deve produzir mais de um bilho de litros (ABIS,

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    5/84

    4

    2010). Alm de ser um produto de baixo custo, de fcil fabricao e poder ser

    apresentado em uma grande variedade de formas, texturas e sabores (GRANGER et al.,

    2005), o sorvete possui alto valor nutricional e representa uma excelente fonte de

    energia.

    A composio do sorvete bastante variada e sua estrutura complexa, sendo

    possvel produzir diversos tipos de sorvetes a partir da combinao dos ingredientes em

    diferentes propores (ARBUCKLE, 1986). O principal ingrediente do sorvete o leite

    em todas as formas, representando 60% da mistura; seguem-se em ordem de

    importncia quantitativa, os acares (12 a 17%), as gorduras (10 a 17%), as protenas

    (8 a 12% em extrato seco desengordurado), os estabilizantes e emulsificantes (0,2 a

    0,5%), alm de outros ingredientes (SZCZESNIAK, 2000; TRGO, 2003; ORDEZ et

    al., 2005).

    Este projeto foi elaborado baseado em pesquisas bibliogrficas e visita a

    Maroma Sorvetes, localizada na cidade de Brusque, Santa Catarina que gentilmente nos

    atendeu e colocou-se a disposio para contribuio.

    2.OBJETIVO

    O objetivo deste trabalho desenvolver um projeto visando a soluo de um

    tema real apresentado por uma indstria da rea alimentcia.

    No caso a empresa escolhida foi a Maroma produtora de sorvete, que apresenta

    um projeto de aumento de produo com a construo de uma nova fbrica.

    Pretende-se alcanar este objetivo atravs do estudo mercado, matrias-primas,

    equipamentos, fluxograma de produo, operaes unitrias envolvidas e

    dimensionamentos requeridos.

    2.1.Objetivos especficos

    Os objetivos especficos do projeto para a Maroma so:

    Elaborao do projeto da nova fbrica da Indstria de Sorvetes Maroma. Projetar de acordo com as e specificaes da Empresa. Aumentar espao fsico; Maior capacidade de estoque; Aumentar a capacidade produtiva.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    6/84

    5

    3.EMPRESA EM ESTUDO

    Fundada em 1985 em Brusque, Santa Catarina, a Maroma Sorvetes se

    especializou na fabricao de sorvetes e picols.

    A empresa procura sempre por novidades no mercado, tanto em relao a

    receitas como ingredientes e mquinas. Seu parque fabril est em constante

    modernizao e a diretoria participa com freqncia de eventos e encontros

    relacionados a sorvetes no Brasil e no exterior.

    Hoje, a Maroma Indstria e Comrcio de Sorvetes, uma empresa consolidada

    em Brusque e regio. De acordo com uma pesquisa realizada recentemente por

    encomenda da Maroma, os consumidores a comparam com as grandes marcas do

    mercado.

    Recentemente sua capacidade fabril foi aumentada e, a cada temporada, a marca

    sempre lana novidades, atendendo ao gosto do seu principal objetivo: o consumidor.

    3.1.Localizao Fbrica atual

    Maroma Indstria e Comrcio de Sorvetes Ltda

    Rua Antnio Imhof, 6188351-540BrusqueSanta CatarinaTel. (47) 33553559

    Figura 1: Localizao Maroma (Google Maps 2010)

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    7/84

    6

    Figura 2: Foto fbrica Maroma

    3.2.Localizao terreno para construo

    Maroma Indstria e Comrcio de Sorvetes LtdaBrusqueSanta Catarinarea de construo10000m

    Figura 3: Localizao terreno pa ra construo

    Figura 4: Fotos terreno para construo

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    8/84

    7

    4.ANLISE DE MERCADO

    Durante o ano a indstria brasileira de sorvetes produz mais de 950 milhes de

    litros, incluindo sorvetes de massa, picols e o sorvete "soft". Cerca de 70% deste total

    consumido durante os meses de vero, de acordo com a Associao Brasileira das

    Indstrias de Sorvetes (ABIS).As previses para a temporada 2009/2010 so otimistas

    se tratando de crescimento do mercado e os investimentos que vm sendo feitos na

    expanso das atuais empresas, em desenvolvimento tecnolgico e novos estudos

    nutricionais. A perspectiva que 2009 termine com um crescimento acima de 3%.

    O mercado de sorvetes no Brasil, que movimenta cerca de R$ 2 bilhes por ano,

    tem se mantido aquecido tanto em termos de vendas como de lanamentos. Ao lado dos

    tradicionais sorvetes, novos sabores e novas texturas tm sido introduzidos em

    cardpios sofisticados, confirmando que o sorvete vem ganhando, cada vez mais, o

    status de um alimento que pode ser consumido em qualquer momento. Apesar do alto

    consumo no vero, os nmeros podem crescer muito, principalmente se comparados aos

    de outros pases.

    O brasileiro consome em mdia 4,7 litros anuais, menos de um tero do consumo

    per capita em alguns pases nrdicos e frios, como a Dinamarca e a Finlndia. Segundo

    Eduardo Weisberg, presidente da ABIS, a causa dessa diferena de consumo nestespases cultural. "O setor de sorvetes no Brasil tem capacidade de atender o mercado

    durante o ano todo da mesma forma que atende no vero. Infelizmente os brasileiros

    foram educados a acreditar que tomar sorvete no inverno faz mal, provoca gripes e

    resfriados. uma idia falsa, pois o tempo mais frio no impede o consumo e tampouco

    provoca qualquer mal sade".

    A sazonalidade do mercado brasileiro geralmente vem acompanhada de

    prconcepes equivocadas referentes composio do produto e quais seus efeitospara sade humana. Apesar do Brasil, especificamente Salvador, possuir um clima

    tropical, que favorece o consumo deste alimento, diferentemente de pases mais

    distantes dos trpicos, o ato de consumir sorvete ainda est muito ligado ao vero e

    refrescncia. Isto faz com que as vendas deste produto estejam concentradas no perodo

    de setembro a fevereiro (ABIS, 2006). Os impactos desta cultura acabam

    desencadeando um consumo mdio anual abaixo dos ndices apresentados por pases

    que no possuem caractersticas to tropicais quanto o Brasil.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    9/84

    8

    Apesar de ocupar a 12 posio no ranking de consumo mundial, importante que o

    Brasil busque sadas criativas que viabilizem uma reao a estes ndices. Conforme

    observado na figura 01, a China ocupa a 13 posio no ranking mundial de consumo de

    sorvete, porm ocupa o 2 lugar no ranking dos pases que mais produzem sorvete,

    inclusive ultrapassando pases como o Canad, terceiro maior consumidor de sorvetes

    mundial, concluindo que a taxa de exportao do produto chins deve ser muito

    elevada.

    Embora o Brasil possua oito mil fabricantes de sorvetes, apenas trs respondem por

    cerca de 80% do mercado (ABIA, 2006). Ampliando a anlise para o ambiente nacional,

    possvel observar que o setor oferece vantagens. Isto refletido na evoluo

    continuada do faturamento e das perspectivas de atendimento de uma demanda ainda

    inferior s potencialidades do produto, haja vista o aumento significativo das vendas de

    sorvetes no Brasil durante a alta temporada (setembro a fevereiro). Somente neste

    perodo, consumida cerca de 70% da produo total (ABIS, 2006), ou seja, se o setor

    conseguir encontrar solues adequadas, objetivando aumentar o consumo durante o

    perodo de baixa estao, possvel atingir ndices mais expressivos com relao a

    produo e consumo anual.

    A indstria brasileira de sorvete est concentrada nas regies sudeste e sul, que

    respondem juntas por cerca de 80% da produo de sorvetes. S o estado de So Paulo

    produz aproximadamente 30% do total do Brasil (ABIS, 2003). A regio Nordeste

    produz apenas 13% deste total.

    Desprender a imagem do sorvete a simplesmente uma guloseima que refresca

    aliado a profissionalizao do segmento a nvel nacional , sem dvida, o maior desafio

    dos empresrios e atores da rea.

    5.DESCRIO DO PROCESSO DE PRODUO

    Entre os produtos que a empresa Maroma produz, dois foram escolhidos para

    serem melhor discutidos: sorvete de flocos e picol de morango. Para a produo dos

    outros produtos, h uma pequena variao no fluxograma.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    10/84

    9

    5.1.Fluxograma e descrio do processo para a produo de Sorvete de

    Flocos

    Observao: Os itens destacados so os Pontos Crticos de Controle (PCC) e sero

    discutidos na seo Controle de Qualidade.

    Recepo e estocagem das matrias-primas: Os ingredientes acar cristal, leite em

    p, glutamato monossdico, glicose, aroma, estabilizante, cobertura de chocolate e as

    embalagens so estocados em temperatura ambiente, em um local fresco e ventilado,

    Recepo de

    Estocagem Estocagem sob

    refrigerao

    Pesagem

    matrias-primas

    Mistura

    Mistura do

    RecheioAdio de cobertura

    Pasteurizao

    Homogeneizao

    Resfriamento

    Maturao

    Incorporao de ar

    Acondicionamento

    Endurecimento

    Embalagem

    Pasteurizao da

    cobertura

    Adio de

    aromatizantes

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    11/84

    10

    sem a incidncia de raios solares. O creme de leite e a gordura vegetal so estocados

    em local refrigerado. A gua deve ser potvel e seu reservatrio deve ser mantido limpo.

    Pesagem: Os ingredientes so pesados em salas especficas, para que se tenha um bom

    balanceamento na formulao.

    Mistura: A mistura conhecida tambm como calda. Os ingredientes lquidos so

    adicionados ao tanque de pasteurizao e a agitao mecnica e o aquecimento so

    iniciados. Durante a agitao, quando a temperatura de 50C atingida, os ingredientes

    em p so adicionados. Esses so previamente misturados ao acar para facilitar a

    dissoluo.

    Pasteurizao: feita em um tanque de pasteurizao a 80C por 25s. A calda pasteurizada com o objetivo de destruir os microrganismos patognicos presentes na

    mistura, garantindo a segurana microbiolgica do produto. Observa-se tambm que

    ocorre a desnaturao das protenas, causando a reduo da tenso superficial existente

    entre a gordura e a gua e o aumento da capacidade de reteno de gua.

    Homogeneizao: realizada em um homogeneizador e em torno de 60 - 80C. Tem

    como propsito diminuir os tamanhos dos glbulos de gordura, para obteno de uma

    suspenso uniforme e permanente, com distribuio uniforme da gordura, sem tendncia

    de separao, maior resistncia oxidao e melhor corpo e textura.

    Resfriamento: A calda homogeneizada resfriada em um trocador de calor a placas

    com temperatura de sada de 4C. Caso a calda no seja resfriada rapidamente, ficar

    muito viscosa e o sorvete no se derreter suavemente na boca.

    Maturao e Adio de aromatizantes:A maturao feita em tanques de maturao,

    onde a temperatura de 4C mantida por 20hs. Durante a maturao, ocorrem algunsfenmenos como a cristalizao da gordura e hidratao das protenas e dos

    estabilizantes. Esta etapa contribui para melhor absoro de ar durante o batimento e

    congelamento, e melhor resistncia ao derretimento. Os aromatizantes que no resistem

    ao processo de pasteurizao so adicionados nessa etapa.

    Incorporao de ar: realizada em uma produtora de sorvete, onde a temperatura de

    sada de -4C. Nessa etapa h incorporao de ar devido agitao vigorosa da

    mistura e congelamento rpido, cerca de 50% da gua da mistura congelada em

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    12/84

    11

    pequenos cristais. Sua finalidade fazer com que o sorvete tenha suavidade no corpo e

    textura, bom sabor e overrun.

    Pasteurizao da cobertura: feita em um tanque de pasteurizao a 70 C por 30

    minutos. A calda pasteurizada com o objetivo de destruir os microrganismospatognicos presentes na mistura, garantindo a segurana microbiolgica do produto.

    Adio da Cobertura e Mistura do Recheio: Uma calda de chocolate adicionada ao

    sorvete na incorporadora de slidos e lquidos (mquina de recheio) em uma

    temperatura de aproximadamente 40C. a adio da calda de chocolate que

    caracteriza o sorvete de flocos.

    Acondicionamento: Na sada da mquina de recheio, o sorvete envasadomanualmente em temperatura ambiente. A embalagem utilizada de polipropileno e

    pode ser de 1, 2 ou 6 L.

    Endurecimento e estocagem:O sorvete envasado levado para uma cmara fria, que

    est em -18C, onde continua o seu processo de congelamento. O endurecimento deve

    ocorrer de forma rpida para evitar a formao de grandes cristais de gelo.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    13/84

    12

    5.2.Fluxograma e descrio do processo para a produo de Picol de

    Morango

    Observao: Os itens destacados so os Pontos Crticos de Controle (PCC) e sero

    discutidos na seo Controle de Qualidade.

    Recepo e estocagem das matrias-primas: Os ingredientes acar cristal, leite em

    p, glutamato monossdico, glicose, aroma, estabilizante e as embalagens so estocados

    em temperatura ambiente, em local fresco e ventilado, sem a incidncia de raios solares.

    Recepo dematrias-primas

    Estocagem

    Temp. ambiente

    Estocagem sob

    refrigerao

    Pesagem

    matrias-primas

    Mistura

    Pasteurizao

    Homogeneizao

    Resfriamento

    Maturao

    Enchimento

    Insero do palito

    Embalagem

    Congelamento

    Extrao

    Acondicionamento

    Estocagem

    gua quente

    lcool

    Adio de

    aromatizantes

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    14/84

    13

    O creme de leite e a gordura vegetal so estocados em local refrigerado. A gua deve

    ser potvel e seu reservatrio deve ser mantido limpo.

    Pesagem: Os ingredientes so pesados em salas especficas, para que se tenha um bom

    balanceamento na formulao.

    Mistura: A mistura conhecida tambm como calda. Os ingredientes lquidos so

    adicionados ao tanque de pasteurizao e a agitao mecnica e o aquecimento so

    iniciados. Durante a agitao, quando a temperatura de 50C atingida, os ingredientes

    em p so adicionados. Esses so previamente misturados ao acar para facilitar a

    dissoluo. Nessa fase, apenas a polpa de morango no adicionada.

    Pasteurizao: feita em um tanque de pasteurizao a 80C por 25s. A calda pasteurizada com o objetivo de destruir os microrganismos patognicos presentes na

    mistura, garantindo a segurana microbiolgica do produto. Observa-se tambm que

    ocorre a desnaturao das protenas, causando a reduo da tenso superficial existente

    entre a gordura e a gua e o aumento da capacidade de reteno de gua

    Homogeneizao: realizada em um homogeneizador e em torno de 60 - 80C. Tem

    como propsito diminuir os tamanhos dos glbulos de gordura, para obteno de uma

    suspenso uniforme e permanente, com distribuio uniforme da gordura, sem tendncia

    de separao, maior resistncia oxidao e melhor corpo e textura.

    Resfriamento: A calda homogeneizada resfriada em um trocador de calor a placas

    com temperatura de sada de 4C. Caso a calda no seja resfriada rapidamente, ficar

    muito viscosa e o sorvete no se derreter suavemente na boca.

    Maturao e adio de aromatizantes:A maturao feita em tanques de maturao,

    onde a temperatura de 4C mantida por 20hs e a polpa de morango adicionada.Durante a maturao, ocorrem alguns fenmenos como a cristalizao da gordura e

    hidratao das protenas e dos estabilizantes. Esta etapa contribui para melhor absoro

    de ar durante o batimento e congelamento, e melhor resistncia ao derretimento. Os

    aromatizantes que no resistem ao processo de pasteurizao so adicionados nessa

    etapa.

    Enchimento: A calda despejada automaticamente em formas vazias, suspensas em

    lcool -25C. Essa etapa e as trs seguintes so realizadas na picoleteira automtica.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    15/84

    14

    Insero do palito: Uma tampa com os palitos colocada por um funcionrio em cada

    bandeja. Deve-se observar se a insero est sendo feita no centro do picol e se a

    regio central no est congelada.

    Congelamento: Os picols permanecem imersos em lcool para completar o seucongelamento, por aproximadamente 15 minutos.

    Extrao: O picol passa por uma zona de descongelamento, onde as formas passam

    por gua quente 50C, para soltar da forma.

    Acondicionamento:Os picols retirados das formas so colocados manualmente um a

    um em uma esteira, onde so embalados por uma embaladora automtica.

    Estocagem:Os picols so acondicionados em caixas e levados para uma cmara fria,

    que est em -18C, onde continua o seu processo de congelamento. O endurecimento

    deve ocorrer de forma rpida para evitar a formao de grandes cristais de gelo.

    6. MATRIAS PRIMAO sorvete um alimento obtido a partir de uma emulso estabilizada e

    pasteurizada, que atravs de um processo de congelamento sob contnua agitao

    (batimento) e incorporao de ar, produz uma substncia cremosa, suave e agradvel ao

    paladar (OLIVEIRA, 2005).

    A legislao brasileira determina que o sorvete contenha, no mnimo, 2,5% de

    gordura e 2,5% de protena, sendo estes de origem lctea ou parcialmente substitudos

    por produtos no lcteos. Outros ingredientes, como frutas ou pedaos de frutas,acares, produtos de cacau e/ou outras substncias alimentcias, podem ser adicionados

    tambm, desde que no ocorra descaracterizao do produto (BRASIL, 1999).

    Baseado nos ingredientes utilizados pela Maromba, tem-se como base para

    produo de sorvetes:

    guaLeite em p - Acar CristalGlutamato MonossdicoGlucose - Creme de

    leiteAroma natural e artificialGordura VegetalEstabilizantes.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    16/84

    15

    gua

    A gua alm de matria-prima do sorvete, faz parte de praticamente todas a

    atividades de limpeza dentro da empresa. O fornecedor dessa matria-prima a

    companhia catarinense de guas e saneamento (CASAN). A Tarifa aplicada para

    imveis destinados ao exerccio de atividades industriais que consomem mais de 10 m3

    de gua, de R$ 5,9935 para cada metros cbicos consumidos.

    Leite em p, Creme de Leite e Gordura Vegetal: A importncia das Gorduras e

    Protenas

    Esse ingredientes sero fontes de protenas, vitaminas lipossolveis e

    hidrossolveis, lactose, gordura, sais minerais e enzimas.

    O leite em p no durante o congelamento facilita o processo de cristalizao de

    forma mais homognea do produto final. Alm mais segurana do produto pois o

    processamento de secagem do leite garante maior qualidade microbiolgica do produto

    e menos preocupao na recepo e armazenamento do mesmo.

    O fornecedor do leite em p a Danby Cosulati que fornece o Leite em P por

    R$7,00 /kg em sacas de 25kg.

    O Creme de leite ser fornecido pela Lder atravs do distribuidor Copal a

    R$3,85 /kg

    A Gordura Vegetal ser a Kukim atravs do distribuidor Copal a R$4,6 /kg.

    Com relao a gordura desses ingredientes, ela influenciar nas caractersticas

    sensoriais pois confere corpo, melhora a textura e o sabor. Tambm interfere na

    sensao do frio, pois sorvetes com elevado teor de gordura reduzem a sensao bucal

    de frio e possuem alta sensao lubrificante na boca .

    Em relao s protenas, destaca-se a ao das micelas de casena. Elas

    interagem com a superfcie da gordura da mistura do sorvete atuando como agentesemulsificantes e mantendo a gordura em suspenso.

    Tambm determinam a capacidade de batimento do produto, influenciam nas

    caractersticas fsicas e sensoriais de corpo e textura. Alm de interagir com outros

    estabilizantes e contribuio para a formao da estrutura do sorvete e sua capacidade

    de reteno de gua.

    As protenas em contato com a gua geram uma textura suave e boa

    consistncia, contribuem com o valor nutritivo e, devido aos grupos laterais hidrfobosque contm, forma parte da membrana que encobre os glbulos de gordura,

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    17/84

    16

    determinando assim, com os estabilizantes e emulsificantes, as propriedades reolgicas

    do sorvete. (OLIVEIRA, 2005)

    Acar Cristal, Glucose e Lactose do leite

    Os acares alm de produzir o sabor doce e fornecer o aporte energtico,

    aumentam a viscosidade do sorvete, so responsveis pela formao de uma textura

    suave.

    Porm no deve ser utilizado em excesso, pois isso leva a diminuio do ponto

    de congelamento do produto e por essa razo necessrio controle da adio de acar

    de modo que o sorvete possa ser congelado. Pois alm de conferir sabor

    demasiadamente doce e textura arenosa, pode interferir na propriedade de

    endurecimento do sorvete (DUAS RODAS, 2005).

    Lactose, acar naturalmente presente no leite, conferi sabor doce e contribui

    para a textura do sorvete. Porm, quando adicionada em excesso, pode cristalizar-se e

    produzir um sorvete com textura arenosa pois ela possui menor poder adoante e menor

    solubilidade do que outros acares.

    O fornecedor do acar cristal ser Cerradinho ao preo de R$ 1,16 o quilo. Do

    Xarope de Glucose, a Cargil ao preo de R$ 5,50.

    Emulsificantes e Estabilizantes e Glutamato Monossdico

    Esses ingredientes podem ser considerados matrias-primas coadjuvantes que

    ajudam a manter a qualidade do produto final.

    O emulsificante e estabilizante sero fornecidos pela Duas Rodas Industrial

    atravs produto Super liga neutra ao preo de R$ 5,86/kg.

    O Glutamato Monossdico foi o primeiro flavorizante a ser vendido

    comercialmente. Esta substncia capaz de proporcionar um sabor rico e caractersticodos alimentos. O fornecedor ser Ajinomoto ao preo de R$19,30

    Os emulsificantes promovem a uniformidade da disperso da gordura em gua,

    controlam a formao de aglomerados de glbulos de gordura e contribuem para

    incorporao de ar, melhorando a textura e corpo do sorvete. Tambm evitam a

    separao da gua durante o batimento e favorecem um derretimento suave do sorvete

    na boca.

    J os estabilizantes aumentar a viscosidade da mistura (OLIVEIRA, 2005) eevitam a recristalizao, devido a variaes na temperatura de armazenamento do

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    18/84

    17

    sorvete. Alm de conferem melhor corpo e textura ao produto e favorecem para a

    incorporao de ar.

    Tabela 1: Matria -primas e os respectivos fornecedores e preos

    Matria-prima Fornecedor Preo

    guaCASAN R$ 5,9935/m3

    Leite Cosulati R$ 7,00 / kg

    Creme de Leite Tirol R$3,85 /kg

    Gordura Vegetal

    Kukim R$ 2,30/kg

    Acar Cristal Cerradinho R$ 1,16 /kg c/ ICMS 12%

    Aroma (saborizante)Duas Rodas - Saborizante

    Algemix

    R$ 7,80 frutas

    R$ 18,16 chocolate

    Estabilizante e EmulsificanteDuas RodasSuper Liga

    NeutraR$ 5,86/kg

    Glutamato Monossdico Ajinomoto R$ 19,3kg

    Xarope Glucose Cargil R$ 5,55

    Bobinas embalagem Coldmark R$ 0,21/kg

    Pote para Sorvete Plastamp $0,80/kg

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    19/84

    18

    7.EQUIPAMENTOS

    7.1.Sorvete de Flocos

    PREPARAO DA CALDA

    Equipamentoutilizado

    Planta de pasteurizador = 2(Tanque+Pasteurizador)+ 1Homogeneizador+ 1Trocador de calor Mix working 2000

    Fornecedor TechnogelPreo R$ 600.000,00

    Quantidade 1Capacidade 2000 L cada tanqueDurao do

    processo2 horas

    Especificaes Aquecedor de gua gs ou eltrico,pasteurizador, homogeneizador,2 estgios de resfriamento, painel de controle eltrico, tubo de aoinoxidvel para gua quente, base de ao inoxidvel.

    Ilustrao

    MATURAO

    Equipamentoutilizado

    Tanque de Maturao

    Fornecedor Casa FortePreo R$ 19.000,00Quantidade 2Capacidade 2000 LDurao do

    processo12 horas

    Especificao Medidas aprox. 1.885mm x Corpo 1.000mm x Ps 700mm total1.700mmDe formato cilndrico vertical, construda em ao inoxidvel . Finalidade: Processo de Maturao , Capacidade: 2.000lts

    Isolamento trmico em Poliuretano Revestimento em ao inoxidvel

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    20/84

    19

    Tampa bipartida, Com painel com termmetro digital para controle da temperatura Estrutura superior para acionamento mecnico em viga "U de aoinoxidvel, Agitador vertical acionado por motor Redutor com Hlice martima;

    Com unidade de frios para resfriamento composta por: Placasevaporadoras de Alto Desempenho / Unidade Condensadora de alta

    performance / Painel de Proteo contra surtos de energia e descargasatmosfricas / Controle de temperatura e agitao feita porcontroladores eletrnicos; Ps de apo io em perfil dobrado de ao inoxidvel, Plaqueta de identificao, Acabamento: Interno e Externo polido sanitr io

    Ilustrao Indisponvel

    PRODUTORA

    Equipamentoutilizado

    Produtora

    Fornecedor TechnogelPreo R$ 150.000,00

    Quantidade 2Capacidade 750L/h 650Durao do

    processo

    Contnuo

    Especificaes Produo750L/h, Potncia 19,6 kW, Largura 680mm, Profundidade1430mm, Altura 1660mm.

    Ilustrao

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    21/84

    20

    RECHEIO

    Equipamentoutilizado

    Incorporadora slidos e lquidos

    Fornecedor BertolloPreo -

    Quantidade 1Capacidade equipada com Sistema de Rosca Sem Fim, com velocidade

    regulvel atravs de inversores, possibilitando incorporar umaquantidade de slidos desejada.

    Durao doprocesso

    Contnuo

    Especificaes Altura: 1,41 m x Largura: 0,65 x Profundidade: 1,00 m Potncia daBomba: 0,25 Kw - Potncia Misturador de Slido: 0,25 Kw -

    Potncia do Misturador: 0,25 Kw - Potncia do Rotor: 0,25 Kw -

    Potncia: 1,0 Kw - Tenso: 220V. ou 380V. Trifsico - DisjuntorTripolar 10 Ampres e fio 2,5 KwFabricado em ao inx

    Ilustrao

    TNEL DE CONGELAMENTO

    Equipamentoutilizado

    Tnel de congelamento

    Fornecedor BrusinoxPreo Depende do Layout

    Quantidade 1Capacidade Comportar potes de 1L, 2L e 6LDurao do

    processocontnuo

    Dimenso Depende do LayoutIlustrao Depende do Layout

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    22/84

    21

    Os postes de sorvete so organizados em pallets em uma sala prpria e

    colocados na cmara.

    CMARA

    Equipamentoutilizado

    Painis Termoisolantes

    Fornecedor DnicaPreo Refrigerado 100ml EPS R$87,74 m +5% IPI

    Congelado 150ml EPS R$ 98,26m2+ 5% IPIQuantidade 1Capacidade 300.000 LDurao do

    processoOs sorvetes ficam armazenados em mdia durante 1 semana.

    Especificaes 3 salas (produo, armazenamento, distr ibuio). Produtos

    organizados em estantes e pallets.Ilustrao

    O sorvete de Flocos no utiliza crocante e recheio de frutas, mas esses

    equipamentos so explicitados, pois so utilizados em outros produtos. Tambm

    apresentada a mquina de Sundae que s utilizada para preparo dos potes de 100 mL e

    para o sundae.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    23/84

    22

    APOIOS

    CALDEIRA

    Equipamentoutilizado

    Caldeira CGB - COB

    Fornecedor BeneckePreo Dependente do Projeto da empresa (R$30.000,00 a R$100.000,00)

    Quantidade 1Capacidade 180 a 30000 Kg/h

    Especificaes Caldeiras flamotubulares com dois ou trs passes, wet back. Paragerao de 180 a 30.000 kg/h de vapor saturado ou superaquecido

    presso de at 28 kgf/cm.Ilustrao

    TORRE DE RESFRIAMENTO

    Equipamentoutilizado

    Torre de Resfriamento

    Fornecedor BertolloPreo R$ 5.000,00

    Quantidade 1Capacidade Capaz de trabalhar com duas mquinas ou at trs mquinas,

    dependendo da capacidade.Especificaes Com base em ao inx 304 - Altura: 1,63 x Largura: 0,84 x

    Profundidade: 1,50 m - Peso: 110 Kg - Motor do ventilador: 1,0CV 1100 rpm - Bomba: 2,0 CV 3460 rpm - Potncia: 2,2 Kw -Tenso de entrada: 220V. ou 380V. Trifsico.

    Ilustrao

    http://www.bertollo.com.br/uploads/BertolloSC_Fotos_comdescricao-22.jpghttp://www.benecke.com.br/upl/prod_img/pri_6_38.jpg
  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    24/84

    23

    COBERTURA

    Equipamentoutilizado

    Pasteurizador Pasto B150

    Fornecedor Bertollo

    Preo -Quantidade 1Capacidade 150LDimenso Pasteuriza 150 litros de calda por ciclo (aproximadamente: 2:30 hs).

    Altura: 1,485 x Largura: 0,87 x Profundidade: 0,95 + Aquecedor:0,20 + Torneira: 0,20 m - Condensao: gua - Gs R-22 -Compressor Hermtico: 5.5 Hp (MT-50) Agitador de 1,0 CV Emulsor de 1,5 CV - Potncia: 6,7 Kw - Com Bomba deTransferncia embutida= 7,0 Kw - Aquecimento: Aquecedor a Gs(GLP) - Tenso de entrada: 220V. ou 380V. Trifsico Mquina220V. Trifsico: Disjuntor Tripolar 40 Ampres e fio 04 mm

    Mquina 380V. Trifsico: Disjuntor Tripolar 25 Ampres e fio 04mm - Fabricado em ao inx 304.Ilustrao

    Equipamentoutilizado

    Fogo 2 Bocas Semi Industrial Imperador Sem Forno 2204-Clarice

    Fornecedor Renato eletro.comPreo R$ 359,90

    Quantidade 1Especificaes Material: queimadores e grelhas em ferro fundido, corpo do fogo em

    chapa fina frio pintada e esmaltada. Botes em nylon.Bocas: 02.Acendimento: manual.Queimadores: 02.Tipos de queimadores: ferro fundido.Sobretampa nos queimadores: ferro fundido.Mesa: chapa de ao fina frio esmaltada.Botes: fixos.Grades na mesa: ferro fundido.Ps: fixos.Proteo trmica traseiraPotncia dos queimadores: 1 queimadores de 4 kw e 1 queimadores

    de 1,6 kw.Tipo de gs: GLP.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    25/84

    24

    Peso aprox. do produto: 18 kg..Dimenses aprox. do produto (L x A x P): 72 x 79 x 40 cm.

    Ilustrao

    Utenslios Facas, colheres, baldes, tbuas de corte.

    Fornecedor Mercado LocalPreo R$ 100,00

    Quantidade 2 facas, 2 colheres, 2 baldes, 2 tbuas de corte

    FREEZER DE APOIO

    Equipamentoutilizado Freezer horizontal.DA 400 br. Metalfrio

    Fornecedor Casas da guaPreo R$1.767,00

    Quantidade 2Capacidade 419 L

    Especificao freezer/refrigerador horizontal 02 tampos branco basculantelarg.1,335-alt.0,945-prof.0,690Voltagem 115V, 127V, 220VFaixa de Temperatura 2 a 8C e -18 a -22CFrequncia 60Hz

    Dreno frontalTermostato AjustvelPotncia 168WMaterial Gabinete Externo Ao Pr PintadoMaterial Gabinete Interno AlumnioMaterial da Moldura do Tanque PlsticoTipo de Abertura BasculanteTipo do Evaporador Cold Wall (Tubo Chapa)Tipo de Gs Refrigerante R-134ATipo de Isolao PoliuretanoTipo de Pintura PolisterTipo de Puxador da Porta PlsticoTipo de Condensao Forada

    http://www.ricardoeletro.com.br/Produto/Eletrodomesticos/Fogao/Fogao-Industrial/Clarice/Fogao-2-Bocas-Semi-Industrial-Imperador-Sem-Forno-2204-Clarice/256-280-792-25003
  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    26/84

    25

    Tipo de Controlador de Temperatura Termostato EletromecnicoIlustrao

    No caso do preparo de produtos como Picol o fluxo de produo o mesmo,mas os equipamentos utilizados sero os de menor dimenso, conforme apresentado aseguir.

    7.2.Picol de Morango

    PREPARAO DA CALDA

    Equipamentoutilizado

    Planta de pasteurizador = (Tanque+Pasteurizador) +Homogeneizador+Trocador de calor

    Fornecedor Etscheid TechnoPreo -

    Quantidade 1Capacidade 150 LDurao do

    processo

    1 hora

    Especificaes O tanque pasteurizador de formato cilndrico e totalmente fabricadoem ao inoxidvel AISI 304. Construdo com paredes duplas isoladascom poliuretano. Na parede lateral do recipiente interno existe umtrocador de calorsoldado a laser. Atravs deste trocador de calor, uma

    bomba acionada para enviar gua quente para pasteurizaoproduzido com um aquecedor a gs embutido e em seguida gua friapara resfriar at uma temperatura de 40 C. O trocador de calor conectado fonte de gua quente e fria (circulao externa).

    No fundo do tanque pasteurizador existe um evaporador soldado alaser. O evaporador est conectado a unidade condensadora que seencontra na parte inferior do tanque para resfriar a calda de 40 C parauma temperatura de maturao de 4 C. O tanque pasteurizador temum agitador para fazer circular a calda durante o aquecimento eresfriamento, alm de um agitador continuo rpido parahomogeneizao da mistura.O processo inteiro que consiste em pasteurizao, homogeneizao,resfriamento de 40 C a 4 C, totalmente automatizado, sendocontrolado eletronicamente com visor digital. possvel selecionarduas diferentes temperaturas de pasteurizao.

    http://www.etscheid.com.br/portugues/laser.htmhttp://www.etscheid.com.br/portugues/laser.htmhttp://www.etscheid.com.br/portugues/laser.htmhttp://www.metalfrio.com.br/servicos/Produto_Upload/651/DA400_prod_ampl.jpghttp://www.etscheid.com.br/portugues/laser.htmhttp://www.etscheid.com.br/portugues/laser.htmhttp://www.etscheid.com.br/portugues/laser.htm
  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    27/84

    26

    Ilustrao

    MATURAO

    Equipamentoutilizado

    Tanque de Maturao

    Fornecedor IncomarPreo -

    Quantidade 1Capacidade 500LDurao do

    processo12 horas

    EspecificaesIlustrao

    O nico picol que necessita da etapa da mquina produtora o Maxi e o Maxi

    Amndoas. O restante sai do tanque de maturao diretamente para a produtora de

    picol.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    28/84

    27

    PRODUTORA DE PICOL

    Equipamentoutilizado

    Picoleteira Pic F/72

    Fornecedor MDG Mquinas para SorvetePreo R$ 200.000,00

    Quantidade 1Capacidade 6000 picols por hora

    Especificaes Picoleteira continua com capacidade de produo de 3000picoles/hora, sistema pneumatico para empurrar as formas,

    compressor semi-hermetico,desenformador acoplado na maquina.Ilustrao

    EMBALADORA

    Equipamentoutilizado

    Embaladora

    Fornecedor BertolloPreo -Quantidade 1Capacidade 3000 picols por horaDurao do

    processo1 hora

    Especificaes Altura: 1,30, com datador: 1,70 x Largura: 2,00 x Profundidade: 0,55m - Potncia: 1,2 Kw - Tenso de entrada: 220V. ou 380V.Trifsico Disjuntor Tripolar 15 Ampres e fio 2,5 mm - Fabricadoem ao inx 304.

    Ilustrao

    Os picols so embalados em caixas em sala especial e despachados para

    cmara.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    29/84

    28

    Tabela 2: Listagem total de equipamentos

    Equipamento Quantidade

    Tanque de Calda 2x 2000L

    1x 600L

    2x 150L

    Homogeneizador 2

    Trocador de calor 2

    Tanque de Maturao 4x 2000L

    4x 600L

    Produtora 2x 750L/h

    3x 250L/h

    Recheio 1x 750L/h

    Cobertura 1x 150L

    Produtora de Picol 1

    Embaladora 1

    Freezer de apoio 3

    Cmara fria 1

    Tnel de Congelamento 1

    Torre de resfriamento 1

    Caldeira 1

    Gerador 1

    8.CONTROLE DE QUALIDADE

    O Sistema de Anlise de Perigos e Pontos Crticos de Controle (APPCC) foi

    desenvolvido para garantir a produo de alimentos seguros sade do consumidor.

    Seus princpios so utilizados no processo de melhoria da qualidade, contribuindo para

    maior satisfao, tornando as empresas mais competitivas e ampliando as possibilidades

    de conquista de novos mercados, principalmente o externo.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    30/84

    29

    Fundamenta-se na identificao dos perigos potenciais segurana do alimento,

    bem como nas medidas para o controle das condies que geram os perigos. baseado

    em sete princpios, que so: Anlise dos perigos e medidas preventivas, Identificao

    dos pontos crticos de controle, Estabelecimento dos limites crticos, Estabelecimento

    dos procedimentos de monitorao, Estabelecimento das aes corretivas,

    Estabelecimento dos procedimentos de verificao e Estabelecimento dos

    procedimentos de registro.

    Para um melhor entendimento, necessrio que alguns conceitos estejam claros.

    So eles:

    Programa de pr-requisitos: Procedimentos, incluindo as Boas Prticas de Fabricao

    (BPF) e Procedimentos Padres de Higiene Operacional (PPHO), que constituem uma

    base higinico-sanitria, necessrios para a adequada implantao do Sistema APPCC.

    Ponto de Controle (PC): So os pontos ou as etapas que afetam a segurana, mas so

    controlados prioritamente por p rogramas e procedimentos de pr-requisitos.

    Ponto Crtico de Controle (PCC) : Qualquer ponto, etapa ou procedimento no qual se

    aplicam medidas de controle (preventivas) para manter um perigo significativo sob

    controle, com objetivo de eliminar, prevenir ou reduzir os riscos sade do consumidor.

    O processo de produo de sorvete de flocos e picol de morango o mesmo at

    a etapa de maturao. Isso pode ser visualizado pelos fluxogramas de produo, onde as

    etapas destacadas so os Pontos Crticos de Controle. Como os PCCs so os mesmos,

    eles sero tratados juntamente Os PCs diferem um pouco em cada processamento e

    portanto, sero tratados separadamente. Seguem as tabelas de Pontos Crticos de

    Controle e Pontos de Controle abaixo:

    Tabela 3: Pontos Crticos de Controle para Sorvete de Flocos e Picol de Morango

    PCC 1

    Etapa Recepo de matrias primas: ingredientes lcteos (leite em p)

    Perigos Presena de microrganismos patognicos S. aureus(toxina)

    Medidaspreventivas

    Seleo de fornecedores com certificado de garantia de qualidade

    Limite crtico*MICRORGANISMO Tolerncia para Amostra Representativa

    n c m M

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    31/84

    30

    Leite em p

    Bacillus cereus/g 5 2 5x10 5x10

    Coliformes a 45oC/g 5 2 10

    Estaf.coag.positiva/g 5 1 10 10

    Salmonella 30a/25g 10 0 Aus -

    Creme de Leite

    Coliformes a 45oC/g 5 2 10

    Estaf.coag.positiva/g 5 2 5x10 10

    Salmonella 30a/25g 5 0 Aus -

    Monitorizao

    O que? Certificados

    Como? Observao

    Quando? No recebimento de cada lote

    Quem? Auxiliar de laboratrio

    Ao corretiva Rejeitar

    Registro Certificado do fornecedor

    VerificaoColeta de amostra para anlises (validao do laudo dofornecedor)

    PCC 2

    Etapa Estocagem sob refrigerao

    PerigosMultiplicao de MO patognicos psicotrficos e produo detoxinas

    Medidaspreventivas

    Temperatura e tempo de estocagem adequados

    Limite crtico Temperatura mxima de 5 C

    Monitorizao

    O que? Temperatura da cmara de estocagem

    Como? Termmetro

    Quando? A cada 4 horas

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    32/84

    31

    Quem? Encarregado

    Ao corretiva Ajustar a temperatura

    Registro Temperatura

    Verificao Superviso e calibrao do termmetro

    PCC 3

    Etapa Pasteurizao

    Perigos Sobrevivncia de MO patognicos

    Medidaspreventivas

    Tempo e temperatura adequados

    Limite crtico Tempo e temperatura mnimos requeridos: 80 C/25 segundos

    Monitorizao

    O que? Tempo e temperatura

    Como? Termmetro e cronmetro

    Quando? Por batelada

    Quem? Operador do equipamento

    Ao corretiva Re-pasteurizar

    Registro Relatrio de Controle de processo

    Verificao Superviso e calibrao

    PCC 4**

    Etapa Pasteurizao da cobertura

    Perigos Sobrevivncia de MO patognicos

    Medidaspreventivas

    Tempo e temperatura adequados

    Limite crtico Tempo e temperatura mnimos requeridos: 70 C/30 minutos

    Monitorizao

    O que? Tempo e temperatura

    Como? Termmetro e cronmetro

    Quando? Por batelada

    Quem? Operador do equipamento

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    33/84

    32

    Ao corretiva Re-pasteurizar

    Registro Relatrio de Controle de processo

    Verificao Superviso e calibrao

    PCC 5

    Etapa Maturao

    Perigos Multiplicao de MO patognicos

    Medidaspreventivas

    Manuteno do tempo e temperatura adequados

    Limite crtico Tempo e temperatura mximos: 4,4 C/24 hs

    Monitorizao

    O que? Tempo e temperatura da calda

    Como? Termmetro e relgio

    Quando? Por batelada

    Quem? Controle de processo

    Ao corretiva Re-pasteurizar ou destruir

    Registro Relatrio de Controle de processo

    Verificao Superviso e calibrao

    *Os valores foram retirados da Resoluo RDC n 12, de 2 de janeiro de 2001

    ANVISA. Onde:

    m: o limite que, em um plano de trs classes, separa o lote aceitvel do produto

    ou lote com qualidade intermediria aceitvel;

    M: o limite que, em plano de duas classes, separa o produto aceitvel do

    inaceitvel. Em um plano de trs classes, M separa o lote com qualidadeintermediria aceitvel do lote inaceitvel. Valores acima de M so inaceitveis;

    n: o nmero de unidades a serem colhidas aleatoriamente de um mesmo lote e

    analisadas individualmente. Nos casos nos quais o padro estabelecido

    ausncia em 25g, como para Salmonella 32a e Listeria monocytogenes e outros

    patgenos, possvel a mistura das alquotas ret iradas de cada unidade amostral,

    respeitando-se a proporo p/v (uma parte em peso da amostra, para 10 partes

    em volume do meio de cultura em caldo);

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    34/84

    33

    c: o nmero mximo aceitvel de unidades de amostras com contagens entre os

    limites de m e M (plano de trs classes). Nos casos em que o padro

    microbiolgico seja expresso por ausncia, c igual a zero, aplica-se o plano

    de duas classes.

    No caso da nossa indstria, utilizaremos um plano de duas classes.

    ** Etapa presente apenas na produo de Sorvete de Flocos

    Tabela 4: Pontos de Con trole para Picol de Morango

    PC 1

    Etapa

    Recepo da matria prima: ingredientes no lcteos (acar

    cristal, glutamato monossdico, glucose, aromas, gorduravegetal e estabilizante)

    Perigos Presena de MO patognicos e corpos estranhos

    Medidas

    preventivas

    Seleo de fornecedores com certificado de garantia de

    qualidade

    PC 2

    Etapa Recepo da matria prima: gua

    Perigos Contaminao microbiolgica

    Medidas

    preventivasBPF (abastecimento e controle), clorao da gua

    PC 3

    Etapa Estocagem sob temperatura ambiente

    Perigos Contaminao por substncias qumicas

    Medidas

    preventivas

    BPF(edifcios e instalaes, controle de pragas, limpeza e

    sanitizao, FIFO)

    PC 4

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    35/84

    34

    Etapa Pesagem das matrias primas

    Perigos Contaminao por MO patognicos

    Medidas

    preventivas

    BPF (higiene pessoal, limpeza e saniticao, capacitao em

    higiene)

    PC 5

    Etapa Mistura

    Perigos Contaminao por MO patognicos

    Medidas

    preventivas

    BPF (higiene pessoal, limpeza e saniticao, capacitao em

    higiene)

    PC 6

    Etapa Homogeneizao

    Perigos Contaminao por MO patognicos

    Medidas

    preventivas

    BPF (higiene pessoal, limpeza e saniticao, capacitao em

    higiene)

    PC 7

    Etapa Resfriamento

    Perigos Multiplicao de MO patognicos

    Medidas

    preventivas

    Controle de temperatura (34ax. 4C) e BPF (higiene pessoal e

    limpeza e saniticao)

    PC 8

    Etapa Adio de aromatizantes

    Perigos Contaminao por MO patognicos

    Medidas

    preventivas

    BPF (higiene pessoal e limpeza e saniticao)

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    36/84

    35

    PC 9

    Etapa Enchimento

    Perigos Recontaminao por MO patognicos

    Medidas

    preventivasBPF

    PC 10

    Etapa Insero do palito

    Perigos Contaminao por MO patognicos

    Medidas

    preventivasBPF e seleo dos fornecedores

    PC 11

    Etapa Congelamento

    Perigos Contaminao por MO patognicos

    Medidas

    preventivasBPF

    PC 12

    Etapa Extrao

    Perigos Contaminao por MO patognicos

    Medidas

    preventivas

    BPF e controle de temperatura na zona de descongelamento

    (35ax. 52C)

    PC 13

    Etapa Acondicionamento

    Perigos Recontaminao por MO patognicos

    Medidas BPF (higiene pessoal, limpeza e saniticao, capacitao em

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    37/84

    36

    preventivas higiene)

    PC 14

    Etapa Estocagem

    Perigos Multiplicao de MO patognicos

    Medidas

    preventivasTemperatura de estocagem adequada (mn. -18 C)

    Tabela 5 Pontos de Controle para Sorvete de Flocos

    PC 1

    Etapa

    Recepo da matria prima: ingredientes no lcteos (acar

    cristal, glutamato monossdico, glucose, aromas, gordura

    vegetal e estabilizante)

    Perigos Presena de MO patognicos e corpos estranhos

    Medidaspreventivas

    Seleo de fornecedores com certificado de garantia dequalidade

    PC 2

    Etapa Recepo da matria prima: gua

    Perigos Contaminao microbiolgica

    Medidas

    preventivasBPF (abastecimento e controle), clorao da gua

    PC 3

    Etapa Estocagem sob temperatura ambiente

    Perigos Contaminao por substncias qumicas

    Medidas BPF(edifcios e instalaes, controle de pragas, limpeza e

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    38/84

    37

    preventivas sanitizao, FIFO)

    PC 4

    Etapa Pesagem das matrias primas

    Perigos Contaminao por MO patognicos

    Medidas

    preventivas

    BPF (higiene pessoal, limpeza e saniticao, capacitao em

    higiene)

    PC 5

    Etapa Mistura

    Perigos Contaminao por MO patognicos

    Medidas

    preventivas

    BPF (higiene pessoal, limpeza e saniticao, capacitao em

    higiene)

    PC 6

    Etapa Homogeneizao

    Perigos Contaminao por MO patognicos

    Medidas

    preventivas

    BPF (higiene pessoal, limpeza e saniticao, capacitao em

    higiene)

    PC 7

    Etapa Resfriamento

    Perigos Multiplicao de MO patognicos

    Medidas

    preventivas

    Controle de temperatura (max. 4C) e BPF (higiene pessoal e

    limpeza e saniticao)

    PC 8

    Etapa Adio de aromatizantes

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    39/84

    38

    Perigos Contaminao por MO patognicos

    Medidas

    preventivasBPF (higiene pessoal e limpeza e saniticao)

    PC 9

    Etapa Incorporao de ar

    Perigos Contaminao por MO patognicos

    Medidas

    preventivasBPF (higiene pessoal e limpeza e saniticao)

    PC 10

    Etapa Adio de cobertura

    Perigos Contaminao por MO patognicos

    Medidas

    preventivasBPF e seleo dos fornecedores

    PC 11

    Etapa Mistura do recheio

    Perigos Contaminao por MO patognicos

    Medidas

    preventivasBPF

    PC 12

    Etapa Acondicionamento

    Perigos Recontaminao por MO patognicos

    Medidas

    preventivasBPF

    PC 13

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    40/84

    39

    Etapa Endurecimento e estocagem

    Perigos Multiplicao de MO patognicos

    Medidas

    preventivas Temperatura de estocagem adequada (mn. -18 C)

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    41/84

    40

    9.LAYOUT

    No layout da indstria pode-se observar a disposio recomendada para as

    mquinas e equipamentos, bem como uma noo bsica das dimenses dos mesmos.

    Os principais pontos que devem ser levados em considerao na escolha do local a ser

    implantada a indstria so:

    o potencial de obteno da matria-prima na regio deve ser superior demanda

    da fbrica projetada e possibilitar futuras expanses na produo;

    local apropriado para despejo dos resduos, caso ocorram eventuais problemas

    que impeam o aproveitamento de resduos conforme o planejado;

    suprimento de gua confivel e de boa qualidade (potvel);

    fornecimento suficiente de energia eltrica, sem interrupo;

    disponibilidade de mo-de-obra, incluindo pessoal de nvel tcnico;

    ausncia de contaminantes de qualquer espcie nos arredores da agroindstria;

    infra-estrutura rodoviria em condies de uso e de fcil acesso;

    disponibilidade de rea suficiente para implantao da agroindstria e uma

    futura expanso.

    Todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, dever solicitar

    aprovao de suas instalaes junto ao rgo regional do Ministrio do Trabalho, e

    este aps realizar a inspeo prvia, emitir o Certificado de Aprovao de

    Instalaes. Este procedimento adotado com o objetivo de assegurar que o novo

    estabelecimento inicie suas atividades livre de riscos de acidentes e/ou de doenas do

    trabalho; razo pela qual o estabelecimento que no atender a regulamentao fica

    sujeito ao impedimento de seu funcionamento (Consolidao das Leis do Trabalho),

    at que a norma seja cumprida.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    42/84

    41

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    43/84

    42

    9.1.Detalhes gerais de construo e instalaoDe uma forma geral, o projeto da unidade industrial deve levar em considerao

    a segurana e o conforto do pessoal dentro da unidade, ou seja, deve apresentar

    condies de iluminao, arejamento, ndices de rudos adequados e proporcionar

    facilidades na higienizao, manuteno dos equipamentos, minimizar as

    probabilidades de contaminaes e impedir a entrada de pragas e animais de qualquer

    espcie. Na elaborao do projeto devem ser previstos: otimizao dos espaos, rea

    para ampliaes futuras, reas para descarte de resduos longe da unidade de

    processamento, instalaes sanitrias sem comunicao direta com o setor de

    processamento, e meios de controle de insetos, pssaros e roedores no setor de

    produo.

    As recomendaes listadas a seguir foram baseadas no Manual de Boas Prticas

    de Fabricao para a Indstria de Alimentos (ANVISA). Pretende-se fornecer

    informaes suficientes para alertar o empreendedor quanto aos esforos necessrios

    para atingir as exigncias legais e os padres mnimos de qualidade. Recomenda-se

    que ao se decidir por realmente realizar um investimento como este o empreendedor

    procure o auxlio de profissionais da rea, informe-se sobre os aspectos legais vigentes

    e consulte literaturas mais aprofundadas.

    9.2.Materiais e equipamentosOs equipamentos e as instalaes devem seguir algumas normas de construo e

    disposio no local, que resultam num melhor desempenho das operaes e bem-estar

    dos funcionrios. As formas e superfcies dos equipamentos no devem permitir o

    acmulo de umidade e resduos, que aumentam os riscos de contaminao do produto,

    pois favorecerem o desenvolvimento de microrganismos. No caso de superfcie

    metlica, propiciam o aparecimento de corroso. As estruturas tubulares so preferidaspor conferirem mais praticidade na higienizao.

    O material da superfcie em contato com os alimentos deve ser atxico e no

    pode interagir com o alimento, sendo capaz de resistir s repetidas aplicaes de

    substncias usadas no processo normal de limpeza. Materiais que absorvem gua,

    como a madeira, no so apropriados a locais atingidos por gua. Se o equipamento

    for p intado, a tinta deve ser atxica e de boa aderncia.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    44/84

    43

    Os equipamentos devem ser instalados de forma a permitir a circulao ao redor,

    ficando afastados das paredes e de outros equipamentos cerca de 60 cm. Tambm

    devem estar suspensos 30 cm acima do piso facilitando a limpeza e manuteno. Os

    ngulos formados entre a base dos equipamentos, pisos e paredes devem ser

    arredondados, com raio mnimo de 5 cm.

    9.3.P direitoEm instalaes onde se utiliza sistema de refrigerao central ou ar

    condicionado recomendado que o p direito do prdio no seja superior a 3 m, para

    propiciar uma boa distribuio do frio e evitar acmulo de umidade dentro da planta.

    9.4.ParedesAs paredes devem apresentar superfcie lisa, lavvel e impermevel em toda a

    sua extenso. Devem ser, preferencialmente, de cor clara e, resistentes a freqentes

    aplicaes de agentes de limpeza. No utilizar o azulejo, sendo recomendado o uso de

    tintas especiais ou epoxi lavvel para o acabamento das paredes. O acabamento deve

    impedir acmulo de poeira e minimizar a condensao e desenvolvimento de mofo. Oscantos devem ser todos arredondados sem quinas.

    9.5.Aberturas do prdioTodas as aberturas fixas, como as de ventilao, devem ser fechadas com vidro

    branco. As portas de acesso planta, com uso freqente, devem ser equipadas com

    sobreportas de molas com vidros e p-dilvio.

    Os vidros devem ser lisos e de fcil limpeza. As portas devem ser tambm de

    superfcies lisas, no absorventes, com fechamento automtico (mola ou sistema

    eletrnico) e abertura mxima de 1 cm do piso.

    Devem ser evitadas aberturas entre paredes e teto. Para evitar a entrada de

    insetos, pode ser utilizado, como complemento, cortinas de ar e/ou plstico para a sua

    vedao. As portas que contenham trilhos devem ser fechadas com dispositivos de

    vedao de borracha flexveis para impedir a entrada de roedores e outros animais.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    45/84

    44

    As janelas devem ser fixas e permitir o aproveitamento da iluminao natural.

    Tambm devem ser providas de telas quando usadas para ventilao.

    9.6.ForroPara evitar que materiais estranhos caiam sobre o produto, a rea de

    processamento deve ser coberta. O forro de laje deve ter acabamento em reboco e tinta

    impermevel sem quinas e fendas.

    9.7.Ventilao

    O ar ambiente deve ser renovado continuamente nas reas de processamento dealimentos, sendo a ventilao natural eficaz em alguns setores das instalaes. Nas

    reas refrigeradas da instalao, a renovao de ar feita automaticamente pelo

    sistema de refrigerao central ou pelo ar condicionado.

    9.8.IluminaoO bom posicionamento das janelas proporciona o aproveitamento da iluminao

    natural. A iluminao artificial deve ser projetada dentro das normas da ABNT, de tal

    modo que as sombras sejam minimizadas. As lmpadas devem ser posicionadas sobre

    linhas de produo ou transporte de insumos ou produtos e, tambm, protegidas contra

    exploses e quedas acidentais, sendo recomendvel o uso de calhas com tampas.

    As reas externas tambm devem ser iluminadas, preferencialmente, com

    lmpadas de vapor de sdio, as lmpadas devem ser posicionadas distante das portas

    para evitar a atrao de insetos.

    9.9.PisosO piso deve ser construdo com material liso e impermevel, que tambm

    apresente as caractersticas de ser antiderrapante, resistente ao trfego e corroso. O

    acabamento final deve propiciar uma limpeza sem deixar acmulo de umidade e

    resduos, deve ter boa resistncia mecnica e boa resistncia ao desgaste.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    46/84

    45

    Dever ser calculada, no piso, uma declividade para o escoamento da gua, de 1

    a 2%, no sentido das caneletas de drenagem, as quais devero ser lisas, sem grades

    mveis e cantos arredondados com raio mnimo de 5 cm. As canaletas devem ser

    evitadas nas reas de produo e manipulao dos alimentos, mas quando necessrio,

    devem ser estreitas com aproximadamente 10 cm de largura, apenas o suficiente para

    permitir o escoamento da gua.

    Ralos tambm devem ser evitados nos setores de processamento, mas quando

    existirem devem ser sifonados permitindo livre acesso para limpeza e dotados de

    sistema de fechamento.

    9.10.Instalaes eltricasAs conexes eltricas devem ser isoladas minimizando riscos e facilitando a

    limpeza. Os cabos com fios eltricos que no estiverem contidos em tubos vedados e

    embutidos devem ser protegidos com placas que permitam a ventilao e limpeza. As

    normas estabelecidas pela ABNT devem ser seguidas, observando-se a capacidade de

    carga e outros detalhes de segurana e distribuio. As instalaes devem ser as mais

    higinicas possveis e protegidas da penetrao de gua e umidade.

    9.11.Instalaes hidrulicas

    As instalaes hidrulicas podero ser visveis para facilitar a sua instalao e

    manuteno, sendo colocadas exteriormente rea de processamento. Os materiais

    utilizados devem ser resistentes e as tubulaes bem dimensionadas para as

    necessidades de processamento. As linhas hidrulicas devem ser separadas de acordo

    com a finalidade de utilizao da gua, no sendo recomendvel o cruzamento dastubulaes, ou seja, a linha de refrigerao, controle de fogo e outros propsitos, que

    no entraro em contato com o alimento, no devem cruzar a linha de gua potvel.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    47/84

    46

    9.12.Instalaes sanitriasPara viabilizar a higiene na indstria o pessoal deve dispor de boas instalaes

    sanitrias, as quais devem ser limpas, iluminadas e ventiladas. Vestirios e sanitrios

    no devem ter comunicao direta com a rea de processamento, mas devem conter

    lavatrios equipados com detergentes e sanitizantes.

    10.ALGUMAS CONSIDERAES SOBRE SEGURANA NO TRABALHONa indstria de hortalias minimamente processadas observa-se a d ificuldade de

    se manter o conforto trmico dos funcionrios devido presena de condicionadores

    de ar e sistema de refrigerao. No setor de corte, descasque, sanitizao e embalagens requerido o uso de protetores, mscaras, luvas e gorros que s vezes so

    desconfortveis. Como j discutido anteriormente, os riscos ambientais devem ser

    considerados desde o projeto inicial das instalaes, como por exemplo: proteo

    contra incndio, tipo de piso, espaamento entre equipamentos, inclinao de ladeiras,

    plataforma de recepo, iluminao adequada, sada de emergncia, rea de circulao

    de veculos, etc.

    Toda empresa deve garantir a segurana e sade no trabalho observando-se

    alguns fatores tais como os descritos a seguir:

    Avaliao das condies ambientais de trabalho quanto aos riscos de segurana

    em potencial;

    Implementao de medidas coletivas de segurana;

    Avaliao da necessidade do uso de Equipamento de Proteo Individual (EPI),

    fornecimento e obrigao do uso dos mesmos;

    Treinamento dos funcionrios enfocando segurana em suas atividades e a

    necessidade de EPI.

    A Secretaria de Segurana e Sade no Trabalho (SSST) o rgo de mbito

    nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as exigncias

    de segurana e medicina do trabalho que compreendem as chamadas Normas

    Regulamentadoras (NR) do Ministrio do Trabalho e a nvel regional estas

    responsabilidades so atribudas Delegacia Regional do Trabalho (DRT).

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    48/84

    47

    As empresas que possuam empregados regidos pela Consolidao das Leis do

    Trabalho (CLT) ficam obrigados a organizar e manter em funcionamento, por

    estabelecimento, uma Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA).

    As indstrias de alimentos em geral so classificadas pela NR04 com "Grau de

    Risco 3", e so obrigadas a implantar CIPA, a partir de 20 empregados na empresa,

    necessitando contratar um Tcnico de Segurana do Trabalho (8 h/dia) a partir de 101

    empregados.

    A CIPA tem como objetivo, observar e relatar condies de risco nos ambientes

    de trabalho e solicitar medidas para reduzir ou eliminar os riscos existentes; discutir os

    acidentes ocorridos, encaminhando o resultado aos Servios Especializados em

    Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho e ao empregador, solicitando

    medidas que previnam acidentes semelhantes e, ainda, orientar os demais

    trabalhadores quanto preveno de acidentes.

    No item Grau de Insalubridade, nos termos da Norma Regulamentadora do

    Ministrio do Trabalho, so estabelecidos os limites e tempo de exposio a condies

    adversas, que determina o pagamento de um adicional ao trabalhador, aps realizao

    de percia no local de trabalho.

    Toda indstria dever possuir os recursos necessrios prestao dos primeiros

    socorros, considerando-se as caractersticas da atividade desenvolvida, bem como

    dispor de pessoal treinado para esse fim. Deve possuir Programa de Preveno de

    Riscos Ambientais (PPRA), visando preservao da sade dos trabalhadores, atravs

    da preveno e controle de acidentes que possam vir a ocorrer no ambiente de

    trabalho.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    49/84

    48

    11.BALANO DE MASSADe acordo com registros da Empresa Maroma atualmente produz-se 5 toneladas

    por dia, mas no novo projeto com a inteno de aumentar a produo sero cerca de 30

    toneladas por d ia.

    Sendo assim simulamos um dia de produo para o Sorvete de Flocos e outro

    para o picol de morango.

    11.1.Sorvete de Flocos

    Como o processo em batelada verdade que:

    =

    Considerando bateladas de 2000Kg, j dispomos de plantas de pasteurizao

    com 2 tanques de 2000L. E sabendo que a formulao do sorvete segue o

    seguinte padro:

    Tabela 6: Listagem das massas de ingredientes do so rvete de flocos

    Ingrediente Para 1kg Para 2000kggua 630g 1260 L

    car 130g 260 KgLeite em p integral 125g 250 KgLeite em p desnatado 15g 30 KgCreme de Leite 35g 70 KgXarope de Glucose 30g 60 KgGordura Vegetal 30g 60 KgEstabilizante (liga) 4,8g 960 gGlutamato monossdico 0,75 g 1,5 KgCobertura 40g 80 Kg

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    50/84

    49

    gua 1260 L

    11.2.Picol de Morango

    Como o processo em batelada verdade que:

    =

    Considerando bateladas de 150Kg, j dispomos de um tanque de pasteurizao de 150L.

    E sabendo que a formulao do picol segue o seguinte padro:

    Recepo de

    matrias-primas

    Estocagem Estocagem sob

    refrigerao

    Pesagem matrias-

    primas

    Mistura

    Mistura do

    RecheioAdio de cobertura

    Pasteurizao

    Homogeneizao

    Resfriamento

    Maturao

    Incorporao de ar

    Acondicionamento

    Endurecimento

    Embalagem

    Pasteurizao da

    cobertura

    Adio de

    aromatizantes

    car 260 Kg

    Leite em p integral 250 Kg

    Leite em p desnatado 30 Kg

    Creme de Leite 70 Kg

    Xarope de Glucose 60 Kg

    Gordura Vegetal 60 Kg

    Estabilizante (liga) 960 g

    Glutamato monossdico 1,5 Kg

    2000 potes de 1 Kg cada

    Cobertura 80 Kg

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    51/84

    50

    Tabela 7: Listagem das massas dos ingredientes do picol de morango

    Ingrediente Para 1kg Para 150kggua 630g 94,5 Kgcar 130g 19,5 KgLeite em p integral 125g 18,75 Kg

    Leite em p desnatado 15g 2,25 KgCreme de Leite 35g 5,25 KgGordura Vegetal 30g 4,5 KgEstabilizante (liga) 0,48g 960 gGlutamato monossdico 0,75 g 112,5 Kg

    Recepo de

    Estocagem Estocagem sob

    refrigerao

    Pesagem

    matrias-primas

    Mistura

    Pasteurizao

    Homogeneizao

    Resfriamento

    Maturao

    Enchimento

    Insero do palito

    Embalagem

    Congelamento

    Extrao

    Acondicionamento

    Estocagem

    gua quente

    lcool

    Adio de

    aromatizantes

    car 19,5 Kg

    Leite em p integral 18,75 Kg

    Leite em p desnatado 2,25 Kg

    Creme de Leite 5,25 Kg

    Gordura Vegetal 4,5 Kg

    Estabilizante (liga) 960 g

    Glutamato monossdico 112,5 Kg

    gua 94,5 Kg

    3750 picols de morango

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    52/84

    51

    12.DIMENSIONAMENTO OPERAO UNITRIAA empresa trabalhar, entre outros equipamentos, com um pasteurizador

    cilndrico de 2000 L. Neste pasteurizador a calda do sorvete ser pasteurizada na

    condio de 80C por 25s.O pasteurizador apresenta 1,8 metros de dimetro por 1,8

    metros de altura e de ao inoxidvel AISI 304.

    Esse equipamento juntamente com a operao unitria de transferncia de calor

    foram os selecionados para realizar o d imensionamento.

    Supondo que a temperatura inicial da calda a ambiente (20C), a temperatura

    final a de pasteurizao (80C) e considerando que a temperatura da camisa sempre

    constante, calcula-se a rea de troca trmica necessria atravs do balano de energia no

    tanque. E esse valor comparado com a realidade do pasteurizador.

    Posteriormente tambm varia-se a temperatura da camisa, o coeficiente de troca

    trmica e a rea de troca trmica para melhor visualizao do fenmeno de troca de

    energia.

    Por fim calcula-se o coeficiente global de troca trmica apresentando as

    variaes de todo o sistema.

    Os dados necessrios para o dimensionamento esto fornecidos na Tabela com

    suas respectivas fontes.

    Tabela 8: Dados do produto, processo e equipamento escolhidos para dimensionamento

    Dado Valor FonteRaio externo tanque [m] 0,9 Fbrica (valores aproximados)

    Raio interno tanque [m] 0,683 FbricaAltura externa [m] 1,5 Fbrica

    Altura interna [m] 1,37 Fbrica [J/Kg C] 3852 Unit Operations in Food Engineering. AIbarzG.Barbosa-Canovas,2003

    %

    [J/Kg

    C]

    2948 Handbook of Food Engineering,D._Heldman_D._Lund, 2007

    [J/Kg C] 4180 http://w3.ualg.pt/~mvieira/PROB%20tec%20II.pdf(AISI304) [W/(m.K)] 16,2 http://www.substech.com/dokuwiki/doku.php?id=stainless_steel_aisi_304(gua 80C) [Kg/m ] 971,8 Unit Operations in Food Engineering. AIbarzG.Barbosa-

    Canovas,2003

    (gua 90C) [Kg/m ] 965,3 Unit Operations in Food Engineering. AIbarzG.Barbosa-Canovas,2003

    (gua 100C) [Kg/m ] 958,4 Unit Operations in Food Engineering. AIbarzG.Barbosa-Canovas,2003

    (calda)[Kg/m ] 1070 Fbrica

    rea troca [m ] 5,88 Fbrica

    Volume interno [m ] 2Fbrica

    U [W/m K] tanques agitados comcamisas de aquecimento em sistema gua

    1700 http://paginas.fe.up.pt/~sereno/OT0203_acet60_86.pdf

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    53/84

    52

    (quente) e leite (frio) de parede de ferrofundido esmaltado com fluido em agitaolenta.

    =,

    ,

    = + +

    Unit Operations of Chemical Engineering. W.L. McCabe, J.C.Smith, P. Harriott , 1993

    Tempo para o pasteurizadorchegar a 80C

    1 h Fbrica

    [m] 0,003 Fbricadimetro da tubulao [m] 0,04 Fbrica[J/smC] 0,606 Incropera

    [J/smC] 0,17 www.sciencebyjones.com/MILK_NOTES.HTM

    [Kg/sm] 0,000315 http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Agua02.html [Kg/sm] 0,001631 http://www.unitins.br/ates/arquivos/Pecu%C3%A1ria/Bovinocultura/Bovinocultura%20de%20Leite/Qualidade%20do%20Leite

    %20-%20Curso/Qualidade%20do%20Leite%20-%201.pdf [Kg/sm] 0,000315 http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Agua02.html [Kg/sm] 0,001404 http://www.unitins.br/ates/arquivos/Pecu%C3%A1ria/Bovinocultura/Bovinocultura%20de%20Leite/Qualidade%20do%20Leite

    %20-%20Curso/Qualidade%20do%20Leite%20-%201.pdfvelocidade do fluido [m/s] 1 EstipuladoT gua da caldeira 90C Estipulado

    Balano de Energia no tanque

    =

    (

    )

    Onde

    - massa especfica da calda calor especfico do leite, j que o da calda precisa ser calculado na

    fbrica

    volume interno do tanque

    - temperatura do tanque

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    54/84

    53

    tempo- coeficiente global de troca trmica - rea de troca trmica temperatura da camisa

    ( ) =

    ln

    =

    O coeficiente global de troca trmica deve ser calculado de acordo com as

    caractersticas do sistema. Pode ser obtido atravs da literatura, por clculo

    experimental ou terico.

    12.1.Literatura

    Se a temperatura final do tanque deve ser 80C em 3600 segundos, considerando

    a temperatura da camisa constante 90C e com os dados fornecidos pela literatura

    consigo encontrar a rea de troca necessria:

    ln 90 2090 80 = 3600

    1700. 1070.3852.2

    = 2,62 2

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    55/84

    54

    12.2.Experimental

    Se quantidade de calor necessria for calculada consegue-se obter o coeficiente

    global de troca trmica baseando-se na rea de troca trmica do pasteurizador.

    . . =. . ( )2.1070.3852.

    =. 5,88. ( )

    ln = . 5,88

    2.1070.3852

    ln 90

    20

    90 80 = 3600 . 5,88

    2.1070.3852

    = 757,77 /2

    12.3.Terico Pode-se tambm calcular o coeficiente global de troca trmica atravs dos dados

    do sistema e das propriedades dos fluidos, utilizando as seguintes frmulas:

    1

    =1

    +1

    +

    = 0,76

    2

    2

    3 1

    3 0,24

    Onde,- coeficiente global de troca trmica coeficiente de pelcula da gua - coeficiente de pelcula do leite espessura da parede condutividade trmica do ao

    dimetro da tubulao

    condutividade trmica do fluido

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    56/84

    55

    velocidade do fluidomassa especfica do fluidoviscosidade do fluido

    - calor especfico do fluido

    viscosidade do fluido na parede.

    Colocando os dados no Excel chegou-se a um valor de U = 777,82 W/ m2 C.

    Com esse valor e sabendo que a fbrica est disposta a esperar 1 hora pelo aquecimento

    da calda calculamos a rea de troca trmica necessria:

    = ( )

    ( ) =

    ln =

    Se a temperatura final do tanque deve ser 80C por 25 segundos, considerando a

    temperatura da camisa constante 90C e com os dados fornecidos pela literatura consigo

    encontrar a rea de troca necessria:

    ln 90 2090 80 = 3600

    777,82. 1070.3852.2

    = 5,73 2

    A partir deste valor possvel catalogar com fornecedores o equipamento com

    as dimenses necessrias. Considerando dimetro = altura pode-se pensar em um

    equipamento cilndrico de:

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    57/84

    56

    = 5,73 2

    = 2 2 .

    5,73 = 2 2

    . = = 1,35

    importante identificar tambm se o volume est de acordo com o que se espera

    da produo.

    = 24

    .

    = (1,35)24

    . (1,35)

    = 1,93 3

    Realizando alteraes na temperatura da gua de aquecimento e na velocidade

    do fluido obtm os seguintes resultados:

    Tabela 9: Dados da simulao do aquecimento do sorvete por gua no pasteurizador

    Temperatura

    Aquecimento

    [C]

    Velocidade do

    Fluido [m/s]

    Coeficiente

    Global de troca

    trmica [W/ m2

    C]

    rea de

    Troca [m2]

    Volume do

    tanque [m3]

    85 1 777,82 7,55 2,92

    90 1 777,82 5,73 1,93

    100 1 777,82 4,08 1,16

    90 0,5 517,58 8,61 3,56

    90 1 777,82 5,73 1,93

    90 1,5 975,61 4,57 1,37

    89 1 777,82 5,99 2,07

    O que se pode concluir que com o aumento da temperatura diminuo bastante

    minha rea de troca, mas posso levar a gua ebulio e aumento o gasto de energia,

    sem contar que o volume no suficiente. E que o aumento da velocidade de passagem

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    58/84

    57

    do lquido diminui pouco minha rea de troca e a diminuio da velocidade aumento

    muito a rea de troca. Ento o sistema ideal seria o de 90C com velocidade de 1 m/s.

    Sem esquecer que ainda h o fator tempo, quanto menor o tempo de

    aquecimento maior a rea de troca trmica e assim maior o volume do tanque.

    13.PRODUTO

    13.1.Sorvete de Flocos13.1.1.Caractersticas

    Trata-se de um sorvete de leite obtido atravs da emulso de leite, gua e gordura e

    outros ingredientes e aditivos. O ph do sorvete fica em torno de 6,8. um produto que

    deve ser mantido em ambiente congelado pelo menos -4C. Um produto com sabor de

    coco e flocos de chocolate, com aspecto, cor, sabor, odor, textura caractersticas do

    sorvete comestvel.

    13.1.2.Embalagem

    A embalagem de polipropileno com capacidade para 2 litros, comprimento de

    17 cm, altura de 14 cm, largura de 12,7 cm, espessura de 1mm e peso de 960g.

    A figura abaixo apresenta a embalagem real do produto.

    Figura 5: Produto Sorvete de Flocos

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    59/84

    58

    13.2.Picol de Morango13.2.1.Caractersticas

    Trata-se de uma poro individual de gelado obtido atravs da emulso de leite,

    gua e gordura e outros ingredientes e aditivos. O ph do picol fica em torno de 6,8. um produto que deve ser mantido em ambiente congelado pelo menos -4C. Um

    produto com aroma de morango com aspecto, cor, sabor, odor, textura caractersticas do

    gelado comestvel.

    13.2.2.Embalagem

    A embalagem de polipropileno bi-orientado com capacidade para 40 gramas,

    comprimento de 14,5 cm, altura de 18 cm, largura de 0,5 mm e peso de 40g.

    A figura abaixo apresenta a embalagem real do produto.

    Figura 6: Produto Picol de Morango

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    60/84

    59

    14.GESTO AMBIENTALA identificao dos tipos de efluentes gerados pela indstria primordial para

    conhecimento da carga orgnica presente nos seus resduos. E assim pode-se fazer um

    planejamento para dimensionar uma estao de tratamento de efluentes e reaproveitar

    determinados resduos e guas de processo, conferindo uma economia para empresa

    alm da preservao do meio ambiente.

    Vale destacar que a gesto ambiental desse projeto no visa dimensionar os

    parmetros de projeto de uma estao de tratamento de efluentes, mas sim nortear a

    empresa sobre o que deve ser observado e estudado sobre o impacto ambiental gerado

    pela mesma.

    14.1.Efluentes Lquidos

    O efluentes lquidos so constitudos pelos despejos lquidos originrios de

    diversas atividades desenvolvidas na indstria. Identificamos as seguintes matrias

    diludas nas guas de lavagem de equipamentos, tubulaes, pisos e demais instalaes

    da indstria:

    Detergentes e desinfetantes usados nas operaes de lavagens e sanitizao; Areia e poeira removidas nas operaes de lavagem de pisos e equipamentos;

    Lubrificantes empregados na manuteno de equipamentos;

    Acar, essncias diversas ou diversos condimentos;

    Transbordamento de tanques, equipamentos e utenslios diversos.

    As guas utilizadas nos sistemas de refrigerao e caldeiras no so consideradas

    como efluentes industriais, pois normalmente so aproveitadas em sistema derecirculao (Minas Ambiente / CETEC, 1998, vol. I).

    Os esgotos sanitrios, lavatrios, refeitrios, cozinha, dentre outros utilizados

    pelos funcionrios da indstria, possuem tubulaes independentes. Em seus pontos

    finais podem convergir com o esgoto industrial j prviamente tratado para ento ser

    enviado estao de tratamento de esgoto do municpio.

    As guas pluviais captadas ao redor da indstria no devem ser ligados s

    tubulaes dos demais efluentes, visto que no h necessidade de tratamento da mesma.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    61/84

    60

    14.2.Potencial Poluidor dos Efluentes Lquidos

    O DBO5 o parmetro padro usado para avaliar o potencial poluidor de

    efluentes lquidos onde predominante a matria orgnica biodegradvel. Este tambm um parmetro fundamental para definio de qual o tipo de tratamento maisadequado para este tipo de efluente ( Machado et. al., 2002). DBO5 a quantidade deoxignio necessria para oxidar biologicamente a matriaorgnica, degradada em 5 dias, sob condies padro (T = 20 oC).

    Na tabela 10 abaixo, so apresentados alguns valores de DBO para vrios produtos delaticnios, destaca-se o valor para indstria de sorvetes:

    Tabela 10: Valores citados em li te ratura para DBO de vrios produtos de Laticnios

    ProdutosPorcentagem de slidos

    orgnicosDBO5 (ppm) Faixa de

    variaoDBOu*(mg/l)

    Leite desnatado 8,2 40.00073.000 82.000

    Leite integral 11,7 84.350125.000 117.000Creme40% 44,9 399.000 449.000

    Leite concentrado (2:1) 26,2 208.000 262.000Sorvete 34,0 292.000 340.000

    Manteiga batida 6,8 55.000 72.000 68.000

    Soro (fresco) 6,0 25.000120.000 60.000Fonte: Relatrio de EPA 12.060, maro de 1971.

    (*) Assumindo oxidao de 100% da matria orgnica (DBOu = DBO total)

    Outro parmetro utilizado DQO. Ele mede a quantidade de oxignio necessria

    para oxidar quimicamente toda a matria orgnica, levando-a a CO2 e H2O. Atravs da

    determinao da quantidade de reagentes qumicos necessrios para promover esta

    reao de oxidao podemos indiretamente determinar a quantidade de matria orgnicaem uma amostra.

    O CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) d diretrizes bsicas para

    o estabelecimento de padres de qualidade para o lanamento de guas residurias em

    corpos dgua, no entanto, delegado aos rgos estaduais de controle da poluio o

    estabelecimento de parmetros que julgue serem mais adequados aos casos especficos

    de suas regies. A legislao local pode ter padres mais exigentes, porm nunca menos

    exigente que as diretrizes do CONAMA. (SOARES, 2007). A Tabela XX apresenta

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    62/84

    61

    estes padres definidos pelo CONAMA que esto na Resoluo n357 que trata dos

    padres dos efluentes industriais:

    O CONAMA deixa livre para os rgos estaduais definirem a concentrao que

    deve ser exigida no lanamento dos efluentes. Geralmente neste quesito os rgos

    estaduais exigem uma concentrao de Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO5) de

    60 mg de O2/L, ou reduzir pelo menos 80% da concentrao inicial de matria orgnica.

    A reduo de 80% para alguns efluentes industriais pode ainda significar concentraes

    elevadssimas, ficando a critrio do rgo controlador a deciso de permitir olanamento do efluente em funo do manancial.

    As possibilidades de processos para o tratamento de efluentes so vrias e

    depender muito da experincia prvia com a gua residuria em questo, devido s

    particularidades no s da produo, mas das prticas cotidianas da fbrica. A

    composio de uma planta de tratamento de guas residurias complexa e depende de

    uma srie de decises, podendo variar muito de um projetista para outro. (SOARES,

    2007)

    Tabela 11:Padres de qualidade do efluente industrial segundo a Resoluo n357 de 17/03/2005 do CONAMA.

  • 7/26/2019 Industria Sorvete

    63/84

    62

    Os parmetros iniciais para dimensionamento de uma estao de tratamento de

    efluentes conhecer as vazes e carga orgnica dos efluentes gerados pela indstria. A

    figura abaixo ilustra os principais componentes de uma estao de tratamento de

    efluentes:

    14.3.Resduos Slidos

    Os resduos slidos gerado pela indstria podem ser direcionados para 3 destinos

    finais de acordo com sua composio: Reciclagem, Compostagem e Aterro Sanitrio.O ideal para que essa separao seja eficiente a elaborao de programas de

    concientizao dos funcionrios e colocar cestos (setores) para separao dos resduosdispostos em locais estratgicos para facilidade do descarte nas reas da empresa.

    Resduos para reciclagem englobam materias que podem ser reaproveitados (embalagens, papis, etc.). Logo em todos os setores da empresa pode-se ter cestos para

    esse descarte seletivo.A compostagem processo biolgico para decomposio parte orgnica do lixo.

    Logo no setor do refeitrio, temos os restos de comida e na rea de produo de


Recommended