Date post: | 05-Jan-2016 |
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
PÓLO DE TUCURUÍ – PA
CLEITON PEREIRA DE ASSUNÇÃO LISBOA, 376787.
GUILHERME SCHULZ VIEIRA FERREIRA, 303770.
DIEIMY LIMA DA SILVA, 2852204481.
DANIEL DE ARAUJO SILVA, 292742.
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DA DISCIPLINA DE
AUDITORIA
Prof. EAD:
Professor Tutor: Marcos Barcelos
TUCURUÍ – PA
2015
O QUE É AUDITORIA
A auditoria é um processo pelo qual uma empresa se submete para avaliar como
está a utilização de seus recursos e como melhorá-los. É um exame analítico e pericial
que acompanha o desempenho das operações contábeis expressas em um balanço.
A auditoria pode ser definida como um conjunto de ações usadas para assessorar e
prestar consultoria para a organização. Os procedimentos são verificados através de
controles internos (ou externos) que dão margem para o auditor opinar e aconselhar
visando à melhoria da empresa.
Compreende todos os processos internos e não apenas o setor financeiro da
organização, funciona como uma consultoria que atende às necessidades dos sócios-
investidores, dos acionistas ou, mesmo, do Estado, a fim de que a empresa evolua e
cumpra as normas legais que a regulam.
Ao fim do processo, o auditor emite o Parecer da Auditoria, junto às
Demonstrações Financeiras ou Contábeis. Usualmente, a auditoria acontece durante um
período, mais habitualmente estabelecida entre três meses a um ano, de acordo com a
exigência da avaliação a que a empresa se submete ou da própria legislação.
Pode ser realizada de acordo com o conhecimento do auditor e sua confiança nos
controles internos e contábeis, abrangendo todas as unidades operacionais, apenas parte
delas ou ainda apenas as áreas de risco.
Pode ser feita também em profundidade, sendo esta desde o início das
negociações ou apenas auditando os riscos embutidos nesse processo – contando com
todos os documentos, registros e sistemas utilizados no desenvolvimento. E pode ser
feita de forma permanente, em períodos sazonais durante o exercício social – o que
reduz os custos – ou de forma eventual, que não tem uma periodicidade fixa e, portanto,
precisa sempre de ambientação e planejamento dos auditores.
O trabalho de auditoria é essencial, pois é através dela que a empresa elimina os
riscos de fraudes e garante a efetividade dos controles organizacionais, pois por meio
desta controla-se o que está sendo feito em cada segmento da empresa, mantendo uma
boa postura perante o Estado e a própria organização.
TIPOS DE AUDITORIAS EXISTENTES
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TIPOS DE AUDITORIA OBJETIVOS
Auditoria das Demonstrações Contábeis
Emissão de parecer sobre as demonstraçõesContábeis da empresa ou entidade em determinada data.
Auditoria interna
Revisão sistemática das transaçõesOperacionais e do sistema de controlesInternos, visando: À proteção dos bens e direitos da
empresa, contra fraudes, desvios e desfalques;
À constatação de possíveis irregulares e usos indevidos dos bens direitos da empresa;
Auditoria Operacional
Avaliação sistemática da eficácia e a dasAtividades operacionais e dos processos administrativos, visando ao aprimoramento;Continuo da eficiência e eficácia operacional contribuindo com soluções.
Auditoria de Cumprimento Normativo
Auditoria para verificação do cumprimentoe observância de normas e procedimentos implantados pela empresa e pelos órgãos reguladores.
Auditoria de Gestão Trabalhos dirigidos à análise dos planos e diretrizes da empresa,objetivando mensurar a eficiência da gestão das operações e sua consistência com os planos e metas aprovados.
Auditorias de Sistemas
Exames e avaliações da qualidade do sistemaDe computação de dados e dos controles existentes no ambiente de tecnologia de informações,visando otimizar a utilização dos recursos de computação de dados,minimizar os riscos envolvidos nos processos e garantir a geração de informações e dados confiáveis,em tempo,ao menor custo possível.
Auditoria Fiscal e Tributária
Análise da eficiência e eficácia dos procedimentos, adotados, para apuração eControle e pagamentos dos tributos que incidem nas atividades comerciais e operacionais da empresa.
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As auditorias podem ser classificadas em: Auditoria interna e Auditoria
externa. Essas duas funções, normalmente ligadas ao campo contábil, possuem
interesses comuns e grande conexão entre seus trabalhos. Usualmente, a auditoria
interna trabalha mais como uma coordenação dentro da empresa, enquanto a auditoria
externa busca comprovar as demonstrações financeiras e se utiliza, muitas vezes, dos
resultados da auditoria interna para tanto.
A auditoria interna é feita por um auditor que fica constantemente na empresa e,
normalmente, trabalha junto à diretoria executiva ou à presidência. A importância desse
tipo de auditoria se dá na administração e averiguação de todos os procedimentos
internos e políticas definidas pela empresa. Ou seja, por meio desta, é possível perceber
se os sistemas contábeis e de controles internos estão sendo efetivos e realizados dentro
dos critérios.
Seu objetivo é o de avaliar o processo de gestão, no que se refere a aspectos
como a governança corporativa, gestão de riscos e procedimentos de aderência às
normas, a fim de apontar eventuais desvios e vulnerabilidade às quais a organização está
sujeita.
A auditoria externa ou auditoria independente funciona com o mesmo intuito da
auditoria interna, porém, em extensões diferentes, se distribui em diversas áreas de
gestão, como auditoria de sistemas, auditoria de recursos humanos, da qualidade, de
demonstrações financeiras, jurídica, contábil etc. Os profissionais que participam de
auditoria de demonstrações financeiras são certificados e devem seguir rigorosas
normas profissionais. As principais empresas de auditoria são Deloitte, Price
waterhouse Coopers, KPMG, Ernst & Young, entre outras.
AUDITORIA INTERNA X AUDITORIA EXTERNA: PRINCIPAIS
DIFERENÇAS
Elementos Principais diferençasExterna Interna
Profissional Profissional Independente Funcionário da empresaAção Exame das demonstrações
contábeis e trabalhos especiaisExame dos controles internos
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Finalidade Opinar sobre as demonstrações contábeis
Promover a melhoria dos controles internos
Produto final Parecer contábil Recomendações para eficiência administrativa
Independência Amplo RestritoResponsabilidade Empresa, público, clientes,
fornecedores e governoEmpresa
Continuidade Periódico ContínuoFonte: Dominus Auditoria
RESPONSABILIDADES DO AUDITOR EXTERNO
A responsabilidade do auditor externo ou independente está voltada aos usuários
em geral, atendidos pelas demonstrações contábeis divulgadas, devendo sobre elas
emitir opinião baseada nos Princípios de Contabilidade. Em face da especificidade de
suas operações, as normas e regulamentos emanados dos órgãos reguladores passam a
integrar os princípios de contabilidade, desde que não sejam conflitantes com os
próprios objetivos da contabilidade. O Auditor Externo é o profissional responsável por
observar os regulamentos externos, ou seja, de terceiros das empresas ele observa os
regulamentos com maior rigor do que qualquer outro empregado, mantendo alto padrão
de comportamento moral e funcional.
Está sob suas responsabilidades observar os regulamentos externos, ser discreto,
não se utilizando de fatos apurados para proveito próprio, reportar eventuais sugestões
sobre possíveis melhorias de sistemas de controle ou trabalho, só reportar fatos que
possam ser comprovados por documentos verificados e que não possam ser contestados,
manter sempre presente perante os setores que audita.
O Auditor Externo não tem função de espião ou fiscal, mas sim de empregado
categorizado, que tem funções definidas dentro da organização, respeitar sempre a
hierarquia imposta, pedir em vez de exigir colaboração, manter sigilo sobre informações
obtidas, portar-se conforme sua função e posição e observar usos e costumes geralmente
aceitos.
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Para que o profissional tenha um bom desempenho como Auditor Externo além
da graduação é essencial estar em constante atualização, gostar de cálculos
matemáticos, ter postura crítica e segurança diante problemas.
RESPONSABILIDADES DO AUDITADO
As responsabilidades do auditado é informar e assessorar a administração e
desincumbir-se das responsabilidades de maneira condizente com o Código de Ética do
Instituto dos Auditores Internos. Deve coordenar suas atividades com a de outros, de
maneira a alcançar com facilidade os objetivos da auditoria em benefício das atividades
da empresa. Ao desempenhar suas funções, o AI não tem responsabilidade direta nem
autoridade sobre as atividades que examina, isto é, as pessoas envolvidas no processo
são responsáveis pelas atividades que lhes concernem; Um AI não deve desenvolver e
implantar procedimentos, preparar registros ou envolver-se em qualquer outra atividade
que poderá vir a analisar, e que possa caracterizar a manutenção de sua independência.
POSTURA DO AUDITOR
O auditor deve ser prudente na utilização e proteção da informação obtida no
desempenho de suas atividades. Não devera utilizar a informação para beneficio próprio
ou que de outra forma estaria em desacordo com as normas internas da organização ou
em detrimento dos objetivos legítimos da Companhia. O auditor deve se preocupar com
habilidades de comunicação verbal com as pessoas, devendo manter um bom
relacionamento de modo a obter cooperação para executar as tarefas que lhe foram
designadas. O auditor deve agir com prudência, habilidade e atenção, de modo a reduzir
ao mínimo a margem de erro, acatando as normas de ética profissional, o bom senso em
seus atos e recomendações, manter uma atitude de independência com relação ao agente
controlado, de modo a assegurar imparcialidade no seu trabalho, assim como nos
demais aspectos relacionados à sua atividade profissional.
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Demonstrações Contábeis Auditadas
O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações
contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião
pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável. NBC TA 200
Quadro 1 – Objetivo Demonstrações Contábeis
Demonstração Qual o objetivo desta demonstração? Qual a finalidade de se auditar?
Balanço
Patrimonial
Tem por objetivo apresentar a situação
patrimonial da empresa em dado
momento, dentro de determinados
critérios de avaliação.
Será auditado pra averiguar se os
fatos lançados no balanço são de
origens legais, e implementadas com
eficácia.
Demonstração
das Mutações do
Patrimônio
Líquido (DMPL)
Tem como objetivo relatar as
modificações ocorridas na conta lucro
ou prejuízos acumulados em
determinado período de tempo.
Audita-se para revelar o andamento
da administração, se todas as contas
estão sendo movimentadas
adequadamente sem maiores erros.
Demonstração do
Resultado do
Exercício (DRE)
O objetivo dessa demonstração é
“fornecer um resumo financeiro dos
resultados das operações da empresa
durante em período específico”.
Mostra a dinâmica queapresenta o
resultado econômico das operações da
empresa durante o ano, auditando-a
para evidenciar se há alguma
inadequação na empresa.
Demonstração do
Fluxo de Caixa
(DFC)
Tem a finalidade de fornecer
informações sobre os recebimentos e
pagamentos da empresa em um
determinado período,que utilizado em
conjunto com outra demonstrações,
possibilitaram conhecer aspectos
importantes da forma de condução do
negócio e avaliar a capacidade da
A DFC monstra as movimentações no
fluxo de caixa possibilitando assim
uma auditoria profunda e bem vista,
permitindo ser visível se há alguma
operação indevida.
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empresa de geração de caixa futuro.
Demonstração do
Valor Adicionado
(DVA)
Seu objetivo é evidenciar a participação
dos sócios não controladores e prestar
informações aos usuários das
demonstrações contábeis relativas à
maneira como a riqueza da empresa foi
criada, bem como os procedimentos
utilizados para sua distribuição.
Evidencia o rumo dos recursos da
empresa, auditando-se para ver se o
destino proposto foi cumprido
corretamente.
Notas explicativas
Seu objetivo é fornecer informações
sobre as demonstrações contábeis, para
que os leitores tenham perfeito
entendimento sobre essas
demonstrações. Devem ser
comparativas, ou seja, abranger dois
exercícios sociais.
As Notas Explicativas visam fornecer
as informações necessárias para
esclarecimento da situação
patrimonial, tendo uma auditoria
profunda tendo como objetivo
localizar se há alguma irregularidade
nas Demonstrações.
Fonte: O Autor da ATPS.
Planejamento de Auditoria
O planejamento é a etapa fundamental para o sucesso do trabalho do auditor
interno, sendo imprescindível que seja alocado o tempo adequado para sua realização. A
tentativa de abreviar o tempo destinado ao planejamento muitas vezes redunda em
problemas na execução, que poderão provocar acréscimo no tempo total de realização
do trabalho, além de repercussões negativas em sua qualidade. A Unidade de Auditoria
Interna, no seu esforço de planejamento, poderá contar com recursos externos nos casos
em que se verificar a necessidade de conhecimentos adicionais ou outro domínio de
técnicas, matérias e metodologias.
Quadro 3 – Planejamento de Auditoria
Planejamento de Auditoria Significado e Função
Controles internos Compreende todas as medidas adotadas para a salvaguarda dos Ativos, adequacidade dos saldos contábeis e obediência às políticas determinadas pela Administração.
Sistema de informações É um conjunto de recursos humanos, materiais, tecnológicos e
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financeiros agregados segundo uma sequência lógica para o processamento dos dados e tradução em informações, para com o seu produto, permitir às organizações o cumprimento de seus objetivos principais.
Procedimentos de conhecimento
dasatividades do cliente
Relevância Significa a importância relativa ou papel desempenhado por uma determinada questão, situação ou unidade organizacional existentes em um dado contexto.
Materialidade Refere-se ao montante de recursos orçamentários ou financeiros alocados por uma gestão, em um específico ponto de controle (unidade organizacional, sistema, área, processo de trabalho, programa de governo ou ação) objeto dos exames pelos empregados auditores internos. Essa abordagem leva em consideração o caráter relativo dos valores envolvidos.
Risco de auditoria É o risco de que o auditor dê um parecer de auditoria impróprio, quando as demonstrações contábeis contiverem distorções relevantes.
Fonte: O Autor da ATPS.
O planejamento assume importância fundamental na implementação da
metodologia de trabalho, na medida em que identifica a potencialidade dos problemas,
suas possíveis causas e localizações e determina o grau de aprofundamento dos exames.
Pode-se entender o planejamento pelo desenvolvimento dos seguintes tópicos:
- Absorção da realidade, do conhecimento e familiarização com as operações da
Entidade auditada;
- Avaliação do ambiente de controle interno;
- Identificação das áreas de relevância;
- Avaliação de processos relacionados às estimativas contábeis e informações não
comuns às atividades normais;
- Avaliação de riscos e potencialidades de erros;
Especificação e determinação das técnicas a serem aplicadas na execução dos serviços.
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No desenvolvimento das fases acima se busca, além de planejamento do
trabalho, a segurança necessária, para determinar a adequada extensão, profundidade e
abrangência dos exames, segurança esta que deve estar plenamente fundamentada no
conhecimento “do que” vai ser auditado. Especificamente com relação aos sistemas
contábeis, visa-se avaliar até que ponto os mesmos demonstram segurança e
confiabilidade para o registro, de maneira adequada, dos atos e fatos ocorridos na
Entidade, sejam eles de origem interna ou externa.
Carta de Responsabilidade
A carta de responsabilidade da administração é o documento que deve ser
emitido pelos administradores da entidade, cujas Demonstrações Contábeis estão sendo
auditadas. Essa carta é endereçada ao auditor independente, confirmando as
informações e os dados a ele fornecidos, assim como as bases de preparação,
apresentação e divulgação das Demonstrações Contábeis submetidas para exame de
acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis. Sua
emissão passou a ser obrigatória a partir das Normas de Auditoria Independente,
aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, através da Resolução n.º 700 – item
11.2.14 de 24.04.91 e que entraram em vigor em 1º de junho de 1991.
O auditor deve obter declarações por escrito da administração sobre assuntos
significativos para as Demonstrações Contábeis sempre que não se possa ter expectativa
razoável quanto à existência de outra evidência de auditoria pertinente. A possibilidade
de mal-entendidos entre o auditor e a administração é reduzida quando declarações
verbais são confirmadas por escrito pela administração. Assuntos que devem ser
incluídos em uma carta da administração estão apresentados nesta Norma.
Os objetivos do auditor independente em obter a Carta de Responsabilidade da
Administração podem ser resumidos como segue:
(a) atender às Normas de Auditoria Independente;
(b) obter evidência auditorial por escrito;
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(c) delimitar as responsabilidades do Auditor e da Administração;
(d) dar mais confiabilidade as informações verbais obtidas durante a auditoria;
(e) dar garantias ao auditor independente quanto às responsabilidades posteriores
à realização do trabalho, onde o nome do auditor esteja diretamente envolvido, tais
como a apresentação das demonstrações aos sócios ou acionistas, a divulgação perante
terceiros, e outros.
(f) possibilitar esclarecimento sobre pontos não constantes das demonstrações
contábeis tais como contingências ou responsabilidades não divulgadas, possibilidades
efetivas de realização de determinados ativos e também aspectos de continuidade
operacional.
As declarações por escrito solicitadas da administração podem estar limitadas a
assuntos considerados, individual ou coletivamente, como significativos para as
Demonstrações Contábeis. Com relação a certos itens, pode ser necessário que o auditor
independente esclareça à administração da entidade auditada o seu entendimento acerca
de significância ou relevância desses itens em relação às Demonstrações Contábeis
tomadas em conjunto.
Lei Sarbanes-Oxley
Perante da ocorrência dos vários escândalos no mercado de capitais Norte-
Americano que envolveu grandes empresas como a Enron empresa do setor de energia,
Worldcom empresa de telecomunicações, Arthur Andersen empresa de auditoria, entre
outras, que provocaram numerosos prejuízos financeiros atingindo milhares de
investidores. Fez-se indispensável a ação de autoridades americanas para evitar maiores
prejuízos com a descapitalização das empresas e recuperar, deste modo, a credibilidade
do mercado.Então em 30 de julho de 2002 foi assinado, pelos senadores Paul Sarbanes e
Michael Oxley a lei Sarbanes Oxley também conhecida por Sarbox ou SOX. Criada
com o objetivo de recuperar a confiança do público em geral no conturbado período por
que passava o mercado de capitais norte – americano. É considerada a lei norte-
americana mais importante para questões corporativas elaborada nos últimos 75 anos.
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Fez com que as práticas de boa governança corporativa se transformassem em
lei, destacando o papel fundamental dos controles internos.
O grande objetivo da SOX é restaurar o equilíbrio dos mercados por meio de
mecanismos que garantam a responsabilidade da alta administração de uma empresa
sobre a confiabilidade da informação por ela fornecida. Também tem como objetivo
criar padrões mais rígidos de responsabilidade corporativa, garantindo a criação de
mecanismos de auditoria e segurança das informações através da adoção de práticas de
governança corporativa e ainda reparar a perda da confiança pública no mercado de
ações norte-americano.
Sua implicação é significativa não só nos Estados Unidos, uma vez que a
legislação abrange igualmente as empresas estrangeiras, incluindo as brasileiras, que
possuem ações negociadas nas bolsas de valores dos EUA e também as subsidiárias de
empresas americanas. Com a chegada da SOX, as empresas passaram a ter que se
adaptar a um cenário de mudanças, sobretudo no setor da auditoria interna, onde
necessitaram ter uma acepção clara e detalhada dos controles de cada área, para que
assim, tivessem capacidade de fornecer informações transparentes aos administradores e
investidores sobre a situação patrimonial e financeira da empresa.
A lei Sarbanes Oxley proíbe que novos empréstimos sejam concedidos a
conselheiros e executivos de empresas abertas, com poucas exceções. Além disso,
decreta que o Presidente e Diretor Financeiro reembolsem a companhia com seus bônus
ou outros benefícios de renda variável caso a empresa anuncie erros em sua
contabilidade. Também obriga que todos os conselheiros do comitê de auditoria das
empresas listadas sejam independentes e que assuntos relacionados à auditoria sejam
tratados no comitê.
Em relação a sua transparência a lei prevê que a SEC (CVM nos Estados
Unidos) revisará pelo menos um a cada três balanços anuais divulgados. Instituiu o
Comitê Geral de Contabilidade, órgão submetido à SEC e responsável pela adoção de
padrões de qualidade, ética e independência para as empresas de auditoria. A lei
restringe o escopo dos serviços correspondentes prestados por empresas de auditoria e
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determina que, quando existirem, devem ser pré-aprovados pelo comitê de auditoria.
Além de restringe a diversidade dos serviços correlatos prestados por empresas de
auditoria proibindo que as auditorias prestem serviços de consultoria em tecnologia e
auditoria interna para clientes de auditoria externa, e determina que, quando existirem,
devem ser pré- aprovados pelo comitê de auditoria.
No Brasil um ponto que criou subversão é o que trata do comitê de auditoria.
Pela lei, as empresas deveriam criar esse comitê que seria formado por membros
independentes do conselho de administração, e seria diretamente responsável pela
escolha e fiscalização da empresa de auditoria. Mas no Brasil já existe o conselho fiscal
que tem a função de fiscalizar as contas da companhia e o trabalho da auditoria. Os dois
conselhos teriam funções semelhantes, mas não poderiam ser unidos porque as
atribuições do conselho fiscal não podem ser transferidas para outro órgão da
companhia por definição de lei, assim sendo a SEC consentiu que o conselho fiscal das
companhias brasileiras pode substituir o comitê de auditoria.
Outro fator polêmico é que o comitê de auditoria seria responsável pela escolha
da firma de auditoria externa, mas pela lei brasileira essa atribuição é do conselho de
administração.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve como objetivo apresentar os principais procedimentos
de auditoria considerando os novos padrões internacionais adotados pela contabilidade
no Brasil. Mostrou também as mudanças no mercado de capitais em decorrência dos
escândalos das empresas norte-americanas, que culminaram com a edição da Lei
Sarbanes-Oxley nos EUA, fazendo assim com que a auditoria voltasse ao centro das
atenções.
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Este trabalho também teve como finalidade mostrar as formar como a auditoria
tende a documentar as questões consideradas importantes quando do levantamento de
evidências, com o objetivo de fundamentar o parecer de auditoria e comprovar que esta
foi executada mediante as normas de auditoria consagradas pelas Normas Brasileiras de
Contabilidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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http://blog.dominusauditoria.com.br/auditoria-2/auditoria-interna-x-auditoria-externa-
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