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Instituto Politécnico de Setúbal
Escola Superior de Tecnologia do
Barreiro
Ano Letivo 2014/2015
Laboratorios I
Turma: BTD12 Docente:
•Andreia Sofia 1946 Rui Antunes
•Diogo Gameiro 1953
•Rafael Santos 1977
•Sara Oliveira 207
Data de entrega: 1 de Novembro de 2014
Curso: Licenciatura em Biotecnologia
Relatorio: Identificação do reagente limitante
numa reacção de precipitação
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Índice Capitulo 1: ..................................................................................................................................... 3
Resumo ...................................................................................................................................... 3
Introdução teorica ...................................................................................................................... 3
Capitulo 2: ..................................................................................................................................... 5
Descrição experimental ............................................................................................................. 5
Material ..................................................................................................................................... 5
Reagentes .............................................................................................................................. 5
Procedimento experimental ................................................................................................... 5
Segurança .............................................................................................................................. 7
Capitulo 3: ................................................................................................................................... 10
Resultados exprimentais .......................................................................................................... 10
Tratamento de resultados ........................................................................................................ 12
Capitulo 4: ................................................................................................................................... 13
Discussão resultados ............................................................................................................... 13
Conclusão ................................................................................................................................ 14
Biliografia ............................................................................................................................... 15
3
Capitulo 1:
Resumo
Pretendeu-se, neste ensaio, identificar o reagente limitante numa reacção entre
e , ambos em solução aquosa. Fez-se uso de um banho-maria, para
precipitar o produto resultante da junção de ambas as substâncias e depois, mediante
filtração sólido-líquido, separou-se a fase aquosa da fase sólida. Após a filtração, foram
efectuadas tomas de 5 mL da fase líquida às quais se adicionaram 2 gotas de
e com o intuito de verificar qual os iões em excesso:
ou
.
Após a adição das 2 gotas nas tomas verificou-se que o ião
se encontrava
em excesso. Deduziu-se portanto que o ião era o reagente limitante, calculando-se
o número de moles téorico (esperados em termos de estequiometria, se o rendimento
fosse de 100%) sendo estes iguais a mol. Aferiu-se que o rendimento da
reacção era de aproximadamente 50%, sendo que o valor do mesmo se atribui a uma
falha na filtração, devido ao rompimento do papel de filtro, e também a algumas perdas
do filtrado, devido à sua aderência ao interior das paredes do Erlenmeyer.
Introdução teorica
Na preparação das soluções de e de forma a averiguar as
quantidades de moles e a concentração dos compostos com os quais se estava a
trabalhar, fez-se uso das seguintes expressões:
Em que: é o número de moles do composto, a massa do composto e a massa
atómica (ou molecular) relativa do composto.
Em que: é a concentração do composto no volume total da solução (em g/mol), o
número de moles do composto e o volume total da solução.
Em solução aquosa, substâncias iónicas têm tendência a dissociar. Logo ao se
dissolver as soluções previamente preparadas de e em água, ter-se-
á:
4
Na junção de ambas as soluções:
Em que:
Logo, a junção das duas soluções iniciais resulta numa solução composta por
e . O uso de um banho-maria na solução de e resulta na
precipitação do , sendo a solução depois submetida a uma filtração sólido-líquido
de forma a separar este, que se encontra na fase sólida, da fase líquida. Após a filtração,
a averiguação do ião em excesso nas tomas foi feita através da adição de e
de a cada toma. Se a formação de precipitado se verificasse na toma à
qual fora adicionado , o ião
estava em excesso, se se verificasse na toma à
qual fora adicionado , o ião estava em excesso.
O cálculo do rendimento da reacção foi depois feito recorrendo à seguinte
expressão matemática:
Em que: é o rendimento da reacção (%), o número de moles obtidos e
o número de moles calculados estequiométricamente.
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Capitulo 2:
Descrição experimental
Material
2 kitasato 250 ml
4 tubos de ensaio
Pipeta graduada 5ml±(0,03) a 20ºC classe A
Vareta de vidro
Espátula
Pinça de madeira
Proveta graduada 25ml±(0,25) a 20ºC classe A
Placa de petri
Papel de filtro
Vidro de relógio
Funil de sólidos e líquidos
Pompete
Suporte de tubos de ensaio
Banho de água termoestratizado
Estufa
Equipamento: balança analítica “Sartorius” ±0,0001g
Reagentes
BaCl2.2H2O
Na2SO4
Soluçao de Ba(NO3)2
Solucao de HCl
Procedimento experimental
1.1 Precipitação do sulfato de bário, BaSO4
1.1.1 Pesou-se 0.40g de BaCl22H2O numa caixa de petri e transferiu-se para um tubo de
ensaio ao qual se adicionaram 10ml de água destilada. Adicionaram-se ainda 10 gotas
de HCl concentrado na hotte;
1.1.2 Pesou-se 0.30g de Na2SO4 numa caixa de petri e transferiu-se para o tubo de
ensaio adicionando-se 10ml de água destilada;
1.1.3 Agitaram-se ambos os tubos de modo a dissolver todo o sólido;
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1.1.4 Juntaram-se ambos os conteúdos dos tubos de ensaio e observou-se;
1.1.5 Aqueceu-se um banho de agua a 70-80ºC e colou-se o tubo no banho de agua
quente durante aproximadamente 15 minutos. Removeu-se o tubo e deixou-se o
percepitado repousar;
1.1.6 Pesou-se um papel de filtro e registou-se o valor da sua massa. Colocou-se no
funil e molhou-se com alguns mililitros de água;
1.1.7 Efetuou-se a filtração por gravidade, e enquanto a solução ainda permanecia
quente transferiu-se o precipitado para o funil;
1.1.8 Removeu-se o resto de precipitado que ficou nas paredes do tubo de ensaio com
água morna;
1.1.9 Secou-se o precipitado do papel de filtro na estufa a 100ºC;
1.1.10 Decantaram-se, através das pipetas, 2 tomas de cerca de 5 mL do líquido
sobrenadante para 2 tubos de ensaio e posteriormente rotularam-se com as designações
T1 e T2;
1.1.11 Após o papel de filtro e o precipitado estarem secos tomou-se nota do valor da
sua massa.
1.2 Determinação do reagente em excesso
1.2.1 Teste para o excesso de Ba2+
Legenda 1:Aquecimento dos tubos de
ensaio em banho de água
7
1.2.1.1 Adicionou-se 2 gotas da solução Na2SO4 o.5 M aos 5mL de solução contida no
tubo T1;
1.2.1.2 Observou-se e registou-se o ocorrido.
1.2.2 Teste para o excesso de SO42-
1.2.2.1 Adicionaram-se 2 gotas da solução de Ba(NO3)2 o.1 M no tubo de ensaio T2;
1.2.2.2 Registou-se o que se observou.
Segurança
Em áreas laboratoriais, é possível que ocorra alguns acidentes, contudo é imperativo que
se siga as regras laboratoriais para impedir os mesmos, pois esses acidentes podem ter
consequências graves tendo em conta que em laboratório se mexe em produtos
químicos nocivos para a saúde, alguns deles podendo mesmo ser letais. Assim deve-se
ter em conta as seguintes regras:
-Usar bata;
-Usar luvas;
-Usar mascara;
-Usar óculos de protecçao ;
-Realizar as actividades com o cabelo apanhado;
-Realizar na hotte os trabalhos que envolvam libertação de gases ou vapores;
Legenda 2: Adição de Na2SO4 em T1
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-Não misturar produtos quimicos aleatoriamente;
-Todos os recipientes que contenham produtos devem estar devidamente rotulados.
-Cloreto de bario (BaCl2.2H2O): Produto toxico. Quando inalados as poeiras causam
desconforto e podem provocar irritação e queimaduras do trato respiratório. A sua
ingestão do produto causa vômito, diarreia, dores abdominais,arritmia, hipertensão,
colapso do sistema cardíaco, colapso dos rins e em casos extremos morte. Pode causar
desconforto na pele, irritação e queimaduras nos casos mais graves. Causa irritação dos
olhos.
-Sulfato de sódio (Na2SO4): O contato do produto com os olhos pode causar severas
irritações
pode causar tambem irritação nasal e espirros, e ainda irritação na mucosa bocal e trato
gastrintestinal sendo ainda possível os seus danos.
-Nitrado de bario: Não é inflamável. Irritante para o nariz, olhos e para a garganta.
Venenoso se inalado e ingerido.
-Acido clorídrico: Corrosivo. Em contacto com metais liberta hidrogénio, podendo
formar misturas explosivas com o ar. Provoca queimaduras graves e dolorosas em
contacto com a pele, olhos e mucosas. A inalação dos vapores provoca tosse, sufocação,
irritação do trato respiratório, edema pulmonar e colapso cardiovascular. A ingestão
provoca queimaduras dolorosas (boca, garganta, esófago e estômago), vómitos, diarreia
e estado de choque com risco de perfuração do trato gastrointestinal e colapso
cardiovascular.
Legenda 3: sinais de segurança relativo
ao nitrato de bário
Perigo
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A tabela que se segue diz respeito aos riscos que podem haver quando ocorre contacto
directo com os diversos reagentes, e ainda as medidas de segurança que servem para
precaver esses mesmos riscos.
Reagentes Riscos Medidas de segurança
Cloreto de bário Provoca queimaduras
graves, e provoca irritação
aos olhos e vias
respiratórias.
Usar bata, luvas mascara e
óculos e não respirar nem
entrar em contacto com a
solução.
Sulfato de sódio Pode provocar irritação e
queimaduras do trato
respiratório A ingestão do
produto causa vômito
dores abdominais, e em
casos extremos
morte. Causa irritação dos
olhos.
Usar bata, luvas,oculos e
mascara e não respirar
nem entrar em contaco
com a solucao.
Nitrato de bário É Irritante no caso de
contato com os olhos ou
contato prolongado com a
pele e tóxico em caso de
ingestão.
Usar bata luvas oculos e
mascara e não respirar
nem entrar em contacto
com a solucao.
Acido cloridico Pode ser tóxico em caso de
ingestão, é irritante para os
olhos e venenoso se
inalado.
Usar bata, luvas e óculos e
não respirar nem entrar em
contacto com a solução.
Tabela 1: Riscos e medidas de segurança relativamente aos reagentes da actividade
exprimental.
Corrosivo
Legenda 4 : Sinal de segurança relativo ao
acido cloridico
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Observações:
A tabela que se segue remete-nos para os varios acontecimentos no procedimento
exprimental e as observações que se verificaram ao realizar esses mesmos
acontecimentos.
Tabela 2: Acontecimentos e respectivas observações
Acontecimentos Observações
Junção de Ba2SO4.2H2O com Na2SO4 Verificou-se que a cor da solução
mudou ligeiramente para um branco
baço
Banho em água quente Depois do banho ocorreu a formação de
um precipitado no fundo do tudo de
ensaio, este precipitado ficou em baixo
e no resto do tudo ficou o liquido
sobrenadante
Teste para o excesso de Ba2+
Não se formou precipitado, logo o Ba2+
não é o reagente em excesso, sendo,
assim, o reagente limitante.
Teste para o excesso de SO42-
Houve formação de precipitado de cor
branca, então o SO42-
está em excesso.
Legenda 5: teste excesso de Ba2+ Legenda 6: teste excesso de SO42-
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Tratamento de resultados
Cálculo do nº de moles adicionadas:
Vamos calcular o n, pois sabemos a massa e a massa molar do e do
Cálculo do nº de moles isoladas:
Para fazer isto usamos os reagentes que nos interessam, ou seja o Ba e o SO4,
conhecemos a sua massa e sabemos também a sua massa molar.
Determinação teórica do reagente limitante
Para calcular o reagente limitante primeiro vamos descobrir o seu n, depois utilizamos
uma regra de 3 simples.
Limitante
13
de 1 mol
x
Ou seja, este n não corresponde ao verdadeiro, logo concluímos que o bário se gasta
primeiro, sendo assim o reagente limitante.
Cálculo de rendimento da reação
(porque a sua reação estequiométrica é
de 1:1)
Capitulo 4:
Discussão resultados
O objetivo desta atividade experimental era determinar o reagente limitante de entre os
reagentes utilizados numa reação de precipitação, e para tal ser possível, foi necessário
fazer, em dois tubos de ensaio, duas soluções aquosas, uma solução de BaCl2.2H2O e
outra de Na2SO4. Após a realização do procedimento experimental para se fazer as duas
soluções, juntou-se a duas soluções aquosas no mesmo tubo de ensaio e obteve-se o
resultado que se pretendia, ou seja, observou-se que a solução mudou ligeiramente de
cor, passando a ter uma cor branco baço. De seguida colocou-se o tubo de ensaio num
banho de água quente a 70-80⁰C e deixou-se aquecer durante cerca de 15 minutos e
após a passagem do tempo definido retirou-se o tudo de ensaio e deixou-se o
precipitado repousar, para se poder retirar mais facilmente uma parte do liquido
sobrenadante, sem vestígios do precipitado, que foi utilizado para decantar as duas
tomas, que foram posteriormente utilizadas na realização dos testes de determinação do
reagente limitante. Antes de se realizarem os testes para determinar o reagente limitante
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da reação procedeu-se à filtração por gravidade com a utilização de um papel de filtro
de porosidade fina para se poder determinar a massa do precipitado através da pesagem
do papel de filtro e do precipitado presente no papel de filtro. Devido a um acidente
experimental, rompimento do papel de filtro, foi necessário utilizar outro papel de filtro
para se poder terminar a filtração, pelo que foi preciso secar os dois papéis numa estufa
a 100⁰C e realizar a pesagem dos dois papéis de filtro. Graças a este acidente teve que
se realizar mais alguns cálculos para além dos necessários, para assim ser possível
determinar a massa de BaSO4.
Por fim, após terem sido feitos todos os passos da primeira parte da experiência, foi
possível passar à segunda fase, a realização dos testes de determinação do reagente
limitante. Primeiramente realizou-se o teste de excesso de Ba2+
, teste esse que consistia
na colocação de duas gotas da solução de Na2SO4, com concentração de 0,5 M, ao tubo
de ensaio onde estava contida a primeira toma e após a realização do teste não se
observou a formação de precipitado, o que indicou que o Ba2+
não estava presente no
líquido sobrenadante, ou seja, era o reagente limitante. De seguida realizou-se o teste de
excesso de SO42-
, este teste consistia na realização do mesmo procedimento do teste
anterior, mas com uma pequena diferença, neste segundo teste colocou-se duas gotas de
uma solução de BaCl2, também com uma concentração de 0,5 M, ao tubo T2, ou seja, à
segunda toma, e neste caso observou-se a formação de precipitado, concluindo assim
que o SO42-
estava no líquido sobrenadante, logo era o reagente em excesso.
Conclusão
Concluimos que, ao realizar-se o teste de excesso de Ba+ e não haver precepitado , este
é o reagente limitante , contrariariamente ao teste de excesso de SO42-
que apresentou
precepitado no liquido sobrenadante não sendo então reagente limitante.
Apesar de alguns erros efectuados durante o procedimento exprimental os resultados
obtidos eram os pretendidos pelo que esses mesmos erros não foram relevantes para a
conclusão desta experiencia tendo sido esta actividade exprimental bem sucedida .
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Biliografia
http://www.quirios.com.br/Produto/PDF/NITRATO%20DE%20BARIO.pdf
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=NITRATO
%20DE%20B%C1RIO
http://www.superquimica.com.br/fispq/1250083457.pdf
http://www.indukern.com.br/arquivosUp/184_SULFATO_DE_S%C3%93DIO_ANIDR
O.pdf
http://www.casquimica.com.br/fispq/cloretobario.pdf