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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTEINSTITUTO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA - IET
RELATÓRIO DAS AULAS PRÁTICAS DE CRISTALOGRAFIA
Ana Paula Calazans GomesDiego Praça Ferreira
Douglas Da Cruz ParaguaiIgor Rodrigues Eustáquio
Lais Panza RibeiroRodrigo Avelar Dos Anjos
Stephanie Américo Vasconcellos
BELO HORIZONTE-MGNovembro -2015
ANA PAULA CALAZANS GOMES
DIEGO PRAÇA FERREIRA
DOUGLAS DA CRUZ PARAGUAI
IGOR RODRIGUES EUSTÁQUIO
LAIS PANZA RIBEIRO
RODRIGO AVELAR DOS SANTOS
STEPHANIE AMERICO VASCONCELOS
RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA:Descrição de Aula Prática no dia 13 De Novembro de 2015.
Relatório de aulas práticas apresentado ao Instituto de Engenharia e Tecnologia, Curso De Geologia, Turma GLI1AN-ESA, como requisito para a aprovação na disciplina Cristalografia.
Prof(a). Yuri Ribeiro
BELO HORIZONTE-MGNovembro - 2015
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Sistemas cristalinos (MABESOONE, 1968).........................................................................2Figura 2 - (a) Mineral prismático ou romboédrico, euédrico de calcita (Pedro II, PI, brasil – CMLBRA) e (b) Mineral anédrico de arsênio nativo (Kise Mine, Malásia – CMULBRA), (MABESOONE, 1968)....................................................................................................................................................4Figura 3 - (a) Mineral brilho metálico, opaco – bornita (Caçapava do Sul, RS, Brasil – CMPN) e (b) Mineral brilho não-metálico vítreo, transparente ou translúcido – fluorita (Cornwall, Inglaterra - CMULBRA), (MABESOONE, 1968).....................................................................................................6Figura 4 - Escala relativa de dureza de dos Minerais. (MABESOONE, 1968)....................................7Figura 5 - Tipos de Clivagem. (KLEIN, 2012)......................................................................................8Figura 6 – Desenho esquemático esboço de impacto, causando uma fratura em possível mineral. (KLEIN, 2012)......................................................................................................................................9Figura 7 - Amostras Minerais: (2A) Muscovita; (2B) Quartzo;(2C) Limonita;(2D) Fluorita; (2E) Crisotila. Foto: Rodrigo Avelar ...........................................................................................................10Figura 8 - kit de minerais para realizar prática de Brilho. 3A) Hematita; 3B) Feldspato; 3C) Muscovita; 3D) Quartzo. Fotos: Rodrigo Avelar..................................................................................12Figura 9 - Kit prática Cores. 1A)Quartzo rosa; 1B)Quartzo incolor e amarelo; 1C)Quartzo Hialino; 1D)Quartzo Leitoso; 1E)Quartzo Fumê. Foto: Rodrigo Avelar............................................................13Figura 10 - Kit Dureza. Imagens 4ª)Amazonita; 4B)Quartzo Leitoso; 4C)Calcita; Fotos: Igor Rodrigues ........................................................................................................................................ ..15Figura 11- Kit Traço. Imagens: 5A)Hematita; 5B)Magnetita; 5C)Quartzo; 5D)Schorlita. Fotos: Rodrigo Avelar ...................................................................................................................................17
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................1
2 OBJETIVOS..................................................................................................9
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES..................................................................10
3.1 PROPRIEDADES MORFOLÓGICAS - HÁBITO.......................................10
3.2 BRILHO, COR E DIAFANEIDADE.............................................................11
3.3 DUREZA.....................................................................................................15
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................17
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................18
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1 INTRODUÇÃO
Durante o segundo semestre do ano de 2015 os alunos do curso de Geologia noturno
turma GLI1AN-ESA da UNIBH frequentaram aulas práticas da disciplina de
Cristalografia ministrada pelo professor Yuri Ribeiro, com o intuito de conhecer
conceitos acerca das estruturas cristalinas dos minerais e sua mais variadas formas. e
aprender a identificar cada mineral de acordo com suas propriedades físicas e sua
classe, identificada através da composição química de cada mineral sendo possível
assim conhecer, por exemplo, o provável local onde os mesmos foram gerados
(gênese), também foram inseridos,
Um mineral é um sólido homogêneo, com composição química definida, mas que
podem variar dentro de intervalos restritos, formados por processos naturais
inorgânicos, cujos átomos se encontram organizados em um arranjo tridimensional
definido, eles são desenvolvidos por processos naturais, o que exclui as substâncias
sintéticas ou artificiais, mesmo quando estas apresentam as mesmas características
de seus equivalentes naturais.
Figura 1 - Sistemas cristalinos (MABESOONE, 1968).
2
Para que se possa identificar o tipo ou variedade de um determinado mineral existem
certos critérios, que a depender do caso poderá ser avaliado a olho nú ou se preciso
com ao auxílio de lupas ópticas ou microscópios próprios para o estudo de mineralogia
e petrografia. Sendo assim, as seguintes propriedades físicas foram avaliadas:
HÁBITO CRISTALINO - Forma habitual exibida pelos minerais, em decorrência de
sua estrutura cristalina, característica da forma sólida de um mineral que é encontrado
na natureza. Existem diversas classificações de hábitos, aqui é possível citar algumas
como:
Prismático: O mineral ocorre em prismas, acompanhando seu sistema cristalino
original. Ex: quartzo hialino, calcita, berilo;
Piramidal: O mineral ocorre em pirâmides, muitas vezes determinando o “fechamento”
dos prismas do hábito prismático. Ex.: quartzo hialino;
Acicular: Em cristais delgados, semelhantes a agulhas. Ex.: cianita;
Capilar: Em cristais semelhantes a fios ou cabelos. Ex.: rutilo;
Laminado ou tabular: Cristais alongados, achatados como uma lâmina. Ex.: topázio;
Foliáceo: Quando o mineral se separa facilmente em lâminas ou folhas. Ex.: minerais
do grupo das micas;
Granular: Quando um mineral consiste em um agregado de grãos pequenos. Ex.:
Calcopirita;
Dendrítico: “Arborescente”, em ramos delgados divergentes que se assemelham a
uma planta. Ex.: Pirolusita;
Colunar: Em indivíduos paralelos, grossos, semelhantes a colunas. Ex.: Minerais do
grupo das turmalinas;
Fibroso: Em agregados fibrosos paralelos, delgados. Ex.: Amianto da variedade
crisotila;
Globular ou botrioidal: Indivíduos radiados formando grupos esféricos ou semi-
esféricos. Ex.: goethita;
Bandado:Quando o mineral ocorre em faixas estreitas de cor e/ou texturas diferentes.
Ex.: quartzo em suas variedades calcedônia e ágata;
Estriado: Quando ocorrem estrias paralelas ou transversais a determinado plano
cristalino. Ex.: Minerais do grupo das turmalinas, rutilo, topázio imperial;
3
Equidimensional: As formas assumidas pelos cristais tendem a apresentar
dimensões iguais nas 3 direções espaciais. Incluem-se aqui as formas cúbicas,
piramidais, romboédricas, octaédricas, etc;
Tabular: duas das dimensões predominam sobre uma terceira, configurando formas;
Estalactitico: Formado de pequenas estalatictas que possuem formas cônicas ou
cilíndricas como no teto de cavernas. Ex: Calcita Estalactite formada em cavernas;
Maciço: Espécime de mineral carecendo totalmente de formas cristalinas, geralmente
encontrados em minerais finamente granulados. Ex: Goethita;
Compacto: Espécime de granulação tão fina que os grãos individuais são óbvios aos
olhos. Ex: Caulinita;
Radiado: Mineral no qual os grãos aciculares irradiam de um ponto central. Ex:
Wavellita;
Geodo: Cavidade de rocha forma de matéria mineral, mas não completamente
forrada. Ex: Geodo de Ametista, Geodo de Ágata;
Pisolítico: Formado de grãos do tamanho de ervilhas;
Oolítico: Uma espécime formado de oolítos, que são pequenos corpos acrescionários,
arredondados ou ovais, se assemelhando à ova de peixe;
Concêntrico: Quando as bandas ou faixas são arranjadas, concentricamente ao redor
de um ou mais centro. Exemplo: Ágata.
QUANTO AS FORMAS: As formas cristalinas de desses cristais podem apresentar
faces perfeitas ou irregulares, neste caso podemos classifica-las quanto a perfeição de
suas faces:
Euédrico: Aquele bem formado, delimitado inteiramente por faces cristalinas;
Anédrico: Aquele mal formado, não apresenta nenhuma face cristalina;
Subédrico: Aquele razoavelmente formado, delimitado parcialmente por faces
cristalinas.
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Figura 2 - (a) Mineral prismático ou romboédrico,euédrico de calcita (Pedro II, PI, brasil –
CMLBRA) e (b) Mineral anédrico de arsênio nativo (Kise Mine, Malásia – CMULBRA),
(MABESOONE, 1968).
DIAFANEIDADE - Capacidade de permitir a passagem de luz, que divide os minerais
em translúcidos, transparentes ou opacos.
Transparente: um mineral é transparente se o contorno de um objeto visto através
dele é perfeitamente visível;
Translúcido: um mineral é translúcido se a luz chega a atravessá-lo, não podendo,
porém, os objetos serem vistos através dele;
Opaco: um mineral é opaco se a luz não o atravessar mesmo em suas bordas mais
delgadas.
BRILHO–Para Klein (2012) o brilho refere-se aparência geral da superfície de um
mineral sob a luz refletida geralmente se subdivide em metálico e não metálico.
Não Metálicos: Dentro dos não metálicos existe uma variedade de tipo de brilho que
varia de mineral para mineral de acordo com suas características, dentre as mais
comuns destacam-se:
Vítreo: Parece uma peça polida de vidro. Ex: Quartzo, Fluorita, Calcita e etc;
Resinoso: Aparência de resina endurecida. Ex: Enxofre, Esfarelita e etc;
Nacarado: Possui a aparência iridescente da madrepérola. Ex: Muscovita;
5
Gorduroso: Aparência de estar coberto com uma camada de óleo. Ex: Grafita;
Sedoso: Lembra seda, sendo o resultado de um agregado paralelo de fibras finas. Ex:
Gipsita, Malaquita, Amianto e etc;
Perláceo: Lembra pérola. Ex: Feldspato, Talco e Gipsita;
Adamantino: Brilho igual ao diamante deve-se ao elevado índice de refração do
mineral. Ex: Coríndon (Safira e Rubi) e Diamante;
Terroso: Lembra terra. Ex: Bauxita e Caulim;
Ceroso: Cera. Ex: Calcedônia;
Especular: Brilho semelhante ao de um espelho. Ex: Especularita;
Vítreo: Parece uma peça polida de vidro. Ex: Quartzo, Fluorita, Calcita e etc;
Graxo: Possui aspecto de graxa. Ex: Granada e Malaquita;
Resinoso: Aparência de resina endurecida. Ex: Enxofre, Esfarelita e etc;
Nacarado: Possui a aparência iridescente da madrepérola. Ex: Muscovita;
Gorduroso: Aparência de estar coberto com uma camada de óleo. Ex: Grafita;
Sedoso: Lembra seda, sendo o resultado de um agregado paralelo de fibras finas. Ex:
Gipsita, Malaquita, Amianto e etc;
Perláceo: Lembra pérola. Ex: Feldspato, Talco e Gipsita;
Adamantino: Brilho igual ao diamante deve-se ao elevado índice de refração do
mineral. Ex: Coríndon (Safira e Rubi) e Diamante;
Terroso: Lembra terra. Ex: Bauxita e Caulim;
Ceroso: Cera. Ex: Calcedônia;
Metálico: Material que reflete luz metálica, como nos metais em geral e são opacos a
luz transmitida. Exemplo: Óxidos, Ouro, Prata.
6
a b
Figura 3- (a) Mineralbrilho metálico, opaco – bornita (Caçapava do Sul, RS, Brasil – CMPN) e
(b) Mineral brilho não-metálico vítreo, transparente ou translúcido – fluorita (Cornwall, Inglaterra
- CMULBRA), (MABESOONE, 1968).
COR - A cor de um mineral resulta da absorção seletiva de comprimentos de onda da
luz visível, principalmente em virtude da presença de elementos químicos de transição
como Fe, Cu, Ni, Cr, V ou de defeito cristalino, também são subdivididas em duas, os
idiocromáticos e alocromáticos.
Idiocromáticos: minerais que possuem cor constante, dependendo apenas da
constituição química. Ex: Enxofre (amarelo), Galena (cinza), Calcopirita (amarelo
latão), Malaquita (verde), etc;
Alocromáticos: minerais que possuem cores variadas na composição química ou
devido a impurezas diversas. Ex: Quartzo (branco, verde, róseo, incolor,
roxo,amarelo). Mica (branca, preta, marrom, roxo, verde) Dolomita, Calcita etc.
BIRREFIGÊNCIA - Capacidade que determinados minerais possuem em refratar a luz
incidente. Como consequência, ao se observar uma imagem através de um cristal,
como a calcita transparente observa-se essa imagem duplicada; e quanto mais
espesso for o mineral, mais separadas ficarão as imagens. Dupla refração ou
birrefringência: é a diferença entre o índice de refração máximo e mínimo do mineral.
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PLEOCROÍSMO - É o fenômeno que certos minerais não opacos e coloridos
apresentam, de absorverem a luz de maneira diferente segundo diferentes direções de
vibração no seu interior.
FLUORESCÊNCIA - ocorre quando mineral é iluminado com luz de comprimentos de
onda específicos. A luz ultravioleta, raios-x e raios catódicos são os tipos típicos de luz
que provocam fluorescência. Este tipo de luz tem a capacidade de excitar elétrons
sensíveis dentro da estrutura atômica do mineral.
DUREZA - De acordo com Klein (2008) dureza é a resistência de uma superfície lisa
de um mineral oferece ao ser riscado. Obtém-se a dureza de um mineral ao riscar o
mesmo a uma superfície de dureza conhecida. Podemos dizer que a dureza de um
determinado mineral é sua possibilidade de ser riscada, a escala de Mohs nos dá
padrão de dureza de determinados minerais como referência.
:
Figura 4 -Escala relativa de dureza de dos Minerais. (MABESOONE, 1968).
TRAÇO - Propriedade que o mineral possui de deixar um traço sobre uma superfície
despolida de porcelana. Baseia-se na cor do pó deixado pelo mineral. A cor do traço
só varia se o mineral estiver em processo de decomposição. A dureza da placa de
porcelana é aproximadamente 7, assim minerais com dureza superior não deixam
traço, riscam, a porcelana, seu traço é dito incolor.
CLIVAGEM–A clivagem é caracterizada pela repetição, que é sempre consistente com
a simetria do cristal. É a habilidade dos cristais de se partir ao longo de direções
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cristalográficas preferenciais com a formação de uma superfície lustrosa. Classifica-se
a clivagem da seguinte maneira:
Clivagem perfeita: Se ele se fratura facilmente e se a superfície resultante é plana e
reflete luz, como nas micas;
Clivagem boa: Significa que as superfícies de clivagem são menos contínuas e
podem ter algumas irregularidades (ex:calcita, cianita);
Clivagem má ou imperfeita: É difícil de ver, e as superfícies de clivagem não são
bem desenvolvidas, como no berilo ou na apatita;
Clivagem regular: Reflete propriedades entre boa e má (ex:feldspatos, hornblenda);
Clivagem ausente: Não apresenta plano de clivagem (ex:quartzo).
Os Minerais também podem apresentar superfícies de clivagem em:
3 direções - Ex.: calcita, galena
2 direções - Ex.: feldspato
1 direção - Ex.: micas, talco
Ausente - Ex.: quartzo, turmalina
Figura 5-Tipos de Clivagem. (KLEIN, 2012)
FRATURA–É uma superfície de quebra de um cristal que não segue qualquer direção
cristalográfica preferencial, há padrões para classificar a fratura de um mineral de
acordo com sua aparência, eles são denominados como:
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Fratura conchoidal:Produz superfície com cristas suaves, arredondadas,
assemelhando-se à superfície interior de uma concha. Observada em materiais
como vidro e quartzo;
Fratura fibrosa ou estilhaçada:Resulta em peças que se mostram fibrosas ou
em estilhaços;
Fratura serrilhada:Produz uma aresta recortada e afiada. (mica, cobrenativo);
Fratura desigual ou irregular:Produz superfícies rugosas e irregulares.
Figura 6–Desenho esquemático esboço de impacto, causando uma fratura em possível
mineral. (KLEIN, 2012)
Os minerais também são divididos em classesde acordo com seu ânion ou grupo
aniônico, pois em geral minerais com o mesmo ânion possuem semelhanças físicas e
morfológicas entre si, o que não acontece com minerais que têm apenas um cátion em
comum.
As doze principais classes dos minerais são: Silicatos; Sulfetos; Sufossais; Óxidos
simples, múltiplos e hidróxidos; Haletos; Carbonatos; Nitratos; Boratos; Fosfatos;
Sulfatos; Tungstatos; e Elementos nativos e serão descritos mais especificamente no
decorrer deste relatório.
2 OBJETIVO
Observar e aprender a identificara formação de cristais evidenciando seu sistema
cristalino, eixos de simetria, ordem e analisaras propriedades físicas dos minerais
além de classificá-los de acordo com sua classeanalisandosua estrutura química.
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3 RESULTADO E DISCUSSÃO
3.1PRÁTICA PROPRIEDADES MORFOLÓGICAS / HÁBITO
Segundo Klein (2012) Quandoa aparência externa de um mineral assume uma forma
geométrica regular ela é referida como Forma Cristalina ou Hábito. No qual o mineral
assume na sua forma sólida na natureza, em termos de observação é um fator
importante diagnóstico na identificação de um mineral, de acordo com sua forma física
apresentada.
Materiais
Para a execução dessa prática de laboratório foram utilizados os minerais: quartzo
prismático, fluorita, limonita, muscovita e serpentina (Crisotila).
Procedimentos Experimentais e Resultados
Após uma breve leitura e debate dos alunos acerca dessas propriedades foi entregue
o kit com os minerais para serem analisados e classificados de acordo com a
presença ou não de faces cristalinasex: Mineral Euédrico - aquele bem formado,
delimitado inteiramente por faces cristalinas; Mineral Anédrico - aquele mal formado
que não apresenta nenhuma face cristalina; Mineral Subédrico - aquele razoavelmente
formado que é delimitado parcialmente por faces cristalinas, assim como a análise de
sua forma, ex: prismático, piramidal, acicular, capilar, foliáceo, maciço, granular,
compacto, micáceo, fibroso, radiado, laminar, dendrítico, bandeado, botrióide, globular,
estactítico, geodo, oolítico e psilítico.
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Figura 7 - Amostras Minerais: (2A) Muscovita; (2B) Quartzo;(2C) Limonita;(2D) Fluorita; (2E)
Crisotila. Foto: Rodrigo Avelar
O intuito dessa prática foiavaliar e identificar o hábito presente em cada mineral diante
da estrutura física apresentada pela amostra cedida. Os resultados estão apontados
na Tabela 3. E importante lembrar que as informações abaixo são relacionadas às
amostras do laboratório:
Hábito e Face Cristalina
Amostras Hábito Mineral Sistema Cristalino
Fórmula Química
2A Lamelar Muscovita Monoclínico Kal2si3alo10(oh,f)2
2B Prismático/
Piramidal
Quartzo Trigonal Sio2
2C Cúbico Limonita Amorfo Fe(oh)3.nh2o
2D Octaédrico Fluorita Cúbico Caf2
2E Fibroso Crisotila Monoclínico Mg3(si2o5)(oh)4
Tabela 1–Hábito
3.2BRILHO, COR, DIAFANEIDADE
BRILHO
Refere-se ao modo como o mineral reflete a luz e é geralmente dividido em brilho
metálico e não metálico, dentro dos não metálicos existem algumas subdivisões como
vítreo, gorduroso, nacarado e sedoso.
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Materiais
Foram utilizados os minerais: hematita, feldspato, muscovita e quartzo hialino para
definir os respectivos brilhos.
Procedimentos Experimentais e Resultados
Após ser entregueos minerais ao grupo, foi observado o brilho presente em cada
mineral e discutido entre os membros com a proposta de chegar a uma avaliação
detalhada e o brilho apresentando por cada amostra. Na Tabela 4 seguem as
informações referentes às amostras analisadas cedidas em laboratório.
Obs: Hematita obtém um brilho metálico, mas o mineral pode vir a apresentar
iridescência em cores.
Figura 8 -kit de minerais para realizar prática de Brilho. 3A) Hematita; 3B) Feldspato; 3C)
Muscovita; 3D) Quartzo. Fotos: Rodrigo Avelar
Brilho
Amostras Minerais Brilho Fórmula química Sistema Cristalino
3A Hematita Metálico Fe2O3 Trigonal
3B Feldspato Nacarado KAlSi3O8 Monoclínico
3C Muscovita Translúcido KAl2Si3AlO10(OH,F)2 Monoclínico
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3D Quartzo Vitreo SiO2 Trigonal
Tabela 2: Brilho
COR
Depende da absorção seletiva da luz que é refletida ou transmitida pelo mineral, pode
variar também de acordo com níveis de impureza ou defeito cristalino e são
subdivididas em idiocromáticos e alocromáticos
Materiais
Para observação dessa característica física foram utilizadas variedades de quartzo
como o quartzo rosa; quartzo incolor e amarelo; quartzo hialino; quartzo leitoso e
quartzo fumê.
Procedimentos Experimentais e Resultados
Após uma discussão prévia dos conceitos abordados foi entregue os minerais
paraserem analisados e classificados de acordo com sua cor. As amostras estudas no
laboratório (figura 12) são todas Alocromáticas, pois possuem cores variadas na
composição química ou devido a impurezas diversas, na Tabela 5 seguem as
informações referentes a essas amostras.
Figura 9- Kit prática Cores. 1A)Quartzo rosa; 1B)Quartzo incolor e amarelo; 1C)Quartzo Hialino;
1D)Quartzo Leitoso; 1E)Quartzo Fumê. Foto: Rodrigo Avelar.
Cor
Amostras Minerais Cor Fórmula Química
Sistema Cristalino
1A Quartzo Rosa SiO2 Trigonal
1B Quartzo Incolor -
Amarelo
SiO2 Trigonal
1C Quartzo Incolor SiO2 Trigonal
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1D Quartzo Leitoso SiO2 Trigonal
1E Quartzo Roxo SiO2 Trigonal
1F Quartzo Fumê SiO2 Trigonal
Tabela 3- Cor
DIAFANEIDADE
É a propriedade de alguns minerais de permitirem a passagem de luz. São
classificados em transparentes translúcidos e opacos.
Materiais
Calcita, Muscovita, Calcopirita e Quartzo hialino foram os minerais utilizados nessa
análise.
Procedimentos Experimentais e Resultados
Os minerais utilizados para essa analise variam entre todos os tipos de diafaneidade,
Neste experimento não foi cedido material aos alunos, aonde o professor mostrou para
toda a turma e explicou de forma pratica como funciona a diafaneidade dos minerais,
foi possível perceber na prática que minerais de brilho metálico como a calcopirita a
luz não consegue atravessa-lo configurando-o como mineral de diafaneidade opaca, já
na calcita e muscovita a luz consegue atravessar a menor porção desse mineral sendo
classificados como translúcido, no quartzo hialino não só a luz consegue atravessar o
mineral como é possível enxergar o que tem do outro lado dele, classificando-o como
transparente.
Diafaneidade
Amostras Minerais
(Variedades)
Diafaneidade Fórmula química Sistema Cristalino
D1 Calcita Translúcido CaCO3 Trigonal
D2 Muscovita Translúcido KAl2Si3AlO10(OH,F)2 Monoclínico
D3 Calcopirita Opaco CuFeS2 Tetragonal
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D4 Quartzo Transparente à
translúcido
SiO2 Trigonal
Tabela 4–Diafaneidade
3.3 Dureza
DUREZA
É a resistência do mineral ao ser riscado. Para classifica-la, utiliza-se a escala relativa
de dureza de Mohs, baseada na dureza relativa de dez minerais utilizados como
padrões.
Para obter resultados satisfatórios foram realizados diversos testes entre os minerais
cedidos e minerais escala de Mohs de dureza de 1 à 9 para definir a dureza
aproximada de cada mineral. O conhecimento da escala de Mohs foi de grande
importância na identificação da dureza.
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Figura 10 - Kit Dureza. Imagens 4ª)Amazonita; 4B)Quartzo Leitoso; 4C)Calcita; Fotos: Igor
Rodrigues
Dureza
Amostra Mineral Dureza Fórmula Química
Sistema Cristalino
4A Amazonita 6 KAlSi3O8 Triclínico
4B Quartzo 7 SiO2 Trigonal
4C Calcita 3 CaCO3 Trigonal
Tabela 5-Dureza
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3.4 PRÁTICA 05 - PROPRIEDADES FÍSICAS: TRAÇO, CLIVAGEM E FRATURA
TRAÇO
A cor do pó obtido ao se riscar o mineral contra uma placa de porcelana é denominada
traço.
Materiais
Para execução dessa análise foi utilizado minerais como: schorlita, muscovita, cobre
metálico, feldspato, hematita, magnetita, quartzo, calcita além de lupa e placa de
porcelana.
Procedimentos experimentais e resultados
Após a compreensão dos conceitos sobre as propriedades dos minerais em estudo, foi
distribuído o kit com os minerais para análise da clivagem, fratura e traço dos mesmos.
Resultado obtido (Tabela 6), após analisar a cor do traço em que cada mineral (figura),
apresentou ao ser riscado contra uma placa de porcelana.
Figura 11-Kit Traço. Imagens: 5A)Hematita; 5B)Magnetita; 5C)Quartzo; 5D)Schorlita. Fotos:
Rodrigo Avelar
Traço
Amostras Minerais Traço Fórmula Química Sistema Cristalino
5A Hematita Castanho- Fe2O3 Trigonal
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Avermelhado
5B Magnetita Cinza-Escuro Fe3O4 Cúbico
5C Quartzo Incolor SiO2 Trigonal
5D Schorlita Incolor Na(Fe,Mn)3Al6B3Si6O27(OH,F)4 Trigonal
Tabela 6-Traço
4CONSIDERAÇÕES FINAIS
Há vários minerais com características muito diferentes. Portanto os mesmos precisam
ser ordenados em grupo para facilitar o estudo. As propriedades físicas auxiliam na
compreensão e na organização dos minerais. Para a cor podem ser classificados em
idiocromáticos ou alocromáticos, de acordo com o número de cores que um mineral
pode apresentar. Quanto ao brilho podem ser agrupados em brilho metálico, sub-
metálico e não metálico. Em relação à dureza, com a ajuda da Escala de Mohs e de
alguns objetos, podemos verificar e ordenar os minerais por grau de dureza. Existem
outros métodos menos eficazes como o cheiro observado no Enxofre, propriedades
químicas como a efervescência com ácido da Calcita e o sabor da Halita.
Portanto não devemos levar em consideração apenas a aparência de um mineral, é
necessária uma série de estudos e equipamentos para obter uma análise mais
precisa.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DE TOLEDO, M. Cristina Mutta; FAIRCHILD, Thomas Rich; F.(ORG.)
TAIOLI. Decifrando a terra. Oficina de textos, 2003.
KLEIN, C. & DUTROW, B. Manual de Ciência dos Minerais. 23. Ed. Porto Alegre:
Bookman, 2012.