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SAF_Sìndrome_Anticorpo_Antifosfolipídio_ SBR

Date post: 05-Apr-2018
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    SAFSndrome do Anticorpo Antifosfolipdeo

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    CopyrightSBR- Comisso de Vasculopatias , 2011O contedo desta cartilha pode ser reproduzido

    desde que citada a fonte.

    CRIAOEDESENVOLVIMENTO:Comisso de Vasculopatias

    ILUSTRAODACAPA:

    Gilvan Nunes

    EDITORAO:Rian Narcizo Mariano

    PRODUO:

    www.letracapital.com.br

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    Sndrome do Anticorpo

    Antifosfolipdeo (SAF)

    Cartilha para pacientes

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    ndice

    O que SAF? .........................................................4

    Quais as causas da SAF? ........................................4

    Quais so os sintomas? .........................................5

    Como a SAF diagnosticada e classicada? .........6

    Como evitar a SAF? ...............................................6

    Como o tratamento? ............................................7

    Qual a importncia do tratamento? ........................7

    Quais so os medicamentos que alterama ao dos anticoagulantes? ...................................8

    Quais os cuidados que o paciente deve tercom a alimentao durante o tratamento? .............9

    Quais os cuidados ao fazer uma cirurgiadurante o tratamento? .............................................9

    Quais so os cuidados que o paciente deveter com sangramentos durante o tratamento? .........10

    Quais os riscos de uma gestaoem pacientes com SAF? .........................................10

    Quais so os riscos para as gestantes que usam osmedicamentos para tratar a SAF? ..........................11Como o tratamento das gestantes com SAF? ......11

    necessrio fazer exames para monitorar o efeito

    das heparinas durante o tratamento? ......................12

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    1. O que SAF?

    A Sndrome do Anticorpo Antifosfolipdeo(SAF), ou sndrome de Hughes, uma doenacrnica em que o organismo passa a produziranticorpos que afetam a coagulao sangunea,levando formao de cogulos que acabamobstruindo a passagem de sangue nas veias eartrias, que a chamada trombose. uma causaimportante para a ocorrncia de trombolia

    adquirida em homens e mulheres de qualquer

    idade, e de abortos repetidos. Tromboliaquer dizer tendncia a ter eventos trombticos(obstrues nos vasos sanguneos). Trombolias

    adquiridas so aquelas nas quais no h ummarcador gentico (polimorsmos dos genes

    da MTHFR, fator V e fator II so os principais)conhecido. Trombolias congnitas so aquelasnas quais h um ou mais marcadores genticosconhecidos.

    2. Quais as causas da SAF?

    No se conhece o mecanismo que leva produo dos autoanticorpos que interferem no

    sistema da coagulao. Existem os chamadosfatores desencadeantes que podem agir comogatilhos para a ecloso da SAF, em indivduos

    predispostos (que tm um ou mais tipos deanticorpos antifosfolipdeos circulando no

    sangue) ou novos eventos trombticos emindivduos que j tiveram trombose no passadorelacionada SAF. Os mais conhecidos so

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    intervenes cirrgicas, infeces graves (querequerem internao e antibitico venoso),

    gestao, e no caso dos pacientes que jvinham sendo tratados para SAF, falhas doacompanhamento das dosagens do INR, oususpenso do uso de anticoagulante.

    3. Quais so os sintomas?

    As manifestaes clnicas so diversas evariam de acordo com o local do vaso acometido.O baixo nmero de plaquetas (trombocitopenia)

    pode ser a primeira manifestao da SAF.Os sinais e sintomas da SAF variam desdemanchas esparsas na pele que aumentam nofrio (livedo), tromboebite (ocluso de vasos

    sanguneos superciais), insucincia cardaca,

    microtrombose disseminada (trombos de vasosde pequeno calibre por todo o organismo)at outras formas mais graves de doena. Atrombose venosa profunda , na maioria doscentros, a consequncia mais comum da SAF.O sistema arterial quando acometido, tem acirculao cerebral como o principal alvo.Algumas pacientes s apresentam a SAF durantea gestao com perdas fetais de repetio (ououtras manifestaes gestacionais); nesses casos,a trombose ocorre na placenta.

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    4. Como a SAF

    diagnosticadae classifcada?

    A suspeita do diagnstico de SAF embasada na presena de um evento trombtico

    em pessoas sem riscos importantes comodiabetes e ateroesclerose. O diagnstico (maisamplo) difere da classicao (mais restrita);

    essa ltima foi planejada por um grupo deexperts no assunto para que se faam estudos

    cientcos e que somente sejam includos ospacientes com SAF, sem confundir com outrasentidades, o que depende da associao decritrios clnicos como trombose de artrias ouveias e eventos obsttricos, e laboratoriais com

    anticorpos antifosfolipdeos (aPL) que podemser de trs tipos principais: anticardiolipina,anti beta-2 glicoprotena I (valorizados somentequando em ttulos moderados ou altos) e lpusanticoagulante, todos de forma persistente ao

    longo do tempo.

    5. Como evitar a SAF?

    A SAF no tem como ser evitada, maspodem-se evitar as suas consequnciascombatendo os fatores de risco para os eventostrombticos, cujo peso ainda maior nas

    pessoas que tm SAF. Os principais fatores derisco so: fumo, obesidade, vida sedentria,nveis elevados de colesterol e triglicerdeos, ouso de hormnios (principalmente estrgenos)

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    e certas drogas (como a clorpromazina, usadapelos neurologistas e psiquiatras para vrias

    condies), devendo, portanto ser evitados.

    6. Como o tratamento?

    A SAF no tem cura, mas o paciente podeevitar os eventos trombticos evitando oucorrigindo os fatores de risco para tromboses(citados acima) e usando uma terapia com

    anticoagulante oral para o resto da vida. Esteconsiste no uso de inibidores da vitamina Kcomo os cumarnicos/varfarina. O tratamentodeve ser monitorado por meio de exames desangue peridicos. No chamado tempo de

    atividade de protrombina (TAP), o valor dondice internacional de normalizao (INR)deve estar de acordo com a recomendao do seureumatologista.

    7. Qual a importnciado tratamento?

    A SAF reconhecida atualmente comoa trombolia adquirida mais comum. Para

    pacientes que j apresentaram evento trombticoarterial ou venoso, bem como pr-eclmpsia(aumento da presso arterial com edema e

    perda de protena na urina) e/ou perdas fetaisde repetio, o risco de isto ocorrer novamente alta. A SAF uma doena crnica e paraevitar as consequncias, que podem ser graves,

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    irreversveis ou at mesmo fatais, requer-se umaboa adeso ao tratamento. Os pacientes devem

    ser esclarecidos sobre a conduta geral e o regimeteraputico adotado para prevenir perdas fetais ea morbidade por eventos trombticos.

    8. Quais so osmedicamentos quealteram a ao dosanticoagulantes?

    Inmeras substncias podem alterar a aodos anticoagulantes orais, reduzindo sua ao eaumentando o risco de um evento trombtico ouaumentando a sua atividade e elevando o riscode sangramento. Neste ltimo grupo, destacam-se a aspirina e os demais antiinamatrios

    no-hormonais, que devem ser evitados.Aparentemente o celecoxibe (antiinamatrio) e

    a dipirona (analgsico) interferem menos do queo paracetamol na anticoagulao oral e podem serusados com maior segurana, mas de qualquerforma exigem acompanhamento laboratorial

    pelo mdico assistente. A lista de medicamentos

    que podem interferir na ao dos anticoagulantesorais extensa. Consulte sempre o mdico antesde fazer uso de qualquer medicao. Voc poderusar o medicamento que for indicado, desde quehaja um controle rigoroso da sua interferncia

    com a anticoagulao oral.

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    9. Quais os cuidados que

    o paciente deve ter coma alimentao durante otratamento?

    A ao do anticoagulante oral se d por

    meio da inibio da vitamina K. O tratamentoatual ideal visa a manter o valor do INR (quemede a atividade da medicao anticoagulanteoral) estvel e evitar oscilaes. Com isso importante atentar para a dieta. Recomenda-seque o indivduo consuma quantidades diriasxas de alimentos ricos em vitamina K. As

    principais fontes de vitamina K so os laticniose as folhas verdes escuras.

    10. Quais os cuidados aofazer uma cirurgia duranteo tratamento?

    O paciente em uso de anticoagulanteoral deve avisar a todo prossional da sade

    com quem for se consultar. No caso de umprocedimento cirrgico ou dentrio (extrao),

    pode ser necessrio o uso de plasma, paraimpedir sangramento ou anticoagulao comheparina (na suspenso da anticoagulao oral).Portanto, o mdico assistente que acompanha aanticoagulao deve ser avisado.

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    11. Quais so os cuidados

    que o paciente deveter com sangramentosdurante o tratamento?

    O paciente deve ser alertado sobre os

    fatos corriqueiros que podem elevar o risco desangramento se o INR estiver maior do que 6,0; oque pode ocorrer se houver falha da monitorao dadose do anticoagulante oral. O paciente deve evitarexposio a riscos de cortes e leses por acidentes.Recomendamos o uso de gelo e compresso e,quando possvel, elevao do local cortado. Emcaso de hemorragia, a equipe mdica deve serimediatamente consultada. O uso de plasma fresco prefervel ao de vitamina K para reverso daanticoagulao, quando se faz necessrio.

    12. Quais os riscos

    de uma gestao empacientes com SAF?

    Com o tratamento adequado, o risco deaborto cai para menos de 20%. Em pacientes

    que j tiveram aborto prvio, o risco de abortoem uma prxima gestao no tratada de cercade 80%. Alm de abortamentos no incio dagestao e perdas fetais (no segundo e terceirotrimestre de gestao), a SAF est relacionada acrescimento intrauterino restrito, oligohidrmnia(diminuio do volume do lquido amnitico),

    baixo peso fetal e insucincia placentria.

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    13. Quais so os riscos

    para as gestantes queusam os medicamentospara tratar a SAF?

    Durante a gravidez, os medicamentos

    utilizados para tratamento da SAF (AAS eheparinas) no apresentam risco para a gestanteou para o feto. Aps o nascimento, tambm noh problemas com esses medicamentos duranteo aleitamento materno. Os anticoagulantesorais inibidores da vitamina K podem induzirmalformaes congnitas quando utilizados noincio da gestao, mas podem ser usados comsegurana depois da 14. semana, desde quecontrolados pela equipe mdica. Esse apenas umdos motivos pelos quais a gestao de pacientescom SAF deve ser programada e detectada logonas primeiras semanas. Recomendamos quequando h o atraso menstrual se faa o exame desangue para diagnstico da gravidez. Para que setroque a anticoagulao oral pela via subcutnea.

    14. Como o tratamento

    das gestantes com SAF?O tratamento da gestante com SAF difere.

    Utiliza-se a heparina no fracionada e de baixopeso molecular associada ao AAS infantil nas

    pacientes que vinham em uso de anticoagulaooral para SAF arterial ou venosa. Para pacientescom SAF obsttrica pode ser usada somente

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    a aspirina em baixa dose ou o esquema acimade acordo com a indicao individual. Durante

    o uso prolongado de heparina, especialmentena gestao, importante usar suplemento declcio e vitamina D, tomar sol trs vezes porsemana durante 15 minutos e fazer atividadefsica (ex: caminhada, Tai chi, Yoga) para

    evitar a ocorrncia de osteopenia (diminuioda densidade mineral dos ossos). Mesmo comuma dieta adequada, importante atentar paraa suplementao destes elementos; os nveisde vitamina D (25 OH vitamina D3) podem sermonitorados por testes sanguneos, e ajustadosde acordo com a necessidade de cada um(a).

    15. necessrio fazerexames para monitoraro efeito das heparinasdurante tratamento?

    No se tem monitorado os nveis deantiFator Xa em usurias de heparinas de baixo

    peso molecular (enoxaparina, dalteparina oufraxiparina) durante a gravidez. Alguns mdicos

    recomendam, porm as evidncias mostram quea utilizao da dose plena de heparina apresentabons resultados, no sendo necessrio realizarexames. J quando se utiliza a heparina no-francionada, importante ter o valor do tempo

    de protrombina antes do tratamento e ajustar adose das injees de acordo com os resultadossubsequentes durante a gravidez.

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    Sociedade Brasileira de Reumatologia

    www. reumatologia.org.br

    Av. Brigadeiro Luis Antonio, 2.466 gr. 93-94

    CEP 01402-000 So Paulo SP

    F /f 55 11 3289 7165

    www.l

    etracapital.com.b

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